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Figuras de Linguagem - Resumo + Questões

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Figuras de Linguagem
A Estilística é o ramo da linguística que estuda a manipulação da língua, inclusive para seu uso estético.
· Em sentido lato, trabalha com os sentidos possíveis das elocuções.
Figuras de Linguagem
· Recursos para transformar o conteúdo das mensagens.
· Alteração do sentido.
· Função poética da linguagem. 
· Não ficam restritas à Literatura. 
1 – Metáfora: trata-se de um tipo de comparação subentendida, sem utilizar conjunções comparativas. 
	Ex.: A corrupção é um câncer.
	Ex.: Meu aluno é fera.
	Ex.: As lágrimas que verteu foram mágoas passadas. 
2 – Metonímia: trata-se de um tipo de substituição com efeito expressivo. Alguns exemplos de metonímia são: 
a) De parte pelo todo: 
	Todos os olhos da sala me olhavam.
b) Continente pelo conteúdo:
	Bebeu duas garrafas de conhaque.
c) Autor pela obra:
	Eu nunca havia lido Tomás Antônio Gonzaga.
d) Efeito pela causa:
	Jacira inalou a morte naquela sala.
e) Matéria pelo objeto:
	Onde estão as minhas pratas?
f) Marca pelo produto:
	Eu tive de comprar uma Gilette.
g) O símbolo pela coisa:
	Naquele ano, caiu a Coroa Espanhola.
3 – Prosopopeia, ou personificação: trata-se da figura que atribui características humanas a seres não humanos ou características animadas a seres não animados. 
Ex.: O vento vem beijar-me a face.
Ex.: E a noite grita em minha mente.
Ex.: Naquele dia, os crisântemos sorriram para ela. 
4 – Antítese: consiste na tentativa de aproximar palavras com sentidos contrários. 
Ex.: 
“Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, 
Depois da Luz se segue a noite escura, 
Em tristes sombras morre a formosura, 
Em contínuas tristezas a alegria.” 
						(Gregório de Matos) 
5 – Pleonasmo: é uma repetição que pode ser classificada de duas formas:
a) Pleonasmo lírico: 
	Ex.: Lutaram a luta dos lutadores.
b) Pleonasmo vicioso (deve ser evitado):
	Ex.: subir para cima, descer para baixo, hemorragia de sangue, elo de ligação, goteira no teto etc. 
6 – Sinestesia: trata-se da confusão dos sentidos.
Ex.: Cheiro doce, palavras duras, olhar frio. 
7 – Catacrese: trata-se de uma metáfora desgastada que, pelo uso corrente, se cristalizou.
	Ex.: dente de alho, pé da mesa, boca do estômago.
8 – Hipérbole: exagero de efeito expressivo.
	Ex.: morrer de fome, chorar um rio de lágrimas. 
9 – Paronomásia: figura que consiste no emprego de palavras parônimas para criar um efeito expressivo.
	Ex.: O passarinho pousou e posou, sentindo-se uma águia.
10 – Litote: tipo de eufemismo caracterizado pela afirmação da negação de um contrário. 
	Ex.: Dei-lhe umas boas palmadas. 
	Ex.: Marina não é das mais bonitas. 
Questão 1: CESPE - AJ (TRE PI)/TRE PI/Apoio Especializado/Taquigrafia/2016
Texto
 
 
Internet: <bdtd.biblioteca.ufpb.br> (com adaptações).
 
A respeito da representação dos sons e ruídos, no segundo quadrinho, assinale a opção correta.
 a) O autor utiliza o recurso denominado onomatopeia, ao empregar caracteres alfabéticos para representar os referidos sons e ruídos.
 b) Os sons e os ruídos representados indicam que há mais de uma personagem no referido quadrinho.
 c) A representação adotada pelo autor fortalece as imagens icônicas que ele deseja reforçar.
 d) A representação adotada reproduz, com exatidão, o som ou o ruído de uma queda.
 e) São empregados signos linguísticos unificados e invariáveis, adotados pelos autores de histórias em quadrinhos, para representar os referidos sons e ruídos.
 328874
Questão 2: FUNDEP - Ag Saúde (Uberaba)/Pref Uberaba/Auxiliar de Saude Bucal/2016
Leia o trecho da música a seguir.
Por você eu dançaria tango no teto,
Eu limparia os trilhos do metrô,
Eu iria a pé do Rio a Salvador...
Eu aceitaria a vida como ela é,
[...]
Eu tomaria banho gelado no inverno.
Por você... Eu deixaria de beber,
Por você... Eu ficaria rico num mês,
[...]
Eu mudaria até o meu nome,
Eu viveria em greve de fome,
Desejaria todo o dia a mesma mulher...
FREJAT. Por você. Disponível em: <http://zip.net/bmsbGM>. Acesso em: 13 out. 2015.
A característica predominante nesse trecho da música de Frejat é:
 a)  a contradição.
 b)  o detalhamento.
 c)  o excesso.
 d)  a explicação.
 331087
Questão 3: FUNDEP - Ag Saúde (Uberaba)/Pref Uberaba/Auxiliar de Saude Bucal/2016
Analise os trechos de músicas a seguir.
I. Nossa linda juventude
   Página de um livro bom
   Canta que te quero
   Cais e calor
   Claro como o sol raiou
   Claro como o sol raiou...
Linda juventude – 14 bis
II. Teu olhar é como o brilho do sol
    Que me aquece e me faz bem
    Emoções me tomam ao te encontrar
    Eu nunca senti nada assim
Teu olhar – Sergio Saas
III. O leito do rio nunca foi cama,
     O braço do mar não usa pulseira,
     No campo de força não nasce grama,
     O pé da cadeira não dá frieira.
Parece mas não é – Daniel e Samuel
 
IV. Eu sou nuvem passageira
     Que com o vento se vai
     Eu sou como um cristal bonito
     Que se quebra quando cai
Nuvem passageira – Ellen Oleria
A comparação pode ser feita de forma explícita ou implícita. Nesse contexto, há comparação nos trechos:
 a)  I e III, apenas.
 b)  I, II e IV, apenas.
 c)  II, III e IV, apenas.
 d)  I, II, III e IV.
 331103
Questão 4: FUNDEP - Ana ARFS (Uberaba)/Pref Uberaba/Direito/2016
Analise os trechos textuais a seguir.
I.
Meu cheiro é de cravo
Minha cor de canela
A minha bandeira
É verde e amarela
Pimenta de cheiro
Cebola em rodela
Um beijo na boca
Feijão na panela
Gabriela....
“Gabriela” – Tom Jobim
II.
Me ame devagarinho
Sem fazer nenhum esforço
Tô doido por seu carinho.
“Maçã do rosto” – Lenine
 
III.
E no salão social;
Festas que lembram velório.
Meia dúzia de parentes;
E a panelinha do escritório.
“Paradoxo” – Gabriel, o pensador
 
A comparação pode ser feita de forma explícita ou implícita. Nesse contexto, há comparação nos trechos:
 a) I e II, apenas.
 b) I e III, apenas.
 c) II e III, apenas.
 d) I, II e III.
 332841
Questão 5: SMA-RJ (antiga FJG) - Adm (SMTR RJ)/Pref RJ/2016
Texto: Na canoa do antropólogo
 
A malária e o sol escaldante pontuaram a traumática experiência do jovem antropólogo que, entre os aweti, no Xingu, em 1971, fazia sua pesquisa de mestrado. Deitada “em um lago de sangue”, a índia foi declarada morta pelo pajé, enquanto seu bebê recém nascido chorava perto do fogo. A criança, esclareceu um índio, seria enterrada viva junto com a mãe, enquanto as labaredas terminariam de consumir a oca e os pertences da falecida. Diante disso, consumido pela febre, o antropólogo agarrou o bebê e, auxiliado por sua mulher grávida, uma estudante universitária de antropologia, protegeu-o por dois dias em sua rede, à espera da canoa que os levaria ao posto indígena.
 
Deve-se violar uma prática tradicional em nome do princípio da vida? Essa pergunta, a mesma que atormenta até hoje o antropólogo George Zarur, um amigo dileto, ressurge sob outra forma na polêmica sobre o Projeto de Lei 1.057, destinado a coibir o infanticídio entre os índios. À primeira vista, o dilema envolve os conceitos de cultura e direitos humanos.
 
