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Patologia da Pigmentação e Cálculos Biliares

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Patologia 
Capítulo 7
2
 Pigmentação
Pigmentação é o processo de formação e/ou acúmulo, normal ou patológico, de pigmentos no organismo. Pigmentação patológica pode ser sinal de alterações bioquímicas pronunciadas, sendo o acúmulo ou a redução de determinados pigmentos um dos aspectos mais marcantes em várias doenças. Grande número de pigmentos origina-se de substâncias sintetizadas pelo próprio organismo (pigmentos endógenos), enquanto outros são formados no exterior e, por via respiratória, digestiva ou parenteral, penetram e depositam-se em diversos órgãos (pigmentos exógenos).
 Pigmentações endógenas:
1- derivadas da hemoglobina (pigmentos biliares, hematoidina, hemossiderina, pigmento malárico, pigmento esquistossomótico); (2) melanina; (3) ácido homogentísico; (4) lipofuscina.
*Pigmentos de hemoglobina: 
Pigmentos biliares
O principal pigmento biliar é a bilirrubina (Bb), um pigmento amarelo, produto final do catabolismo da fração heme da hemoglobina e de outras hemoproteínas.
Vias biliares intra-hepáticas 
Metabolismo da Bile 
Ducto cístico
Canalículos direito e esquerdo. 
Papila de vater, em conjunto com a ampola controla a saída de bile. 
Ducto cístico + hepático comum= Ducto colédoco. 
Ducto hepático comum, logo mais a baixo de liga ao ducto cístico. 
Vias biliares extra-hepáticas
Fígado produz bile o tempo todo 
Setas em amarelo representam o movimento da bile quando as papilas estão fechadas. 
Quando a papila está fechada, ocorre o movimento retrógado do liquido biliar, promovendo o enchimento da vesícula biliar. 
CCK Promove a abertura da bile para liberação do conteúdo biliar pelas papilas. 
Parte do agrupamento Heme e prostético. (Não proteico) 
Primeira bilirrubina que a indireta ainda é lipossolúvel, ainda está indo em direção ao fígado. 
Depois quando ela estiver partindo para o duodeno para ser liberada ela já vai passar a ser chamada de direta. Ou seja, direta é quando ela está indo direto para o intestino que é o seu destino final. 
 
Para fins diagnósticos 
Se eu estou tendo uma hemólise, vai ocorrer de ter um aumento na bilirrubina indireta porque ela que está indo ainda para o processamento. 
Quando eu tenho um processo de coledocolitiase (cálculo nos ductos biliares), eu já tenho um aumento da bilirrubina direta uma vez que ela já passou do fígado e está em direção ao duodeno. 
Bilirrubina conjugada (Direta) é a que fica armazenada na bile uma vez que ela chega na papila e volta de forma retrograda. 
Vai ficar na vesícula biliar até que ocorra o estimulo para a liberação no intestino, e é por isso que as fezes tem a coloração amarelada. 
Por isso um dos sintomas quando tem a coledocolitíase e a acolia fecal (fezes com aspecto esbranquiçado) semelhante a massa de vidraceiro, justamente pela dificuldade de liberação dela bile direta para promover a coloração das fezes. 
Por isso também ocorre modificação na coloração da urina. 
Colecistite é um processo inflamatório e não infeccioso. 
Redução do movimento, estase vai facilitar a proliferação bacteriana, porem esse não e o principal motivo. As bactérias podem desconjugar esses sais biliares facilitando assim a formação dos cálculos biliares. 
O cálculo de cálcio e o único onde e possível observar por meio do raio X. TC também pode ser usada. Caso não seja o caso de um calculo de bilirrubinato de cálcio eu vou pedir um ultrassom. 
Colellitiase causa sintomatologia quando migra, quando esta dentro da vesícula normalmente não há sintomatologia. 
Não consigo observar essa região por causa do pâncreas, sendo assim se eu vejo uma dilatação acima eu já desconfio de calculo nessa região e peço uma CPRM. Que vai ser uma ressonância magnética da região. 
No caso da dor que ocorre após 30min / 2 h apos a refeição isso ocorre porque apos esse tempo da refeição e liberado a CCK que promove a contração biliar e abertura nas papilas. Ou seja, nesse caso, a vesícula vai contrair como vai estar obstruído vai ter dor, normalmente apos 6 h mais ou menos a dor desaparece e volta novamente com o período mencionado acima que vem após a refeição. 
