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Apostila - Conceitos gerais p/ concurso - Direito Penal Militar II

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Sumário 
Considerações Iniciais ......................................................................................................................................... 4 
Crimes Contra a Pessoa ...................................................................................................................................... 4 
1- Lesão corporal ............................................................................................................................................ 6 
1.1 Lesão grave .......................................................................................................................................... 6 
1.2 Lesão gravíssima ................................................................................................................................... 7 
1.3 Lesão qualificada pelo resultado ......................................................................................................... 7 
1.4 Lesão privilegiada ................................................................................................................................ 7 
1.5 Lesão levíssima...................................................................................................................................... 7 
1.6 Lesão culposa ........................................................................................................................................ 8 
2- Participação em rixa .................................................................................................................................. 8 
3-Abandono de pessoa .................................................................................................................................. 9 
13-Violação de domicílio .............................................................................................................................. 10 
13.1 Forma qualificada ............................................................................................................................ 11 
13.2 Aumento de pena ............................................................................................................................. 11 
15-Divulgação de segredo ........................................................................................................................... 11 
17-Violação de segredo profissional ........................................................................................................... 12 
Considerações Finais ......................................................................................................................................... 12 
Questões Comentadas ...................................................................................................................................... 14 
Lista de Questões .............................................................................................................................................. 23 
Gabarito ........................................................................................................................................................... 28 
 
 
 
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Olá, amigo concurseiro! 
Estudaremos hoje mais alguns crimes previstos do Código Penal Militar que são minimamente cobrados em 
concursos. Desta maneira, a fim de sermos sucintos e objetivos na nossa aula, vamos nos ater a leitura atenta 
dos dispositivos e tecer alguns comentários quando considerarmos importante. 
Nem todos os artigos que estudaremos hoje serão comentados já que, nestes casos, o texto legal e sua leitura 
atenta já é suficiente para a sua prova de Direito Penal Militar. 
Os artigos que já foram cobrados em provas (mesmo que raríssimas vezes) estão destacados de amarelo. 
Bons estudos! 
CRIMES CONTRA A PESSOA 
CAPÍTULO I 
DO HOMICÍDIO 
Homicídio simples 
Art. 205. Matar alguém: 
 Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
Minoração facultativa da pena 
 § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou 
sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode 
reduzir a pena, de um sexto a um terço. 
Homicídio qualificado 
 § 2° Se o homicídio é cometido: 
 I - por motivo fútil; 
 II - mediante paga ou promessa de recompensa, por cupidez, para excitar ou saciar desejos 
sexuais, ou por outro motivo torpe; 
 III - com emprego de veneno, asfixia, tortura, fogo, explosivo, ou qualquer outro meio 
dissimulado ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; 
 IV - à traição, de emboscada, com surpresa ou mediante outro recurso insidioso, que dificultou 
ou tornou impossível a defesa da vítima; 
 V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime; 
 VI - prevalecendo-se o agente da situação de serviço: 
 Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
Homicídio culposo 
 Art. 206. Se o homicídio é culposo: 
 Pena - detenção, de um a quatro anos. 
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 § 1° A pena pode ser agravada se o crime resulta de inobservância de regra técnica de 
profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima. 
Multiplicidade de vítimas 
 § 2º Se, em consequência de uma só ação ou omissão culposa, ocorre morte de mais de uma 
pessoa ou também lesões corporais em outras pessoas, a pena é aumentada de um sexto até 
metade. 
Provocação direta ou auxílio a suicídio 
 Art. 207. Instigar ou induzir alguém a suicidar-se, ou prestar-lhe auxílio para que o faça, 
vindo o suicídio consumar-se: 
 Pena - reclusão, de dois a seis anos. 
 § 1º Se o crime é praticado por motivo egoístico, ou a vítima é menor ou tem diminuída, por 
qualquer motivo, a resistência moral, a pena é agravada. 
Provocação indireta ao suicídio 
 § 2º Com detenção de um a três anos, será punido quem, desumana e reiteradamente, inflige 
maus tratos a alguém, sob sua autoridade ou dependência, levando-o, em razão disso, à prática 
de suicídio. 
Redução de pena 
 § 3° Se o suicídio é apenas tentado, e da tentativa resulta lesão grave, a pena é reduzida de 
um a dois terços. 
CAPÍTULO II 
DO GENOCÍDIO 
Genocídio 
 Art. 208. Matar membros de um grupo nacional, étnico, religioso ou pertencente a 
determinada raça, com o fim de destruição total ou parcial desse grupo: 
 Pena - reclusão, de quinze a trinta anos. 
Casos assimilados 
 Parágrafo único. Será punido com reclusão, de quatro a quinze anos, quem, com o mesmo 
fim: 
 I - inflige lesões graves a membros do grupo; 
 II - submete o grupo a condições de existência, físicas ou morais, capazes de ocasionar a 
eliminação de todos os seus membros ou parte deles; 
 III - força o grupo à sua dispersão; 
 IV - impõe medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo; 
 V - efetua coativamente a transferência de crianças do grupo para outro grupo. 
CAPÍTULO III 
DA LESÃO CORPORAL E DA RIXA 
Lesão leve 
 Art. 209. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano. 
Lesão grave 
 § 1° Se se produz, dolosamente, perigo de vida, debilidade permanente de membro, sentido 
ou função, ou incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias: 
 
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 Pena - reclusão, até cinco anos. 
 § 2º Se se produz, dolosamente, enfermidade incurável, perda ou inutilização de membro, 
sentido ou função, incapacidade permanente para o trabalho, ou deformidade duradoura: 
 Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
Lesões qualificadas pelo resultado 
 § 3º Se os resultados previstos nos §§ 1º e 2º forem causados culposamente, a pena será de 
detenção, de um a quatro anos; se da lesão resultar morte e ascircunstâncias evidenciarem que o 
agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena será de reclusão, até oito 
anos. 
Minoração facultativa da pena 
 § 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor moral ou social ou 
sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode 
reduzir a pena, de um sexto a um terço. 
 § 5º No caso de lesões leves, se estas são recíprocas, não se sabendo qual dos contendores 
atacou primeiro, ou quando ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior, o juiz pode 
diminuir a pena de um a dois terços. 
Lesão levíssima 
 § 6º No caso de lesões levíssimas, o juiz pode considerar a infração como disciplinar. 
 
