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livro digital Coluna_2021

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SUMÁRIO
Seis Exercícios para tratar a Cervicalgia Utilizando o Método Pilates...03
Pilates para Hérnia Discal Lombar..........................................................13
Retificação da Coluna: Como tratar com o Método Pilates?.................22
Pilates Aplicado à Lombalgia: Tudo o que você precisa saber...............36
Pilates Aliado ao Treinamento Funcional para Hérnia de Disco.............55
Dicas para Aulas com Portadores de Hérnia Discal Lombar...................67
Pilates Aplicado para Hérnia Lombar.....................................................79
SEIS EXERCÍCIOS PARA TRATAR
A CERVICALGIA UTILIZANDO O
MÉTODO PILATES
SEIS EXERCÍCIOS PARA TRATAR A 
CERVICALGIA UTILIZANDO O
MÉTODO PILATES
Escrito Por Gabriela Zaparoli
A dor na região cervical da coluna, chamada de cervicalgia, atinge
cerca de 18% da população geral e pelo menos 30% da população 
mundial apresentará sintomas no decorrer da vida. No Brasil, a
estimativa é que 55% da população um dia irá sentir os sintomas, sen-
do que destes, 12% das mulheres e 9% dos homens terão cervicalgia 
crônica.
Segundo um artigo publicado pela Associação Brasileira de Medicina 
Física e Reabilitação e a Sociedade Brasileira de Ortopedia e
Traumatologia, a cervicalgia é causa comum de dor na população geral 
com prevalência de 10% a 15%.
E o método Pilates pode ser muito eficaz para o tratamento desses 
sintomas, nesse texto vamos apresentar dicas de exercícios para você 
adaptar hoje mesmo com seus alunos. Confira!
CAUSAS E SINTOMAS DA
CERVICALGIA
A cervicalgia costuma ser insidiosa, sem causa aparente. Mas
raramente se inicia de maneira súbita, em geral está relacionada com 
movimentos bruscos do pescoço, longa permanência em posição
forçada, esforço ou trauma e até mesmo alterações da ATM (articulação 
têmporo-mandibular). O paciente com cervicalgia geralmente relata 
uma melhora quando está em repouso e exacerbação da dor com o 
movimento.
A fadiga localizada na musculatura que estabiliza a coluna pode ocorrer 
com a atividade repetitiva ou esforço intenso. Há uma chance maior de 
lesão nas estruturas de suporte da coluna quando há fadiga dos múscu-
los estabilizadores. Desequilíbrios entre força e flexibilidade e força da 
musculatura de ombro e pescoço produzem forças assimétricas sobre a 
coluna e afetam a postura.
A maioria das pessoas que sofre estresse postural na cabeça e no
pescoço, sente tensão e fadiga nos músculos extensores cervicais
(trapézio superior e eretor cervical da espinha), assim como nos múscu-
los levantadores da escápula (que mantêm a postura das escápulas).
O paciente com dor cervical pode apresentar vários padrões de dor. 
A dor pode ser somente na face posterior do pescoço, como também 
pode acometer algum dos lados dos músculos trapézio, supraespinho-
so, romboide e escaleno. Ela também pode ser referida na face inferior 
da mandíbula, dentes e causar cefaleia.
PILATES APLICADO A CERVICALGIA
Os pacientes portadores de cervicalgia vão procurar o Pilates já na fase 
subaguda da patologia, onde ele apresenta dor apenas quando uma 
carga excessiva é colocada sobre os tecidos vulneráveis.
Isso compromete a postura e falta de consciência postural, além da da 
mobilidade, mau controle neuromuscular dos músculos estabilizadores 
(diminuição da resistência muscular e da força), descondicionamento 
geral, instabilidade para realizar algumas AVD’s, dificuldades para
realizar AVDI por períodos extensos e mecânica corporal defeituosa.
Nessa fase devemos educar o paciente no autocuidado e em como
diminuir os episódios de dor, trabalhar consciência e controle do
alinhamento postural, mobilidade articular e muscular fortalecimento 
muscular para estabilizar e dar resistência à fadiga.
EXERCÍCIOS DE PILATES PARA
CERVICALGIA
Abaixo vou descrever alguns exercícios que faço com meus alunos com 
cervicalgia no meu Studio.
1 – Ativação e Treinamento dos Extensores Cervicais Baixos e 
Torácico Alto.
Paciente em decúbito ventral com testa apoiada no Mat ou pode ser 
no Cadillac caso o paciente não consiga deitar no chão. Os membros 
superiores ficam posicionados lateralmente ao tronco.
Solicitar ao paciente durante a expiração, que ele faça a menção do 
movimento de elevar a testa do Mat, mas sem realizar o movimento, 
apenas a contração isométrica, e relaxar na inspiração.
Se não houver dor, solicite que ele levante a testa do Mat
(na expiração), mantendo o queixo encolhido e os olhos focados no 
Mat para manter a posição neutra da coluna.
O movimento deve ser pequeno.
2 – Ativação e Treinamento dos Flexores Profundos do
Pescoço.
Paciente em decúbito dorsal com os joelhos flexionados e os membros 
superiores apoiados lateralmente ao tronco. Para flexão craniocervical 
ensine o paciente a realizar movimentos de aceno de cabeça lentos e 
controlados sobre a coluna cervical alta (movimento do “sim”).
Os movimentos são pequenos e leves evitando compensações.
Instruções:
Na inspiração realizar uma leve extensão de cabeça e na expiração uma 
leve flexão de cabeça.
3 – Mobilização Cervical com Auxílio da Overball.
Paciente deitado em decúbito dorsal, com os joelhos flexionados e 
MMSS posicionados lateralmente ao tronco. Colocar uma Overball 
murcha, mas ainda com ar dentro, na região entre o pescoço e a
cabeça (occiptal).
Instruções:
Na expiração solicite ao paciente que realize o movimento de rotação 
da cabeça para a direita e para esquerda. O movimento deve ser lento 
e leve.
Pode também solicitar movimentos circulares da cabeça, o movimento 
deve ser bem pequeno e leve para evitar compressão e compensações. 
Movimentos circulares horário e anti – horário.
4 – Organização Escapular
Paciente deitado no Cadillac com a cabeça embaixo da barra torre. A 
barra torre deve estar elevada utilizando duas molas uma leve e uma 
moderada vindas de cima.
O paciente irá segurar na barra com as duas mãos mantendo o alinha-
mento dos ombros.
Instruções:
O movimento realizado será retração e protração dos ombros. Na
expiração solicitar que o paciente realize a retração e na inspiração a 
protração.
Cuidado para o paciente não realizar elevação de ombros e/ou elevar 
a cabeça do apoio. Podemos progredir o exercício realizando o movi-
mento da cabeça também, onde utilizaremos apenas uma mola
moderada e o paciente irá segurar na barra apenas com uma das mãos.
Inspirar fazendo a rotação da cabeça para o lado oposto do membro 
superior que está segurando na barra ao mesmo tempo em que realiza 
a protração do ombro.
5 – Swan na Chair
Objetivos: ativar transverso do abdome para estabilizar a região lom-
bo-pélvica, fortalecer oblíquos e eretores da coluna, glúteo máximo, 
ísquiotibiais, alongar cadeia anterior.
Instruções:
o Em decúbito ventral sob a Chair. Mãos no pedal.
o Na expiração realizar extensão de tronco.
o Na inspiração retornar à posição inicial.
Para evoluir pode-se manter a extensão de tronco e realizar movimento 
de flexão e extensão de cotovelos.
Observação: no início das aulas utilize a caixa extensora para apoiar 
os membros inferiores do aluno, para garantir movimentos sem com-
pensações. Podemos trabalhar também no início das aulassomente a 
isometria, mantendo a extensão por dez segundos, realizando as respi-
rações.
6 – Chest expansion no Cadillac
Paciente ajoelhado no Cadillac de frente para as alças de mãos. No iní-
cio utilizo molas leves e depois vou evoluindo. Solicite ao paciente que 
segure as duas alças de mãos.
Objetivo: fortalecer membros superiores e mobilidade cervical.
Instruções:
Na expiração, mantendo a ação do powerhouse fazer extensão de om-
bros. Assim que o paciente aprender a realizar a extensão de ombros 
sem gerar dor e compensações, podemos solicitar o movimento de 
rotação de cabeça. Faz a extensão dos ombros na expiração, inspirar 
girando a cabeça para direita, expire retorne ao centro e inpire girando 
a cabeça para a esquerda. Na expiração retornar a cabeça ao centro e 
na inspiração volte à posição inicial.
Esses são apenas alguns dos exercíciosque realizo com meus pacientes 
portadores de cervicalgia.
O Pilates trabalha a estabilização e a mobilização da coluna, melho-
rando a função nervosa e vascular do pescoço. O trabalho postural 
promove a organização da cabeça e pescoço, melhorando a consci-
ência corporal e diminui o risco de lesões e recidivas. Melhora o ritmo 
escapulo-umeral corrigindo movimentos compensatórios, diminuindo 
assim a sobrecarga na região cervical.
A respiração associada à ativação do power house promove o equilí-
brio muscular, a fim de restabelecer o alinhamento do corpo como um 
todo, melhorando a dor cervical.
CONCLUINDO
É sempre importante lembrar seus alunos, que existem estudos
mostram um efeito positivo da aplicação do método Pilates no
tratamento de pacientes portadores de cervicalgia e que é sempre um 
bom método de tratamento.
Por fim, espero que seja muito útil essa lista de exercícios e você possa 
contribuir para seu planejamento de aula para um aluno com
cervicalgia.
PILATES PARA HÉRNIA
DISCAL LOMBAR
PILATES PARA HÉRNIA
DISCAL LOMBAR
Escrito Por Gabriela Zaparoli
A hérnia discal lombar é considerada uma patologia extremamente co-
mum, que causa séria inabilidade em seus portadores das hérnias dis-
cais lombares, 90% estão localizadas em L5-S1 e L4-L5, as mais comuns 
são as paramedianas e colateral direita ou esquerda.
Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 
90% da população sofre, sofreu ou sofrerá de problemas da coluna.
Cerca de 5,4 milhões de brasileiros sofrem de hérnia discal, segundo 
dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O Pilates tem sido procurado como método de tratamento por se 
mostrar bastante eficaz, tanto a longo como em curto prazo, atuando 
em todas as fases da hérnia discal lombar, proporcionando a cada uma 
delas a melhora dos sintomas do paciente e evitando as recidivas da 
patologia.