Remoção dos cálculos ocorre por meio de um cateter que entra pelas papilas, também deve ser removido cálculos que estão na vesícula para reduzir as chances de possíveis novas obstruções. 
Nesse caso e um calculo grande no infundíbulo que causa obstrução também do hepático comum, a icterícia nesse caso e bem marcante e também ocorre uma forte elevação da fosfatase alcalina. 
Aumento da produção de bilirrubina (Icterícia)
Anemias Hemolíticas: Falciforme, Talassemia, autoimune (lúpus), 
Eleva bilirrubina indireta, esplenomegalia eleva bilirrubina porque aumenta a Hemocaterese e a hemólise no baço. 
Deficiência de vitaminas como B12 e ácido fólico também causam aumento de bilirrubina. (REVER)
Paciente ictérico: Ou e hematopato ou hepátopata. 
Icterícia do aleitamento materno. 
Estrógeno aumenta a captação de bilirrubina pelo estrógeno. Por isso mulher tem ate menos bilirrubina no sangue que os homens 
Apesar disso o leite materno não vai ser uma contraindicação.
Porem tem doenças associadas a questão genética, doença de Gilbert por exemplo. 
Pigmentos derivados da hemoglobina 
Hematoidina
-Não contém ferro 
 É constituída por uma mistura de lipídeos e um pigmento semelhante a bilirrubina, desprovido de ferro, que se forma em focos hemorrágicos, após a degradação das hemácias extravasadas por macrófagos locais. Hematoidina aparece a partir do final da segunda ou terceira semana após o sangramento, sob a forma de cristas de cor variada a amarelo-ouro, amarelo alaranjado. A hematoicina não tem repercussões para o organismo. 
Hemossiderina
 -Contém ferro
Hemossiderina e ferritina são as duas principais formas de armazenamento intracelular de ferro. 
Ferro 4 a 6 g/individuo 
60% a 80%- hg 
10%-mioglobina 
10-20%-hemoproteínas
-A hemossiderose pode ser localizada ou generalizada 
-Localiza-se em macrófago, células parenquimatosas fígado, pâncreas, coração. 
-Normalmente é um processo localizado 
Por isso em insuficiência cardíaca pessoa tem um escarro amarelado, aumento da pressão no átrio e ventrículo esquerdo faz com que no pulmão tenha pequenas hemorragias, essa hemorragia e suficiente para produzir o pigmento que também e secretado no escarro. 
Não é suficiente para gerar dano de célula e morte. 
Informações +
Principal fonte de Ferro e carne e fígado
Ferro e absorvido no duodeno e no jejuno principalmente. 
Nos enterócitos do intestino as células em escova transforma o Ferro na sua forma absorvível. (Férrico é transformado em ferroso). Esse férrico e melhor absorvível porem ele é mais tóxico. 
Por isso a absorção tem que ser regulada, pelo fato de o ferro ser toxico para o organismo em quantidades maiores que a adequada. 
Para o ferro ser transportado para o sangue e necessário ter o Complexo Hfe(receptor de ferrina) e transferrina (transporte de ferrina) essas substancias vão regular o transporte por meio da transportina. 
Ferritina forma um arranjo, uma espécie de uma esfera oca onde e formada uma cadeia. Ferro ligado a ferritina. Ferritina tem duas cadeias uma é pesada que e a que se liga ao ferro. E tem uma outra cadeia que e a leve que mantem a cadeia estável, vou fomar um vacúolo lisofagico. 
Absorção de ferro 
Absorção de ferro, ocorre na borda em escova e o ferro absorvido e o ferroso, porque o férrico e toxico. Por isso quando ocorre reposição com Sulfato Ferroso. 
Complexo de ferro + transferrina se liga ao HFE para regular a presença de ferro dentro da célula, regular absorção e secreção no sangue. 
Fígado produz hepcidina essa enzima vai controlar a passagem de ferro para o sangue, se tenho muito ferro a hepcidina e produzida e bloqueia o ferro dentro da célula. 
Depósitos de ferro: baço, medula óssea e fígado (principal).
