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Sulco pigmentado Encontra-se em zona de cicatrículas e fissuras, podendo indicar uma área com desmineralização do esmalte ou não. O sulco pigmentado se trata de um selamento biológico que ocorre quando a saliva fixa pigmentos oriundos da alimentação no fundo dos sulcos, ou se trata de um processo de desmineralização do esmalte dental. (pode ser um ou outro). Diante de um sulco pigmentado, existem dois tipos de procedimento clínico padrão de acordo com a cooperação e tipo de paciente. ✓ : paciente que apresenta boa higienização bucal, poucas restaurações e sem atividade de lesões de cárie. Neste caso, realiza- se acompanhamento dos dentes que apresentam pigmentação oclusal, avaliação radiográfica, e procedimento de profilaxia, sondagem e aplicação tópica de flúor e acompanhamento regular no dentista. ✓ : paciente que apresenta muitas restaurações, com higiene deficiente, e áreas de opacidade no espaço dental próximo ao manchamento. Neste caso, realiza-se uma intervenção minimamente invasiva, abrindo a cavidade com pontas diamantadas de forma ultraconservadora e selamento com resinas fluidas ou selantes que liberam flúor (ionômero de vidro.). Além disso, deve-se orientar o paciente sobre os hábitos de higiene oral, acompanhamento radiográfico e consultas regulares. É necessário manter o paciente sob controle, e o dentista precisa ser organizado e dinâmico para fidelizar o paciente. A organização é necessária para marcar a consulta de retorno e ligar para paciente, porém sem ser insistente. Mancha branca Lesão branca inativa – é brilhante, polida, e lisa. Lesão branca ativa – fosco, sem brilho e poroso. A lesão branca inativa são geralmente vistas em áreas cervicais (margem gengival) e oclusais, ocorrendo em zonas de estagnação de biofilme (Mais propício de acumular por ser um local de difícil higienização). Neste caso, houve o acúmulo de placa bacteriana e a presença de desmineralização por microrganismos porém houve um processo de remineralização, que é notório com a presença de brilho no local quando a luz atinge e apresenta textura endurecida. A lesão branca ativa é removida com a passagem da cureta ou da sonda, pois se caracteriza como um esmalte em processo de desmineralização, e quando apresenta cavidade se torna a cárie. A lesão branca ativa está passível de remineralização, podendo se tornar inativa. Não requerem manejo operatório, apenas profilaxia – aplicação de flúor – orientação sobre saúde bucal. Dica para diagnóstico: seca bem com jato de ar e joga a luz para saber diferenciar se é brilhosa ou opaca. Não deve ser utilizado sonda exploradora para diagnóstico neste caso pois pode causar fratura do esmalte ou desgaste passível de remineralização. Manejos para sensibilidade ✓ ✓ ✓ Cárie ativa cavidade (aguda) No esmalte, apresenta aspecto de manchas brancas, rugosas e cavitadas. Na dentina, apresenta aspecto amolecido de cor marrom claro, amolecidas a curetagem. Deve ser removida. Cárie Inativa (crônica) No esmalte, apresenta aspecto de mancha branca, lisa, polida que pode ser brilhante ou pigmentada. Na dentina, apresenta-se com um tecido escurecido que não se desprende a curetagem. Dentina afetada É uma dentina mais profunda, menos úmida e com muita resistência ao corte do material manual; quando removida apresenta forma de lasca. É parcialmente desmineralizada e passível de remineralização, e por esse motivo pode ser preservada no interior da cavidade. Deve ser removida com colher de dentina ou brocas esféricas em baixa rotação até o ponto da dentina começar a oferecer resistência ao corte. Dentina infectada A lesão de cárie se caracteriza pela desmineralização dos tecidos duros do elemento dentário, em função do PH ácido proveniente de metabolismo bacteriano. A dentina amolecida resultante desse processo é denominada de dentina infectada. Essa dentina precisa ser removida e eliminada e não é passível de remineralização. A remoção reduz o número de microrganismos e paralisa a progressão da lesão cariosa, além de prevenir exposição pulpar. Selamento da cavidade com CIV e formação de dentina A partir do momento em que o dente for restaurado provisoriamente, as bactérias que permaneceram não terão mais contato com os carboidratos fermentáveis da dieta do paciente. Sem carboidratos as bactérias não tem o que metabolizar, e tornam-se inviáveis com o passar do tempo. A cárie é paralisada e nova dentina é produzida. Em um segundo momento, realiza-se a remoção da cárie de forma criteriosa e sem risco de exposição pulpar devido a nova formação de dentina com a restauração provisória. Diagnóstico da cárie ✓ Modo de vida do paciente - Paciente apresenta risco de cárie? Quais hábitos ele tem? ✓ Realização de exame clínico e radiográfico. Cárie na proximal exigem grande desgaste mesmo que seja uma remoção conservadora, ou seja, neste caso em que há apenas cárie de esmalte pode-se tentar uma remineralização com a colaboração do paciente de manter hábitos de higiene oral e aplicação de flúor. Se o paciente não for do tipo de coopere, é necessário intervir. Se a cárie já estiver na dentina é necessário intervenção imediata visto que a cárie se espalha rapidamente em dentina.