DEFININDO A HÉRNIA
DISCAL LOMBAR
O termo hérnia refere-se a órgão (ou alguma parte de órgão) que sai 
do seu local de origem, naturalmente ou acidentalmente.
Quando isso acontece parte do disco intervertebral sai da sua posição 
inicial e consequentemente comprime as raízes dos nervos que se rami-
ficam a partir da medula espinhal e que se elevam da coluna espinhal. 
É esse processo que causa a dor.
Acomete principalmente a coluna lombar e cervical. As hérnias cervicais 
aumentaram muito a incidência em função do estilo de vida atual com 
uso de smartphones, tablets e computador.
A hérnia discal lombar extrusa é uma patologia que afeta os discos 
intervertebrais da coluna vertebral, que funcionam como verdadeiros 
amortecedores.
A patologia ocorre quando existe um rompimento desse ânulo fibroso 
e o conteúdo gelatinoso interno, chamado de núcleo pulposo, sai atra-
vés de uma fissura na membrana.
A partir disso, as raízes nervosas que passam pelo espaço intervertebral 
comprimem-se, causando os sintomas clínicos característicos da hérnia 
discal.
O TRATAMENTO
O método costuma ser efetivo nas dores causadas pela hérnia discal 
porque os exercícios geram um maior afastamento entre as vértebras, 
graças a movimentos de alongamento.
Os benefícios são adquiridos através da essência do método, que pro-
move a estabilização da hérnia de disco, possibilitando uma vida sau-
dável e sem dor.
A postura melhora, os músculos adquirem maior tonicidade, as articu-
lações tornam-se mais flexíveis e a forma do corpo torna-se mais equili-
brada, ereta e alongada.
Apenas 2 a 4% dos casos de hérnia têm indicação cirúrgica (síndrome 
da cauda eqüina, surgimento de déficits neurológico rápido progressi-
vo).
Atualmente as cirurgias para hérnia de disco lombar vêm evoluindo no 
sentido de se tornarem cada vez menos invasivas.
Importância especial tem sido dada ao uso do microscópio cirúrgico e 
instrumental para microcirurgia (Simões, 2007), cirurgias percutâneas e 
endoscópicas (Martins, 2007).
Fatores de Risco
O excesso de peso e realizar atividades que demandam grande esforço 
físico são atividades que podem causar a hérnia de disco. Empregos 
que exigem movimentos repetitivos todos os dias também podem cau-
sar a patologia.
Os fatores de risco para a hérnia discal são:
o Genética;
o Fraqueza muscular;
o Obesidade;
o Sedentarismo.
PRECAUÇÕES
O paciente com hérnia discal lombar que já se exercita deve continuar 
com sua rotina de movimentos de alongamento e fortalecimento mus-
cular para a região lombar e cadeia muscular posterior, além de tomar 
os devidos cuidados com o posicionamento do corpo antes de levantar 
qualquer peso a partir do solo.
A dica é manter os pés ligeiramente abertos e próximos ao peso, jo-
elhos flexionados, costas retas e não levantar um peso maior do que 
esta posição permite.
Alguns movimentos ou posições
Devem ser evitados por pacientes 
com hérnia de disco
o Flexão da coluna;
o Flexão com rotação da coluna lombar, principalmente com carga;
o Retroversão pélvica, principalmente com carga;
o Fortalecimento de abdominais em retroversão.
Alguns movimentos que podem gerar 
alívio da dor:
o Dissociação coxo-femoral (pelve neutra) – melhorar a capacidade 
funcional;
o Fortalecimento abdominal com pelve neutra;
o Fortalecimento dos músculos paravertebrais;
o Tração axial;
o Estimular o períneo;
o Extensão da coluna (fora do período doloroso).
DOR AGUDA OU CRÔNICA?
É muito importante sabermos as características da dor causada pela 
hérnia discal lombar, ou seja, se é aguda ou crônica.
Essa distinção nos ajudará na escolha da melhor conduta. A dor aguda 
é proveniente de um episódio recente.
O paciente lembra o acontecimento e a sequência dos fatos. São dores 
de prevalência tecidual causadas por trauma direto ou de esforço repe-
titivo que aparecem repentinamente e têm duração de até três meses.
A dor crônica é aquela que se mantém por mais de três meses.
Normalmente ela é recorrente e oriunda de fatores genéticos, das ocu-
pações no trabalho, do sedentarismo, do estresse que as pessoas vivem 
atualmente.
Ela pode ter iniciado por um episódio pontual.
AS AULAS DE PILATES
As primeiras aulas devem ser voltadas para o aprendizado da contra-
ção correta do transverso do abdômen e o multífido lombar.
Devemos iniciar com um programa seguindo as etapas do modelo de 
exercícios de estabilizaçãosegmentar vertebral, desenvolvido por Ri-
chardson, Hodges e Hides que é dividida em três estágios: cognitivo, 
associativo e automático.
o Cognitivo: educar a maneira correta da contração da musculatura 
estabilizadora.
o Associativo: o objetivo é manter a contração destes músculos ao 
mesmo tempo em que são realizados movimentos dos membros e do 
tronco. Nesta fase inicia-se o treino de AVD’s.
o Automático: realização de exercícios que proporcionem desafios e 
gestos esportivos, realizados com cuidado para assegurar que não haja 
compensação.
Apesar de um grande número de profissionais da saúde utilizar o Pila-
tes na prática clínica, há ainda uma carência de evidências científicas 
quanto aos fenômenos associados a esse método no campo da reabili-
tação. (Anderson, 2000).
CONCLUINDO
O tratamento com o Pilates para pacientes com hernia de disco lom-
bar ajuda porque começa educando a maneira correta da contração da 
musculatura estabilizadora.
Não se esqueça de antes de começar as aulas de Pilates, verificar qual 
é a condição da lesão, e no decorrer, ver em quais movimentos seu 
paciente responde melhor.
Espero que esse artigo te ajude, e não esqueça de compartilhar suas 
experiências com esse tratamento!
RETIFICAÇÃO DA COLUNA:
COMO TRATAR COM O MÉTODO
PILATES?
RETIFICAÇÃO DA COLUNA: COMO 
TRATAR COM O MÉTODO PILATES?
Escrito Por VOLL Pilates Group
Atualmente, a dor na coluna é queixa comum entre os nossos amigos, 
conhecidos, familiares e também entre os pacientes e alunos que nos 
procuram.
Existe uma infinidade de causas que desencadeiam dor, desde algias 
miofasciais de simples resolução até importantes alterações estruturais 
da coluna que podem não ser tão fáceis de tratar.A retificação da coluna é uma alteração óssea, o que muitas vezes não 
podemos mudar, com causa ou consequências musculares, e nisso sim 
podemos interferir.
As curvas fisiológicas da coluna não se formam por acaso, elas estão ali 
para auxiliar a coluna a suportar mais peso. Representando em núme-
ros, a coluna retificada suporta dez vezes menos pressão que a coluna 
com curvas.
A retificação da coluna, para algumas pessoas pode representar um 
desconforto diário, e para outras pode nem se manifestar em termos 
de dor, mas, de uma forma ou de outra, para a funcionalidade da colu-
na, não é bom.
O QUE É A RETIFICAÇÃO DA 
COLUNA?
Para sustentar aproximadamente dois quintos do peso corporal, a colu-
na não é reta, ela possui suaves curvas que se formam durante o desen-
volvimento, reação do corpo contra a ação da gravidade. São elas:
1. Lordoses: Cervical e Lombar;
2. Cifoses: Torácica e Sacral.
A alteração na formação dessas curvas é o tema que abordaremos nes-
se artigo.
A retificação da coluna é caracterizada pela perda de uma ou mais 
curvaturas da coluna, ou seja, pela diminuição dos ângulos das curvas 
fisiológicas, e pode ocorrer em qualquer porção da coluna vertebral.
Esse desequilíbrio pode ocorrer por diferentes motivos, entre eles fa-
tores hereditários, hábitos diários e laborais, vícios posturais e encurta-
mento muscular ou alteração de força dos músculos envolvidos com a 
estrutura da coluna.
Quando relacionamos com encurtamento e força muscular, a retificação 
pode surgir como forma compensatória, por exemplo: uma retificação 
da coluna lombar pode acontecer em função de um desequilíbrio nos 
músculos rotadores de quadril.
A partir desse conceito, vamos observar na nossa prática clínica dife-
rentes situações de retificação, podendo aparecer em um ou dois seg-
mentos ou, ainda, em toda coluna.
ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL
Lá na graduação, e também na formação do Pilates, aprendemos que a 
coluna é a estrutura óssea localizada entre o crânio e a pelve, responsá-
vel por sustentar nosso tronco, proteger a medula espinhal e estruturar 
o corpo.
Bom, relembrando um pouco: são 7 vértebras cervicais, 12 vértebras 
torácicas, 5 vértebras lombares, 5 vértebras sacrais (fusionadas) e o 
cóccix (quatro vértebras fusionadas).
O tamanho das vértebras que compõem a coluna aumenta de cima 
para baixo. Elas precisam ser maiores embaixo, pois absorvem mais 
impacto nessa região. O corpo vertebral está localizado à frente na 
coluna e suporta a maior parte do peso corporal, já os processos pos-
teriores regulam os movimentos.
Peça chave para absorção do impacto são os discos intervertebrais, 
que em função das suas características teciduais amortecem o impacto 
gerado.
Até aí está fácil e habitual. Mas a coluna não é somente ossos, ela é 
composta, ainda, por ligamentos, tendões, nervos (que passam pelo 
canal vertebral) e músculos. E são os músculos que nos interessam, 
porque é com eles que a intervenção do Pilates tem maior ação. Mais 
adiante vamos conversar sobre isso.
Os ligamentos são responsáveis, assim como em qualquer outra articu-
lação, por dar estabilidade. Atuam em conjunto com os músculos para 
isso. Os nervos que passam pelo canal vertebral estão dispostos em um 
feixe, oriundo do cérebro para formar o sistema nervoso central.
Antes de encerrarmos essa revisão anatômica, vamos ainda relembrar 
que a função da coluna, além de sustentar o tronco, é de proteger os 
nervos e a medula, que passam pelo canal vertebral, auxiliar na loco-
moção e dar flexibilidade e mobilidade ao tronco.
E é essa última função que vai ter maior relação com os problemas que 
abordaremos a seguir.