Baixa de ferritina significa pouco ferro e alta de ferritina significa que eu tenho muito ferro porque a ferritina só e produzida na presença do ferro.Absorção e transporte de ferro. Na borda em escova de enterócitos, o Fe +++ é transformado em Fe ++ pela redutase férrica. O Fe ++ é absorvido por ação do transportador de metal divalente 1 (DMT1). Do enterócito, o ferro absorvido é lançado no sangue, por meio da ferroportina. Na circulação, o ferro é transportado pela transferrina. Na face basal do enterócito, por ação do receptor de transferrina 1 e do produto do gene HFE, o ferro circulante é internalizado no enterócito, passando a formar o pool intracelular do metal. Aumento do pool citosólico reduz a atividade da redutase férrica e do DMT1; portanto, diminui a absorção intestinal de ferro. Aumento da saturação de transferrina no sangue estimula a produção de hepcidina por hepatócitos. Aumento de hepcidina diminui a disponibilidade de ferro sanguíneo porque: (1) reduz a atividade de DMT1 nos enterócitos e, assim, diminui a absorção intestinal de ferro; (2) induz internalização e degradação da ferroportina, impedindo sua ação transportadora de ferro do enterócito para o sangue. Setas tracejadas indicam inibição
Hemossiderose localizada 
É encontrada em hemorragias em que a hemossiderina e vista no interior dos macrófagos 24 h a 48 h após o início do sangramento. A transformação progressiva das hemácias extravasadas em hemossiderina na área hemorrágica pode ser evidenciada macroscopicamente nas contusões cutâneas, um a três dias depois da sua ocorrência. Logo após o traumatismo, a hemorragia aparece como uma área vermelho-azulada ou negro-azulada, devido a hemoglobina desoxigenada. 
Deposição de ferro evidenciada por grânulos azulados na coloração de Perls.
Hemossiderose sistêmica 
Ferro- Ferritina – É uma das formas de armazenar o ferro
Ferritina tem duas cadeias a leve e a pesada (onde o ferro fica armazenada por causa do seu potencial de oxidação. 
Essa hemossiderose ocorre por um aumento na absorção intestinal de ferro, em anemias hemolíticas e após transfusões de sangue repetidas. O pigmento acumula-se em macrófagos de do fígado, baço, medula óssea, linfonodos e, mais aparentemente, na derme, pâncreas e rins. A longo prazo pode ter deposição também coração e glândulas endócrinas. Mesmo ocorrendo deposição intra-parenquimatosa do pigmento, não há, na maioria dos pacientes, lesão celular suficiente para provocar distúrbio funcional dos órgãos afetados. 
Hemocromatose(É uma espécie de hemossiderose genética)
Trata-se de uma forma especial de hemossiderose sistêmica em que há aumento da absorção intestinal do ferro por defeito genético.
Excesso de ferro, sobretudo em macrófagos, interstício e células parenquimatosas do fígado, pâncreas, pele, hipófise e coração, lesa as células por meio da formação de radicais livres e/ou liberação de enzimas hidrolíticas e de ferro acumulado nos lisossomos. Com isso, surgem lesões em vários órgãos, sobretudo cirrose hepática e hipotrofia do pâncreas exócrino e endócrino, que provoca diabetes (conhecido com diabetes bronzeado, devido a pigmentação bronzeado da pele), hipogonadismo, insuficiência cardíaca e atropatia. 
-É genética e sempre vai ser generalizada 
-Pode ser por um erro na absorção intestinal (DMT1), pode ser por defeito no regulador HFE, pode ser da enzima transportadora..
-Falta de controle faz com que seja absorvido quantidades grandes de ferro, especialmente em células parenquimatosas, cardíacas, fígado. 
-Esse acumulo no fígado, gera processo inflamatório que pode levar a cirrose. 
-Acumulo no coração pode levar a uma dificuldade de contração Insuficiência cardíaca.
-Acumulo em células pancreáticas (Beta pancreáticas) leva a Diabetes Mellitus tipo 2, individuo fica com um tom mais escurecido, bronzeado. 
Técnicas de analise: utiliza coloração (histoquímica) para identificar o ferro. 
Corante: Azul da Prússia (Coloração de Perls).
Diferença hemocromatose e hemossiderose: Na hemocromatose eu tenho uma inflamação que vai ocasionar fibrose diferentemente da hemossiderose onde não tem esse processo. 
Acumulo de pigmento nos macrófagos alveolares, quando ocorrer expectoração esses macrófagos vão sair gerando um escarro com coloração típica. 
