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No grupo de comédia “Os Trapalhões” sempre foi comum o uso de piadas com cunho preconceituoso, e que exploravam estereótipos e preconceitos da sociedade para provocar o riso no seu público. Assim como eles, muitos outros comediantes modernos também criam piadas que atacam certos grupos. Nesse contexto, vem à tona a questão sobre quais seriam os limites do humor. Essa é uma questão que dividem opiniões entre os próprios comediantes e pela sociedade, no entanto, é realmente necessário que eles reconheçam a influência que exercem sobre a sociedade, bem como a inversão do conceito de liberdade.
 A priori, é importante observar como a presença ácida de piadas e de difamações disfarçadas corroboram os estereótipos presentes no meio social. Consequentemente, as incidências de contextos pautados no riso levam o comediante a agredir a personalidade ou o porte físico de um indivíduo, manifestando de maneira implícita um preconceito já inserido na sociedade brasileira. Sendo assim, essa comicidade é vista como "só uma piada", definição do comediante Rafinha Bastos, responsável por inúmeros casos de desconstrução humorística, acessando a piada fácil e oportunista como fez com deficientes físicos e mentais. Em suma, o humor brasileiro tornou-se preocupante, visto que visa o preconceito e a difamação, além de ser aplaudido de pé pelos seus espectadores.
 Outrossim, é de extrema necessidade analisar a inversão que existe entre liberdade de expressão e discurso de ódio. De acordo, com as leis regentes no país, o discurso de ódio é passível de injúria ou de calúnia, atos que devem ser considerados, embora não devam existir nenhuma manifestação de censura, nem disfarçado como piadas. Logo, é evidente que ações de todas as pessoas tem sua consequência, e com isso os humoristas não estão imunes a isso.
 Portanto, o Poder Legislativo, órgão responsável pelas criações de leis, devem torna-las mais eficazes, por meio de multas para quem promove agressão moral a um grupo, ou a uma pessoa física, a fim de que se torne um humor harmônico. Ademais, é indispensável que as pessoas rejeitem esse tipo de humor. Logo, essas piadas que utilizam de estereótipos e preconceitos, como a do grupo “Os Trapalhões” deixará de ter graça.

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