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Excludente de imputabilidade - Embriaguez

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Natalia Geovanna Dutra de Souza 
Direito Penal II 
• Excludentes da imputabilidade 
Distúrbio mental, menoridade e a embriaguez. 
3) Embriaguez [art. 28 CP]: 
Insta destacar que embriaguez é a intoxicação transitória causada pelo álcool ou por substância 
de efeito análogo. 
➢ Classificações da Embriaguez: 
1) Não acidental: voluntária ou culposa; nesse caso, o agente tem a intenção de se 
embriagar. O termo ‘culposo’ é utilizado na embriaguez quando ela decorre de uma 
negligência ou de uma imprudência. 
Obs.: essa embriaguez pode ser: 
a) Completa – ocorre quando o agente, no momento da conduta, não tinha capacidade de 
entendimento e nem de autodeterminação. 
b) Incompleta – quando a capacidade do agente, de entendimento e de autodeterminação, 
é apenas reduzida. 
Para o Código Penal, a embriaguez não acidental jamais exclui a imputabilidade. 
2) Acidental/Involuntária: é aquela que decorre de caso fortuito ou força maior; nesse caso, 
o sujeito desconhece o efeito inebriante da substância que ingere (caso fortuito), ou é 
obrigado a ingerir substância inebriante (involuntária). Essa embriaguez também pode 
ser completa ou incompleta. Entretanto, essa embriaguez involuntária isenta de pena. 
[Art. 28 § 1º CP]. A incompleta não exclui a culpabilidade, mas diminui a pena [Art. 28 
§ 2º CP]. 
3) Patológica: é a embriaguez doentia que, conforme o caso concreto, pode ser tratado 
como anomalia psíquica, gerando a inimputabilidade do agente ou a redução da sua pena 
nos moldes do art. 26 CP. 
4) Preordenada: ocorre quando o agente ingere substância inebriante com a finalidade de 
cometer crime. Nesse caso, independente de ser completa ou incompleta, a embriaguez 
não exclui imputabilidade nem reduz pena, pelo contrário, há a incidência de agravante 
na dosimetria da pena. [Art. 61 II l CP] 
Para a embriaguez gerar a inimputabilidade, é preciso que ela seja: 
1) Causal: proveniente de caso fortuito ou força maior. 
2) Quantitativa: completa. 
3) Cronológica: deve ser analisada no momento da conduta. 
4) Consequencial: inteira incapacidade intelectiva ou volitiva. 
Por que a embriaguez preordenada ou voluntária, mesmo quando completa, não exclui a 
imputabilidade, se no momento da conduta o agente não era capaz ou completamente capaz 
de entender o caráter ilícito da sua conduta ou de determinar-se conforme o direito? A 
 
 Natalia Geovanna Dutra de Souza 
explicação do código penal é encontrada no princípio da action libera in causa, que significa 
que o momento do crime, ou seja, o momento em que o agente estava embriagado, decorre de 
ato que antecede, ato que foi livre e consciente, logo, no caso de embriaguez, transfere-se para 
o momento da ação que gerou a causa, para fins de constatar a imputabilidade, a voluntariedade 
do agente.

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