1- Lesão corporal 
O tipo penal em questão tutela a integridade corporal (física e psíquica) da pessoa humana. O delito pode 
ser cometido tanto por militar da ativa (federal ou estadual) ou ainda pelo militar inativo, ou mesmo pelo 
civil. O sujeito passivo é a pessoa atingida pela conduta, que pode ser civil ou militar. 
O caput do art. 209 trata da lesão corporal simples, cujo núcleo é o verbo “ofender”, ou seja, lesar, agredir, 
turbar, e o objeto é a saúde física ou mental, ou ainda a integridade corporal da pessoa humana. A 
integridade corporal é a higidez física, enquanto a saúde se refere ao funcionamento do organismo humano. 
A lesão corporal pode consumar-se por ação ou omissão, dirigida sempre a outra pessoa, já que o 
ordenamento jurídico não pune a autolesão, em obediência ao princípio da alteridade. 
A materialidade da ofensa física é conhecida por meio do exame de corpo de delito, que sempre é necessário 
para mensuração do resultado. Lembre-se de que diferentes gradações da lesão corporal resultarão na 
aplicação de diferentes penas. 
Nesse sentido classificamos a lesão corporal como levíssima, leve, grave, gravíssima e seguida de morte, na 
proporção que consta nos parágrafos do art. 209. 
1.1 Lesão grave 
A lesão grave, prevista no §1º, é aquela em que “se produz, dolosamente, perigo de vida, debilidade 
permanente de membro, sentido ou função, ou incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta 
dias”. 
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A pena máxima é de 5 anos de reclusão, mas não encontramos no preceito secundário menção à penalização 
mínima. Isso nos obriga a invocar o art. 58 do Código Penal Militar, que determina um mínimo de 1 ano para 
a pena de reclusão. 
Ao contrário do Código Penal comum, o Código Penal Militar não traz a qualificadora resultante da 
provocação de aceleração de parto, o que não impede que se aplique o §1o do art. 209 do Código Penal 
Militar em razão da existência de perigo de vida, por exemplo. 
1.2 Lesão gravíssima 
O §2o trata da lesão gravíssima, que ocorrerá “se se produz, dolosamente, enfermidade incurável, perda ou 
inutilização de membro, sentido ou função, incapacidade permanente para o trabalho, ou deformidade 
duradoura”. Neste caso a pena é a reclusão de 2 a 8 anos. 
1.3 Lesão qualificada pelo resultado 
 O §3o do art. 209 traz as chamadas lesões qualificadas pelo resultado, cominando pena de reclusão de 1 a 
4 anos se “os resultados previstos nos §§ 1º e 2º forem causados culposamente”. Há ainda a previsão de 
pena de até 8 anos, se “da lesão resultar morte e as circunstâncias evidenciarem que o agente não quis o 
resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo”. 
Este é o caso de preterdolo, que não deve ser confundido com a lesão corporal culposa tipificada pelo art. 
210. Neste caso o agente quis praticar a lesão, mas não o resultado mais grave. 
Na segunda parte do §3º temos a lesão corporal seguida de morte da vítima. Neste caso o agente teve apenas 
a intenção de provocar a lesão, e não o resultado morte, evidenciando que também se trata de uma 
modalidade preterdolosa. Há inclusive quem chame a lesão corporal seguida de morte de “homicídio 
preterdoloso”. 
1.4 Lesão privilegiada 
O §4º traz o que alguns chamam de lesão corporal privilegiada, que na verdade traz uma coisa especial de 
diminuição da pena. O §5º traz uma outra causa especial de diminuição da pena, que deve ser aplicada 
somente no caso da lesão leve. 
1.5 Lesão levíssima 
Por fim, o §6º, que não tem paralelo no Código Penal comum, trata da lesão corporal levíssima, que é aquela 
que não provoca qualquer alteração no cotidiano dos ofendidos, como pequenos eritemas e hematomas. 
 
 
Lesão culposa 
 Art. 210. Se a lesão é culposa: 
 Pena - detenção, de dois meses a um ano. 
 § 1º A pena pode ser agravada se o crime resulta de inobservância de regra técnica de 
profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima. 
Aumento de pena 
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 § 2º Se, em consequência de uma só ação ou omissão culposa, ocorrem lesões em várias 
pessoas, a pena é aumentada de um sexto até metade. 
 
1.6 Lesão culposa 
A conduta núcleo deste crime é a mesma da lesão corporal dolosa, mas aqui estamos falando da conduta 
culposa, em que o agente não teve a intenção de praticar a conduta. 
Neste tipo penal não se mensura o grau da lesão, já que o agente não pretendia praticar a conduta e nem 
assumiu o risco de produzir o resultado. 
O §1º traz causa especial de aumento de pena, decorrente da “inobservância de regra técnica de profissão, 
arte ou ofício” ou do fato de o agente deixar de “prestar imediato socorro à vítima”. 
O §2º traz ainda um diferenciador na dosimetria da pena, nos casos em que há multiplicidade de vítimas, ou 
seja, lesões em mais de uma pessoa, em decorrência de uma só ação ou omissão culposa. 
Participação em rixa 
 Art. 211. Participar de rixa, salvo para separar os contendores: 
 Pena - detenção, até dois meses. 
 Parágrafo único. Se ocorre morte ou lesão grave, aplica-se, pelo fato de participação na rixa, 
a pena de detenção, de seis meses a dois anos. 
2- Participação em rixa 
Rixa é uma luta corporal entre várias pessoas, em agressões recíprocas, desde que estejam participando pelo 
menos 3 pessoas. Neste caso não basta a discussão ou ofensa verbal, sendo necessário que haja violência 
física. 
A pena cominada é mínima (detenção de até 2 meses). Neste caso, segundo a regra do art. 58 do Código 
Penal Militar, a pena mínima será de 1 mês de detenção. 
A ação que corresponde a esse tipo penal é aquela praticada pela pessoa contra qualquer outra envolvida 
na rixa, e não contra alguém específico. Neste caso estaríamos diante de lesão corporal. 
O parágrafo único, que trata de uma qualificadora, comina pena de detenção de 6 meses a 2 anos se ocorrer 
morte ou lesão grave. Neste caso a qualificadora alcançará todos os envolvidos na rixa, e não um agente em 
específico. Se for possível identificar o autor do resultado mais grave, ele responderá por lesão corporal ou 
homicídio, a depender do caso. 
CAPÍTULO IV 
DA PERICLITAÇÃO DA VIDA OU DA SAÚDE 
Abandono de pessoa 
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 Art. 212. Abandonar o militar, pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou 
autoridade e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono: 
 Pena - detenção, de seis meses a três anos. 
Formas qualificadas pelo resultado 
 § 1º Se do abandono resulta lesão grave: 
 Pena - reclusão, até cinco anos. 
 § 2º Se resulta morte: 
 Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
3-Abandono de pessoa 
Este crime conta com idêntica tipificação no art. 133 do Código Penal comum, sob o nome de “abandono de 
incapaz”. A única diferença aqui é que o sujeito ativo do crime de abandono de pessoa só pode ser militar, 
seja federal ou estadual. 
O núcleo do tipo é o verbo “abandonar”, ou seja, deixar à própria sorte, sem cuidados. O autor do crime é o 
militarque abandona a pessoa incapaz de defender-se dos riscos que podem advir em consequência desse 
abandono. Essa vítima pode ser, por exemplo, uma pessoa que está sob cuidado de um policial militar ou 
bombeiro militar, ou ainda alguém que esteja sob autoridade do criminoso, como o interno de uma escola 
militar em relação ao seu comandante. 
A incapacidade aqui mencionada não se confunde com o conceito de incapacidade civil. Para fins de estudo 
deste crime, a incapacidade deve ser entendida como a impossibilidade de defender-se diante da situação 
de perigo posta. 
Trata-se de um crime de perigo concreto, ou seja, em que o perigo precisa ser provado, demonstrado. Além 
disso, a conduta pode ser perpetrada por ação ou omissão. 
O §1º do art. 212 traz uma qualificadora, em razão da qual é cominada a pena de reclusão de 1 a 5 anos 
quando o abandono tiver por resultado lesão grave. O §2º, por sua vez, qualifica o crime quando o resultado 
for a morte da vítima, cominando como pena a reclusão de 4 a 12 anos. Aqui estamos diante de modalidades 
preterdolosas. 
 