PATOLOGIAS E SINTOMAS DECOR-
RENTES DA RETIFICAÇÃO
DA COLUNA
A retificação da coluna faz com que ocorra sobrecarga em determina-
dos pontos da coluna.
Essa má distribuição da carga pode ocasionar dor. Mas a dor não sur-
ge somente porque a coluna está reta, ela aparece porque juntamente 
com a retificação surgem alterações compensatórias dos músculos, 
estruturas vertebrais e dos discos.
Uma coluna retificada tende a ter mobilidade reduzida, e em alguns 
casos até pode se tornar rígida. Essa falta de mobilidade pode levar ao 
encurtamento e à fraqueza muscular, restringindo, por sua vez, os mo-
vimentos do tronco. Pode ainda tensionar a musculatura e formar con-
traturas musculares, que como sabemos, são bem incômodas.
A retificação da coluna não é causa direta de uma patologia específica, 
mas pode ser fator contribuinte para diversos processos patológicos 
que acometem a coluna.
Em função da pressão excessiva em um ponto específico, o paciente 
com retificação pode desenvolver protusão discal, e, em casos mais 
graves, hérnia de disco.
Pode ainda acelerar um processo já instalado de artrose, ou iniciar pro-
cesso de desgaste, que em longo prazo também desencadeia artrose. 
A artrose pode ocorrer em estruturas da própria coluna ou em estrutu-
ras vizinhas, como, por exemplo, no quadril.
Os sintomas da retificação podem variam de acordo com cada pacien-
te. Em alguns casos, o paciente não tem desconforto e não sabe que 
possui essa alteração. Em outros casos esse problema gera muita dor, 
localizada ou irradiada, pois pode estar sendo compensada mais acima 
ou abaixo do ponto de origem.
Vale lembrar aqui que como a coluna está interligada em suas porções, 
uma retificação da torácica pode levar a alterações estruturais da cer-
vical e da lombar também. Em função disso, além da dor, o paciente 
pode referir, ou podemos perceber na avaliação, modificação da postu-
ra e limitação de mobilidade, em função da rigidez.
COMO O MÉTODO PILATES PODE 
AUXILIAR NO TRATAMENTO?
Para o paciente que nos procura com alterações posturais o Pilates só 
vai gerar benefícios, pois serão trabalhados pontos importantes para o 
equilíbrio postural e muscular.
Especificamente para o pacientes com retificação da coluna, que estão 
com a coluna rígida, vamos focar na mobilidade. Então, para montar 
nossa sequência de exercícios vamos pensar em mobilidade! Muuuuita 
mobilidade!
Joseph Pilates afirmava que devemos ter uma coluna rígida e flexível. 
Mas o que isso representa?
Quer dizer que a coluna deve ser estável para exercer a sustentação 
corporal e ao mesmo tempo móvel para o desenvolvimento dos movi-
mentos, ou seja, deve haver harmonia para uma boa funcionalidade.
Através do Método podemos trabalhar exercícios para atingir esse 
equilíbrio.Vamos retomar um pouco a biomecânica da coluna para en-
tendemos a forma da nossa abordagem durante a sessão.
As vértebras se articulam através de pequenos movimentos, exercidos 
pelos multífidos. Esses músculos estabilizam a coluna, e fazem com que 
a articulação esteja na posição correta para receber a carga de forma 
segura.
Os músculos maiores que envolvem a coluna, quando contraídos ini-
bem a ação dos músculos menores. O equilíbrio entre os músculos 
pequenos (estabilização) e os músculos grandes (mobilidade) é o que 
determina a harmonia que o Joseph nos falava.
Se analisarmos tudo isso, fica fácil de entender como o Pilates auxilia 
no tratamento para a retificação da coluna: os exercícios irão promover 
a mobilidade que o paciente precisa, sem gerar risco para a estabilida-
de da coluna. Então o paciente que pratica Pilates vai perder a retifica-
ção e vai voltar a ter a curva fisiológica? Não é bem assim…
Sabemos que o crescimento ósseo ocorre até os vinte e um anos, e de-
pois dessa idade se torna difícil alterar estrutura óssea a partir de uma 
intervenção externa.
Dessa forma, possivelmente não revertermos o quadro estrutural, mas 
com o Pilates, podemos condicionar a musculatura para obter a mobili-
dade e estabilidade necessária para que o paciente não tenha dor, não 
tenha restrições de movimento e, o mais importante, não tenha risco 
de desenvolver possíveis compensações permanentes.
Para não errarmos no tratamento, não é novidade que precisamos fazer 
uma boa avaliação. Para os casos de retificação da coluna, o relato do 
pacientee a nossa avaliação física são muito importantes, mas deve-
mos ter exames de imagens também, porque às vezes essa alteração 
só é confirmada com evidências mais detalhadas.
Então aí vai uma dica importante: peça uma radiografia ao seu pacien-
te para ter certeza qual o segmento afetado e o que isso está fazendo 
com a coluna.
EXERCÍCIOS DE PILATES PARA RETIFI-
CAÇÃO DA COLUNA
Feita a avaliação, vamos aos exercícios!
Direcionar os exercícios que melhor atenderão as necessidades do 
nosso paciente é imprescindível. Definida a sequência que iremos tra-
balhar, é muito importante observar a forma como o exercício será 
executado.
Precisamos ficar de olho se o nosso paciente não está aumentando a 
retificação durante o movimento. Lembrando: buscamos curvaturas 
fisiológicas.
Antes de abordar os exercícios do método, vamos descrever alguns 
exercícios que podem ser usados para iniciar a conscientização da mo-
bilidade com seus pacientes. São eles:
Mobilidade Cervical
O SIM: Em decúbito dorsal, percebendo o apoio da região occipital, 
das escápulas e do cóccix no chão, membros inferiores com joelhos e 
quadril flexionados, pés apoiados no chão e ombros relaxados. O pa-
ciente irá “arrastar” a cabeça levando o queixo para cima (direção do 
teto), estendendo a cervical, na inspiração e para baixo (direção do 
peito) na expiração, flexionando-a, sem tirá-la do apoio, simulando o 
movimento do “sim”.
O NÃO: Na mesma posição inicial do exercício anterior, o paciente 
fará rotação da cervical para um lado ao inspirar, e para o outro ao ex-
pirar, sem tirá-la do apoio, simulando o movimento do “não”.
Mobilidade Torácica
CAT STRETCH: Em quatro apoios, o paciente fará o movimento do 
exercício CatStretch, mas, ao invés de mobilizar a coluna lombar, ele 
tentará mobilizar a porção torácica. Então, ao inspirar ele levará o peito 
para direção do chão, aproximando as escápulas ao estender a coluna, 
e ao expirar, ele levará a coluna torácica para o teto, aproximando as 
escápulas flexionando a coluna.
Mobilidade Lombar
BÁSCULA: Em decúbito dorsal, com os joelhos e quadril flexionados, 
coluna neutra, membros superiores ao longo do corpo. Ao inspirar o 
paciente fará a retroversão da pelve, tirando o cóccix do chão, e ao 
expirar fará anteroversão apoiando o cóccix no chão e tirando a lombar 
do apoio.
DICA: A nossa sugestão é de iniciar com dez repetições de cada exer-
cício e, conforme percebemos que nosso paciente já está dominando o 
movimento, podemos aumentar a dificuldade dele, mudando a posição 
para execução do exercício ou inserindo acessórios. Essa sequência 
pode, inclusive, ser passada como “tema de casa” para os praticantes.
Com certeza, dentro da infinidade de exercícios que integram o Méto-
do, podemos selecionar uma infinidade de variações a ser trabalhadas. 
Quer um exemplo?
1. Shoulder Bridge;
2. Roll Up;
3. Roll Over;
4. Monkey;
5. Half Roll Back;
6. Mermaid.
Trabalham mobilidade? Sim! Trabalham estabilidade? Sim!
RESTRIÇÕES DE EXERCÍCIOS PARA 
PACIENTES COM A COLUNA RETIFI-
CADA
As restrições de exercícios para os pacientes com retificação da coluna, 
de forma geral, vão depender das lesões associadas à alteração postu-
ral que o mesmo possa apresentar.
Assim como em qualquer outra situação, o exercício não deve ser exe-
cutado se houver dor durante o movimento, ajustes e modificações 
precisam ser feitas caso isso ocorra.
A “retificação pura”, como já revisamos neste artigo, gera uma diminui-
ção da mobilidade da coluna, portanto devemos sempre incluir exercí-
cios que estimulem a mobilidade dos segmentos em todos os planos 
de movimento, e evitar exercícios que estimulem a estabilidade da 
coluna em extensão.
Lembre-se: queremos estimular a articulação da coluna e não hiper-
trofiar os músculos estabilizadores. Equilíbrio sempre.
Quando o paciente apresentar uma lesão associada, precisaremos ob-
servar suas restrições.
Por exemplo, quando houver hérnia de disco devemos priorizar exercí-
cios que façam a extensão da coluna e evitar exercícios que flexionem 
o tronco, até que se obtenha condicionamento adequado para isso.
Já quando houver artrose, os exercícios para mobilidade precisam ter 
poucas repetições com desenvolvimento lento do movimento para evi-
tar estressar mais ainda a articulação já rígida.
Enfim, a abordagem com os paciente que tem retificação da coluna é 
relativamente simples, desde que seja feita uma avaliação detalhada, 
que sejam respeitadas suas limitações e priorizadas suas necessidades, 
que sempre vão envolver MOBILIDADE.
CONCLUINDO
A boa postura diminui o risco de lesões à coluna, melhora a funcionali-
dade e aumenta a disposição para as atividades do dia a dia.
A busca pela postura adequada nem sempre acontece antes de detec-
tarmos um problema e nos incomodarmos com ele, mas sempre é tem-
po de investir em saúde.
O nosso corpo precisa estar em movimento, ativo e sem limitações para 
termos qualidade de vida. 
O Pilates, mais uma vez, aparece como uma “carta na manga” e se tor-
na nosso aliado na busca pelo bem estar dos nossos alunos e pacientes.
PILATES APLICADO À LOMBALGIA: 
TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER
PILATES APLICADO À LOMBALGIA: 
TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER
Escrito Por Gabriela Zaparoli
Quem nunca teve dor na lombar? Atualmente a lombalgia é uma quei-
xa frequente em alunos e pacientes que procuram os Studios de Pila-
tes.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 80% da 
população tem, ou terá em algum momento da vida, esse tipo de dor. 
No Brasil, 50 milhões de pessoas apresentam por ano a tal queixa, mas 
a maioria dos episódios não é incapacitante.