Numa canoa remada por índios remunerados por contas de colares, ao longo de 12 horas, o casal de antropólogos abrigou a criança “da chuva, do sol e dos ramos da beira dos canais que unem a aldeia Aweti ao Posto Leonardo Villas-Boas”. Finalmente, Marina Villas-Boas recolheu o indiozinho desidratado e o encaminhou para adoção. [...] O PL 1.057 ganhou a alcunha de Lei Muwaji para celebrar a índia amazonense Muwaji Suruwahá, que enfrentou sua tribo a fim de salvar a vida da filha nascida com paralisia cerebral.
 
[...] O infanticídio indígena vitima gêmeos e crianças cujas mães são solteiras ou morreram no parto, assim como as que nascem com deficiências. Na origem da norma encontram-se as estratégias de sobrevivência de grupos humanos acossados permanentemente pela escassez. Nesse contexto, o leite materno e os cuidados com os recém-nascidos são bens limitados e, portanto, valiosos. Há lógica na prática do infanticídio, mas isso não é motivo para perenizá-la.
 
A unidade indissolúvel entre mãe e filho, na vida e na morte, justifica-se sob a premissa do modo devida tradicional. Mas o cenário altera-se por completo na hora em que o grupo indígena passa a interagir com a sociedade moderna circundante, que assume a obrigação de prover-lhe serviços essenciais de saúde, inclusive leite para os recém-nascidos, vacinação e tratamentos médicos.
 
O PL 1.057 foi aprovado na Câmara e tramita no Senado. Há quem a classifique como instrumento de criminalização dos índios. Mas, a Lei Muwaji diz que o dever das autoridades é demover o grupo indígena, “sempre por meio do diálogo”, da persistência na prática do infanticídio, protegendo a criança pela “retirada provisória” do convívio do grupo antes de seu encaminhamento a programas de adoção. Além disso, obviamente, ela não cancela o princípio jurídico da inimputabilidade do indígena, que impede a criminalização de atos derivados da observância de normas entranhadas na tradição do grupo. Na verdade, ao estabelecer a obrigação de comunicar o risco da eliminação de crianças, o PL 1.057 não criminaliza os índios, mas os agentes públicos que, pela omissão deliberada, acobertam violações ultrajantes dos direitos humanos.
 
Eu, que não tenho religião, enxergo nessa crítica preconceituosa um outro tipo de fundamentalismo: a veneração da cultura como um totem imemorial. E, como tantos outros, religiosos ou não, prefiro ver na canoa que salvou o indiozinho do Xingu uma metáfora para o diálogo entre culturas.
 
Demétrio Magnoli. O Globo, 22/10/2015. Disponível em http://oglobo.globo.com/opiniao/nacanoa-do-antropologo-17842818#ixzz3xSXXFoDB. Adaptado.
 
“Deitada ‘em um lago de sangue’, a índia foi declarada morta”.
 
O autor destaca entre aspas o emprego de um recurso expressivo que, no contexto, visa conferir realce à cena relatada. Trata-se de hipérbole, figura de linguagem que também se evidencia em:
 a)  Muito jovem, ele entregou a alma a Deus.
 b)  O esnobe vive contando um caminhão de vantagens.
 c)  A floresta, ferida pelo incêndio, chorava de desespero.
 d)  Aquele menino parece um anjinho, briga sempre com os colegas.
 345205
Questão 6: FGV - Tec (MPE RJ)/MPE RJ/Administrativa/2016
 
 
A charge acima apresenta uma estrutura que poderia ser representada pelo seguinte tipo de linguagem figurada:
 a)  antítese;
 b)  paradoxo;
 c)  metonímia;
 d)  pleonasmo;
 e)  eufemismo.
 349139
Questão 7: VUNESP - SecG (CM Pradópolis)/CM Pradópolis/2016
Leia o texto para responder à questão.
 
Os ipês estão floridos
 
Thoureau, que amava muito a natureza, escreveu que, se um homem resolver viver nas matas para gozar o mistério da vida selvagem, será considerado pessoa estranha ou talvez louca. Se, ao contrário, se puser a cortar as árvores para transformá-las em dinheiro (muito embora vá deixando a desolação por onde passe), será tido como homem trabalhador e responsável. Lembro-me disso todas as manhãs, pois na minha caminhada para o trabalho passo por um ipê rosa florido.
 
A beleza é tão grande que fico ali parado, olhando sua copa contra o céu azul. E imagino que os outros, encerrados em suas pequenas bolhas metálicas rodantes, em busca de um destino, devem imaginar que não funciono bem.
 
Gosto dos ipês de forma especial. Questão de afinidade. Alegram-se em fazer as coisas ao contrário. As outras árvores fazem o que é normal – abrem-se para o amor na primavera, quando o clima é ameno e o verão está pra chegar, com seu calor e chuvas. O ipê faz amor justo quando o inverno chega, e a sua copa florida é uma despudorada e triunfante exaltação do cio.
 
Conheci os ipês na minha infância, em Minas, os pastos queimados pela geada, a poeira subindo das estradas secas e, no meio dos campos, os ipês solitários, colorindo o inverno de alegria. O tempo era diferente, moroso como as vacas que voltam em fim de tarde. As coisas andavam ao ritmo da própria vida. Mas agora, de repente, esta árvore de outros espaços irrompe no meio do asfalto, interrompe o tempo urbano de semáforos, buzinas e ultrapassagens, e eu tenho de parar ante esta aparição do outro mundo. Como aconteceu com Moisés, que pastoreava os rebanhos do sogro e viu um arbusto pegando fogo, sem se consumir.
 
Ao se aproximar para ver melhor, ouviu uma voz que dizia: “Tira as sandálias dos teus pés, pois a terra em que pisas é santa”. Deve ter sido um ipê florido. Também eu acho sacrilégio chegar perto e pisar as milhares de flores caídas, tendo já cumprido sua vocação de amor.
 
Mas sei que o espaço urbano pensa diferente. O que é milagre para alguns é canseira para a vassoura de outros. Melhor o cimento limpo que a copa colorida.
 
Ainda haverá de vir um tempo em que os homens e a natureza conviverão em harmonia. Agora são os ipês rosa. Depois virão os amarelos. Por fim, os brancos. Cada um dizendo uma coisa diferente. Três partes de uma brincadeira musical, que certamente teria sido composta por Vivaldi ou Mozart, se tivessem vivido aqui.
 
Penso que os ipês são uma metáfora do que poderíamos ser. Seria bom se pudéssemos nos abrir para o amor no inverno...
 
Corra o risco de ser considerado louco: vá visitar os ipês. E diga-lhes que eles tornam o seu mundo mais belo. Eles não responderão. Estão muito ocupados com o tempo de amar, que é tão curto.
 
(Ruben Alves. Disponível em www.rubemalves.com.br. Adaptado)
 
Considerando que o sentido próprio é literal e o sentido figurado é simbólico, assinale a alternativa em que a expressão destacada foi empregada em seu sentido próprio.
 a)  E imagino que os outros, encerrados em suas pequenas bolhas metálicas rodantes... (2º parágrafo)
 b)  O ipê faz amor justo quando o inverno chega... (3º parágrafo)
 c)  Também eu acho um sacrilégio chegar perto e pisar as milhares de flores caídas... (5º parágrafo)
 d)  Mas sei que o espaço urbano pensa diferente. (6º parágrafo)
 e)  O que é milagre para alguns, é canseira para a vassoura de outros. (6º parágrafo)
 350450
Questão 8: UFMT - Aux A (PREVICÁCERES)/PREVICÁCERES/2016
Leia o texto abaixo e responda à questão.
 
Carro, para que te quero?
 