Seção II - Do crime contra a inviolabilidade do domicílio 
Violação de domicílio 
 Art. 226. Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade 
expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências: 
 Pena - detenção, até três meses. 
Forma qualificada 
 § 1º Se o crime é cometido durante o repouso noturno, ou com emprego de violência ou de 
arma, ou mediante arrombamento, ou por duas ou mais pessoas: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena correspondente à violência 
Agravação de pena 
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 § 2º Aumenta-se a pena de um terço, se o fato é cometido por militar em serviço ou por 
funcionário público civil, fora dos casos legais, ou com inobservância das formalidades prescritas 
em lei, ou com abuso de poder. 
Exclusão de crime 
 § 3º Não constitui crime a entrada ou permanência em casa alheia ou em suas dependências: 
 I - durante o dia, com observância das formalidades legais, para efetuar prisão ou outra 
diligência em cumprimento de lei ou regulamento militar; 
 II - a qualquer hora do dia ou da noite para acudir vítima de desastre ou quando alguma 
infração penal está sendo ali praticada ou na iminência de o ser. 
Compreensão do termo "casa" 
 § 4º O termo "casa" compreende: 
 I - qualquer compartimento habitado; 
 II - aposento ocupado de habitação coletiva; 
 III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade. 
 § 5º Não se compreende no termo "casa": 
 I - hotel, hospedaria, ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição 
do nº II do parágrafo anterior; 
 II - taverna, boate, casa de jogo e outras do mesmo gênero. 
 
13-Violação de domicílio 
Os núcleos da conduta prevista neste tipo são os verbos “entrar” e “permanecer”. Isso pode ocorrer de forma 
clandestina (sem conhecimento do morador do local) ou astuciosa (em que o morador é enganado para 
permitir a entrada ou permanência do agente). 
Existem ainda hipóteses de exclusão de ilicitude, como ocorre, por exemplo, quando se adentra a residência 
de alguém em cumprimento de ordem judicial (somente permitido durante o dia). Outra possibilidade é de 
flagrante delito ou desastre, para prestar socorro. Todas essas são previsões que constam expressamente na 
Constituição Federal de 1988. 
Um esclarecimento que precisa ser feito neste ponto é o do significado da palavra “casa”. Diversos autores 
aplicam as mesmas teorias desenvolvidas pelos constitucionalistas, concluindo pela equivalência entre os 
termos “domicílio” e “casa”. 
O inciso I do §4o do art. 226 do Código Penal Militar compreende casa como qualquer local habitado, o que 
leva a uma interpretação extensiva do termo, abarcando as adjacências do imóvel principal. As dependências 
devem ter claras indicações de restrição de entrada, como cercas, muros, etc. 
Os incisos II e III, por sua vez, ampliam ainda mais o conceito, alcançando quartos de hotel, de motel, de 
mosteiros, colégios internos, etc., bem como os locais de exercício de profissões, como escritórios. 
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13.1 Forma qualificada 
 O §1o do art. 226 traz uma forma qualificada, elevando a pena cominada de 6 meses a 2 anos, além da pena 
correspondente à violência, quando “o crime é cometido durante o repouso noturno, ou com emprego de 
violência ou de arma, ou mediante arrombamento, ou por duas ou mais pessoas”. 
13.2 Aumento de pena 
O §2o apresenta uma causa especial de aumento de pena, majorada de um terço quando o fato é cometido 
por militar em serviço ou por funcionário público civil, fora dos casos legais, ou com inobservância das 
formalidades prescritas em lei, ou com abuso de poder. 
 
Seção III - Dos crimes contra a inviolabilidade de correspondência ou comunicação 
Violação de correspondência 
 Art. 227. Devassar indevidamente o conteúdo de correspondência privada dirigida a outrem: 
 Pena - detenção, até seis meses. 
 § 1º Nas mesmas penas incorre: 
 I - quem se apossa de correspondência alheia, fechada ou aberta, e, no todo ou em parte, a 
sonega ou destrói; 
 II - quem indevidamente divulga, transmite a outrem ou utiliza, abusivamente, comunicação 
telegráfica ou radioelétrica dirigida a terceiro, ou conversação telefônica entre outras pessoas; 
 III - quem impede a comunicação ou a conversação referida no número anterior. 
Aumento de pena 
 § 2º A pena aumenta-se de metade, se há dano para outrem. 
 § 3º Se o agente comete o crime com abuso de função, em serviço postal, telegráfico, 
radioelétrico ou telefônico: 
 Pena - detenção, de um a três anos. 
Natureza militar do crime 
 § 4º Salvo o disposto no parágrafo anterior, qualquer dos crimes previstos neste artigo só é 
considerado militar no caso do art. 9º, nº II, letra a. 
 
15-Divulgação de segredo 
O sujeito ativo deste crime deve ser o destinatário ou detentor do documento, pressupondo, quanto ao 
destinatário, conhecimento lícito do conteúdo divulgado. 
A conduta tipificada é o ato de divulgar, ou seja, tornar público, dar conhecimento a um número 
indeterminado de pessoas, por qualquer meio eficaz. A expressão “sem justa causa” denota a adoção da 
antijuridicidade como elemento normativo do ilícito. Se houver justa causa para a divulgação, não haverá 
crime. 
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É fundamental ainda que o conteúdo divulgado tenha o condão de causar dano a outrem, não importando 
se a informação era formalmente sigilosa ou confidencial. 
A consumação do delito se dá quando terceiros tomam conhecimento do conteúdo que deveria ter sido 
resguardado. 
 
Violação de segredo profissional 
 Art. 230. Revelar, sem justa causa, segredo de que tem ciência, em razão de função ou 
profissão, exercida em local sob administração militar, desde que da revelação possa resultar dano 
a outrem: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano. 
Natureza militar do crime 
 Art. 231. Os crimes previstos nos arts. 228 e 229 somente são considerados militares no 
caso do art. 9º, nº II, letra a. 
 