E com o aumento na incidência da lombalgia na população em geral, 
pensamos em um guia que vai te ajudar a entender melhor todos os 
detalhes sobre a lombalgia, além de contribuir para o tratamento de 
seus alunos.
Nesse texto vamos apresentar dados e explicações sobre a lombalgia, 
os mitos e verdades, além de explicações de como o Pilates pode ser 
aplicado e dicas de exercícios para ser aplicados em suas aulas com os 
alunos que sofrem com isso.
A LOMBALGIA
Antes de tudo, vale frisar que a lombalgia, não é uma doença, mas sim 
um sintoma. Ela é usualmente definida como dor localizada abaixo da 
margem das últimas costelas e acima das linhas glúteas inferiores, com 
ou sem dor nos membros inferiores.
Segundo a Pesquisa Nacional da Saúde, feita pelo IBGE em parceria 
com o Ministérios da Saúde, 15 a 20% dos adultos tem lombalgia, sen-
do que desse número a maioria, (90%), é considerada inespecífica, ou 
seja, não está relacionado diretamente a nenhum caso clínico e pode 
ocorrer em todas as faixas etárias.
Apesar de o número de doenças da coluna vertebral ser muito amplo, 
a lombalgia está mais comumente associada às posturas e movimentos 
corporais inadequados durante as atividades de vida diárias e às condi-
ções do trabalho que são capazes de produzir impacto de forma preju-
dicial à coluna.
INCIDÊNCIA
o Pessoas sedentárias;
o Sobrepeso;
o Trabalhadores que exercem tarefas com grande sobrecarga física 
(muitas vezes em posturas incorretas);
o Indivíduos que permanecem longos períodos em uma mesma posi-
ção, como sentados ou na posição de pé;
o Indivíduos com pouca mobilidade corporal (encurtamentos muscula-
res) que acabam causando limitações na maioria dos movimentos diá-
rios e sobrecargas exageradas sobre a coluna.
CLASSIFICAÇÃO
De acordo com a duração, a lombalgia pode ser aguda (início súbito 
e duração menor do que seis semanas), subaguda (duração de seis a 
12 semanas), crônica (duração maior do que 12 semanas) e recorrente 
(reaparece após períodos da acalmia), podendo ser considerada espe-
cífica, quando relacionada à alguma patologia, inespecífica ou ocupa-
cional.
TIPOS DE LOMBALGIA
Lombalgia Especifica e Inespecífica
Quando específicas as lombalgias podem estar associadas, ou não, à 
dores ciáticas (lombociatalgia) que são as dores irradiadas para glúteo, 
coxa, perna e/ou pé.
A lombalgia também pode estar relacionadaàs disfunções em diver-
sas estruturas e seus locais de origem podem ser: disco intervertebral, 
articulação facetária, articulação sacroilíaca, músculos, fáscias, ossos, 
nervos e meninges.
E algumas das patologias que podem estar relacionadas à dor lombar 
são a hérnia de disco, osteoartrose, síndrome miofascial, espondilolis-
tese, espondilite anquilosante, artrite reumatoide, fibrose, aracnoidite, 
tumor e infecção. Lembrando que somente 10% das lombalgias têm 
causa específica de doença determinada.
Já a lombalgia mais comum ou lombalgia inespecífica representa gran-
de parte da dor referida pela população. Ela é chamada de inespecífi-
ca, pois não está claro o que realmente está causando a dor, podemos 
dizer que não há nenhuma patologia específica que possa ser identifi-
cada como a causa da dor.
Lizer, Perez e Sacata (2012), definem essa lombalgia como um desequi-
líbrio do nosso corpo:
“O corpo humano tem um centro gravitacional no qual mantém o equi-
líbrio entre músculos e ossos para manter a integridade das estruturas, 
protegendo-as contra traumatismos, independentemente da posição 
de pé, sentada ou deitada.
Na lombalgia inespecífica geralmente ocorre desequilíbrio entre a car-
ga funcional, que é o esforço requerido para atividades do trabalho e 
da vida diária, e a capacidade do sistema, que é o potencial de execu-
ção para essas atividades.
Esse tipo de lombalgia caracteriza-se pela ausência de alteração estru-
tural, o sistema está sobrecarregado somente, ou seja, não há redução 
do espaço do disco, compressão de raízes nervosas, lesão óssea ou 
articular, escoliose ou lordose acentuada que possam levar à dor na 
coluna.”
A flacidez muscular e a falta de condicionamento físico podem gerar 
dores fortes e transitórias. Estas ocorrências geralmente estão rela-
cionadas à sobrecarga e esforços que geram contraturas, distensão e 
inflamação local.
Para uma musculatura mal condicionada, o acúmulo de ácido lático 
gerado pelo excesso de estresse mecânico e a falta de preparo físico 
podem “travar” as costas do indivíduo após o movimento excessivo ou 
até mesmo deitado em repouso. Esse tipo de lombalgia pode ser trata-
do com sucesso através do Método Pilates, seus benefícios em relação 
às lombalgias inespecíficas estão comprovados e bem estabelecido na 
literatura científica.
Lombalgia Ocupacional
Atividades que exigem muito tempo sentados ou em pé, carregamento 
de carga excessiva, vibração ou posturas não ergonômicas podem estar 
relacionadas à lombalgia nos casos em que o preparo físico ou o peso 
corporal do paciente não sejam ideais.
As lombalgias ocupacionais costumam ser crônicas, podendo restringir 
desde o trabalho, o lazer, as atividades diárias, o sono, a locomoção e 
até mesmo os cuidados pessoais devido à dor constante.
A limitação física e a mudança dos hábitos diários podem resultar em 
um sentimento de perda que impacta o humor e o estado mental, po-
dendo levar a alterações psíquicas, como irritação, depressão e ansie-
dade, muito comuns nos quadros de lombalgia.
Por isso é sempre importante realizar uma anamnese e avaliação física 
em seu aluno/paciente, para identificar hábitos que possam estar pre-
judicando a saúde da coluna. Pois o dia-a-dia de cada aluno diz muito 
sobre a condição dolorosa que a pessoa está passando.
Como Tratar a Lombalgia?
Os tratamentos para lombalgia variam de acordo com as causas e o 
grau da condição clínica do paciente. Usualmente o tratamento inicial 
é conservador, utilizando-se repouso, medicação analgésica e anti-infla-
matória, e fisioterapia focada para analgesia.
Segundo Junior, Goldenfum, Siena (2010), os alicerces para o tratamen-
to da lombalgia são terapia medicamentosa, a fisioterapia e a reeduca-
ção dos pacientes. Vale lembrar que é muito importante sempre tratar a 
dor lombar, independente se for um episódio, pois isso ajuda a prevenir 
a se tornar crônica. Os autores também comentam sobre o tratamento 
na fase aguda da lombalgia:
“Depois de afastadas as causas específicas, o tratamento deve ser 
centrado no controle sintomático da dor para propiciar a recuperação 
funcional no período mais breve possível. O repouso na fase aguda é 
eficaz, porém nos casos de Lombalgia ocupacional não ser prolongado, 
devido à ação deletéria da inatividade sobre o aparelho locomotor.”
Quanto as atividades físicas, os mesmos autores afirmam que é com-
provado a eficácia, pois reduz eficazmente a dor, tanto a antecipada, 
quanto a induzida. Afirmando que não há dúvidas quanto às influências 
positivas do exercício físico.
Passada a fase aguda, sugere-se reforço muscular orientado, com o ob-
jetivo de se prevenir o avanço da degeneração discal e dividir a carga 
vertebral com a musculatura adjacente.
E é nesse caso o Método Pilates pode ser utilizado como ferramenta 
no tratamento da dor e das fraquezas que causam a lombalgia. En-
tretanto, procure sempre um médico para realizar uma boa avaliação 
antes do quadro clínico antes de iniciar qualquer tratamento.
POR QUE O PILATES REDUZ
AS DORES LOMBARES?
Independentemente de sua causa, a dor lombar está normalmente as-
sociada à incapacidade de estabilizar a coluna lombar. Isso ocorre devi-
do à falta de controle dos músculos profundos do tronco, em especial 
os multífidos lombares e o transverso do abdômen.
Segundo Fábio França (2008), estudos recentes comprovam a eficácia 
da estabilização segmentar lombar como tratamento para a lombal-
gia, sendo menos lesiva por ser realizada em posição neutra. Pesquisas 
sugerem que sem a ativação correta dos estabilizadores profundos do 
tronco, as recidivas do quadro álgico são notadas com muita frequên-
cia.
Com os exercícios de Pilates conseguimos fortalecer a musculatura 
estabilizadora da coluna lombar, multífidos e transverso do abdômen. 
Dessa forma podemos reestabelecer o equilíbrio da coluna em relação 
ao seu centro de massa e criando uma base de músculos fortes que 
protegerão à coluna durante as atividades laborais.
Como já dito, mas vale reforças, é muito importante que você como 
profissional realize uma avaliação completa antes de serem iniciadas as 
aulas. Além disso temos que garantir que o paciente não esteja em cri-
se ou sinta dor durante a execução dos exercícios. Por isso afirmo que 
a atuação do fisioterapeuta, profissional da reabilitação, é essencial.
DICAS DE EXERCÍCIO PARA
SUA AULA DE PILATES
MOBILIZAÇÃO COM OVERBALL
Objetivo do Exercício: Mobilizar a coluna lombar e pelve.
Instruções:
1- Em decúbito dorsal, com pés apoiados no solo, quadril e joelhos 
flexionados. Coloque a overball murcha entre a lombar e o glúteo, sob 
a região do sacro.
2- Inspire, e na expiração realize os movimentos de retro e anteversão 
pélvica, alternadamente. Pode-se realizar também o movimento do 
relógio com a pelve nos sentidos horário e anti-horário.
TORÁCICA NA MEIA LUA
Objetivo do Exercício: Mobilizar a coluna torácica, fortalecimento de 
flexores da coluna.
Instruções:
1- Aluno posicionado sentado com pés apoiados no solo, joelhões e 
quadril fletidos, com a coluna em extensão apoiada sobre a meia lua.
2- Na expiração, flexionar a colunao sem perder o contato da lombar 
com a meia lua.
LEG PULL FRONT
Objetivo do Exercício: Dissociação coxo-femoral e estabilização da 
coluna lombar e pelve. Fortalecimento dos extensores do quadril e co-
luna.