A ideia de que as ruas devem ser das pessoas e não dos carros ganha cada vez mais adeptos no mundo. Marianne Borgen, prefeita de Oslo eleita em novembro deste ano, anunciou que a capital da Noruega banirá veículos privados do centro da cidade em 2019. A meta faz parte de um plano de redução dos gases de efeito estufa nos próximos cinco anos. O transporte coletivo ali já é consolidado e os moradores adoram o centro, com o hábito de caminhar mesmo nos dias mais frios. A iniciativa faz coro com a de outros grandes centros urbanos: Madri ampliou o perímetro restrito e cobra mais caro o estacionamento de carros que poluem mais. Em setembro, depois de apresentar níveis alarmantes de poluição, Paris realizou seu primeiro “dia sem carro”, limitando o acesso de veículos na região central. São Paulo, por sua vez, apostou na construção de ciclovias, na redução da velocidade máxima e na abertura da Avenida Paulista aos domingos.
 
(Revista Galileu, n.º 296.)
 
Um dos elementos coesivos bastante usados na construção de um texto é a elipse. Assinale o trecho que apresenta exemplo de elipse.
 a)  A iniciativa faz coro com a de outros grandes centros urbanos: Madri ampliou o perímetro restrito e cobra mais caro o estacionamento de carros que poluem mais.
 b)  Em setembro, depois de apresentar níveis alarmantes de poluição, Paris realizou seu primeiro “dia sem carro”, limitando o acesso de veículos na região central.
 c)  São Paulo, por sua vez, apostou na construção de ciclovias, na redução da velocidade máxima e na abertura da Avenida Paulista aos domingos.
 d)  O transporte coletivo ali já é consolidado e os moradores adoram o centro, com o hábito de caminhar mesmo nos dias mais frios.
 352303
Questão 9: RHS Consult - Ax Ad (CM Cerquilho)/CM Cerquilho/2016
Leia a poesia abaixo para responder a questão.
 
O Relógio
Vinicius de Moraes
 
Passa, tempo, tic-tac
Tic-tac, passa, hora
Chega logo, tic-tac
Tic-tac, e vai-te embora
Passa, tempo
Bem depressa
Não atrasa
Não demora
Que já estou
Muito cansado
Já perdi
Toda a alegria
De fazer
Meu tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
Tic-tacTic-tac
Dia e noite
Noite e dia
O “Tic-tac” da poesia de Vinícius de Moraes é uma figura de linguagem. Trata-se da:
 a) Metáfora.
 b) Onomatopeia.
 c) Assonância.
 d) Aliteração.
 e) Prosopopeia.
 360462
Questão 10: RHS Consult - CA (CM Cerquilho)/CM Cerquilho/2016
Observe a tirinha abaixo:
 
 
A palavra CHUAC corresponde ao som do beijo que a personagem Magali dá no sapo. Esse processo de formação de palavras pela reprodução, de maneira aproximada, de sons naturais chama-se:
 a) Onomatopeia.
 b) Ironia.
 c) Metáfora.
 d) Hipérbole.
 e) Eufemismo.
 360519
Questão 11: FUNDEP - Aux (Ibirité)/Pref Ibirité/Educacional/2016
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.
 
O colesterol é uma substância gordurosa que preocupa muita gente porque, quando em excesso, se acumula nas artérias e veias provocando aumento de pressão e prejudicando a atividade cardíaca. Disso a gente sabe, certo? E vivemos em busca de uma alimentação balanceada para conseguir controlar os níveis de gordura no sangue.
 
Segundo uma nova pesquisa, publicada no Journal of the American Heart Association, os planos alimentares que preveem a redução das gorduras saturadas (consideradas gorduras ruins), como as frituras, por exemplo, apontam para uma redução do colesterol, como já imaginávamos. Só que o ponto fundamental está nas tais gorduras boas.
 
Muitas dietas recomendam que se reduza o consumo de gorduras ruins, sugerindo sua substituição pelas gorduras insaturadas ou poli-insaturadas (consideradas boas), que levam a fama de ajudar a reduzir o colesterol ruim. E isso é ótimo, tanto para perder peso, quanto para a qualidade do sangue. “O que descobrimos é que as dietas ricas em óleos saudáveis ajudam a queimar gordura e ainda ajudam a reduzir tanto o colesterol bom quanto o ruim”, comenta Cheryl Rock, pesquisadora responsável pelo estudo.
 
A pesquisa avaliou mulheres acima do peso e obesas, que se envolveram em programas de emagrecimento com um ano de duração. Eram três grupos de dietas: uma de baixa gordura e alto carboidrato; outra de baixo carboidrato e alta gordura; e uma última também de alta gordura, mas rica em nozes. E descobriram que, as que tiveram uma dieta rica em nozes, tiveram um resultado ainda melhor em relação à redução dos níveis de colesterol. A oleaginosa ajudou a baixar muito o colesterol ruim e ainda ajudou a aumentar o colesterol bom.
 
Em todos os grupos, a perda de peso foi similar: após seis meses, elas haviam perdido 8% do peso. “Esse emagrecimento pode não colocar essas mulheres em seu peso ideal, mas teve contribuição importante na redução dos riscos de doenças cardiovasculares e outros males”, disse a pesquisadora.
 
ALMEIDA, Camila. Super Interessante. Disponível em:
<http://zip.net/bgsTSG>. Acesso em: 17 fev. 2016 (Adaptação).
 
Releia o trecho a seguir.
“Disso a gente sabe, certo?”
Essa pergunta, presente no primeiro parágrafo do texto, é:
 a) estilística, não exigindo do leitor uma resposta objetiva.
 b) imprescindível para a compreensão geral do texto.
 c) dispensável, já que não possui nenhuma função no texto.
 d) o elo de ligação desse parágrafo com os seguintes.
 375737
Questão 12: CESGRANRIO - Aud Jr (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/2016
Texto
 
Homem no mar
 
De minha varanda vejo, entre árvores e telhados, o mar. Não há ninguém na praia, que resplende ao sol(a). O vento é nordeste, e vai tangendo, aqui e ali, no belo azul das águas, pequenas espumas que marcham alguns segundos e morrem(b), como bichos alegres e humildes; perto da terra a onda é verde.
 
Mas percebo um movimento em um ponto do mar; é um homem nadando. Ele nada a uma certa distância da praia, em braçadas pausadas e fortes; nada a favor das águas e do vento, e as pequenas espumas que nascem e somem parecem ir mais depressa do que ele. Justo: espumas são leves, não são feitas de nada, toda a sua substância é água e vento e luz, e o homem tem sua carne, seus ossos, seu coração, todo o seu corpo a transportar na água.
 
Ele usa os músculos com uma calma energia; avança. Certamente não suspeita de que um desconhecido o vê(c) e o admira porque ele está nadando na praia deserta. Não sei de onde vem essa admiração, mas encontro nesse homem uma nobreza calma, sinto-me solidário com ele, acompanho o seu esforço solitário como se ele estivesse cumprindo uma bela missão. Já nadou em minha presença uns trezentos metros; antes, não sei; duas vezes o perdi de vista, quando ele passou atrás das árvores, mas esperei com toda confiança que reaparecesse sua cabeça, e o movimento alternado de seus braços. Mais uns cinquenta metros, e o perderei de vista, pois um telhado o esconderá. Que ele nade bem esses cinquenta ou sessenta metros(d), isto me parece importante, é preciso que conserve a mesma batida de sua braçada, que eu o veja desaparecer assim como o vi aparecer, no mesmo rumo, no mesmo ritmo, forte, lento, sereno. Será perfeito; a imagem desse homem me faz bem.
 
É apenas a imagem de um homem, e eu não poderia saber sua idade, nem sua cor, nem os traços de sua cara. Estou solitário com ele, e espero que ele esteja comigo.(e) [...]
 
Agora não sou mais responsável por ele; cumpri o meu dever, e ele cumpriu o seu. Admiro-o. Não consigo saber em que reside, para mim, a grandeza de sua tarefa; ele não estava fazendo nenhum gesto a favor de alguém, nem construindo algo de útil; mas certamente fazia uma coisa bela, e a fazia de um modo puro e viril.
 
Não desço para ir esperá-lo na praia e lhe apertar a mão; mas dou meu silencioso apoio, minha atenção e minha estima a esse desconhecido, a esse nobre animal, a esse homem, a esse correto irmão.
 
Janeiro, 1953 BRAGA, Rubem. A cidade e a Roça. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1964. p. 11.
 
No Texto, ao descrever o mar, o narrador-personagem o percebe tão vivo, que acaba por atribuir a ele características humanas.
 