17-Violação de segredo profissional 
O núcleo da conduta neste caso é o verbo “revelar”, ou seja, trazer à luz segredo obtido em razão do exercício 
de função ou profissão. Perceba que neste tipo penal o legislador optou por utilizar o verbo “revelar” em vez 
de “divulgar”, dando a entender que a revelação a uma só pessoa já seria suficiente para caracterização do 
delito. 
A revelação do segredo deve ser capaz de causar dano, não sendo necessário que este se efetive. Por outro 
lado, deve ser demonstrada a potencialidade do dano, de qualquer natureza (patrimonial, moral,etc.). Mais 
uma vez aqui a antijuridicidade aparece como elemento normativo do tipo: a revelação deve dar-se sem 
justa causa, ou seja, de forma ilícita. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Chegamos ao final da aula! Vimos uma pequena parte da matéria, entretanto, um assunto muito relevante 
para a compreensão da disciplina como um todo. 
Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato conosco. Estou disponível no fórum no Curso, 
por e-mail e nas minhas redes sociais. 
Aguardo vocês na próxima aula. Até lá! 
Paulo Guimarães 
E-mail: professorpauloguimaraes@gmail.com 
Instagram: @profpauloguimaraes 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
 
1. Ano: 2017, Banca: VUNESP, Órgão: TJM-SP, Prova: Escrevente Técnico Judiciário 
Fraudar o cumprimento de decisão da Justiça Militar caracteriza o crime militar de fraude processual. 
Certo 
Errado 
Comentário: 
A assertiva está incorreta. 
Este é o crime de desobediência à decisão judicial art. 349 do CPM. 
2. Ano: 2016, Banca: VUNESP, Órgão: TJM-SP, Prova: Juiz de Direito 
Provocar a ação da autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime sujeito à jurisdição militar, só 
caracterizará o crime militar de “comunicação falsa de crime” se o autor da conduta sabe que o crime 
comunicado não se verificou. 
Certo 
Errado 
Comentário: 
A assertiva está correta. 
O crime de comunicação falsa de crime consiste em provocar a ação da autoridade, comunicando-lhe a 
ocorrência de crime sujeito à jurisdição militar, que sabe não se ter verificado. (Art. 344). 
3. Ano: 2016, Banca: VUNESP, Órgão: TJM-SP, Prova: Juiz de Direito 
Acusar-se, perante a autoridade, de crime sujeito à jurisdição militar, praticado por outrem, é fato atípico no 
âmbito penal militar. 
Certo 
Errado 
Comentário: 
A assertiva está incorreta. 
Autoacusação falsa é crime previsto no art. 345 do CPM. Este crime consiste em acusar-se, perante a 
autoridade, de crime sujeito à jurisdição militar, inexistente ou praticado por outrem. 
 
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4. Ano: 2016, Banca: VUNESP, Órgão: TJM-SP, Prova: Juiz de Direito 
O militar que se acusar, perante a autoridade, de crime sujeito à jurisdição militar, inexistente, não incorre 
em crime em virtude da atipicidade da sua conduta. 
Certo 
Errado 
Comentário: 
A assertiva está incorreta. 
Autoacusação falsa é crime previsto no art. 345 do CPM. Este crime consiste em acusar-se, perante a 
autoridade, de crime sujeito à jurisdição militar, inexistente ou praticado por outrem. 
 
5. Ano: 2017, Banca: VUNESP, Órgão: TJM-SP, Prova: Escrevente Técnico Judiciário 
Provocar a ação da autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime sujeito à jurisdição militar, que sabe 
não se ter verificado, caracteriza o crime militar de denunciação caluniosa. 
Certo 
Errado 
Comentário: 
A assertiva está incorreta. 
O crime é o de Comunicação falsa de crime previsto no art. 344 do CPM. Este crime consiste em provocar a 
ação da autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime sujeito à jurisdição militar, que sabe não se ter 
verificado. 
6. Ano: 2016, Banca: VUNESP, Órgão: TJM-SP, Prova: Juiz de Direito 
Julgue se a alternativa indica um crime propriamente militar, de acordo com a denominada Teoria Clássica. 
Dano em navio de guerra ou mercante em serviço militar (art. 263 do Código Penal Militar). 
Certo 
Errado 
Comentário: 
A assertiva está incorreta. 
O crime de dano é crime impropriamente militar e pode ser perpetrado por qualquer pessoa. É crime que 
admite a tentativa por ser plurissubsistente, além disso os crimes de dano simples, dano atenuado e dano 
qualificado são admitidos apenas na forma dolosa. 
7. Ano: 2015, Banca: VUNESP, Órgão: TJ-MS, Prova: Juiz Substituto 
Se o agente consuma o homicídio, mas não obtém êxito na subtração de bens da vítima por circunstâncias 
alheias à sua vontade, responderá por crime de homicídio qualificado consumado. 
Certo 
Errado 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/vunesp
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/tj-ms
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2015-tj-ms-juiz-substituto
 
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Comentário: 
A assertiva está incorreta. 
Estamos aqui diante do crime de latrocínio. 
Aqui cabe destacar o crime de latrocínio previsto no §3º do art. 242. 
É importante destacar que ocorrendo a morte dolosa em decorrência da violência, estaremos diante do tipo 
penal de latrocínio, já no caso de ocorrer a morte dolosa em decorrência da ameaça do emprego de violência, 
estaríamos diante de um concurso de crimes (roubo simples + homicídio doloso), o que resulta numa pena 
mais grave, decorrente de uma conduta menos gravosa. É irrelevante se a lesão patrimonial deixa de 
consumar-se. 
 
8. Ano: 2013, Banca: CESPE, Órgão: STM, Prova: Juiz de Direito 
Ao furto qualificado pela destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa, ou com abuso de 
confiança, mediante emprego de chave falsa ou por concurso de duas ou mais pessoas não se aplicam a 
atenuante do pequeno valor da coisa e a causa de diminuição de pena pela restituição do bem, pois há maior 
desvalor da ação. 
Certo 
Errado 
Comentário: 
A assertiva está incorreta. 
É qualificado o furto se é praticado: com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; com 
abuso de confiança ou mediante fraude, escalada ou destreza; com emprego de chave falsa ou mediante 
concurso de duas ou mais pessoas. 
 Neste caso é possível a aplicação da atenuante do §2º do art. 240 que diz respeito à atenuação pela 
reparação do dano ou restituição da coisa antes do recebimento da denúncia, por força do §7º deste mesmo 
dispositivo. 
 
9. Ano: 2013, Banca: CESPE, Órgão: STM, Prova: Juiz de Direito 
Em determinada missão militar de treinamento, foram utilizados diversos aparelhos de localização por 
satélite, de propriedade das Forças Armadas, sob a supervisão e vigilância do sargento Z, responsável pela 
instrução. No fim do dia, depois de cumprida a missão, no momento da restituição dos equipamentos, o 
soldado X manteve em seu poder o equipamento que lhe fora entregue para a o exercício, tendo, em conluio 
com o soldado F, falsificado de forma grosseira a assinatura do sargento M, responsável pelo recebimento 
do patrimônio, na guia de restituição de patrimônio. Ao conferir todos os bens utilizados, o diligente militar 
imediatamente percebeu a ausência do equipamento em questão e a falsificação de sua assinatura no 
documento. Prontamente, ele comunicou o fato ao oficial responsável pela missão, que ordenou a revista 
em todos os militares participantes da instrução. O equipamento foi, então, encontrado na mochila do 
soldado X. Este, por sua vez, confessou o fato e disse que pretendia apenas utilizar o equipamento em uma 
trilha particular e que o restituiria logo em seguida. O soldado F declarou ter assinado o documento a pedido 
do soldado X, por ter a letra parecida com a do sargento M, mediante a promessa de ser posteriormente 
compensado pelo auxílio. O bem foi avaliado em mil e duzentos reais. 
 