Instruções:
1- Em quatro apoios, com cotovelos e joelhos estendidos posicione 
uma bola sobre a região abdominal.
2- Estenda o quadril direito sem hiperextensão e retorne à posição 
inicial. Flexione o quadril esquerdo e retorne à posição inicial. Repita os 
movimentos alternadamente.
Cuidados: Durante a execução do exercício o centro de força deve 
permanecer acionado, a pelve deve ser mantida na posição neutra e a 
lombar estabilizada, sem movimento. Quando já estiver com o controle 
muscular melhor, execute sem o apoio sobre a bola.
BACK EXTENSION
Objetivo do Exercício: Fortalecer os músculos extensores da coluna 
e do quadril; mobilizar a coluna vertebral.Instruções:
1- Em pé, mantenha a coluna e o quadril fletidos tendo apoio da re-
gião pélvica e abdominal sobre o Barrel. Mantenha as mãos na nuca.
2- Apoiar os pés na parte de baixo do espaldar.
3- Na expiração realizar a extensão da coluna e quadril e, na inspira-
ção, retornar à posição inicial.
Com a evolução do aluno, podemos dificultar o exercício colocando 
os pés na barra do espaldar. Ainda, se pode dificultar o movimento ao 
realizar com cotovelos estendidos e membros superiores no prolonga-
mento do corpo. Ainda, pode-se utilizar acessórios como o bastão, a 
bola e o magic circle.
HUNDRED
Objetivo do Exercício: Fortalecimento dos flexores da coluna.
Instruções:
1- Aluno em decúbito dorsal com joelhos e quadris flexionados e pés 
apoiados no solo.
2- Realizar durante a expiração a flexão da coluna elevando os mem-
bros superiores do solo. Com a evolução, se pode começar a realizar os 
bombeamentos de membros superiores acompanhando a inspiração e 
expiração, mantendo a coluna fletida em isometria.
3- Quando o aluno adquirir maior força e controle pode-se realizar o 
exercício sem o contato dos pés com o solo, mantendo quadril e joe-
lhos fletidos a 90 graus.
FRONT SPLITS NO CADILLAC
Objetivo do exercício: Alongamento de extensores do quadril e fle-
xores do joelho.
Instruções:
1- Aluno posicionado em pé sobre o Cadillac de frente para o trapézio 
com um dos membros inferiores apoiado sobre a parte superior tra-
pézio. Mantenha quadril flexionado e joelho estendido.
2- Na expiração deslocar o corpo à, estendendo o quadril do membro 
inferior de apoio, sem que o calcanhar perca o contato com o solo.
MITOS E VERDADES SOBRE
A LOMBALGIA
Quando o assunto é lombalgia, existem muitas informações que ron-
dam o assunto. Por isso selecionamos algumas das principais para falar 
sobre os mitos e verdades para vocês esclarecerem para seus alunos 
quando perguntarem.
A Dor da Lombalgia só Ocorre na 
Região das Costas
MITO
Por nosso corpo ser inteiro interligado por nervos a dor na lombar 
pode refletir em outras partes do corpo, como nas pernas e até no pé. 
Isso ocorre, pois, todos os nervos de membros inferiores ‘saem’ da re-
gião lombar.
Dor por mais de Três Meses já é Considerada Crônica.
MITO
Para se tornar uma dor crônica ela precisa estar ocorrendo há mais de 
6 meses, além do que a pessoa já deve estar passando por tratamento. 
Caso não haja melhora, é preciso uma avaliação médica para dizer que 
ela é crônica.
Nem Sempre a Dor na Coluna Lombar é Lombalgia.
VERDADE
Dor nas costas, dor na região lombar, não são necessariamente lombal-
gia. Isso porque esse sintoma pode ser de outros problemas de saúde e 
não necessariamente dessa patologia.
O Excesso de Peso é uma das Principais Causas.
VERDADE
O excesso de peso é sim uma das principais causas da lombalgia, isso 
porque o sobrepeso sobrecarrega os músculos da região lombar por 
aumentar a pressão. Porém esse não é o único motivo e pode ser uma 
junção de diversos motivos que gerem dor.
O Tratamento da Dor pode ser Resolvido em Pouco Tempo.
MITO
O tratamento da lombalgia não se resume há atividades físicas e re-
médios, é um trabalho de mudança de hábitos, por isso pode ser mais 
difícil. Pode parecer que as dores na região lombar que são agudas 
sejam fáceis de tratar, porém as crônicas exigem atenção especial para 
não acabar prejudicando a qualidade de vida.
A Atividade Física Não é
Indicada na Fase Aguda.
VERDADE
Não é novidade que a postura pode desencadear diversos problemas, 
principalmente a lombalgia. E geralmente quando ficamos sentados 
por um período de tempo muito longo na frente do computador nossa 
postura tende a ser pior. Por isso lembre-se de ficar sempre atento a 
como está sentado e alongar de vem em quando.
Salto Alto Prejudica a Coluna e
Pode Gerar Lombalgia.
VERDADE
Ficar em cima de saltos altos exige mais esforço da coluna para manter 
o equilíbrio, por isso o seu uso constante pode desenvolver uma lom-
balgia. Porém não se esqueça, os sapatos sem salto também podem 
gerar dor, uma vez que exige que se trabalhe o músculo da perna.
Colchão Duro Evita Dor nas Costas.
MITO
A ideia é que o colchão seja firma, não duro. Ele tem que ser adequa-
do para manter sua coluna alinhada, então nem muito duro, nem muito 
mole.
CONCLUINDO
É importante que sempre que houver alguma dor ou desvio na postura 
do nosso paciente, trabalhar os problemas para não deixar que eles 
evoluam, cuidar de uma lombalgia é o primeiro passo para que não 
evolua.
O ideal é procurar o médico antes e ao procurar um Studio de Pilates 
tomar o cuidado de verificar se o local possui profissionais capacitados 
com experiência no método e em tratar a patologia.
Devemos sempre realizar uma avaliação postural detalhada e desenvol-
ver um plano de tratamento eficaz.
PILATES ALIADO AO
TREINAMENTO
FUNCIONAL PARA HÉRNIA DE DISCO
PILATES ALIADO AO TREINAMENTO 
FUNCIONAL PARA HÉRNIA DE DISCO
Escrito Por Keyner Luiz
Atualmente 5,4 milhões de brasileiros sofrem com hérnia de disco e 
muitas vezes confundida com a dor no nervo ciático a hérnia de disco 
representa 90% dos problemas relacionados à coluna, sendo que os 
outros 10% estão associados à má postura, tumores e fraturas, segun-
do dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A hérnia de disco lombar é considerada uma patologia extremamente 
comum, que causa séria inabilidade em seus portadores.Estima-se que 
2 a 3% da população sejam acometidos desse processo, cuja prevalên-
cia é de 4,8% em homens e 2,5% em mulheres, acima de 35 anos.
A fuga do núcleo pode ser anterior (mais raros) ou posterior (mais fre-
quentes). Das hérnias de disco lombares, 90% estão localizadas em 
L5-S1 e L4-L5 e as hérnias discais lombares mais comuns são as para-
medianas e colateral direita ou esquerda.
E você sabe como fazer um tratamento com o método Pilates? Nes-
se texto você vai encontrar dicas para unir o treinamento funcional ao 
método e resolver esse problema muito comum em que muitos alunos 
se queixam.
As hérnias discais lombares mais comuns são as paramedianas e cola-
teral direita ou esquerda. Provavelmente pela localização do núcleo e 
pela mobilidade da região lombar, os primeiros 50 a 60 graus de flexão 
da coluna ocorrem na lombar, principalmente nos segmentos inferio-
res. Com a degeneração do disco intervertebral ocorre uma diminuição 
da capacidade do disco de suportar cargas.
COMO TRATAR A HÉRNIA
COM PILATES?
Primeiramente, temos que refletir: O que você acha mais importante a 
dor, o diagnóstico ou a causa do problema? Vamos responder ao longo 
do texto.
Quando uma pessoa chega para você, instrutor, com a imagem de raio 
x, é preciso deixar claro que só olhando para a imagem, não é possível 
identificar como a pessoa é, por exemplo qual é o físico da pessoa se 
ela é obesa, encurtada ou tem algum tipo de problema, só a imagem 
não me diz nada.
O grande problema é relacionar o raio x ou a própria hérnia em si com 
dor. Nem sempre o diagnóstico está relacionado.
Você já deve ter escutado falar: “Ah falaram que eu tenho uma coluna 
de 90 anos”. Isso não é verdade! Só raio x não quer dizer nada.
Há tanto fatores intrínsecos como extrínsecos que podem causar a 
hérnia. Os extrínsecos podem ser: uma carga normal em uma estrutura 
normal, a pessoa tem um problema genético e acaba tendo hérnia, por 
mais que ela não faça muito esforço.
Quando as pessoas são diagnosticadas com hérnia elas escutam que 
não devem realizar uma série de movimentos, e muitos alunos me per-
guntam “que movimento eu não posso realizar? E eu respondo: Ne-
nhum.
Sabe por que? Nem sempre a hérnia vai doer só na hora que toca o 
nervo. Mas mesmo assim, sabe por que não pode evitar nenhum movi-
mento? Porque precisamos preparar o corpo dessas pessoas para reali-
zar esses movimentos e conseguir se movimentar adequadamente para 
sua rotina.
Por exemplo, como você vai falar para uma mãe que ela não pode rea-
lizar o movimento de rotação para trás para ver o bebêno banco tra-
seiro? Ou para uma senhora que ela não pode fazer inclinação lateral?
Já as principais causas de dor e hérnia intrínsecas são: hiperativação ou 
inibição da musculatura superficial, desequilíbrio articular ou ligamentar 
(exemplo: uma falta de mobilidade torácica), falha na ativação da mus-
culatura profunda.
Uma das outras principais causas de dor e hérnia é também o movi-
mento burro, mas o que seria esse tipo de movimento? É o movimento 
de flexão que não pode ser feito, que você faz, sem querer fazer.
DICAS PARA CONSTRUIR UMA
AULA DE PILATES
Para fazer uma aula direcionado para o tratamento de hérnia de disco 
lombar é necessário trabalhar o músculo Psoas. Por ser uma musculatu-
ra que normalmente está encurtada, consequentemente ela fica fraca, 
por isso eu indico trabalhar o fortalecimento e alongamento dessa 
musculatura, para conseguir uma eficiência maior.