A oração que exemplifica essa afirmativa é
 a)  “que resplende ao sol.”
 b)  “que marcham alguns segundos e morrem,”
 c)  “que um desconhecido o vê”
 d)  “Que ele nade bem esses cinquenta ou sessenta metros,”
 e)  “que ele esteja comigo”
 386505
Questão 13: FGV - Ag (Paulínia)/Pref Paulínia/Administração Pública/2016
Texto
 
Descaso com saneamento deixa rios em estado de alerta
 
A crise hídrica transformou a paisagem urbana em muitas cidades paulistas. Casas passaram a contar com cisternas e caixas-d’água azuis se multiplicaram por telhados, lajes e até em garagens. Em regiões mais nobres, jardins e portarias de prédios ganharam placas que alertam sobre a utilização de água de reúso. As pessoas mudaram seu comportamento, economizaram e cobraram soluções.
 
As discussões sobre a gestão da água, nos mais diversos aspectos, saíram dos setores tradicionais e técnicos e ganharam espaço no cotidiano. Porém, vieram as chuvas, as enchentes e os rios urbanos voltaram a ficar tomados por lixo, mascarando, de certa forma, o enorme volume de esgoto que muitos desses corpos de água recebem diariamente.
 
É como se não precisássemos de cada gota de água desses rios urbanos e como se a água limpa que consumimos em nossas casas, em um passe de mágica, voltasse a existir em tamanha abundância, nos proporcionando o luxo de continuar a poluir centenas de córregos e milhares de riachos nas nossas cidades. Para completar, todo esse descaso decorrente da falta de saneamento se reverte em contaminação e em graves doenças de veiculação hídrica.
 
Dados do monitoramento da qualidade da água – que realizamos em rios, córregos e lagos de onze Estados brasileiros e do Distrito Federal – revelaram que 36,3% dos pontos de coleta analisados apresentam qualidade ruim ou péssima. Apenas 13 pontos foram avaliados com qualidade de água boa (4,5%) e os outros 59,2% estão em situação regular, o que significa um estado de alerta. Nenhum dos pontos analisados foi avaliado como ótimo.
 
Divulgamos esse grave retrato no Dia Mundial da Água (22 de março), com base nas análises realizadas entre março de 2015 e fevereiro de 2016, em 289 pontos de coleta distribuídos em 76 municípios.
 
(MANTOVANI, Mário; RIBEIRO,Malu. UOL Notícias, abril/2016.)
Em termos de linguagem figurada, o fato de a divulgação do texto ter sido feita no Dia Mundial da Água funciona como
 a)  metáfora.
 b)  pleonasmo.
 c)  eufemismo.
 d)  ironia.
 e)  hipérbole.
 388715
Questão 14: Instituto AOCP - Ana Leg (CM RB)/CM RB/Administração/2016
As escolas deveriam ensinar os alunos a falhar
Até os erros têm sua função: ensinar às crianças como lidar com desafios e dificuldades.
 
Será que só tirar notas dez na escola é garantia de sucesso na vida adulta?
 
Você sabe como funciona a escola: tire notas boas e todos os professores vão gostar de você, te elogiar e exclamar o tempo todo que você tem um futuro brilhante. Agora, tire notas ruins ou ande um pouco fora da linha. Automaticamente, você vira o baderneiro da turma, o desatento que nunca será ninguém na vida.
 
Será mesmo?
 
Tony Little, especialista em educação e ex-diretor de uma das escolas particulares mais famosas do Reino Unido (a Eton, que já formou 19 primeiros-ministros e membros da família real), pensa justamente o contrário. Segundo ele, alunos precisam passar por experiências de falha na escola, para que tenham mais chances de se reerguer em situações mais delicadas na vida adulta. “Não é só ter a experiência de falhar, mas de poder fazê-lo em um ambiente seguro, para que a experiência possa ensinar algo”, disse o ex-diretor no Fórum Global de Educação e Habilidades, em Dubai.
 
Ou seja, ser sempre popular, só tirar notas boas e nunca sofrer na escola não ajuda ninguém a crescer de verdade. Sem ter de lidar com derrotas, eles não desenvolvem a habilidade para enfrentar dificuldades. “Eles nunca tiveram nada significante para combater”, disse Little.
 
A declaração de Little, na verdade, já foi cientificamente comprovada. Em 2014, um estudo americano concluiu que determinação e força de vontade, em momentos de dificuldade, ajudam a encarar desafios.
 
Outro experimento, dessa vez de pesquisadores de Singapura, dividiu 75 adolescentes: o primeiro grupo teve aulas normais com a fala de um professor e terminava com exercícios; já o segundo precisou resolver, em grupos pequenos e sem muita ajuda do professor, problemas bem mais complexos. O segundo grupo, depois de muitos erros, recebia orientação de um professor e, surpresa: tiveram resultados muito melhores do que a outra turma.
 
O estudo concluiu que, ao falhar, os alunos ativam uma parte do cérebro que possibilita um aprendizado mais profundo. É que eles precisam organizar e analisar mentalmente três coisas: o que já sabem, as limitações daquele conhecimento e, principalmente, o que não sabem. Ou seja: errar, além de ser humano, é muito mais eficaz no processo de aprendizagem.
 
POR Helô D’Angelo ATUALIZADO EM 17/03/2016
Fonte: http://super.abril.com.br/cotidiano/as-escolas-deveriam-ensinar-os-alunos-a-falhar-1
 
Assinale a alternativa em que ocorre a figura de linguagem chamada metáfora.
 a)  “[...] A declaração de Little, na verdade, já foi cientificamente comprovada. [...]”
 b)  “[...] tire notas ruins ou ande um pouco fora da linha. [...]”
 c)  “[...] especialista em educação e ex-diretor de uma das escolas particulares mais famosas do Reino Unido [...]”
 d)  “[...] O segundo grupo, depois de muitos erros, recebia orientação de um professor [...]”
 e)  “[...] É que eles precisam organizar e analisar mentalmente três coisas [...]”
 390284
Questão 15: FUNRIO - Arqt (Trindade)/Pref Trindade/2016
Carboidratos absolvidos
 
Em algum ponto da história da evolução de nossa espécie “ganhamos” cérebros maiores, capazes de executar atividades cada vez mais complexas, decisivas para nos separar de nossos parentes mais próximos, os grandes primatas africanos, como chimpanzés e gorilas. Cérebros maiores e mais complexos são custosos do ponto de vista energético(a),e exigiram que nossos antepassados se desdobrassem para encontrar mais alimentos. Durante décadas, defendeu-se que ingerir carne (proteína animal) e aprender a cozinhar, graças ao domínio do fogo, foram os grandes responsáveis por esse salto quantitativo e qualitativo em nossa busca por mais e melhores “combustíveis” para nosso organismo. Mas outros animais também sempre comeram carne e nem por isso conseguiram chegar, do ponto de vista social e cognitivo, aonde chegamos.
 
Agora, um novo trabalho publicado na revista científica Quarterly Review of Biology e noticiado pelo jornal inglês Daily Mail aponta mais um responsável pelo sustento de nossa alta complexidade cerebral. Alguém arrisca um palpite? Acertou quem apostou nos carboidratos, na forma de amido, presentes em tubérculos como nossa boa e velha batata.(b)
 
O trabalho, realizado por pesquisadores da Universidade Autônoma de Barcelona, na Espanha, traz alguns dados que reforçam a hipótese de os carboidratos terem sido centrais na evolução do cérebro humano. O órgão consome cerca de 25% de nossas fontes diárias de energia e 60% da glicose(c), molécula produzida a partir da digestão dos carboidratos.
 
A nova teoria sugere que cozinhar vegetais e carnes facilitou nossa evolução, ao permitir que os nutrientes dos alimentos se tornassem mais assimiláveis e palatáveis e, também, ao possibilitar a ingestão de maior quantidade em intervalos mais curtos. Sobrava, assim, mais tempo para interações sociais. A existência de seis genes relacionados à digestão do carboidrato é outro indício(d) de que contamos com adaptações para aproveitar, da melhor maneira possível, os carboidratos. Esses genes produzem uma substância que ajuda a quebrar em moléculas menores o amido, chamada amilase. Outros primatas têm apenas dois deles. Esses genes adicionais parecem ter surgido no último milhão de anos, tempo que bate com o de nosso crescimento cerebral, que ocorreu de 800 mil anos para cá.
 
