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Anatomia Veterinaria 1 O esqueleto axial compreende o crânio, a coluna vertebral, costelas, esterno. Em algumas literaturas também inclui o osso hioide. O crânio é a parte mais complexa do esqueleto. Constitui um meio de proteção para o encéfalo, os órgãos dos sentidos especiais (visão, olfato, audição, equilíbrio e gustação), as aberturas paras as passagens de ar e alimentos e os maxilares e mandíbulas, incluindo os dentes para mastigação. A maior parte dos ossos do crânio é unida por articulações serrilhadas, imóveis e fibrosas chamadas suturas. Elas tomam a aparência de linhas irregulares chamadas de linha de sutura. No crânio de animais jovens as linhas de sutura são mais evidentes. Com o evoluir da idade, ocorre a fusão de alguns ossos, com isso o desparecimento das suturas. Somente dois ossos formam articulações móveis permanentes com outras partes do crânio: A mandíbula (ou maxilar inferior) forma articulações sinoviais com os ossos temporais a o osso hioide que está inserido ao último por hastes de cartilagem. O crânio apresenta numerosos forames, canais e fissuras através dos quais os nervos crânicos e vasos sanguíneos entram e saem. Devido a complexidade do crânio, agrupamos os ossos em regiões; os ossos da caixa craniana, os ossos da face e os ossos da orelha. A caixa craniana é a porção do crânio que envolve o cérebro. Na maioria das espécies de animais domésticos, 11 ossos formam a caixa craniana e são divididos em ossos da caixa craniana externa e interna. São pelo menos parcialmente visíveis na superfície de um crânio intacto. Podendo usá-los como referências para descrever as localizações dos aspectos na cabeça de animais vivos. É o osso único que forma a base do crânio. É um osso importante porque está onde a medula espinhal sai do crânio e é o osso que se articula com a 1ª vértebra cervical (atlas). O forame magno (que fica no centro do osso occipital) é o lugar por onde a medula espinhal sai do crânio. De cada lado do forame magno estão os côndilos occipitais, que são superfícies articulares que se unem com a primeira vértebra cervical (atlas) para formar a articulação atlanto-occipital. Essa articulação é que liga a cabeça ao pescoço. São ossos pequenos localizados na linha média dorsal entre o osso occipital e os ossos parietais. Normalmente, são claramente visíveis em animais jovens. Em animais mais velhos, eles podem se fundir juntos em um osso, ou podem se fundir aos ossos parietais e se torar indistinguíveis. São dois ossos que forma as paredes dorsolaterais da caixa craniana. Eles são grandes e bem desenvolvidos em cães, gatos e humanos, mas são relativamente pequenos em cavalos e gado. Os dois ossos estão localizados abaixo ou ventral aos ossos parietais. Os ossos temporais são importantes porque foram as paredes laterais da caixa craniana, contém as estruturas médias e internas da orelha e são os ossos do crânio que formam as articulações temporomandibulares (ATMs) com a mandíbula. Em cada lado ventral ao meato acústico externo (abaixo dele) está a superfície côncava articular que recebe o côndilo da mandíbula para formar a ATM. Estas superfícies articulares estão localizadas na superfície ventral (ao fundo) de cada um dos ossos temporais. Os dois ossos formam a região da testa do crânio. Eles estão localizados bem rostral aos ossos parietais (à frente deles) e formam a porção rostrolateral da caixa craniana e uma porção da órbita, que é o soquete côncavo que segura o olho. Um grande seio paranasal – o seio frontal, está contido dentro do osso frontal. Em raças de gado com cornos, o processo cornual do osso frontal é o núcleo do chifre em torno do qual o corno se desenvolve. Este processo é oco e comunica-se com o seio frontal. Essa é uma razão para descornar o gado quando são jovens: antes de os brotos de chifre terem se unido com o osso frontal. Os ossos internos estão escondidos e não podem ser vistos sem a desmontagem do crânio. São eles: o osso esfenoide e o osso etmoide. Um osso sozinho que forma a parte ventral (ao fundo) da caixa craniana e contém uma depressão (fossa hipofisária) que a abriga a hipófise (glândula endócrina). O osso esfenoide está localizado bem rostral ao osso occipital (à frente dele). Na maioria dos