E como posso testar a força do Psoas? Há duas formas, a primeira você 
pede para seu aluno segurar a perna flexionada contra a barriga com 
as mãos. Em seguida seu aluno deve soltar as mãos e continuar com a 
perna, se logo que soltar o aluno arriar o quadril, pode se concluir que 
não tem força.
A segunda forma de medir é pedindo para a pessoa apoiar o pé em 
cima de uma estrutura onde o joelho fique em cima da linha do quadril, 
e então você pede para ele levantar sem fazer a flexão lombar. Se ela 
conseguir segurar o Psoas está ok, caso contrário está fraco.
Trabalhar o quadrado lombar é importante para alongar e diminuir a 
dor, eu indico que com um disco de equilíbrio, você auxilie seu aluno 
para sentar em cima e se mover de um lado para o outro sentado.
Outro exercício para trabalhar o quadrado lombar é com uma faixa 
elástica presa a alguma superfície, você prende o pé e deita, faz a fle-
xão com a perna do pé preso para cima e para baixo.
Acredito que muitos já ouviram a frase: “Quando tem dor, vamos fazer 
repouso”. Mas alguém conhece a alguém que melhorou em repouso? 
Não! Só vai melhorar enquanto não “arrumar” seu corpo e para isso é 
preciso fazer exercício para isso.
Dica: Se o aluno chega com muita dor, eu o deixo deitado e só traba-
lha a respiração por 10 a 15 minutos, depois eu entro com exercícios de 
mobilidades e consciência corporal.
Lembrando, você precisa ativar minha musculatura profunda, o trans-
verso e multífidos. É importante trabalhar o transverso de forma contra-
ída e dinâmica, então você poderá conseguir sentir e poderá pedir para 
ele realizar alguns movimentos como ponte, elevação da perna e flexão 
de tronco.
É muito comum, quando a pessoa tem dor trabalhar a flexão de tronco 
exageradamente, porque com essa flexão a pessoa tem um padrão em 
retroversão. Porém na hora que você faz muita flexão de tronco sem 
ativar o transverso, pode machucar a lombar.
Uma dica de ativação de multífidos: Colocar a Psoas deitada de barri-
ga para baixo, pede para colocar a mão na região da multífidos e ela 
precisa sentir ele trabalhando. Como? Você vai pedir para ela fazer a 
movimentação do quadril, e então você orienta seu aluno que você faça 
esse movimento sem mexer nada, nessa hora você irá sentir o multífi-
dos.
É preciso trabalhar a ativação da musculatura profunda, porque isso se-
para as vértebras, e aumenta o espaço muscular, é essencial para quem 
está com problema de dor muscular.
DICAS DE EXERCÍCIOS DE PILATES 
PARA HÉRNIA DE DISCO LOMBAR
Antes de fazer o exercício, nós temos engrenagens que trabalham jun-
tas: O sistema nervoso central, e estabilizadores estáticos, passivos e 
ativos.
O estabilizador estático passivo em uma pessoa com hérnia está com 
problema, então é preciso que eu utilize as outras duas engrenagens 
para conseguir fazer essa voltar a funcionar.
Sendo assim, eu fiz tipo um modelo de tratamento, é um modelo de 
como vamos abordar e trabalhar as pessoas com dor. Esse modelo é o 
que eu trabalho no curso de movimento inteligente.
O modelo é assim:
o Proteção da coluna – primeiro eu preciso protejo o corpo todo para 
conseguir me movimentar;
o Reorganizar a parte articular;
o Melhorar a consciência corporal;
o Reprogramar a musculatura superficial/ neural;
o Melhorar a amplitude de movimento.
Minhas dicas de exercício são:
1. Breathing
Objetivos: Estabilização segmentar, treino cognitivo. Ensinar e treinar 
com o aluno a respiração do Pilates.
Instruções:
1- Em decúbito dorsal no mat, mãos apoiadas na altura das costelas.
2- Inspire, deixando as mãos acompanhar a respiração e a movimenta-
ção da caixa torácica.
3- Expire e vá abaixando as costelas e contraindo o abdômen.
Variações: Para aumentar o grau de dificuldade pode-se realizar esse 
exercício com os MMII em flexão de quadril e joelhos 90º e com o ma-
gic circle entre os joelhos.
2. Swan no Cadillac
Objetivos: Mobilizar a coluna em extensão, estimular o movimento de 
extensão. Fortalecer paravertebrais e multífidus.
Instruções:
1 – Ajoelhado no cadillac com o tronco apoiado sobre uma bola suíça.
2 – Mãos na barra torre.
3 – Na expiração realizar o movimento de extensão de tronco.
Podemos começar apenas fazendo isometria mantendo a posição, e 
depois realizar movimentos. Isso irá depender do quadro álgico e da 
consciência corporal do aluno.
3. Mobilização Lombar com Overball
Objetivos: Mobilizar a coluna lombar e pelve.
Instruções:
1- Em decúbito dorsal no mat, colocar a overball murcha entre a lom-
bar e o glúteo, na região do sacro.
2- Inspire e na expiração realizar o movimento de retroversão pélvica. 
Pode-se realizar também o movimento do relógio com a pelve nos sen-
tidos horário e anti-horário.
4. Leg Pull Back
Objetivos: Fortalecer os músculos paravertebrais, tríceps braquial, an-
côneo, deltóide médio e posterior, quadríceps, glúteo médio e mínimo, 
iliopsoas, sartório, pectíneo e tensor da fáscia lata.
Instruções:
1- Em posição supinada, deixe as mãos apoiadas ao mat e as pernas 
unidas.
2- Retire o quadril do chão estendendo a coluna e retorne.
Dicas e Cuidados:
o Para proteger os punhos o aluno pode utilizar uma ventosa;
o Alinhe ombros, cotovelo e punho;
o Tronco ereto;
o Cuidado para o aluno não realizar flexão de tronco.
CONCLUSÃO
A partir de agora é com você, tente aplicar todas essas dicas em suas 
aulas de Pilates e consiga obter a maior reabilitação para seu aluno/ 
paciente. Tratar e cuidar da hérnia de disco é importante, por isso você 
como instrutor tem muita responsabilidade!
Para mais dicas e informações sobre patologias e reabilitações conti-
nue acompanhando o Blog Pilates e todos nossos textos.
DICAS PARA AULAS COM 
PORTADORES DE HÉRNIA
DISCAL LOMBAR
DICAS PARA AULAS COM PORTADO-
RES DE HÉRNIA
DISCAL LOMBAR
Escrito Por Gabriela Zaparoli
Apesar de não haver muitos estudos científicos em relação ao Pilates 
como forma de tratamento para hérnia discal lombar, na prática sabe-
mos que apresenta resultados positivos.
Assim que o paciente sai da fase aguda da hérnia, os médicos indicam 
o método como forma de tratamento conservador e também no pós-
-operatório quando a cirurgia é indicada.
Nesse texto vamos falar sobre como você instrutor pode começar as 
aulas de Pilates especialmente para esse paciente portador de hérnia 
discal lombar. Continue lendo!
SOBRE A HÉRNIA DISCAL LOMBAR
Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 
90% da população sofre, sofreu ou sofrerá de problemas da coluna. E 
em 90% dos casos são de hérnia de disco.
Cerca de 5,4 milhões de brasileiros sofrem de hérnia, segundo dados 
do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com isso, cada 
vez mais os portadores de hérnia discal lombar estão presentes nos 
Studio de Pilates.
A hérnia discal lombar é a passagem parcial ou total, de um órgão ou 
formação anatômica, através de um orifício patológico, fora de sua lo-
calização normal.
Estudos recentes demonstraram que, a partir dos 25 anos, as fibras do 
anel fibroso começam a degenerar, podendo produzir rachaduras em 
suas diferentes camadas. Assim, sob umapressão axial, o núcleo pode-
ria passar através das fibras do anel.
E geralmente estão ligados aos fatores de risco, causas ambientais, 
posturais, desequilíbrios musculares e possivelmente, a influência gené-
tica. Fatores de risco ambiental têm sido sugeridos, tais como hábitos 
de carregar peso, dirigir e fumar, além do processo natural de envelhe-
cimento.
TIPOS DE HÉRNIA
A hérnia de discal lombar é considerada uma patologia extremamente 
comum, que causa séria inabilidade em seus portadores. Estima-se que 
2 a 3% da população sejam acometidos desse processo, cuja prevalên-
cia é de 4,8% em homens e 2,5% em mulheres, acima de 35 anos.
Em 76% dos casos há antecedente de uma crise lombar, uma década 
antes. A fuga do núcleo pode ser anterior (mais raros) ou posterior 
(mais frequentes). Das hérnias discais lombares, 90% estão localizadas 
em L5-S1 e L4-L5.
Os tipos de hérnia discal lombar mais comuns são as paramedianas e 
colateral direita ou esquerda.
Abaixo separados todos os tipos de Hérnia:
o Hérnia de Schmorl (carácter degenerativo);
o Protusão Discal;
o Extrusão Discal Contida;
o Extrusão Discal não Contida;
o Hérnia Migratória;
o Hérnia Sequestrada.
A aparição da hérnia só é possível se o disco já estiver com microtrau-
mas repetidos e o anel começar a degenerar. Em geral, a hérnia apare-
ce após um esforço de levantamento de uma carga com o tronco em 
flexão.
A hérnia se produz em três tempos:
1. A flexão do tronco para frente projeta o núcleo para trás, através das 
rachaduras preexistentes.
2. No inicio do esforço de levantamento, o aumento da pressão axial 
achata o disco e desloca a substancia do núcleo violentamente para 
trás, alcançando o ligamento comum posterior.
3. No último momento, quando a retificação do tronco esta pratica-
mente finalizada, ocorre o fechamento da rachadura por onde passou 
a hérnia. Pela pressão dos platôs vertebrais a massa constituída pela 
hérnia fica bloqueada debaixo do ligamento comum posterior, causan-
do intensa dor lombar.
Quando a hérnia discal lombar alcança à face próxima do ligamento 
longitudinal posterior as fibras nervosas entram em tensão, podendo 
produzir dores e radiculoalgias.
CIATALGIA
O nervo ciático ou nervo isquiático é o principal nervo dos membros 
inferiores. Nervo que se origina nas regiões lombar e sacral da medula 
espinhal (entre L4 e S3) e fornece inervação motora e sensitiva para a 
extremidade inferior.