Em resumo, disponibilidade de amido na forma de tubérculos, maior expressão dos genes da amilase e habilidade para cozinhar tubérculos parecem ter sido fatores que se combinaram para garantir mais glicose para o cérebro. Isso tudo possibilitou energia extra para o desenvolvimento fetal, para a lactação(e) e para a sobrevivência da prole, fazendo com que essa adaptação fosse transmitida de geração em geração. Curioso pensar que o mesmo carboidrato que possibilitou nossa evolução hoje é considerado um dos grandes vilões da obesidade, um problema de saúde pública.
 
Adaptado de Jairo Bouer epoca.globo.com
 
O estilo coloquial, assumido pelo autor do texto, está melhor evidenciado em:
 a)  Cérebros maiores e mais complexos são custosos do ponto de vista energético .
 b)  na forma de amido, presentes em tubérculos como nossa boa e velha batata.
 c)  O órgão consome cerca de 25% de nossas fontes diárias de energia e 60% da glicose.
 d)  A existência de seis genes relacionados à digestão do carboidrato é outro indício .
 e)  Isso tudo possibilitou energia extra para o desenvolvimento fetal, para a lactação.
 392795
Questão 16: IBFC - Tec (COMLURB)/COMLURB-RJ/Segurança do Trabalho/2016
Leia o poema abaixo e assinale a alternativa que indica a figura de linguagem presente no texto:
Amor é fogo que arde sem se ver
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
(Camões)
 a)  Onomatopéia
 b)  Metáfora
 c)  Personificação
 d)  Pleonasmo
 393507
Questão 17: FUNRIO - Of Leg (CM Tanguá)/CM Tanguá/2016
 
ciep113waldickpereira.blogspot.com.br
 
Na frase dita pela personagem, predomina a função apelativa da linguagem, que tem como finalidade principal:
 a)  expressar uma opinião alheia
 b)  indicar o sentido de uma palavra
 c)  modificar a ação do interlocutor
 d)  informar sobre um fato conhecido
 393877
Questão 18: FGV - Prof III (Paulínia)/Pref Paulínia/Português/2016
Na frase “A aventura pode ser louca, mas o aventureiro tem que ser lúcido”, há a presença de uma figura de linguagem denominada
 a)  paronomásia.
 b)  metáfora.
 c)  metonímia.
 d)  litote.
 e)  eufemismo.
 395329
Questão 19: IBFC - Ana Leg (CM Franca)/CM Franca/2016
Minhas maturidade
Circunspecção, siso, prudênciaMario Prata.
 
É o que o homem pensa durante anos, enquanto envelhece. Já está perto dos 50 e a pergunta ainda martela. Um dia vai amadurecer.
 
Quando um homem descobre que não é necessário escovar os dentes tanta rapidez, tanha certeza, ele virou um homem maduro. Só sendo mesmo muito imaturo para escovar os dentes com tanta pressa.
 
E o amarrar do sapato pode ser mais tranquilo, arrumando-se uma posição menos incômoda, acertando as pontas.
 
(..)
 
Não sente culpa de nada. Mas, se sente, sofre como nunca. Mas já é capaz de assistir à sessãoda tarde sem a culpa a lhe desviar a atenção.
 
E um homem mais bonito, não resta a menor dúvida.
 
Homem maduro não bebe, vai à praia.
 
Não malha: a malhação denota toda a imaturidade de quem  a faz. Curtir o corpo é ligeiramente imaturo.
 
(...)
 
Sorrir tranquilo quano pensa que a pressa é coisa daqueles imaturos.
 
O homem maduro gosta de mulheres imaturas. Fazer o quê?
 
Muda muito de opinião. Essa coisa ter sempre a mesma opinião, ele já foi assim.
 
(...)
 
Se alguém segurar é capaz do homem maduro ficar com mania de apagar as luzes da casa.
 
O homem maduro faz palavras cruzadas!
 
Se vocês observar bem, ele começa a implicar com horários.
 
A maturidade faz com que ele não possa mais fazer algumas coisas. Se pega pensando: sou um homem maduro. Um homem maduro não pode fazer isso.
 
O homem maduro começa, pouco a pouco, a se irritar com as pessoas imaturas.
 
Depois de um tempo, percebe que está começando é a sentir inveja dos imaturos.
 
Será que os imaturos são mais felizes? , pensa enquanto começa a escovar os dentes depressa, mais depressa, mais depressa ainda.
 
O homem maduro é de uma imaturidade a toda a prova.
 
Meu Deus, o que será de nós, os maduros?
 
PRATA, Mário. Minhas tudo. Rio de Janiero: Editora Objetiva Ltda. 2001, pág 99
 
Leia a citação abaixo e assinale a figura de linguagem/ figura de estilo.
 
"O homem maduro é de uma imaturidade a toda a prova."
 a) Metonímia
 b) Metáfora
 c) Paradoxo
 d) Onomatopéia
 396832
Questão 20: CONSULPLAN - Prof PB (Venda NI)/Pref VN Imigrante/Língua Portuguesa/2016
A lua quadrada de Londres
Eu vinha voltando para casa, dentro da noite de Londres. Uma noite fria, nevoenta, silenciosa – uma noite de Londres. Noite de inverno que começa às quatro horas da tarde e termina às oito da manhã. Noite de navio perdido em alto-mar, de cemitério, de charneca, de fim de ano, de morro dos ventos uivantes. Noite de vampiros, de lobisomens, de fantasmas, de assassinos, de Jack, o Estripador. Eu vinha vindo e apressava o passo, querendo chegar depressa, antes que aquela noite tão densa me dissolvesse para sempre em suas sombras. De espaço a espaço, a luz amarelo-âmbar dos postes pontilhava a rua com seu pequeno foco, como olhos de pantera a seguir-me os passos na escuridão.
Foi quando a neblina se esgarçou, translúcida, e a lua apareceu.
Uma lua enorme, resplendente, majestosa – e quadrada.
Os meus olhos a fitavam, assombrados, e eu não podia acreditar no que eles viam. Quadrada como uma janelinha aberta no céu. Mas amarela como todas as luas do mundo, flutuando na noite, plena de luz, solitária e bela.
As luas de Londres... Ah, Jayme Ovalle, Manuel Bandeira! A lua de Londres era quadrada!
Pensei estar sonhando e baixei os olhos humildemente, indigno de merecê-la, tendo bebido mais do que imaginava. Entrei em casa bêbado de lua e fui refugiar-me em meu quarto, refeito já do estranho delírio, no ambiente cálido e acolhedor do meu tugúrio, cercado de objetos familiares.
Mas foi só chegar à janela, e lá estava ela, dependurada no céu em desafio: uma lua deslumbrante que a neblina não conseguia ofuscar, cubo de luz suspenso no espaço, de contornos precisos, nítido em seus ângulos retos, a desafiar-me com seu mistério. A lua quadrada de Londres!
Evitei olhá-la outra vez, para não sucumbir ao seu fascínio. Corri as cortinas e fui dormir sob seus eflúvios – enigma imemorial a zombar de todas as astronomias através dos séculos, da mais remota antiguidade aos nossos dias, e oferecendo unicamente a mim a sua verdadeira face. É possível que um sábio egípcio, há cinco mil anos, do alto de uma pirâmide, a tenha vislumbrado uma noite e tentado perquirir o seu segredo. É possível que em Babilônia um cortesão de Nabucodonosor se tenha enamorado perdidamente de uma princesa, na moldura quadrada de seus raios. É possível que na China de Confúcio um mandarim se tenha curvado reverente no jardim, entre papoulas, sob o império de seu brilho retilíneo. É possível que na África, numa clareira das selvas, um feiticeiro da tribo lhe tenha oferecido em holocausto a carcaça sangrenta de um antílope. É possível que nos mares gelados do Norte um viking tenha há 12 séculos levantado os olhos sob o elmo de chifres, e contemplado aquela surpreendente forma geométrica, procurando orientar por ela o seu bergantim. É possível que na Idade Média um alquimista tenha aumentado, sob a influência de sua radiância quadrangular, o efeito milagroso de um elixir da longa vida. É possível que, no longo dos anos, mais de uma donzela haja estremecido em sonhos ao receber no corpo a carícia estranhamente angulosa do luar. Mas, nos dias de hoje, somente a mim a lua se oferecia em toda a sua nudez quadrada. Dormi sorrindo, ao pensar que os astronautas modernos se preparam para ir à Lua em breve – sem ao menos desconfiar que ela não é redonda, mas quadrada como uma janela aberta no cosmo – verdade celestial que só um noctívago em Londres fora capaz de merecer.
 
