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1 Prof. Ivanildo Viana Moura Estrutura das Demonstrações Contábeis Aula 4 Conversa Inicial Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) Segregação dos fluxos por atividade Métodos de elaboração da DFC - método direto Métodos de elaboração da DFC - método indireto Benefícios obtidos com a DFC Temas desta aula Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) A Lei n. 11.638 de 2007 tornou obrigatória a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) para todas as companhias abertas. Para as companhias fechadas, é obrigatória apenas para as com patrimônio líquido, na data do balanço (encerramento do exercício social), igual ou superior a 2.000.000,00 (dois milhões de reais) (Adriano, 2018, p. 217) A DFC evidencia: A geração de caixa de forma dinâmica Sua origem dentro de cada grupo de classificação A utilização do caixa dentro dessa classificação O resultado financeiro de determinado período (Rios; Marion, 2019) Demonstração do fluxo de caixa (DFC) 2 Enquanto na DRE as receitas e despesas são registradas pelo regime de competência, ou seja, independentemente do recebimento ou desembolso, a base para a elaboração da DFC é o regime de caixa (Silva, 2019, p. 55) Definições importantes Prover informações relevantes sobre os pagamentos e recebimentos, em dinheiro, de uma empresa, ocorridos durante determinado período (Gelbcke et al., 2018, p. 631) Objetivo da DFC Segregação dos fluxos por atividade A entidade deve apresentar seus fluxos de caixa advindos das atividades (CPC 03): Operacionais De investimento De financiamento Segregação por atividade A classificação por atividade proporciona informações que permitem aos usuários avaliar o impacto de tais atividades sobre a posição financeira da entidade e o montante de seu caixa e equivalentes de caixa (CPC 03) Segregação por atividade Termos utilizados pelo CPC 09 Fonte: Borinelli e Pimentel, 2018, p. 262. ATIVO CIRCULANTE ATIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO PASSIVO NÃO CIRCULANTE ATIVIDADES OPERACIONAIS: • recebimentos de clientes; • pagamentos a fornecedores; • pagamento de salários etc. ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS: • aplicações financeiras (longo prazo); • compra e venda de investimentos; • compra e venda de imobilizado etc. ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS: • empréstimos obtidos; • integralização de capital, • pagamento de dividendos etc. 3 Métodos de elaboração da DFC - método direto A entidade deve apresentar os fluxos de caixa das atividades operacionais, usando alternativamente: O método direto O método indireto Elaboração da DFC Explica as entradas e saídas brutas de dinheiro dos principais componentes das atividades operacionais, como os recebimentos pelas vendas de produtos e serviços e os pagamentos a fornecedores e empregados (Gelbcke et al., 2018, p. 638) Método direto 1. Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais (+) Recebimentos (–) Pagamentos a Fornecedores (–) Pagamentos de Despesas Operacionais (–) Pagamentos de Despesas Antecipadas (±) Outros Recebimentos e Pagamentos relativos à atividade operacional (=) Caixa Gerado (+) ou Consumido (–) nas atividades operacionais Método direto O método direto tem como premissa básica reproduzir fielmente a movimentação financeira refletida nos resultados e no Balanço Patrimonial (Padoveze, 2010, p. 24) Método direto Métodos de elaboração – método indireto 4 “No método indireto, os recursos derivados das atividades operacionais são indicados a partir do lucro líquido do Exercício” (Ribeiro, 2017, p. 371) Método indireto 1. Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais Lucro Líquido do Exercício (+/-) Receitas e Despesas não Efetivadas Financeiramente (+) Depreciac ̧ão, Amortizac ̧ão ou Exaustão (+) Despesas com a constituic ̧ão de Provisões (+) Transferências de Despesas Antecipadas para o resultado (–) Reversão de Provisões (–) Despesas Antecipadas pagas no Exercício (+/–) Resultado Negativo (Positivo) da Equivalência Patrimonial (+/–) Perda (Ganho) de Capital (+/–) Outras Receitas e Despesas que não envolvam numerário (–/+) Aumento/Diminuição em bens e direitos do Ativo Circulante de caráter operacional (+/–) Aumento/Diminuição em obrigações do Passivo Circulante de caráter operacional A reconciliação do resultado líquido é realizada por