A dor causada por compressão ou irritação do nervo ciático por causa 
de um problema nas costas é chamada de ciatalgia. As causas mais co-
muns incluem os problemas na região lombar: hérnia de disco, doença 
discal degenerativa, estenose espinhal e espondilolistese.
Nas lesões mais severas e graves, os pacientes poderão apresentar 
quadros de fraqueza muscular em uma das pernas ou nas duas, e a fal-
ta de força poderá mudar o padrão da caminhada.
Nesses casos o paciente não consegue ficar de ponta de pé sobre a 
perna afetada ou dar passos usando apenas os calcanhares.
COMO O PILATES PODE AJUDAR?
O que devemos fazer em cada fase da patologia? Quando devemos 
alongar a musculatura posterior e quando não devemos? Quando deve-
mos iniciar exercícios mais complexos e/ou desafiadores?
Primeiramente devemos saber quando ou não alongar. O alongamento 
para dor ciática pode ser benéfico em uma crise em casos de Síndrome 
do Piriforme onde a dor é causada pela compressão do pela tensão ou 
contratura do músculo Piriforme.
Em casos onde a ciatalgia é causada por uma hérnia discal lombar a 
dor é multifatorial: envolve estímulo mecânico das terminações ner-
vosas da porção externa do ângulo fibroso, compressão direta da raiz 
nervosa e uma série de fenômenos inflamatórios induzidos pelo núcleo 
extruso.
Com esse quadro se o aluno estiver em crise de dor, o alongamento da 
musculatura posterior pode exacerbar a dor.
Fora do período da crise, devemos sim trabalhar o alongamento da 
musculatura posterior, tomando sempre o cuidado, principalmente no 
início em manter a coluna mais estável possível. Um dos exercícios que 
indico nessa fase é o Tower no Cadillac.
COMO INICIAR A SUA AULA
DE PILATES
Sabemos que a ativação correta do Power House apresenta sucesso na 
diminuição das dores lombares causadas por hérnia discal. Mas como 
iniciamos as aulas? Quais exercícios?
Costumo trabalhar com esses alunos seguindo as etapas da estabiliza-
ção segmentar vertebral, dentro dos exercícios de Pilates. É dividida 
em três estágios: cognitivo, associativo e o automático.
1. Cognitivo: educar a maneira correta da contração da musculatura 
estabilizadora.
2. Associativo: o objetivo é manter a contração destes músculos ao 
mesmo tempo em que são realizados movimentos dos membros e do 
tronco. Nesta fase inicia-se o treino de AVD`s.
3. Automático: realização de exercícios que proporcionem desafios e 
gestos esportivos, realizados com cuidado para assegurar que não haja 
compensação.
Um exemplo de exercício para o estágio cognitivo é o Breathing para 
Ensinar e treinar com o aluno a respiração do Pilates.
1 - Em decúbito dorsal no mat, mãos apoiadas na altura das costelas.
2 - Inspire, deixando as mãos acompanhar a respiração e a movimenta-
ção da caixa torácica.
3 - Expire e vá abaixando as costelas e contraindo o abdômen.
1- Manter os joelhos flexionados, pés apoiados no chão e tirar uma 
perna de cada vez na expiração.
2- Tirar uma perna por vez, mantendo as duas lá em cima e descendo 
uma de cada vez.
3- Tire as duas pernas do chão na expiração.
 
Podemos realizar esse exercício primeiro sem o rolo, com o aluno dei-
tado diretamente no mat e evoluir posicionando o aluno no rolo, esti-
mulando o alinhamento vertebral e estimulando ainda mais a contração 
do Power House.
 
Um exemplo de exercício para o estágio associativo é o Side Splits, 
exercício bem conhecido realizado no Reformer.
É importante entendermos que mesmo com hérnia, o aluno deve rea-
lizar exercícios em todas as posições para que ele leve isso para suas 
AVD’s. Ele deve aprender a acionar o Power house em todas as posi-
ções.
Objetivos: Alongar e fortalecer os músculos adutores do quadril e ou 
fortalecer os músculos abdutores do quadril.
Instruções:
1- Em pé, lateralmente, com um pé na plataforma e o outro sobre o 
carrinho.
2- Empurre o carrinho para o lado com os dois joelhos estendidos.
3- Retorne á posição inicial.
CONCLUINDO
O mais importante dessas dicas é que você instrutor saiba qual o exer-
cício e quando evoluir. Em eventuais crises os exercícios devem ser ajus-
tados ou até suspensos até a melhora do quadro.
Devemos sempre incluir exercícios corretivos para os padrões de movi-
mentos funcionais e treino de AVD’s para proporcionar ao aluno quali-
dade de vida e um bom prognóstico para a patologia.
PILATES APLICADO PARA
HÉRNIA LOMBAR
PILATES APLICADO PARA
HÉRNIA LOMBAR
Escrito Por Gabriela Zaparoli
A hérnia de disco é considerada uma patologia extremamente comum, 
que causa séria inabilidade em seus portadores. Cerca de 5,4 milhões 
de brasileiros sofrem de hérnia discal, segundo dados do IBGE (Institu-
to Brasileiro de Geografia e Estatística).
A hérnia discal ocorre principalmente entre a quarta e quinta décadas 
de vida (idade média de 37 anos), apesar de ser descrita em todas as 
faixas etárias.
Estima-se que 2 a 3% da população possam ser afetados, com preva-
lência de 4,8% em homens e 2,5% em mulheres, acima de 35 anos. Em 
76% dos casos há antecedente de uma crise lombar, uma década an-
tes.
Diante desses dados pode-se concluir que é muito comum ter alunos 
com essa patologia em seu estúdio. Pensando nisso fiz um texto com-
pleto com tudo que você precisa saber sobre a hérnia lombar e como o 
Pilates pode ajudar.
A HÉRNIA LOMBAR
A hérnia lombar consiste de um deslocamento do conteúdo do disco 
intervertebral – o núcleo pulposo – através de sua membrana externa, o 
ânulo fibroso, ge¬ralmente em sua região póstero lateral.
Estudos recentes demonstraram que, a partir dos 25 anos, as fibrasdo 
anel fibroso começam a degenerar. Isso pode levar a produzir rachadu-
ras em suas diferentes camadas.
Assim, sob uma pressão axial, o núcleo poderia passar através das fi-
bras do anel.
A fuga do núcleo pode ser anterior (mais raros) ou posterior (mais fre-
quentes).Das hérnias discais lombares, 90% estão localizadas em L5-S1 
e L4-L5. As hérnias lombares mais comuns são as paramedianas e cola-
teral direita ou esquerda.
São fatores de risco, causas ambientais, posturais, desequilíbrios mus-
culares e possivelmente, a influência genética.
Fatores de risco ambiental seria por exemplo hábitos de carregar peso, 
dirigir e fumar, além do processo natural de envelhecimento.
TIPOS DE HÉRNIA LOMBAR
1. Hérnia intra-esponjosa ou Hérnia de Schmorl: Invaginação de 
caráter degenerativo do disco para o interior do corpo vertebral.
2. Protusão Discal: Quando o núcleo rompe parcialmente as fibras do 
anel, mas permanece contido pelas fibras mais externas.
3. Quando o núcleo se difunde e chega até o ligamento poste-
rior.
4. Extrusão Discal Contida: Ma qual o núcleo rompe completamente 
as fibras do anel, mas mantém integro o ligamento longitudinal poste-
rior. Se ele estiver unido ao núcleo, pode se reintegrar através da tra-
ção.
5. Extrusão Discal não contida: Quando o núcleo herniado vai além 
dos limites do ligamento longitudinal posterior, podendo ficar livre no 
interior do canal vertebral.
6. Hérnia sequestrada: Quando parte do núcleo fica bloqueado sob 
o ligamento comum posterior e as fibras do anel que se fecham atrás 
dela, impedindo o retorno. No interior do foramem.
7. Hérnia migratória: Após chegar ao ligamento comum posterior, a 
hérnia pode deslizar para cima ou para baixo.
O quadro clínico típico de uma hérnia discal inclui lombalgia inicial. E 
pode evoluir para lombociatalgia (em geral, após uma semana) e, final-
mente, persistir como ciática pura.
Um exame físico adequado é essencial para isso. Podendo inclusive, 
através de cuidadosa avaliação de dermátomos e miótomos, determi-
nar o espaço vertebral em que está localizada a hérnia.
O que é importante enfatizar é que a história natural da ciática por 
hérnia de disco é de resolução acentuada dos sintomas em torno de 
quatro a seis semanas.
TIPOS DE TRATAMENTO
PARA HÉRNIA LOMBAR
O tratamento inicial da hérnia lombar deve ser sempre conservador, 
explicando ao paciente que o processo tem um curso favorável.
No início, logo após a crise o tratamento é medicamentoso com repou-
so. Após esse período o médico encaminha o paciente para o trata-
mento conservador.
Esse tratamento pode ser fisioterapia convencional, Reeducação Postu-
ral Global, Terapia manual. Como, por exemplo, Maitland, Osteopatia 
e miofascioterapia, Acupuntura, Hidroterapia, Pilates.
CIRURGIAS
Apenas 2 a 4% dos casos têm indicação cirúrgica (síndrome da cauda 
equina, surgimento de déficits neurológico rápido progressivo).
Atualmente as cirurgias para hérnia lombar vêm evoluindo no sentido 
de se tornarem cada vez menos invasivas. Importância especial tem 
sido dada ao uso do microscópio cirúrgico e instrumental para microci-
rurgia, cirurgias percutâneas e endoscópicas.
Pesquisas relatam a efetividade do tratamento cirúrgico em relação 
ao tratamento conservador. Contudo, em outras pesquisas, mostra-se 
igual progresso em ambos os tipos de tratamento e em outros estudos 
revelam resultados cirúrgicos não satisfatórios a longo prazo.
TRATAMENTOS EM CADA UMA DAS 
ETAPAS DA REABILITAÇÃO
Fase Aguda
É iniciada com repouso absoluto para que o disco lesado não sofra 
mais compressão. E medicamentos para alívio de dor e diminuição da 
inflamação. (Henneman e Shumacher, 1995).
Metas: aliviar a dor, promover relaxamento muscular, diminuir o edema 
e a pressão contra as estruturas nervosas sensíveis a dor (repouso inter-
calado com períodos de movimento controlado, técnicas fisioterapêu-
ticas, massagem, manobras miofasciais, tração, Maitland e reeducar o 
paciente.
Fase Subaguda
Nesta fase a dor já é mais suportável e permite exercícios de alonga-
mento e gradual fortalecimento muscular.