Lembro-me de uma história – história que inventei, mas que nem por isso deixa de ser verdadeira. Era um marinheiro dinamarquês, de um cargueiro atracado no porto do Rio de Janeiro por uma noite apenas. Saíra pela cidade desconhecida, de bar em bar, e vinha voltando solitário e bêbado pela madrugada, quando se deu o milagre: nas sujas águas do canal do Mangue, viu refletida uma claridade difusa – ergueu os olhos e viu que as nuvens se haviam rasgado no céu, e o Cristo surgira para ele, de braços abertos, em todo o seu divino esplendor. Fulminado pela visão, caiu de joelhos e chorou de arrependimento pela vida de pecado e impenitência que levara até então. De volta à sua terra, converteu-se, tornou-se místico, acabou num convento. E anos mais tarde, depois de uma vida inteira dedicada a Deus, o monge recebe a visita de um brasileiro. Aquele homem era da cidade em que se dera o milagre da sua conversão.
 
– O que o senhor viu foi a estátua do Corcovado – explicou o carioca.
 
Não diz a história se o religioso deixou de sê-lo, por causa da prosaica revelação. Não diz, porque me eximo de acrescentar que, na realidade, depois de viver tanto tempo uma crença construída sobre o equívoco, este equívoco passava a ser mesmo um milagre, como tudo mais nesta vida.
 
O milagre da lua quadrada de Londres não me foi desfeito por nenhum londrino descrente do surrealismo astronômico nos céus britânicos. Bastou olhar de manhã pela janela e pude ver, recortado contra o céu, o gigantesco guindaste no cume de uma construção, e numa das pontas da armação de aço atravessada no ar, junto ao contrapeso, o quadrado de vidro que à noite se acende. A minha lua quadrada de Londres.
 
Quadrado que talvez simbolize todo um sistema de vida, mais do que anuncia a pequena palavra Laig nele escrita, marca de fabricação do guindaste. De qualquer maneira, os ingleses ganharam, pelo menos na minha imaginação, o emblema do seu modo de ser, impresso nessa visão de uma noite, que foi a lua quadrada de Londres.
(SABINO, Fernando, 1923-2004 – As melhores crônicas – 14ª ed. – Rio de Janeiro: Record, 2010. 224 p.)
 
“As luas de Londres... Ah, Jayme Ovalle, Manuel Bandeira! A lua de Londres era quadrada!” O excerto anterior é um exemplo de figura de linguagem denominada
 a)  perífrase.
 b)  catacrese.
 c)  anacoluto.
 d)  apóstrofe.
 409759
Questão 21: FUMARC - Cont (CM Dores RP)/CM Dores do RP/2016
O sequestro das palavras
 
Gregório Duvivier
 
Vamos supor que toda palavra tenha uma vocação primeira. A palavra mudança, por exemplo, nasceu filhada transformação e da troca, e desde pequena servia para descrever o processo de mutação de uma coisa em outra coisa que não deixou de ser, na essência, a mesma coisa – quando a coisa é trocada por outra coisa, não é mudança, é substituição. A palavra justiça, por exemplo, brotou do casamento dos direitos com a igualdade (sim, foi um ménage): servia para tornar igual aquilo que tinha o direito de ser igual, mas não estava sendo tratado como tal.
 
No entanto as palavras cresceram. E, assim como as pessoas, foram sendo contaminadas pelo mundo à sua volta. As palavras, coitadas, não sabem escolher amizade, não sabem dizer não. A liberdade, por exemplo, é dessas palavras que só dizem sim. Não nasceu de ninguém. Nasceu contra tudo: a prisão, a dependência, o poder, o dinheiro – mas não se espante se você vir a liberdade vendendo absorvente, desodorante, cartão de crédito, empréstimo de banco. A publicidade vive disso: dobrar as melhores palavras sem pagar direito de imagem. Assim, você verá as palavras ecologia e esporte juntarem-se numa só para criar o EcoSport – existe algo menos ecológico ou esportivo que um carro? Pobres palavras. Não têm advogados. Não precisam assinar termos de autorização de imagem. Estão aí, na praça, gratuitas.
 
Nem todos aceitam que as palavras sejam sequestradas ao bel prazer do usuário. A política é o campo de guerra onde se disputa a posse das palavras. A "ética", filha do caráter com a moral, transita de um lado para o outro dos conflitos, assim como a Alsácia-Lorena, e não sem guerras sanguinárias. Com um revólver na cabeça, é obrigada a endossar os seres mais amorais e sem caráter. A palavra mudança, que sempre andou com as esquerdas, foi sequestrada pelos setores mais conservadores da sociedade – que fingem querer mudar, quando o que querem é trocar (para que não se mude mais). A Justiça, coitada, foi cooptada por quem atropela direitos e desconhece a igualdade, confundindo-a o tempo todo com seu primo, o justiçamento, filho do preconceito com o ódio.
 
Já a palavra impeachment, recém-nascida, filha da democracia com a mudança, está escondida num porão: emprestaram suas roupas à palavra golpe, que desfila por aí usando seu nome e seus documentos. Enquanto isso, a palavra jornalismo, coitada, agoniza na UTI. As palavras não lutam sozinhas. É preciso lutar por elas.
 
Observação: Após a coluna "O Sequestro das Palavras" ter sido publicada no jornal impresso, na segunda-feira, 21/3 de 2016, o colunista modificou seu texto e pediu para atualizá-lo na versão on-line.
 
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/gregorioduvivier/2016/03/1752170-osequestro-das-palavras.shtml
 
As figuras de linguagem são estratagemas que um autor pode empregar em seu texto para persuadir seu leitor. No texto anterior, qual figura de linguagem foi amplamente usada para esse fim?
 a)  Aliteração.
 b)  Metáfora.
 c)  Metonímia.
 d)  Prosopopeia.
 417873
Questão 22: UEG - Adv (CM Luziânia)/CM Luziânia/2016
Oração fúnebre aos guerreiros
Vivemos sob uma forma de governo que não se baseia nas instituições de nossos vizinhos; ao contrário, servimos de modelo a alguns ao invés de imitar outros. Seu nome, como tudo depende não de poucos, mas da maioria, é democracia. Nela, enquanto no tocante às leis todos são iguais para a solução de suas divergências privadas, quando se trata de escolher (se é preciso distinguir em qualquer setor), não é o fato de pertencer a uma classe, mas o mérito, que dá acesso aos postos mais honrosos; inversamente, a pobreza não é razão para que alguém, sendo capaz de prestar serviços à cidade, seja impedido de fazê-lo pela obscuridade de sua condição. Conduzimo-nos liberalmente em nossa vida pública, e não observamos com uma curiosidade suspicaz a vida privada de nossos concidadãos, pois não nos ressentimos com nosso vizinho se ele age como lhe apraz, nem olhamos com ares de reprovação que, embora inócuos, lhe causariam desgosto. Ao mesmo tempo que evitamos ofender os outros em nosso convívio privado, em nossa vida pública nos afastamos da ilegalidade, principalmente por causa de um temor reverente, pois somos submissos às autoridades e às leis, especialmente àquelas promulgadas para socorrer os oprimidos e as que, embora não escritas, trazem aos transgressores uma desonra visível a todos.
TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. In: FIGUEIREDO, Carlos (Org.). 100 discursos históricos. Belo Horizonte: Leitura, 2002. p. 21-22.
 