meio de adições ou subtrações, para se chegar ao caixa líquido resultante das operações e, nessas operações, deve-se levar em consideração, também os acréscimos ou as diminuições nos ativos e nos passivos circulantes operacionais (Rios; Marion, 2019) Benefícios obtidos com a DFC Benefícios possibilitados pela DFC Os usuários das demonstrações contábeis de uma entidade estão interessados em saber como ela gera e utiliza caixa e equivalentes de caixa Esse é o ponto, independentemente da natureza das atividades da entidade, e ainda que o caixa seja considerado como produto da entidade, como pode ser o caso de instituição financeira As entidades necessitam de caixa essencialmente pelas mesmas razões, por mais diferentes que sejam as suas principais atividades geradoras de receita Elas precisam de caixa para levar a efeito suas operações, pagar suas obrigações e proporcionar um retorno para seus investidores 5 O caixa é o coração da maioria dos aspectos do negócio, o que torna a DFC essencial para a empresa, uma vez que a prosperidade e sobrevivência da mesma dependerão de sua capacidade de geração de caixa (Borinelli; Pimentel, 2018) Benefícios possibilitados pela DFC Informações sobre o fluxo de caixa de uma entidade são úteis para proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis uma base para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como as necessidades da entidade de utilização desses fluxos de caixa Na Prática Considerando os termos utilizados pelo CPC para a elaboração da DFC, analise as assertivas abaixo: I. O termo caixa representa o conjunto de bens e direitos da empresa, a aplicação de recursos II. Fluxos de caixa dizem respeito a entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa III.As atividades de investimento são as principais atividades geradoras de receita da entidade e outras atividades que não são de investimento e tampouco de financiamento Assinale a alternativa correta: a) Apenas I e III estão corretas b) Apenas I e II estão corretas c) Apenas II está correta d) Apenas II e III estão corretas e) Apenas III correta Gabarito c) Apenas II está correta 6 Sobre a DFC, assinale a alternativa correta: a) A DFC é obrigatória para todas as companhias fechadas b) A DFC é uma demonstração dinâmica c) Utiliza-se o regime de competência na elaboração da DFC d) Na DFC, os fluxos de caixa são segregados em ativo, passivo e patrimônio líquido e) Para as companhias abertas, a DFC é obrigatória para as que possuem patrimônio líquido, na data do balanço, igual ou superior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) Gabarito b) A DFC é uma demonstração dinâmica Finalizando Demonstração do Fluxo de Caixa Segregação dos fluxos por atividade Métodos de Elaborac ̧ão da DFC - Método direto Métodos de Elaborac ̧ão da DFC - Método indireto Benefícios obtidos com a DFC Temas estudados na aula de hoje: Referências 7 BORINELLI, M. L.; PIMENTEL, R. C. Contabilidade para gestores, analistas e outros profissionais: de acordo com os pronunciamentos do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) e IFRS (Normas Internacionais de Contabilidade). 12. ed. São Paulo: Atlas, 2018. GELBCKE, E. R., et al. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as sociedades de acordo com as normas internacionais e do CPC. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2018. MARION, J. C. Contabilidade básica. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2018. __________. Introdução à contabilidade: com ênfase em teoria. Campinas: Alínea, 2009. OYADOMARI, J. C. T. Contabilidade gerencial: ferramentas para melhoria de desempenho empresarial. 1. ed. São Paulo:Atlas, 2018. OYADOMARI, J. C. T.; et. al. Contabilidade gerencial: ferramentas para melhoria de desempenho empresarial. São Paulo: Atlas, 2018. PADOVEZE, C. L. Manual de contabilidade básica: contabilidade introdutória e intermediária. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2018. SILVA, A. A. da. Estrutura, análise e interpretação das demonstrações contábeis. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2019. SILVA, A. A. da. Estrutura, análise e interpretação das demonstrações contábeis. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2019. VISCONTI, P.; NEVES, S. das. Contabilidade Básica. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
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