animais, o osso esfenoide contém um seio paranasal chamado seio esfenoide. É um osso único localizado bem rostral ao osso esfenoide. Ele contém a crivada placa cribiforme através da qual muitos ramos do nervo olfatório passam da porção superior da cavidade nasal para os bulbos olfatórios do cérebro. Cavalos e humanos têm um pequeno seio paranasal, o seio etmoidal, no osso etmoide. São três pequenos pares de ossos da orelha que estão escondidos na orelha média, conhecidos como ossículos, são eles: martelo, bigorna e estribo. Sua função é transmitir as vibrações da membrana timpânica (tímpano) pela cavidade da orelha média para uma estrutura interna da orelha chamada cóclea. Na cóclea, células receptoras convertem as vibrações para impulsos nervosos que são interpretados pelo cérebro como som. Os ossos da face completam o resto do crânio. São divididos em ossos externos e ossos internos. Ossos incisivos: Os dois ossos, muitas vezes chamados pré-maxilares, são os ossos do crânio mais rostrais. Em todos os animais domésticos comuns, exceto os ruminantes, os ossos incisivos abrigam os dentes incisivos superiores. Obs: os ruminantes não têm dentes incisivos superiores; em vez disso, eles têm uma dura lâmina dental. Ossos nasais: Dois ossos formam a ponte do nariz, que é a parte dorsal ou superior da cavidade nasal. Dependendo da espécie e da raça do animal, existe uma variedade em relação ao tamanho e forma dos ossos nasais. O comprimento da face do animal é a principal influência. Animais de face longa, como o cavalo e cães de raças dolicocefálicas, entre outros animais apresentam ossos nasais longos e finos. Animais com faces curtas, como gatos e cães de raças braquicefálicas, entre outros animais, apresentam ossos nasais curtos e mais triangulares. Os dois ossos compõe a maior parte do maxilar superior (Os ossos incisivos compõem o resto). Os ossos maxilares abrigam os dentes caninos superiores, todos os dentes da bochecha (pré-molares e molares) e os seios maxilares. Juntamente com os ossos palatinos, os ossos maxilares formam a porção. (Os ossos maxilares formam a porção rostral do palato duro, e os ossos palatinos formam a parte caudal). São dois ossos pequenos que formam parte da porção medial da órbita do olho. Um espaço dentro de cada ossos lacrimal abriga o saco lacrimal, que é a parte do sistema de drenagem lacrimal do olho. São dois ossos também conhecidos como ossos malares. Eles formam uma porção da órbita do olho e juntam-se com um processo dos ossos temporais para formarem os arcos zigomáticos de ambos os lados do crânio. Os arcos zigomáticos são marcos ósseos facilmente palpáveis abaixo e atrás dos olhos que formam a parte mais larga do crânio de cães e gatos. A mandíbula é o maxilar inferior. Ela abriga todos os dentes inferiores e é o único osso móvel do crânio. Ela forma a ATM com o osso temporal de cada lado. Em algumas espécies como os cães, gatos e gado, os dois lados da mandíbula são ossos separados unidos por uma articulação cartilaginosa, chamada sínfise mandibular. A mandíbula contém duas principais regiões: o corpo e o ramo. O corpo da mandíbula é a porção horizontal que abriga todos os dentes. O ramo da mandíbula é o segmento vertical, onde os músculos da mandíbula se prendem e onde os côndilos articulares que formam as ATMs com os ossos temporais estão localizados. Os dois ossos compõe a porção caudal do palato duro. Os dois ossos pequenos sustentam parte das paredes lateraisda faringe. É apenas um único osso que está localizado na linha média do crânio e forma parte do septo nasal (que é a “parede” central entre as passagens nasais da esquerda e da direita). São quatro ossos finos como pergaminhos que preenchem a maior parte do espaço na cavidade nasal. Cada lado tem uma concha nasal dorsal e ventral. As conchas são cobertas por um tecido mole de revestimento das fossas nasais (úmido e muito vascular). Tem formato de pergaminho, com isso força o ar inalado através do nariz a fazer muitas voltas e viradas conforme ele passa pela cavidade nasal. Isto ajuda a aquecer e umidificar o ar e também ajuda aprisionar partículas inaladas de material estranho. Este processo ajuda a condicionar o ar inspirado antes que ele chegue aos pulmões.
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