 17 
O crime perpetrado pelos militares foi o de furto qualificado mediante fraude e concurso de agentes, na 
forma tentada. 
Certo 
Errado 
Comentário: 
A assertiva está correta. 
É qualificado o furto se é praticado: com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; com 
abuso de confiança ou mediante fraude, escalada ou destreza; com emprego de chave falsa ou mediante 
concurso de duas ou mais pessoas. 
10. Ano: 2013, Banca: CESPE, Órgão: STM, Prova: Juiz de Direito 
De acordo com preceito expresso do CPM, o furto praticado contra o patrimônio da fazenda nacional é 
sempre qualificado, o que não afasta, por si só, a possibilidade de incidência do privilégio em razão do 
pequeno valor da coisa subtraída e o arrependimento posterior consistente na reparação do dano ou 
restituição do bem. 
Certo 
Errado 
Comentário: 
A assertiva está correta.Importante notar aqui que o Código Penal Militar preferiu restringir esta qualificadora à afetação do 
patrimônio da Fazenda Nacional e não à Fazenda Pública. A pena cominada ao crime será de reclusão de dois 
a seis anos, podendo também ser aplicadas as atenuantes dos §§ 1º e 2º do art. 240. 
 
11. Ano: 2013, Banca: CESPE, Órgão: STM, Prova: Juiz de Direito 
A agravante decorrente do furto perpetrado no período noturno não se encontra prevista de forma expressa 
no CPM. O escopo de legislador na norma penal comum foi proteger a casa onde repousa o indivíduo, não 
se aplicando, portanto, tal agravante à pena pelo furto de patrimônio sob a administração militar. 
Certo 
Errado 
Comentário: 
A assertiva está incorreta 
Este crime não só está previsto no CPM como é tratado de maneira mais rígida que no Código Penal comum 
que prevê o aumento de pena durante o repouso noturno (22h às 6h). Repouso noturno não se confunde 
com noite. Noite se configura como o período entre o pôr do sol e o amanhecer. No Código Penal Militar, 
portanto, a qualificadora ocorrerá simplesmente pelo fato do delito ter sido cometido durante o período 
noturno. 
 
12. Ano: 2013, Banca: CESPE Órgão: STM, Prova: Juiz de Direito 
 
 18 
O CPM não admite a figura do furto qualificado-privilegiado. 
Certo 
Errado 
Comentário: 
A assertiva está incorreta 
No Código Penal Militar há diversas formas de formas qualificadas do furto. Vale ainda destacar (Art. 240, 
§7º) que embora o crime se encaixe em hipóteses de agravação isso não impede a aplicação de atenuantes, 
existindo, portanto, o crime de furto qualificado-privilegiado. 
13. Ano: 2013, Banca: CESPE Órgão: STM, Prova: Juiz de Direito 
Extinguir-se-á a punibilidade do crime de furto simples se o criminoso, sendo primário, restituir a coisa ao 
seu dono ou reparar o dano causado, antes de instaurada a ação penal. 
Certo 
Errado 
Comentário: 
A assertiva está incorreta 
Outra hipótese de atenuação se dá no caso em que o criminoso, sendo primário, restitui a coisa ao seu dono 
ou repara o dano causado, antes de instaurada a ação penal. (Art. 240) 
14. Ano: 2013, Banca: CESPE, Órgão: STM, Prova: Juiz de Direito 
Em relação ao crime de furto, o CPM admite que incida o arrependimento posterior, com a substituição da 
pena de reclusão pela de detenção ou a sua diminuição de um a dois terços, ou, ainda, que se considere a 
infração como disciplinar, desde que o agente seja primário e, antes de instaurada a ação penal, restitua a 
coisa ao seu dono ou repare o dano causado. Nesse caso, para a incidência da causa de diminuição de pena 
pela reparação ou restituição do bem, não se levará em consideração o valor do bem subtraído, sendo 
admitida, de forma diversa do CP, a extensão desse benefício ao coautor e ao partícipe, por se tratar de 
circunstância de natureza objetiva. 
Certo 
Errado 
Comentário: 
A assertiva está incorreta 
Outra hipótese de atenuação se dá no caso em que o criminoso, sendo primário, restitui a coisa ao seu dono 
ou repara o dano causado, antes de instaurada a ação penal. (Art. 240). Esta causa de diminuição leva em 
consideração o valor do bem subtraído. 
Vejamos a redação do §1º: 
 Furto atenuado 
 § 1º Se o agente é primário e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão 
pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou considerar a infração como disciplinar. Entende-se 
pequeno o valor que não exceda a um décimo da quantia mensal do mais alto salário mínimo do país. 
 
 19 
15. Ano: 2013, Banca: CESPE Órgão: STM, Prova: Juiz de Direito 
Tratando-se do crime de furto, se o agente for primário e for de pequeno valor a coisa furtada, o juiz poderá 
substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou considerar a infração como 
disciplinar. Para esse fim, entende-se como pequeno o valor que não exceda a quantia mensal 
correspondente ao mais alto salário mínimo do país. 
Certo 
Errado 
Comentário: 
A assertiva está incorreta 
Vejamos a redação do §1º: 
 Furto atenuado 
 § 1º Se o agente é primário e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão 
pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou considerar a infração como disciplinar. Entende-se 
pequeno o valor que não exceda a um décimo da quantia mensal do mais alto salário mínimo do país. 
16. Ano: 2013, Banca: CESPE, Órgão: STM, Prova: Juiz de Direito 
No sentenciamento do agente que tiver praticado crime de furto, se o valor do bem não exceder ao décuplo 
do valor do salário mínimo vigente no país, o juiz poderá diminuir a pena de um a dois terços, podendo, 
ainda, deixar de aplicar a pena e conceder o perdão judicial, considerando o fato apenas como infração 
disciplinar. 
Certo 
Errado 
Comentário: 
A assertiva está incorreta 
Nesta alternativa o examinador fala em perdão judicial. Há apenas uma modalidade de perdão judicial no 
CPM, que é na receptação culposa. 
Além disso, décuplo é diferente de décimo. Décuplo significa 10x mais diferente do que a lei propõe (1/10). 
Vejamos A Redação Do §1º: 
 Furto atenuado 
 § 1º Se o agente é primário e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão 
pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou considerar a infração como disciplinar. Entende-se 
pequeno o valor que não exceda a um décimo da quantia mensal do mais alto salário mínimo do país. 
17. Ano: 2013, Banca: CESPE Órgão: STM, Prova: Juiz de Direito 
Não constitui crime militar a subtração de coisa alheia móvel para fim de uso momentâneo, desde que seja 
imediatamente restituída ou reposta no lugar onde se achava. 
Certo 
Errado 
 
