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Caso Concreto 8

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Caio, professor do curso de segurança no trânsito, motorista extremamente qualificado, guiava seu automóvel tendo 
Madalena, sua namorada, no banco do carona. Durante o trajeto, o casal começa a discutir asperamente, o que faz 
com que Caio empreenda altíssima velocidade ao automóvel. Muito assustada, Madalena pede insistentemente para 
Caio reduzir a marcha do veículo, pois àquela velocidade não seria possível controlar o automóvel. Caio, entretanto, 
respondeu aos pedidos dizendo ser perito em direção e refutando qualquer possibilidade de perder o controle do 
carro. Todavia, o automóvel atinge um buraco e, em razão da velocidade empreendida, acaba se desgovernando, 
vindo a atropelar três pessoas que estavam na calçada, vitimando-as fatalmente. Realizada perícia de local, que 
constatou o excesso de velocidade, e ouvidos Caio e Madalena, que relataram à autoridade policial o diálogo travado 
entre o casal, Caio foi denunciado pelo Ministério Público pela prática do crime de homicídio na modalidade de dolo 
eventual, três vezes em concurso formal. Realizada Audiência de Instrução e Julgamento e colhida a prova, o Ministério 
Público pugnou pela pronúncia de Caio, nos exatos termos da inicial. 
Na qualidade de advogado de Caio, chamado aos debater orais, responda aos itens a seguir, empregando os 
argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso: 
a) Qual (is) argumento (s) poderia (m) ser deduzidos em favor de seu constituinte? 
No dolo eventual e na culpa consciente o sujeito vislumbra a possibilidade de ocorrência de um relutado naturalístico. 
Porém, no dolo eventual, a ocorrência do resultante é irrelevante para o sujeito ativo, enquanto na culpa consciente 
o sujeito ativo acredita sinceramente que p resultado não irá ocorrer ou que ele será capaz de evitá-lo. 
No caso concreto, o sujeito ativo acreditava sinceramente que não iria ocorrer por ele ser perito em direção. Dessa 
maneira, a defesa deve alegar a ocorrência da culpa consciente e, portanto, a incompetência do juízo a qual a ação foi 
dirigida. 
b) Qual pedido deveria ser realizado? 
A defesa deve requerer a desclassificação própria. 
c) Caso Caio fosse pronunciado, qual recurso poderia ser interposto e a quem a peça de interposição deveria ser 
dirigida? 
O recurso para impugnar a decisão de pronúncia é o recurso em sentido estrito que deverá ser endereçado para o juiz 
que prolatou a decisão 
 
Assinale a alternativa CORRETA à luz da doutrina referente ao Tribunal do Júri. 
a) São princípios que informa o Tribunal do Júri: a plenitude de defesa, o sigilo das votações, a soberania dos veredictos 
e a competência exclusiva para julgamento dos crimes dolosos contra a vida; 
b) A natureza jurídica da pronúncia (em que o magistrado se convence da existência material do fato criminoso e de 
indícios suficientes de autoria) é de decisão interlocutória mista não terminativa; 
c) O rito das ações de competência do Tribunal do Júri se desenvolve em duas fases: judicium causae e judicium 
accusacionis. O judicium accusacionis se inicia com a intimação das partes para indicação das provas que pretendem 
produzir e tem fim com o trânsito em julgado da decisão do Tribunal do Júri; 
d) Alcançada a etapa decisória do sumário da culpa, o juiz poderá exarar quatro espécies de decisão, a saber: 
pronúncia, impronúncia, absolvição sumária e condenação.

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