Qual a função de linguagem predominante no texto?
 a)  Fática
 b)  Referencial
 c)  Emotiva
 d)  Metalinguística
 e)  Poética
 419245
Questão 23: UEG - Aux Adm (CM Itumb)/CM Itumbiara/Presidência/2016
Leia o texto a seguir e responda à questão.
 
PASSADO & PRESENTE
 
Os franceses desprezavam os gregos. Os gregos desprezavam os italianos. Os italianos desprezavam os egípcios, os egípcios desprezavam todo mundo e todo mundo despreza os judeus. A frase é de Roger Peyrefitte, descrevendo o ambiente da Universidade do Cairo por ocasião de uma das crises que envolviam o nacionalismo árabe.
 
Pinço a frase e medito sobre ela. Infelizmente, sempre foi assim, não apenas em relação à nacionalidade de cada um, mas também em relação ao sexo, religião, faixa etária, preferências literárias, musicais e fisiológicas. O desprezo pela opinião do outro e mais do que pela opinião, pela condição do outro, acompanha a trajetória do homem pela história.
 
Fala-se na juventude, espera-se dela um comportamento melhor, ela própria se acredita o estágio mais bacana da evolução do homem na face da Terra. Mas os jovens se formam e informam através do desprezo e desse modo repetem e agravam o incrível carrossel de burrice e violência que acompanha a humanidade desde que o primeiro macaco descobriu que, com o osso do seu inimigo, podia matar os inimigos. Foi assim que o macaco deu o salto na escala zoológica e se tornou antropoide, mais tarde, homem.
 
No caso daqueles que se acreditam na vanguarda da história, eles apenas mudam o objeto do desprezo, a gíria, o visual, mas continuam a repetir a mesma tolice das gerações anteriores, dividindo primariamente o bem do mal, o vermelho do preto, o sim do não. Outro dia, reli as cartas que Mário de Andrade insistia em mandar a seus admiradores. Ele rompia com um passado na medida em que criava um novo passado. A condição de jovem acaba se limitando a uma veste, a códigos que já nascem velhos.
 
É bobagem negar o passado que nada mais é do que a sucessão fluida de presentes.
 
CONY, Carlos Heitor. Passado & presente. Folha de S. Paulo. 15 out. 2006. p. A2.
 
Em “A condição de jovem acaba se limitando a uma veste, a códigos que já nascem velhos”, na expressão em destaque ocorre
 a)  um paradoxo
 b)  uma catacrese
 c)  um eufemismo
 d)  uma hipérbole
 e)  um pleonasmo
 420111
Questão 24: IDECAN - Ana AL (CM Aracruz)/CM Aracruz/2016
Os riscos da poluição e do aquecimento global para a saúde
Vivemos tempos interessantes, para dizer o mínimo. A falta de bom senso leva o mundo, nossas lideranças e mesmo as pessoas comuns a agir de maneira irracional e até mesmo contrária aos seus próprios interesses.
Estão aí o Brexit, a rejeição ao acordo de paz colombiano, a indicação do bufão Donald Trump como candidato à presidência dos Estados Unidos e as atrocidades da guerra na Síria. Isso para ficarmos apenas em alguns exemplos recentes e mais emblemáticos.
Nessa equação entram também as poucas vozes que ainda insistem em considerar o aquecimento global e as mudanças climáticas como uma ficção ou até mesmo como algo verdadeiro, mas sem importância.
Claro que agora só os muito insanos ou com grandes interesses econômicos é que ainda se manifestam contrariamente aos ululantes indicadores de que o planeta está cada vez mais quente.
Felizmente para nós, a ratificação do Acordo de Paris ocorreu em tempo recorde. Agora os países, entre eles os maiores emissores de gases de efeito estufa no mundo, começam a colocar em prática seus planos de reduzir sua contribuição para as mudanças climáticas.
E, se ainda faltava entender melhor os perigos associadosao uso intensivo de combustíveis fósseis, à destruição do meio ambiente e ao crescimento desordenado, um novo e poderoso argumento surgiu em um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O estudo constatou que cerca de 92% da população mundial vivem em áreas com qualidade do ar inferior aos padrões recomendados.
Para chegar a essa conclusão, a OMS, órgão das Nações Unidas, em parceria com a Universidade Bath, do Reino Unido, utilizou uma tecnologia que obtém dados por meio de sensores bastante sensíveis de monitoramento terrestre e de movimentação do ar instalados em satélites.
E, lá de cima, foi possível constatar que as áreas mais atingidas pela poluição, com volume de partículas finas em suspensão maior que os estabelecidos como seguros, estão cidades do Oriente Médio, outras localizadas no sul e sudeste da Ásia, incluindo aí China e Índia, os dois países com maior população do mundo e também cidades do centro e norte da África.
O Brasil não escapa dessa poluição, mas apresenta um ar de qualidade mais razoável. De qualquer maneira, se as cidades litorâneas do Nordeste e mesmo a capital Brasília apresentam baixos índices de partículas suspensas no ar, São Paulo e grande parte do estado do Mato Grosso registram poluição atmosférica mais alta que o recomendado pela OMS.
Entre as principais razões para o agravamento dessa poluição estão as atividades industriais: a queima de carvão e madeira, os sistemas de transporte antiquados e ineficientes e a incineração de lixo.
Das soluções apresentadas pela Organização Mundial da Saúde para começar a reverter esse quadro, muitas mantêm uma relação direta com o combate às mudanças climáticas e ao aquecimento global.
Entre elas, investimento em energias renováveis, o incentivo ao transporte público eficiente e menos poluente, a redução das atividades industriais e a gestão eficiente dos resíduos sólidos.
Uma coisa está ligada invariavelmente a outra. Poluição e aquecimento global atuam em consonância para provocar danos irreparáveis à saúde das pessoas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a poluição é responsável, por uma a cada nove mortes no planeta. São 36% das mortes por câncer de pulmão, 34% por AVC. A poluição ainda contribui para 27% dos ataques cardíacos fatais. Podemos acrescentar que, além de contribuir para a redução da sensação térmica, cidades com áreas verdes também ajudam a combater a poluição, entre outros inestimáveis benefícios.
A cada dia recebemos, mais e mais, informações que revelam que, quanto mais longe de um mundo mais sustentável, justo e equilibrado, mais distante também estaremos de uma vida plena e saudável.
(CANTO, Reinaldo – 28/10/2016. Disponível em:
http://www.cartacapital.com.br/sustentabilidade/os-riscos-da-poluicao e-do-aquecimentoglobal- para-a-saude.)
 
Em “[...] as poucas vozes que ainda insistem [...]” o autor faz uso de uma figura de linguagem em que:
 a)  Realidades abstratas ganham representação concreta.
 b)  A associação semântica se realiza pela supressão de termos sintáticos.
 c)  Ocorre a supressão da falta de um termo específico no vocabulário corrente.
 d)  O significado é processado por uma relação cuja lógica se dá pela semelhança das ideias.
 427666
Questão 25: CONSULTEC - Adm (Ilhéus)/Pref Ilhéus/2016
Felicidade
 
Haverá um dia em que você não haverá de ser feliz
Sentirá o ar sem se mexer
Sem desejar como antes sempre quis
Você vai rir, sem perceber
Felicidade é só questão de ser
Quando chover, deixar molhar
Pra receber o sol quando voltar
 
Lembrará os dias
que você deixou passar sem ver a luz
Se chorar, chorar é vão
porque os dias vão pra nunca mais
 
Melhor viver, meu bem
Pois há um lugar em que o sol brilha pra você
Chorar, sorrir também e depois dançar
Na chuva quando a chuva vem
 
Tem vez que as coisas pesam mais
Do que a gente acha que pode aguentar
Nessa hora fique firme
Pois tudo isso logo vai passar
 
Dançar na chuva quando a chuva vem
Dançar na chuva quando a chuva
Dançar na chuva quando a chuva vem
 
JENECI, Marcelo. Felicidade. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/marcelo-jeneci/1524699/>. Acesso em: 1º mar. 2016.
 