Fígado:
1- É o principal órgão de armazenamento de ferro 
2- Sintetiza hepacidina(enzima que reduz a absorção de ferro) aumenta quando há aumento da taxa sérica de ferro e diminui quando há deficiência de ferro ou aumento da demanda do metal (por exemplo: gravidez)
Principais ações da hepacidina: (1) Reduz a expressão do DMT1 nos enterócitos, diminuindo a absorção intestinal de ferro; (2) induz internalização e degradação lisossômica da ferroportina (proteína transmembranosa presente em enterócitos, hepatócitos e macrófagos que promove a passagem do ferro intracelular para o plasma); com isso, inibe a liberação de ferro intracelular para o sangue.
Hemocromatose. Aspecto macroscópico. Coloração ferruginosa difusa no parênquima do fígado (A) e do pâncreas (B).
A hemocromatose hereditária é causada por defeitos em vários genes. Na grande maioria dos pacientes, a anormalidade está no gene HFE, e a doença é transmitida por herança autossômica recessiva (hemocromatose tipo 1). A mutação mais comum nesse gene, responsável por mais de 90% dos casos de hemocromatose na população de ascendência norte-europeia, é a C282Y, que consiste na substituição de cisteína por tirosina na posição 282 da molécula da proteína.
Pigmento malárico 
Também denominado hemozoína, resulta da degradação da hemoglobina ingerida pelos parasitos da malária (Plasmodium) durante o seu ciclo de vida assexuado nas hemácias. A hemoglobina ingerida pelo plasmódio, através de pinocitose no citóstomo dos trofozoítos, é transportada até os vacúolos digestivos, onde sofre proteólise por meio de hidrolases ácidas. Os aminoácidos gerados da globina são utilizados para o crescimento e a maturação do parasito. O heme liberado (ferriprotoporfirina IX) é potencialmente tóxico, podendo resultar em inibição de proteases do vacúolo digestivo, peroxidação de lipídeos, geração de radicais livres e morte do parasito. O heme é sequestrado sob a forma de matriz cristalina insolúvel (hemozoína), após sofrer agregação das subunidades de dímeros de ferriprotoporfirina, processo conhecido como biomineralização ou biocristalização. Ao que tudo indica, a formação da hemozoína parece ocorrer em nanosferas de lipídeos no vacúolo digestivo do plasmódio, iniciando-se na interface entre o meio aquoso do vacúolo e as nanosferas e progredindo em direção ao centro das nanosferas. O processo de detoxificação ocorre porque o plasmódio não possui a enzima heme oxigenase. Alguns medicamentos utilizados no tratamento da malária, como a cloroquina, ligam-se ao heme durante a biomineralização, impedindo a continuação do processo e o sequestro de novas moléculas de heme; o acúmulo do heme não sequestrado leva à morte do parasito. Com a formação de merozoítas, rompem-se as hemácias e os parasitos são liberados, enquanto o pigmento, sob a forma de grânulos castanho-escuros, acumula-se nos macrófagos do fígado, baço, medula óssea, linfonodos e de outros locais, aí permanecendo por muitos anos. A quantidade de pigmento nos tecidos aumenta com a duração da infecção. O pigmento malárico é inerte e não tóxico, mas sua retenção maciça em grande número de monócitos circulantes e macrófagos pode afetar algumas funções dessas células, como a fagocitose, contribuindo para a redução da resposta imunitária observada em muitos pacientes com a doença, além de inibir a eritropoese pelo acúmulo do pigmento na medula óssea.
Pigmento nas células de Kupffer na malária pelo Plasmodium falciparum.
-Quanto maior o número de infecções maior o acumulo de pigmentos. 
-É semelhante a hemossiderina, porem como o ferro é liberado pela ação do Plasmodium Falciparum recebe o nome de pigmento malárico. 