 20 
Comentário: 
A assertiva está incorreta 
Este crime tem como conduta nuclear “subtrair”, ou seja, tirar, tomar, sacar sem o conhecimento e 
consentimento da vítima, invertendo-se a posse da coisa. Essa subtração deve ser de coisa alheia móvel e 
deve ter o propósito de permanecer com a coisa, ainda que temporariamente, ou entregá-la a outra pessoa. 
Não configura o delito de furto simples a subtração momentânea com ânimo de devolução imediata, este se 
chama furto de uso, fato atípico no Direito Penal comum e crime autônomo no Código Penal Militar. O furto 
de uso está tipificado no Código Penal Militar (art. 241), estando José sujeito a uma pena de detenção até 
seis meses, sendo aumentada da metade por ter sido a coisa furtada veículo motorizado. 
18. Ano: 2015, Banca: VUNESP, Órgão: TJ-MS, Prova: Juiz Substituto 
No crime de furto de uso, se a coisa infungível é subtraída para fim de uso momentâneo, e, a seguir, vem a 
ser imediatamente restituída ou reposta no lugar onde se achava, responderá o agente por pena de detenção 
de até seis meses e pagamento de trinta dias-multa. 
Certo 
Errado 
Comentário: 
A assertiva está incorreta 
Este crime tem como conduta nuclear “subtrair”, ou seja, tirar, tomar, sacar sem o conhecimento e 
consentimento da vítima, invertendo-se a posse da coisa. Essa subtração deve ser de coisa alheia móvel e 
deve ter o propósito de permanecer com a coisa, ainda que temporariamente, ou entregá-la a outra pessoa. 
Não configura o delito de furto simples a subtração momentânea com ânimo de devolução imediata, este se 
chama furto de uso, fato atípico no Direito Penal comum e crime autônomo no Código Penal Militar. O furto 
de uso está tipificado no Código Penal Militar (art. 241), estando José sujeito a uma pena de detenção até 
seis meses, sendo aumentada da metade por ter sido a coisa furtada veículo motorizado. 
19. Ano: 2013, Banca: MPM, Órgão: MPM, Prova: Promotor de Justiça Militar 
Sargento que, valendo-se da facilidade que lhe proporcionava o fato de ser responsável pela sala de meios 
da Organização Militar, se utiliza de computador ali existente, copiando fotos pornográficas de revistas e 
digitando textos de igual conteúdo, produzindo panfletos pornográficos, que eram impressosno local e 
mantidos em armário pessoal do graduado, comete o crime de escrito ou objeto obsceno (CPM, art. 239). 
Certo 
Errado 
Comentário: 
A assertiva está correta 
Escrito ou objeto obsceno: O sujeito ativo deste crime pode ser tanto o militar (reformado, da reserva, da 
ativa, etc.) quanto o civil, este último restrito à esfera federal em face das limitações constitucionais no que 
concerne as Justiças Militares Estaduais. Este crime deve ser cometido em local sujeito à administração 
militar através da produção, distribuição, venda, exposição à venda, exibição, aquisição ou ter em depósito 
para o fim de venda, distribuição ou exibição, livros, revistas, escritos, pinturas, gravuras, imagens, desenhos 
ou qualquer objeto de caráter obsceno. 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/vunesp
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/tj-ms
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2015-tj-ms-juiz-substituto
 
 21 
20. Ano: 2016, Banca: VUNESP, Órgão: TJM-SP, Prova: Juiz de Direito 
Um policial militar, da ativa, que, durante deslocamento de uma viatura ônibus, retira seu órgão genital para 
fora da farda, exibindo-o aos demais militares presentes no ônibus, pratica o crime militar de “ato obsceno” 
por encontrar-se em lugar sujeito à administração militar. 
Certo 
Errado 
Comentário: 
A assertiva está correta 
1. Do ato obsceno: Busca tutelar o pudor público, a moral pública que é violada quando da prática do 
ato obsceno. É importante notar, também que, diferentemente do que dispõe o art. 233 do Código Penal 
Comum, o art. 238 do Código Penal Militar não contém na descrição típica o local público, mas sim o local 
sujeito à administração militar, no caso o ônibus de propriedade da PM. 
21. Ano: 2013, Banca: CESPE, Órgão: STM, Prova: Juiz de Direito 
A simples condição de oficial, quando da prática de qualquer dos crimes sexuais, resulta na incidência da 
causa de aumento de pena, pela metade, com a consequente sujeição do agente à declaração de indignidade 
para o oficialato. 
Certo 
Errado 
Comentário: 
A assertiva está incorreta 
O art. 237 indica que a condição de oficial, quando da prática de qualquer dos crimes sexuais, é considerada 
uma agravante e não indica que o aumento seria de metade da pena. 
22. Ano: 2013, Banca: CESPE, Órgão: STM, Prova: Juiz de Direito 
Constitui crime militar a prática de ato libidinoso em lugar sujeito a administração militar. 
Certo 
Errado 
Comentário: 
A assertiva está incorreta 
Para a configuração deste crime é necessário que sempre participem dele dois ou mais sujeitos sendo pelo 
menos um deles militar da ativa em lugar sujeito à administração militar. Não necessita ser em público, mas 
apenas no interior de lugar sob a Administração Militar. 
23. Ano: 2016, Banca: VUNESP, Órgão: TJM-SP, Prova: Juiz de Direito 
Um Soldado da Polícia Militar que, em serviço de policiamento, dolosamente ofende a integridade corporal 
de um civil terá praticado o crime comum de lesão corporal. 
Certo 
 
 22 
Errado 
Comentário: 
A assertiva está incorreta 
Estamos aqui falando do crime militar de lesão corporal já que praticado por militar. 
O delito pode ser cometido tanto por militar da ativa (federal ou estadual) ou ainda pelo militar inativo, ou 
mesmo pelo civil. O sujeito passivo é a pessoa atingida pela conduta, que pode ser civil ou militar. 
24. Ano: 2013, Banca: CESPE, Órgão: STM, Prova: Juiz de Direito 
Em se tratando do crime de ameaça, só haverá caracterização de delito militar se a motivação da ameaça 
decorrer de razões referentes a serviço de natureza militar. 
Certo 
Errado 
Comentário: 
A assertiva está incorreta 
Ameaça: Este crime tem idêntica tipificação no Código Penal comum, em seu art. 147, sendo praticado por 
quem procura incutir medo através da palavra, escrito ou gesto, prometendo à vítima que lhe fará mal injusto 
e grave. Essa comunicação pode ser endereçada à própria vítima ou mesmo a outra pessoa com a qual ela 
tenha especial cuidado. 
O mal prometido deve ser verossímil, ou seja, deve ser possível perpetrá-lo. A lesividade da conduta está 
justamente na possibilidade de a ameaça vir a ser perpetrada, resultando num posterior crime. 
A motivação da ameaça só é importante para fins de aumento de pena, mas não é elemento do tipo penal. 
O Código Penal Militar traz ainda, no parágrafo único do art. 223, uma causa especial de aumento de pena 
que não existe na legislação penal comum: a pena será aumentada em um terço se a ameaça for motivada 
por fato referente ao serviço de natureza militar. 
25. Ano: 2016, Banca: VUNESP, Órgão: TJM-SP, Prova: Juiz de Direito 
O Sargento reformado da Polícia Militar que, mediante processo técnico, viola o direito à intimidade pessoal 
de uma Soldado da Polícia Militar, da ativa, filmando-a nua no interior da residência desta comete o crime 
de “violação de recato”. 
Certo 
Errado 
Comentário: 
A assertiva está incorreta 
Só é crime militar, como já dissemos se praticado por militar da ativa contra militar da ativa, o que, inclusive, 
reforça o caráter de assunto particular, não vinculado ao serviço, para que se caracterize o crime e mostra 
que há crimes militares de militar contra militar, mesmo que nada tenha a ver com o serviço. 
 