Em relação aos recursos de estilo usado no poema-canção, o trecho transcrito que corresponde à figura indicada a seguir é
 a)  “Sentirá o ar sem se mexer”  — antítese.
 b)  “Você vai rir, sem perceber” — ironia.
 c)  “Quando chover, deixar molhar” — hipérbole.
 d)  “que você deixou passar sem ver a luz” — metáfora.
 e)  “Dançar na chuva quando a chuva vem” — graduação.
 436194
Questão 26: FUNRIO - Cad (PM GO)/PM GO/2017
 
Ao escolher o assunto poder e considerá-lo como a droga que mais vicia e causa danos à sociedade, o aluno interpretou o tema do trabalho de forma
 a)  paradoxal.
 b)  antitética.
 c)  hiperbólica.
 d)  redundante.
 e)  metafórica.
 443503
Questão 27: IBFC - Tec Reg (AGERBA)/AGERBA/2017
Texto
Primeira classe
(Moacyr Scliar)
Durante anos, o homem teve um sonho: queria viajar de avião na primeira classe. Na classe econômica, ele, executivo de uma empresa multinacional, era um passageiro habitual; e, quando via a aeromoça fechar a cortina da primeira classe, quando ficava imaginando os pratos e as bebidas que lá serviam, mordia-se de inveja. Talvez por causa disso trabalhava incansavelmente; subiu na vida, chegou a um cargo de chefia que, entre outras coisas, dava-lhe o direito à primeira classe nos voos.
E assim, um dia, ele embarcou de Nova Délhi, onde acabara de concluir um importante negócio, para Londres. E seu lugar era na primeira classe. Seu sonho estava se realizando. Tudo era exatamente como ele imaginava: coquetéis de excelente quantidade, um jantar que em qualquer lugar seria considerado um banquete. Para cúmulo da sorte, o lugar a seu lado estava vazio.
Ou pelo menos estava no começo do voo. No meio da noite acordou e, para sua surpresa, viu que o lugar estava ocupado. Achou que se tratava de um intruso; mas, em seguida, deu-se conta de que algo anormal ocorria: várias pessoas estavam ali, no corredor, chorando e se lamentando. Explicável: a passageira a seu lado estava morta. A tripulação optara por colocá-la na primeira classe exatamente porque, naquela parte do avião, havia menos gente.
Sua primeira reação foi exigir que removessem o cadáver. Mas não podia fazer uma coisa dessas, seria muita crueldade.Por outro lado, ter um corpo morto a seu lado horrorizava-o. Não havendo outros lugares vagos na primeira classe, só lhe restava uma alternativa: levantou-se e foi para a classe econômica, para o lugar que a morta, havia pouco, ocupara. Ou seja, ao invés de um upgrade, ele tinha recebido, ainda que por acaso, um downgrade.
Ali ficou, sem poder dormir, claro. Porque, depois que se experimenta a primeira classe, nada mais serve. Finalmente, o avião pousou, e ele, arrasado, dirigiu-se para a saída, onde o esperavam os parentes da falecida para agradecer-lhe. Disse um deles, que se identificou como filho da senhora: “Minha mãe sempre quis viajar de primeira classe. Só conseguiu morta graças à sua compreensão. Deus lhe recompensará”.
Que tem seu lugar garantido no céu, isso ele sabe. Só espera chegar lá viajando de primeira classe. E sem óbitos durante o voo.
 
No último parágrafo, o trecho “Que tem seu lugar garantido no céu” ilustra uma figura de linguagem conhecida como:
 a)  hipérbole.
 b)  personificação.
 c)  metonímia.
 d)  eufemismo.
 e)  comparação.
 450297
Questão 28: VUNESP - Ass Soc (Pref SJRP)/Pref SJRP/2016
Igualdade X liberdade
“Igualdade” se tornou a palavra de ordem deste início do século 21. Para os países pobres, a bandeira não é nova. Eles sempre tiveram no horizonte a meta de reduzir tanto a desigualdade interna (entre milionários e miseráveis) como a externa (entre nações).
Não há dúvida de que sociedades menos desiguais funcionam melhor. Elas tendem a ser mais ricas, assim como mais educadas e menos violentas, e por aí vai. O que é causa e o que é efeito pode ser difícil de determinar, mas está claro que a redução das desigualdades é algo a perseguir.
É preciso, porém, resistir à tentação das interpretaçõesunidimensionais*. Uma das contradições básicas da política, que raramente é mencionada, é que liberdade e igualdade são incompatíveis. Se a sociedade é livre, as pessoas que se esforçarem mais acumularão mais bens e os transmitirão a quem desejarem, tipicamente os filhos. Mas, neste caso, a sociedade deixa de ser igualitária, pois não só alguns terão mais do que outros como também herdarão riquezas pelas quais não trabalharam.
O paradoxo não tem solução. Cada sociedade precisa definir o “mix” de liberdade e igualdade que concederá a seus membros. Não podemos esquecer, porém, que a proporção escolhida tem implicações. Se a liberdade é total, cenários de concentração de renda tendendo ao infinito se tornam possíveis. Se a igualdade é plena, desaparecem os incentivos para produzir mais e, principalmente, para inovar.
Considerando que foi o desenvolvimento científico que tirou a humanidade do estado de penúria material em que viveu na maior parte da história, penso que a liberdade deve ter prioridade. Não se mata a galinha dos ovos de ouro.
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 02.01.2016. Adaptado)
 
Assinale a alternativa em que há emprego de linguagem em sentido figurado.
 a)  Não há dúvida de que sociedades menos desiguais funcionam melhor.
 b)  Elas tendem a ser mais ricas, assim como mais educadas e menos violentas...
 c)  ... as pessoas que se esforçarem mais acumularão mais bens...
 d)  ... não só alguns terão mais do que outros como também herdarão riquezas...
 e)  Não se mata a galinha dos ovos de ouro.
 450561
Questão 29: VUNESP - Educ Soc (Pref SJRP)/Pref SJRP/2016
Leia o texto para responder à questão.
Na época escolar, minhas “viagens espaciais” ao mundo da lua pintavam a Terra e seus objetos com as cores mais inusitadas. Por pouco tempo... até virarem luas de papel amassadas nas mãos da professora. Na escola diziam que devia pintar a Terra e seus objetos com as cores verdadeiras da verdade. Isto é, o tronco das árvores de marrom e a copa de verde.
Viver “no mundo da lua” e olhar para a Terra de outras distâncias, de outros ângulos, não era bem-visto pelos adultos, em geral, e pelos adultos da escola, em particular.
O mundo do Era uma vez..., do conto contado, lido, ouvido ou imaginado significava para mim a nave espacial que me permitia inúmeras viagens na travessia terra-lua-terra.
Então encontrava, no texto literário, a misteriosa conspiração das palavras. Sabia que elas, de alguma maneira, comunicavam-se entre si. Era como se tivessem muitos braços e entre abraços formassem uma rede invisível. Um tecido.
(Glória Kirinus, Criança e poesia na pedagogia Freinet. Adaptado)
 
No texto, há várias passagens em linguagem figurada, tais como:
 a)  nas mãos da professora; as cores verdadeiras da verdade.
 b)  Na época escolar; não era bem-visto pelos adultos.
 c)  Por pouco tempo; o tronco das árvores de marrom.
 d)  luas de papel amassadas; a misteriosa conspiração das palavras.
 e)  não era bem-visto pelos adultos; as cores verdadeiras da verdade.
 450843
Questão 30: CONSULPLAN - NeR (TJ MG)/TJ MG/Provimento/2017
Acerca das figuras de linguagem, recurso estilístico usado para propiciar maior expressividade ao texto literário, assinale a alternativa correta:
 a)  Antítese: consiste na aproximação de termos iguais, sendo enfatizada essa relação de sinonímia.
 b)  Hipérbole: trata-se de minimizar uma ideia com a finalidade suavizar o discurso.
 c)  Ironia: é a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se, com isso, efeito crítico ou humorístico.
 d)  Prosopopeia ou personificação: consiste em atribuir a seres animados predicativos que são próprios de seres inanimados.
 466669
Gabarito
1) A 2) C 3) B 4) B 5) B 6) A 7) C8) A 9) B 10) A 11) A 12) B 13) D 14) B15) Anulada 16) B 17) C 18) B 19) C 20) D 21) D22) B 23) A 24) B 25) D 26) E 27) D 28) E29) D 30) C

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