Ensinar ao paciente a percepção postural, princípios de estabilização, 
exercícios de fortalecimento de tronco e aumento de resistência à fadi-
ga.
Incluir fortalecimento de membros inferiores para dar suporte ao cor-
po para usar a mecânica corporal. Fortalecer membros superiores para 
carregar objetos sem induzir desvio e sobrecarga do tronco.
Ensinar movimentos simples de coluna em amplitudes livres de dor.
Ensinar ao paciente como contrair isometricamente os músculos abdo-
minais e extensores da coluna. Para assim manter o controle da posição 
estendida enquanto realiza movimentos simples dos membros.
É fundamental a melhora da postura para os pacientes com hérnia lom-
bar. Já que muitos apresentam déficit postural como encurtamento dos 
músculos ísquiotibiais, insuficiência dos músculos do abdômen e dos 
extensores lombopélvicos, consequentemente aumento ou retificação 
da lordose lombar, favorecendo assim a degeneração discal.
Fase Tardia
Em geral, o paciente apresenta apenas desconforto. É importante a ma-
nutenção da elasticidade e do tônus muscular associado aos cuidados 
posturais.
O paciente ainda terá restrição na flexibilidade (devido a tecido cicatri-
cial restritivo ou adesões), limitação na força e resistência à fadiga nos 
músculos posturais e dos membros e execução lenta.
Na hérnia de disco falta mobilidade de coluna lombar. 
Consequentemente, a capacidade de inverter a curvatura para exercí-
cios de força abdominal mesmo tendo conseguido o alongamento de 
ísquiotibiais.
Alguns movimentos ou posições devem ser evitados por pa-
cientes com hérnia de disco:
o Flexão da coluna;
o Flexão com rotação da coluna lombar, principalmente com carga;
o Retroversão pélvica, principalmente com carga;
o Fortalecimento de abdominais em retroversão.
COMO O PILATES PODE
AUXILIAR NO TRATAMENTO?
O Pilates tem sido procurado como Método de tratamento por se mos-
trar bastante eficaz.
Os exercícios de Pilates podem ser praticados por pessoas que buscam 
a prática de atividade física. E também por indivíduos com patologia 
que necessitam de reabilitação. Principalmente as desordens neuroló-
gicas, ortopédicas, dores crônicas e problemas ortopédicos e proble-
mas da coluna vertebral.
O Método Pilates utiliza-se de seis princípios para a aplicabilidade da 
técnica que são: concentração, controle, o centro, movimentos fluidos, 
precisão e respiração.
É uma técnica que visa trabalhar força, alongamento e flexibilidade 
mantendo as curvaturas fisiológicas do corpo. Tendo o abdômen como 
o centro de força, que é utilizado em todos os exercícios.
As vantagens do Método para os praticantes são inúmeras. Dentre elas 
podemos destacar a melhora do condicionamento físico, flexibilidade, 
amplitude muscular, alinhamento postural, estimulação da circulação 
e melhora da coordenação motora, tais benefícios têm como objetivo 
prevenir lesões e alívio de dores crônicas.
Pilates é uma modalidade de exercício utilizada com o objetivo de me-
lhorar a estabilidade da coluna, bem como resistência e força dos mús-
culos do tronco.
Esse método enfatiza o fortalecimento dos músculos abdominais e 
lombares usando diferentes abordagens. Enquanto mantêm uma boa 
postura e alinhamento corporal.
A musculatura abdominal tem um importante papel de suporte que 
representa integridade para a coluna lombar. Os músculos abdominais, 
principalmente os transversos e os oblíquos, produzem a pressão intra-
-abdominal através de contração reflexa. E é esta pressão que, agindo 
sobre o diafragma serviria como um mecanismo de atenuação de car-
gas compressivas sobre os discos intervertebrais.
O POWER HOUSE
Os exercícios de fortalecimento da musculatura abdominal no Pilates 
melhoram a nutrição discal. Isso porque aumentam a difusão passiva 
de oxigênio e diminuir a de hidrogênio.
Conhecido no Pilates como “Centro de Força”, “Casa de Força”, o 
Power House pode ser descrito comoo fundamento mais precioso do 
Método Pilates.
Para Joseph Pilates, o Power House era a parte mais importante do 
corpo humano e de seu método, constituindo a base da caixa torácica 
e a linha que vai de um quadril a outro.
Os músculos que o formam sustentam a coluna, os órgãos internos e a 
postura. Podemos descrevê-lo como um cilindro de estabilidade tridi-
mensional ao redor da coluna, cujo fortalecimento é o maior objetivo 
do Pilates.
O centro de força primário é constituído pelo reto do abdômen, oblí-
quos, multífido, assoalho pélvico, diafragma, glúteos, psoas e o trans-
verso do abdômen.
O termo “core” tem sido usado para se referir ao tronco, ou mais espe-
cificamente à região lombo pélvica do corpo. A estabilidade da região 
lombo pélvica é crucial para propiciar uma base para os movimentos 
das extremidades da parte superior e inferior do corpo, suportar cargas 
e proteger a coluna.
O core é formado por 29 pares de músculos com a função de estabilizar 
a coluna e a pelve durante os movimentos, mantendo um alinhamento 
adequado da coluna. Esses Músculos podem ser divididos em duas 
categorias: Músculos Locais e Músculos Globais.
A ativação correta do Power House tem apresentado sucesso na dimi-
nuição de dores lombares.
BENEFÍCIOS DO PILATES
PARA HÉRNIA DE DISCO
Lima et al., em 2009, realizou um estudo em pacientes com hérnia de 
disco lombar utilizando o Método Pilates para o ganho de flexibilidade 
dos músculos ísquiotibiais.
Observou-se uma melhora significativa da flexibilidade, porém conclu-
íram que apesar dos resultados, estudos adicionais devem ser realiza-
dos.
O Pilates costuma ser efetivo nas dores causadas pela hérnia de disco 
porque os exercícios geram um maior afastamento entre as vértebras.
Com os exercícios do método a postura melhora, os músculos adqui-
rem maior tonicidade. As articulações tornam-se mais flexíveis e a for-
ma do corpo torna-se mais equilibrada, ereta e alongada.
O Pilates pode ser usado como progressão do tratamento. Ou ainda, 
para prevenção de dor lombar, através do equilíbrio funcional dos mús-
culos envolvidos na região.
Já que o músculo transverso do abdômen e multífido fazem parte do 
Power House. A ativação correta desse grupo muscular durante a práti-
ca de Pilates contribui para uma estabilização lombo-pélvica necessária 
para todos os indivíduos com ou sem dor.
EXERCÍCIOS INDICADOS PARA PA-
CIENTES COM HÉRNIA LOMBAR
Exercícios tradicionais de fortalecimento dos músculos abdominais e de 
extensores de tronco tem sido alvo de críticas por submeter à coluna 
vertebral a altas cargas de trabalho aumentando o risco de uma nova 
lesão.
Pesquisas sugerem que sem a ativação correta dos estabilizadores pro-
fundos do tronco, as recidivas do quadro álgico são notadas com muita 
frequência.
Com os exercícios de Pilates realizados de maneira correta e supervisio-
nados por um profissional, conseguimos a ativação correta da muscula-
tura estabilizadora da coluna lombar para trabalhar com o paciente de 
forma global.
Principais objetivos a serem trabalhados na Hérnia Lombar:
o Estabilização da coluna lombar;
o Dissociação coxo-femoral;
o Fortalecimento abdominal;
o Fortalecimento Paravertebrais.
MINHA EXPERIÊNCIA TRATANDO 
HÉRNIA COM PILATES
As primeiras aulas devem ser voltadas para o aprendizado da contra-
ção correta do transverso do abdômen e o multífido lombar.
Início sempre com um programa seguindo as etapas do modelo de 
exercícios estabilização segmentar vertebral, desenvolvido por Richard-
son, Hodges e Hides que é dividida em três estágios:
1. Cognitivo: Educar a maneira correta da contração da musculatura 
estabilizadora.
2. Associativo: O objetivo é manter a contração destes músculos ao 
mesmo tempo em que são realizados movimentos dos membros e do 
tronco. Nesta fase inicia-se o treino de atividades de vida diária.
3. Automático: Realização de exercícios que proporcionem desafios e 
gestos esportivos, realizados com cuidado para assegurar que não haja 
compensação.
Alguns alunos no início das aulas precisam utilizar outros recursos fisio-
terapêuticos para auxiliar no tratamento.
Trabalho com terapia manual e RPG, e costumo aplicar Maitland e mio-
fascioterapia no início da aula ou no final dela, dependendo de como o 
paciente se apresenta.
Quando necessário também utilizo a eletroterapia (US e TENS). Mesmo 
que a estimulação elétrica nas suas formas mais variadas (TENS) não 
apresente nenhuma evidência que justi¬fique sua utilização.
Os estudos publicados mostram que não há fundamentos importantes 
estabelecendo o seu valor. No meu Studio os alunos sentem mais con-
forto após a aplicação de TENS quando necessário.
Atualmente, tenho 42 alunos com hérnia, a maioria hérnia lombar e to-
dos respondem bem ao tratamento com o Método Pilates.
É claro que deve haver a colaboração do paciente em relação à presen-
ça nas aulas, seguir as orientações em relação à execução das AVD’s, 
respeitar o tempo de reabilitação para retorno ás atividades deixada de 
lado devido à dor.
Tudo isso para que o tratamento conservador tenha sucesso evitando 
recidivas ou até o tratamento cirúrgico.
CONCLUINDO
A literatura aponta como benefícios do Método Pilates, melhora do 
condicionamento físico, melhora da circulação, melhora da postura, 
diminuição da dor, melhora da força muscular, melhora da flexibilidade, 
melhora da consciência corporal e da coordenação motora.
Esses benefícios ajudariam a prevenir lesões e proporcionar alívio das 
dores crônicas.
Pilates pode ser uma ferramenta importante para os fisioterapeutas na 
reabilitação, por ter uma gama de exercícios que promovem decoapta-
ção articular, crescimento axial, fortalecimento e alongamento muscular 
onde são utilizadas poucas cargas e como números de repetições dimi-
nuídos e também por apresentarem apenas contra-indicações relativas 
que não interferem na aplicabilidade da técnica, mais somente exige 
um cuidado do profissional habilitado.
O número de praticantes não vem acompanhado com o concomitante 
desenvolvimento de pesquisas é necessário maior número de pesqui-
sas abordando mais variáveis.

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