 
 23 
26. Ano: 2013, Banca: CESPE, Órgão: STM, Prova: Juiz de Direito 
Todos os crimes sexuais atentam contra a liberdade sexual da vítima, por violarem o direito desta de dispor 
do próprio corpo e de escolher livremente seus parceiros. 
Certo 
Errado 
Comentário: 
A assertiva está incorreta 
Na realidade há crimes sexuais que não tem possuem uma vítima direta, ou seja, violam apenas a disciplina 
militar, como exemplo : Escrito ou Objeto Obsceno ( 239). 
27. Ano: 2013, Banca: MPM, Órgão: MPM, Prova: Promotor de Justiça Militar 
Com o advento da Lei nº 12.015 de 07.08.2009, a figura do estupro passou a punir o constrangimento 
de alguém (homem ou mulher), mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou 
permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso (que anteriormente caracterizava o atentado violento 
ao pudor), revogando o art. 233 do Código Penal Militar. 
Certo 
Errado 
Comentário: 
A assertiva está incorreta 
Primeiramente temos que o Código Penal Militar descreve no art. 232 o crime de estupro como "Constranger 
mulher a conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça". Até o ano de 2009, antes de vigorar a Lei 
n. 12.015, de 07/08/2009, o crime tinha a mesma definição tanto no Código Penal comum quanto no Código 
Penal Militar. Dessa forma, a citada lei alterou o texto do art. 213 do Código Penal comum para "Constranger 
alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele 
se pratique outro ato libidinoso". 
Com a nova redação para o crime comum tanto o agente quanto a vítima pode ser homem ou mulher e a 
prática do ato não se restringe mais à conjunção carnal, pois inclui outro tipo de ato libidinoso. Essa lei, ao 
revogar o art. 214 do Código Penal comum, que previa o crime de atentado violento ao pudor, incorporou 
ao artigo do crime de estupro o termo “outro ato libidinoso”, que antes da lei caracterizava atentado violento 
ao pudor. 
Já no Código Penal Militar o crime de estupro continua com a mesma redação, tendo como sujeito ativo 
somente o homem, sujeito passivo mulher, e a consumação se dá mediante conjunção carnal. Não houve 
revogação do crime no Código Penal Militar, que continua com a mesma redação. 
 
LISTA DE QUESTÕES 
1. Ano: 2017, Banca: VUNESP, Órgão: TJM-SP, Prova: Escrevente Técnico Judiciário 
 
 24 
Fraudar o cumprimento de decisão da Justiça Militar caracteriza o crime militar de fraude processual. 
Certo 
Errado 
2. Ano: 2016, Banca: VUNESP, Órgão: TJM-SP, Prova: Juiz de Direito 
Provocar a ação da autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime sujeito à jurisdição militar, só 
caracterizaráo crime militar de “comunicação falsa de crime” se o autor da conduta sabe que o crime 
comunicado não se verificou. 
Certo 
Errado 
3. Ano: 2016, Banca: VUNESP, Órgão: TJM-SP, Prova: Juiz de Direito 
Acusar-se, perante a autoridade, de crime sujeito à jurisdição militar, praticado por outrem, é fato atípico no 
âmbito penal militar. 
Certo 
Errado 
4. Ano: 2016, Banca: VUNESP, Órgão: TJM-SP, Prova: Juiz de Direito 
O militar que se acusar, perante a autoridade, de crime sujeito à jurisdição militar, inexistente, não incorre 
em crime em virtude da atipicidade da sua conduta. 
Certo 
Errado 
5. Ano: 2017, Banca: VUNESP, Órgão: TJM-SP, Prova: Escrevente Técnico Judiciário 
Provocar a ação da autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime sujeito à jurisdição militar, que sabe 
não se ter verificado, caracteriza o crime militar de denunciação caluniosa. 
Certo 
Errado 
6. Ano: 2016, Banca: VUNESP, Órgão: TJM-SP, Prova: Juiz de Direito 
Julgue se a alternativa indica um crime propriamente militar, de acordo com a denominada Teoria Clássica. 
Dano em navio de guerra ou mercante em serviço militar (art. 263 do Código Penal Militar). 
Certo 
Errado 
7. Ano: 2015, Banca: VUNESP, Órgão: TJ-MS, Prova: Juiz Substituto 
Se o agente consuma o homicídio, mas não obtém êxito na subtração de bens da vítima por circunstâncias 
alheias à sua vontade, responderá por crime de homicídio qualificado consumado. 
Certo 
Errado 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/vunesp
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/tj-ms
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2015-tj-ms-juiz-substituto
 
 25 
8. Ano: 2013, Banca: CESPE, Órgão: STM, Prova: Juiz de Direito 
Ao furto qualificado pela destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa, ou com abuso de 
confiança, mediante emprego de chave falsa ou por concurso de duas ou mais pessoas não se aplicam a 
atenuante do pequeno valor da coisa e a causa de diminuição de pena pela restituição do bem, pois há maior 
desvalor da ação. 
Certo 
Errado 
9. Ano: 2013, Banca: CESPE, Órgão: STM, Prova: Juiz de Direito 
Em determinada missão militar de treinamento, foram utilizados diversos aparelhos de localização por 
satélite, de propriedade das Forças Armadas, sob a supervisão e vigilância do sargento Z, responsável pela 
instrução. No fim do dia, depois de cumprida a missão, no momento da restituição dos equipamentos, o 
soldado X manteve em seu poder o equipamento que lhe fora entregue para a o exercício, tendo, em conluio 
com o soldado F, falsificado de forma grosseira a assinatura do sargento M, responsável pelo recebimento 
do patrimônio, na guia de restituição de patrimônio. Ao conferir todos os bens utilizados, o diligente militar 
imediatamente percebeu a ausência do equipamento em questão e a falsificação de sua assinatura no 
documento. Prontamente, ele comunicou o fato ao oficial responsável pela missão, que ordenou a revista 
em todos os militares participantes da instrução. O equipamento foi, então, encontrado na mochila do 
soldado X. Este, por sua vez, confessou o fato e disse que pretendia apenas utilizar o equipamento em uma 
trilha particular e que o restituiria logo em seguida. O soldado F declarou ter assinado o documento a pedido 
do soldado X, por ter a letra parecida com a do sargento M, mediante a promessa de ser posteriormente 
compensado pelo auxílio. O bem foi avaliado em mil e duzentos reais. 
O crime perpetrado pelos militares foi o de furto qualificado mediante fraude e concurso de agentes, na 
forma tentada. 
Certo 
Errado 
10. Ano: 2013, Banca: CESPE, Órgão: STM, Prova: Juiz de Direito 
De acordo com preceito expresso do CPM, o furto praticado contra o patrimônio da fazenda nacional é 
sempre qualificado, o que não afasta, por si só, a possibilidade de incidência do privilégio em razão do 
pequeno valor da coisa subtraída e o arrependimento posterior consistente na reparação do dano ou 
restituição do bem. 
Certo 
Errado 
11. Ano: 2013, Banca: CESPE, Órgão: STM, Prova: Juiz de Direito 
A agravante decorrente do furto perpetrado no período noturno não se encontra prevista de forma expressa 
no CPM. O escopo de legislador na norma penal comum foi proteger a casa onde repousa o indivíduo, não 
se aplicando, portanto, tal agravante à pena pelo furto de patrimônio sob a administração militar. 
Certo 
Errado 
12. Ano: 2013, Banca: CESPE Órgão: STM, Prova: Juiz de Direito 
 