Pigmento esquistossomótico
O pigmento esquistossomótico origina-se no tubo digestivo do Schistosoma a partir do sangue do hospedeiro, o qual é ingerido pelo verme adulto como fonte de nutrientes. Proteases do intestino do parasito degradam a hemoglobinaem peptídeos, aminoácidos e heme. Este forma um cristal de heme similar à hemozoína em gotas de lipídeos extracelulares na luz do intestino do verme, sob a forma de agregados de cristais associados inicialmente à superfície das gotas e, sequencialmente, ao centro das gotas, sugerindo que a interface hidrofílica-hidrofóbica seja essencial para a cristalização. A hemozoína é regurgitada pelo verme adulto, intermitentemente, na circulação sanguínea do hospedeiro. Forma-se, assim, o pigmento esquistossomótico, que se acumula como grânulos castanho-escuros ou negros nas células de Kupffer, nos macrófagos do baço e no tecido conjuntivo dos espaços portobiliares. A deposição do pigmento não traz repercussões para o organismo. 
-O grupo Heme se liga a gotas de lipídeos e forma cristais, e esses cristais que é o que é regurgitado e forma o pigmento. 
Pigmentos não derivados de hemoglobina / Endógenos 
Melanina 
É um pigmento cuja cor varia do castanho ao negro, sendo amplamente encontrada em peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos, bem como nas plantas.
A diversidade da cor observada na pele, cabelos e olhos dos seres humanos e da plumagem das aves resulta em grande parte da distribuição de melanina nesses locais.
As funções da pigmentação melânica cutânea são proteção contra a radiação ultravioleta B (fotoproteção), ação antioxidante, absorção de calor, cosmética, comunicação social, camuflagem em várias espécies animais (p. ex., peixes e anfíbios) e reforço da cutícula de insetos e parede de células vegetais. A ação fotoprotetora da melanina deve-se à sua eficiência em absorver e dispersar fótons, convertendo rapidamente sua energia em calor. Existem dois tipos de melanina: a eumelanina, insolúvel, de cor castanha a negra, com ação fotoprotetora e antioxidante, e a feomelanina, solúvel em solução alcalina, de cor amarela a vermelha, igualmente com efeito antioxidante. A cor do cabelo depende da proporção entre eumelanina e feomelanina. Assim, o cabelo de cor negra contém 99% de eumelanina e 1% de feomelanina; o de cor castanha e loura contém 95% de eumelanina e 5% de feomelanina; e o de cor vermelha contém 67% de eumelanina e 33% de feomelanina. A melanina é um polímero complexo sintetizado em melanócitos (originados de células precursoras da crista neural e migradas para várias partes do organismo), especialmente na pele, globo ocular e leptomeninge. Na pele, os melanócitos estão situados junto à camada basal da epiderme (10% das células nessa camada) e na matriz do folículo piloso. A biossíntese da melanina (melanogênese) inicia-se a partir da tirosina, originada da hidroxilação da fenilalanina (via fenilalanina hidroxilase). A enzima tirosinase hidroxila a tirosina em 3,4-di-hidroxifenilalanina (DOPA) e a oxida em dopaquinona, que é o precursor comum da eumelanina e feomelanina.
A eumelanogênese inicia-se pela endociclização redutora da dopaquinona em ciclodopa, a qual sofre uma reação de permuta redox com a dopaquinona, resultando em dopacromo, o precursor da eumelanina. A seguir, a dopacromo tautomerase catalisa a isomerização de dopacromo para 5,6-di-hidroxiindol (DHI) e 5,6- di-hidroxiindol-2-ácido carboxílico (DHICA), constituindo a eumelanina, após sofrerem polimerização. Na feomelanogênese, ocorre adição redutora de cisteína ou glutationa à dopaquinona, produzindo cisteinildopa e glutationildopa. Esta última sofre hidrólise pela enzima glutamiltranspeptidase, sendo convertida também em cisteinildopa. Posteriormente, a cisteinildopa sofre oxidação e ciclização, transformando-se em benzotiazeno, o qual caracteriza a feomelanina.	Comment by JHONATHAN RODRIGUES SILVA: Estudar
O retículo endoplasmático granuloso dos melanócitos sintetiza a tirosinase, que é empacotada no complexo de Golgi e, a seguir, incorporada em pequenas vesículas delimitadas por membrana. A fusão dessas vesículas com proteínas estruturais derivadas separadamente do retículo endoplasmático granuloso resulta na formação do melanossomo.
