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jusbrasil.com.br 7 de Outubro de 2021 Saiba como comprovar que vivia em uma união estável e assim receber a pensão por morte A Constituição Federal equipara a união estável ao casamento, sendo considerada uma entidade familiar para todos os efeitos. Os dependentes do contribuinte do INSS possuem direito a pensão por morte em caso de falecimento do segurado, pois trata-se de um evento totalmente imprevisto, não sendo justo que os dependentes fiquem sem nenhum tipo de renda para sua subsistência. O direito a pensão é previsto na constituição federal em seu artigo 201, V, devendo ser pago ao cônjuge ou companheiro, senão vejamos: Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de Previdência Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, na forma da lei, a: V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º. § 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. Por sua vez, a lei 8.213/91 que trata de planos e benefícios da previdência social define em seu artigo 16 aqueles que a lei considera como dependentes do segurado e conforme INC. I e parágrafo 3º, podemos observar o tratamento dado a união estável, conforme abaixo: https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/1160355/artigo-201-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10652199/inciso-v-do-artigo-201-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035429/lei-de-benef%C3%ADcios-da-previd%C3%AAncia-social-lei-8213-91 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11358889/artigo-16-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991 Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) § 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal. Sendo assim, observamos que a companheira ou companheiro, que vivia em união estável, também possui direito ao benefício, pois de acordo com a própria constituição federal, a união é equiparada ao casamento, sendo considerada uma entidade familiar para todos os efeitos, mas é necessário comprovar esta situação, pois diferente do casamento, onde é realizado um vínculo jurídico feito perante uma autoridade competente, para a união estável basta que duas pessoas vivam sob o mesmo teto, com caráter duradouro, público e com o fim de constituírem uma família, e essa comprovação pode ser feita de diversas maneiras, como veremos mais adiante. De acordo com a IN 77/2015 do INSS, em seu artigo 122, é considerado companheira ou companheiro a pessoa a pessoa que mantém união estável com o segurado ou a segurada, sendo esta configurada na convivência pública, contínua e duradoura, estabelecida com intenção de constituição de família. Podemos observar então que para ter direito ao benefício, é necessário a comprovação desta união estável, e a própria IN 77/2015 elenca quais documentos devem ser apresentados ao INSS para prova documental da referida situação conjugal. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art101 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art127 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645006/par%C3%A1grafo-3-artigo-226-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art226%C2%A73 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645133/artigo-226-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10679721/artigo-122-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 Art. 135. Para fins de comprovação da união estável e da dependência econômica, conforme o caso, devem ser apresentados, no mínimo, três dos seguintes documentos: I - certidão de nascimento de filho havido em comum; II - certidão de casamento religioso; III - declaração do Imposto de Renda do segurado, em que conste o interessado como seu dependente; IV - disposições testamentárias; V - declaração especial feita perante tabelião; VI - prova de mesmo domicílio; VII - prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou comunhão nos atos da vida civil; VIII - procuração ou fiança reciprocamente outorgada; IX - conta bancária conjunta; X - registro em associação de qualquer natureza, onde conste o interessado como dependente do segurado; XI - anotação constante de ficha ou livro de registro de empregados; XII - apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa interessada como sua beneficiária; XIII - ficha de tratamento em instituição de assistência médica, da qual conste o segurado como responsável; XIV - escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome de dependente; XV - declaração de não emancipação do dependente menor de 21 (vinte e um) anos; ou XVI - quaisquer outros que possam levar à convicção do fato a comprovar. § 1º Os três documentos a serem apresentados na forma do caput, podem ser do mesmo tipo ou diferentes, desde que demonstrem a existência de vínculo ou dependência econômica, conforme o caso, entre o segurado e o dependente. § 2º Caso o dependente possua apenas um ou dois dos documentos enumerados no caput, deverá ser oportunizado o processamento de Justificação Administrativa - JA. § 3º O acordo judicial de alimentos não será suficiente para a comprovação da união estável para efeito de pensão por morte, vez que não prova, por si só, a existência anterior de união estável nos moldes estabelecidos pelo art. 1.723 do Código Civil. § 4º A sentença judicial proferida em ação declaratória de união estável não constitui prova plena para fins de comprovação de união estável, podendo ser aceita como uma das três provas exigidas no caput deste artigo, ainda que a decisão judicial seja posterior ao fato gerador. A comprovação é essencial para que a previdência proceda com a concessão do benefício, e de acordo com a legislação é necessário ao menos 3 documentos descritos acima, para provar que você e seu companheiro ou companheira viviam em uma relação estável e assim você passar a ter direito de receber a pensão por morte. https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10613814/artigo-1723-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 Outrossim, é importante destacar que quando se vive em uma união estável, são vários os documentos que podem provar a situação, conforme descrito acima, sendo assim, quem vivem em união estável, mesmo que não tenha registrado essa situação em cartório possui direito a pensão em caso de morte, e para tanto é extremamente importante que se tenha documentos que comprovem essa situação. Disponível em: https://brunosmelo2012.jusbrasil.com.br/artigos/1191687473/saiba-como- comprovar-que-vivia-em-uma-uniao-estavel-e-assim-receber-a-pensao-por-morte
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