 26 
O CPM não admite a figura do furto qualificado-privilegiado. 
Certo 
Errado 
13. Ano: 2013, Banca: CESPE Órgão: STM, Prova: Juiz de Direito 
Extinguir-se-á a punibilidade do crime de furto simples se o criminoso, sendo primário, restituir a coisa ao 
seu dono ou reparar o dano causado, antes de instaurada a ação penal. 
Certo 
Errado 
14. Ano: 2013, Banca: CESPE, Órgão: STM, Prova: Juiz de Direito 
Em relação ao crime de furto, o CPM admite que incida o arrependimento posterior, com a substituição da 
pena de reclusão pela de detenção ou a sua diminuição de um a dois terços, ou, ainda, que se considere a 
infração como disciplinar, desde que o agente seja primário e, antes de instaurada a ação penal, restitua a 
coisa ao seu dono ou repare o dano causado. Nesse caso, para a incidência da causa de diminuição de pena 
pela reparação ou restituição do bem, não se levará em consideração o valor do bem subtraído, sendo 
admitida, de forma diversa do CP, a extensão desse benefício ao coautor e ao partícipe, por se tratar de 
circunstância de natureza objetiva. 
Certo 
Errado 
15. Ano: 2013, Banca: CESPE Órgão: STM, Prova: Juiz de Direito 
Tratando-se do crime de furto, se o agente for primário e for de pequeno valor a coisa furtada, o juiz poderá 
substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou considerar a infração como 
disciplinar. Para esse fim, entende-se como pequeno o valor que não exceda a quantia mensal 
correspondente ao mais alto salário mínimo do país. 
Certo 
Errado 
16. Ano: 2013, Banca: CESPE, Órgão: STM, Prova: Juiz de Direito 
No sentenciamento do agente que tiver praticado crime de furto, se o valor do bem não exceder ao décuplo 
do valor do salário mínimo vigente no país, o juiz poderá diminuir a pena de um a dois terços, podendo, 
ainda, deixar de aplicar a pena e conceder o perdão judicial, considerando o fato apenas como infração 
disciplinar. 
Certo 
Errado 
17. Ano: 2013, Banca: CESPE Órgão: STM, Prova: Juiz de Direito 
Não constitui crime militar a subtração de coisa alheia móvel para fim de uso momentâneo, desde que seja 
imediatamente restituída ou reposta no lugar onde se achava. 
Certo 
Errado 
 
 27 
18. Ano: 2015, Banca: VUNESP, Órgão: TJ-MS, Prova: Juiz Substituto 
No crime de furto de uso, se a coisa infungível é subtraída para fim de uso momentâneo, e, a seguir, vem a 
ser imediatamente restituída ou reposta no lugar onde se achava, responderá o agente por pena de detenção 
de até seis meses e pagamento de trinta dias-multa. 
Certo 
Errado 
19. Ano: 2013, Banca: MPM, Órgão: MPM, Prova: Promotor de Justiça Militar 
Sargento que, valendo-se da facilidade que lhe proporcionava o fato de ser responsável pela sala de meios 
da Organização Militar, se utiliza de computador ali existente, copiando fotos pornográficas de revistas e 
digitando textos de igual conteúdo, produzindo panfletos pornográficos, que eram impressos no local e 
mantidos em armário pessoal do graduado, comete o crime de escrito ou objeto obsceno (CPM, art. 239). 
Certo 
Errado 
20. Ano: 2016, Banca: VUNESP, Órgão: TJM-SP, Prova: Juiz de Direito 
Um policial militar, da ativa, que, durante deslocamento de uma viatura ônibus, retira seu órgão genital para 
fora da farda, exibindo-o aos demais militares presentes no ônibus, pratica o crime militar de “ato obsceno” 
por encontrar-se em lugar sujeito à administração militar. 
Certo 
Errado 
21. Ano: 2013, Banca: CESPE, Órgão: STM, Prova:Juiz de Direito 
A simples condição de oficial, quando da prática de qualquer dos crimes sexuais, resulta na incidência da 
causa de aumento de pena, pela metade, com a consequente sujeição do agente à declaração de indignidade 
para o oficialato. 
Certo 
Errado 
22. Ano: 2013, Banca: CESPE, Órgão: STM, Prova: Juiz de Direito 
Constitui crime militar a prática de ato libidinoso em lugar sujeito a administração militar. 
Certo 
Errado 
23. Ano: 2016, Banca: VUNESP, Órgão: TJM-SP, Prova: Juiz de Direito 
Um Soldado da Polícia Militar que, em serviço de policiamento, dolosamente ofende a integridade corporal 
de um civil terá praticado o crime comum de lesão corporal. 
Certo 
Errado 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/vunesp
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/tj-ms
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2015-tj-ms-juiz-substituto
 
 28 
24. Ano: 2013, Banca: CESPE, Órgão: STM, Prova: Juiz de Direito 
Em se tratando do crime de ameaça, só haverá caracterização de delito militar se a motivação da ameaça 
decorrer de razões referentes a serviço de natureza militar. 
Certo 
Errado 
25. Ano: 2016, Banca: VUNESP, Órgão: TJM-SP, Prova: Juiz de Direito 
O Sargento reformado da Polícia Militar que, mediante processo técnico, viola o direito à intimidade pessoal 
de uma Soldado da Polícia Militar, da ativa, filmando-a nua no interior da residência desta comete o crime 
de “violação de recato”. 
Certo 
Errado 
26. Ano: 2013, Banca: CESPE, Órgão: STM, Prova: Juiz de Direito 
Todos os crimes sexuais atentam contra a liberdade sexual da vítima, por violarem o direito desta de dispor 
do próprio corpo e de escolher livremente seus parceiros. 
Certo 
Errado 
27. Ano: 2013, Banca: MPM, Órgão: MPM, Prova: Promotor de Justiça Militar 
Com o advento da Lei nº 12.015 de 07.08.2009, a figura do estupro passou a punir o constrangimento 
de alguém (homem ou mulher), mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou 
permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso (que anteriormente caracterizava o atentado violento 
ao pudor), revogando o art. 233 do Código Penal Militar. 
Certo 
Errado 
 
 
GABARITO 
 
 
 29 
1. ERRADO 
2. CERTO 
3. ERRADO
4. ERRADO
5. ERRADO
6. ERRADO
7. ERRADO
8. ERRADO
9. CERTO 
10. CERTO 
11. ERRADO 
12. ERRADO
13. ERRADO
14. ERRADO
15. ERRADO
16. ERRADO
17. ERRADO
18. ERRADO
19. CERTO 
20. CERTO 
21. ERRADO
22. ERRADO
23. ERRADO
24. ERRADO
25. ERRADO
26. ERRADO
27. ERRADO

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