Na eumelanogênese, as proteínas estruturais formam uma matriz fibrilar ou filamentosa no interior do melanossomo, promovendo a polimerização da melanina em pH ácido. A maturação do melanossomo passa por quatro estágios: no estágio I, os melanossomos são constituídos de vacúolos esféricos sem os componentes estruturais internos e sem atividade da enzima tirosinase; no estágio II, a proteína estrutural PMEL17 ou gp100 transforma o melanossomo do estágio I em uma organela elipsoidal provida de matriz fibrilar com tirosinase funcionalmente ativa e início de formação de melanina; no estágio III, a melanina é uniformemente depositada sobre as fibrilas; no estágio IV, os melanossomos tornam-se elétron-opacos (pela melanização intensa) e apresentam mínima atividade de tirosinase.
Na epiderme humana, cada melanócito distribui a melanina sintetizada para cerca de 30 a 40 ceratinócitos adjacentes.
O deslocamento dos melanossomos ao longo dos prolongamentos (dendritos) dos melanócitos depende da participação das proteínas associadas aos microtúbulos cinesina e dineína.
Nas extremidades dos dendritos, os melanossomos ligam-se a filamentos de actina associando-se a outra proteína, miosina Va, que se liga à actina e aos melanossomos por meio da melanofilina e Rab27a, formando o complexo Rab27a-miosina Va-melanofilina. O mecanismo de transferência da melanina dos melanossomos para o citoplasma dos ceratinócitos ainda não está completamente esclarecido, existindo três possibilidades: (1) exocitose, seguida de fagocitose do pigmento pelos ceratinócitos; (2) fagocitose dos terminais dendríticos pelos ceratinócitos; (3) fusão de membranas celulares com formação de um poro ou túnel que conecta o citoplasma do melanócito com o do ceratinócito, permitindo a transferência de melanina. Nos ceratinócitos, os grânulos de melanina são transportados para a região acima do núcleo, onde absorvem os raios ultravioleta, impedindo que atinjam o núcleo e lesem o DNA. À medida que os ceratinócitos se diferenciam e migram para as camadas mais superficiais da epiderme, os melanossomos são digeridos por lisossomos, liberando a melanina, que é eliminada junto com as células epiteliais descamadas. A transferência de melanina para os ceratinócitos da epiderme e do folículo piloso é uma etapa fundamental, pois a pigmentação da pele e do cabelo é determinada primariamente pela quantidade de pigmento transferido aos ceratinócitos.
Descamação vai liberando pigmento de melanina.
Queratinócitos (Ceranócitos) vai evoluir e morrer impregnado de queratina. 
Esse processo é regulado por um hormônio melanócito estimulante produzido pela hipófise. Agressão a queratinócitos por radiação UVB libera mediadores que vão sinalizar para a hipófise produzir mais melanina. Hiperpigmentação e hipopigmentação melânicas
A produção excessiva e a redução da síntese de melanina, respectivamente hiper e hipopigmentação melânicas, também denominadas melanodermias e leucodermias, são frequentes e originam numerosas doenças, causadas por disfunção de uma ou mais etapas da melanogênese. As lesões hiperpigmentadas mais comuns são as efélides (sardas), os nevos e os melanomas. Muitas substâncias podem causar hiperpigmentação melânica, como medicamentos (sulfonamidas, hidantoína, cloroquina, levodopa), anticoncepcionais orais, metais pesados (arsênico, bismuto, ouro, prata) e agentes quimioterápicos (ciclofosfamida, 5-fluorouracil, doxorrubicina, bleomicina). A hipopigmentação pode ser congênita (p. ex., albinismo) ou adquirida (p. ex., vitiligo). Durante o envelhecimento, há perda progressiva da pigmentação melânica dos cabelos, resultando na formação de cabelos grisalhos e brancos. Admite-se que cabelos brancos decorram de apoptose de melanócitos, provavelmente mediada por lesão do DNA mitocondrial pelo estresse oxidativo, com redução acentuada do número dessas células no folículo piloso. Além da diminuição do tamanho e do número de grânulos de pigmento melânico e de melanossomos em folículos pilosos isolados. A cor branca dos cabelos deve-se à reflexão da luzpela ceratina do pelo.
Nevo Azul 
Lipofuscina 
Também chamada lipocromo, pigmento de desgaste, pigmento do envelhecimento e ceroide, a lipofuscina é um marcador biológico de envelhecimento celular. A lipofuscina aparece como grânulos intracitoplasmáticos, pardo-amarelados, autofluorescentes e PAS-positivos. A lipofuscina contém principalmente proteínas e lipídeos na proporção de 30 a 70% e 20 a 50%, respectivamente, que formam polímeros não degradáveis originados da degradação oxidativa de várias macromoléculas celulares (proteínas glicadas, com ligações cruzadas entre as moléculas, fosfolipídeos, ácidos graxos, colesterol e metais). A autofluorescência da lipofuscina parece resultar de reação entre compostos carbonil (principalmente aldeídos) e amino. Assim como o organismo substitui continuamente muitas de suas células, a maioria das células também renova suas macromoléculas e organelas lesadas ou que não são mais necessárias. A degradação desses componentes se faz por meio de calpaínas, proteassomos ou autofagia. Parece que a lipofuscina seja formada por peroxidação de material previamente autofagocitado e acumulado em lisossomos. A presença de ferro no material autofagocitado (p. ex., ferritina, mitocôndrias) resulta na formação de radicais livres, o que leva a peroxidação do conteúdo intralisossômico e contribui para a formação de lisossomos secundários, alguns dos quais transformam-se em corpos residuais (pigmento de lipofuscina).
Lesão celular por radicais livres constitui a teoria do envelhecimento pelo estresse oxidativo. Segundo essa teoria, a lesão celular e a formação de lipofuscina seriam, portanto, resultantes da ação de radicais livres (O2 o e oOH) produzidos no metabolismo normal da célula a partir do oxigênio molecular. A formação de corpos residuais resulta, portanto, do desequilíbrio entre o processo de autofagocitose contínua e a incapacidade da célula de eliminar os resíduos da autodigestão
Pigmento de lipofuscina no citoplasma de células musculares cardíacas.
Da para ver que e musculo cardíaco por conta dos discos intercalares 
-É um pigmento natural, ou por deficiência de vitamina E. 
-Esses grânulos são melhores observados nas células que não sofrem renovação/ replicação celular, como neurônios e músculos. 
-No caso da ausência de vitamina E vai ser observado esses grânulos tanto nessas células que não sofrem renovação/ replicação quanto em outras células. 
-Nas células da epiderme também ocorre esse acumulo, porem como elas se replicam muito rápido esse pigmento e dividido com outras células filhas, evitando assim que ocorra o acumulo. Outras células que se multiplicam também dividem.
-É uma consequência do envelhecimento natural
-É resultado da autofagocitose de conteúdos celulares, ao longo da vida da célula ela vai fazendo degradação de estruturas próprias, porem pode acumular alguns resíduos que a célula não consegue eliminar por exocitose. 
-Na ausência de vitamina E, falta agentes anti-oxidantes uma vez que essa vitamina é um anti-oxidante. Pela falta dessa vitamina estruturas próprias da célula vão ser oxidadas formando esse pigmento. 
-Não altera função celular, exceto no caso da deficiência de Vit. E onde ocorre um acumulo de EROS. 
Pigmentações Exógenas 
Antracose
Dos pigmentos inalados, o mais comum é o carvão. Pigmento encontrado em trabalhadores de minas de carvão ou fumantes e em praticamente todo indivíduo adulto morador nas grandes ou médias cidades onde exista certo grau de poluição atmosférica. A antracose ocorre também por inalação de fumaça liberada da queima de combustível sólido derivado da biomassa utilizado no preparo dos alimentos nas casas em áreas rurais (p. ex., lenha, esterco), condição denominada poluição de ar doméstica, pulmão da choupana, ou doença pulmonar por partículas adquiridas domesticamente. Uma vez inalado, o pigmento de carvão é fagocitado por macrófagos alveolares e transportado por vasos linfáticos aos linfonodos regionais. Acúmulo progressivo do pigmento produz coloração negra nas partes afetadas, em forma de manchas irregulares no parênquima dos pulmões na pleura e nos linfonodos do hilo pulmonar. Em trabalhadores de minas de carvão, o grande acúmulo de pigmento nos pulmões pode acompanhar-se de fibrose e levar a diminuição considerável da capacidade respiratória. Antracose parece ser uma das pigmentações exógenas mais antigas na espécie humana, tendo sido identificada em múmias egípcias.
Argiria
É a deposição de sais de prata em tecidos; quando se deposita nos olhos, é conhecida como argirose. Diversos fatores influenciam a capacidade dos sais de prata de produzir efeitos tóxicos no organismo, como solubilidade do metal, capacidade de se ligar aos diferentes tecidos e grau com que os complexos de proteína-metal formados são sequestrados ou metabolizados e excretados. Compostos de prata orgânicos ou solúveis são mais facilmente absorvidos do que a prata metálica ou compostos de prata insolúveis. A causa mais comum de argiria localizada é impregnação mecânica da pele por partículas de prata em indivíduos que trabalham com esse metal (p. ex., trabalhadores de minas de prata, manufatura de joias, utensílios de prata, processamento de material fotográfico etc.) e, raramente, uso de brincos. Outras fontes de argiria são tratamento odontológico com amálgama (mistura metálica de mercúrio e prata, nesse caso podendo causar o escurecimento da gengiva), uso prolongado de medicamentos tópicos que contêm nitrato de prata ou implantação cutânea de agulhas de acupuntura. Nos casos de argiria sistêmica ou generalizada, provocada por ingestão ou inalação crônica de compostos de prata solúveis (p. ex., nitrato de prata ou prata coloidal), além da deposição do metal na pele e nas unhas, grânulos de prata são encontrados em macrófagos dos linfonodos, células de Kupffer, membrana basal dos glomérulos renais e globo ocular (conjuntiva, córnea e retina).
Tais partículas são encontradas ao longo da borda externa das membranas basais de glândulas sudoríparas, glândulas sebáceas, folículos pilosos, junção dermoepidérmica e vasos sanguíneos, bem como em fibras elásticas, ao redor de fibras nervosas mielínicas e amielínicas e macrófagos da derme. Tanto na argiria localizada quanto na sistêmica, a pele tem cor cinza-azulada permanente, mais pronunciada em áreas expostas ao sol. A luz solar provoca redução dos compostos de prata, com formação de prata metálica, a qual é oxidada e resulta em complexos de proteína-sulfeto de prata capazes de estimular a produção de melanina.
Argiria. Depósito granular de prata na membrana basal das glândulas sudoríparas. (
Crisíase
É a deposição de ouro nos tecidos. É causada pelo uso terapêutico parenteral prolongado de sais de ouro (crisoterapia), como na artrite reumatoide (utilizado sais de ouro no tratamento), ou por implantação de agulhas de acupuntura. As partículas de ouro são encontradas em fagolisossomos de macrófagos da derme e aparecem como grânulos negros densos e irregulares, em forma de bastonetes e esferas.
À microscopia eletrônica, os depósitos de ouro são elétron-densos e têm forma estrelada. Sob luz polarizada cruzada, apresentam birrefringência vermelho-alaranjada intensa. A pele tem cor cinza-azulada permanente em áreas expostas ao sol, além de hiperpigmentação melânica, estimulada provavelmente pela deposição de ouro na derme. Inicialmente, é afetada a região periorbital, estendendo-se progressivamente à face, ao pescoço e aos membros superiores.
Tatuagem
É uma forma de pigmentação exógena que resulta da introdução de pigmentos insolúveis na derme.
A composição química dos compostos utilizados na tatuagem varia amplamente e inclui corantes orgânicos (tinta da china, negro de fumo ou fuligem, carmim), sais de metais e solventes à base de água e álcool. Os elementos mais identificados nas tintas são óxido de ferro, carbono, cobalto, crômio, cobre, cádmio, mercúrio, alumínio, titânio e corantes azoaromáticos. O pigmento inoculado é fagocitado por macrófagos da derme e, em menor escala, porcélulas endoteliais e por fibroblastos, sendo encontrado também na matriz extracelular; discreto infiltrado inflamatório linfocitário é também observado. A reação cutânea à lesão mecânica, aos grânulos do pigmento e ao solvente, caracterizada por eritema, edema e hemorragias puntiformes, é discreta e passageira. Há casos, entretanto, de reação alérgica (hipersensibilidade retardada) aos pigmentos introduzidos na tatuagem, usualmente pigmentos vermelhos à base de sais de mercúrio e cádmio, e corantes azo-aromáticos. Em indivíduos com tatuagens extensas, pode haver linfonodomegalia. Caso não sejam tomadas medidas cuidadosas de esterilização das agulhas, o procedimento de tatuagem pode transmitir diversos agentes infecciosos virais e bacterianos. A existência de tatuagens em doadores de sangue aumenta o risco de transmissão de doenças infecciosas, como hepatites virais B e C e sífilis. Pode haver também transmissão do HIV, embora não haja ainda comprovação.

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