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Lesão nos nervos periféricos

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Lesão nos nervos periféricos
Sistema nervoso periférico (SNP)
recebe informação sensorial e motora e
transmitida pelas fibras aferentes e
eferentes
Unidade funcional básica do n.n
periférico é o neurônio, formado por
bainha e axônio, recebe infos através
das sinapses
Fibras nervosas mielínicas e
amielínicas, mielina é lipoprotéica,
células de schwann produzem a mielina
Constituído por fibras nervosas
sensitivas, motoras e simpáticas:
1. fibras motoras, eferentes, origina
dos corpos celulares, conduz
impulso do SNC para os
músculos esqueléticos,
possibilitando atividade
muscular
2. fibras sensitivas, aferentes,
conduzem impulsos dos
receptores na pele, músculos e
tendões para o SNC
3. fibras simpáticas, eferentes em
sua função, participam do SNA,
enviam os axônios por meio dos
ramos comunicantes cinzentos
para os nervos espinhais
Causas das lesões nervosas:
● ferimentos cortantes
● traumas por alteração de
temperatura
● compressões prolongadas ou
agudas
● mecanismos de tração (lesões
traumáticas, acidentes)
● causas infecciosas e tóxicas
Tipos de lesão nervosa:
● Neuropraxia: estrutura do nervo
fica inalterada, continuidade
axonal, não tem sinais de
degeneração. Bloqueio na
condução nervosa, sinal de
paralisia e déficit sensorial.
Recuperação total em semanas
ou poucos meses
● Axonotmese: ruptura do axônio,
bainha conjuntiva intacta.
Degeneração do axônio distal.
Recuperação pode ser
espontânea dependendo do nível
e tipo de estrutura acometida ou
precisar de cirurgia. Retorno
motor e sensorial com déficit
residual. Evolui com a presença
de neuromas
● Neurotmese: interrupção
completa da continuidade do
nervo, todas estruturas
comprometidas, precisa de
cirurgia, regeneração e
reinervação incompleta
Categorias de lesões:
1. Grau I: bloqueio da condução
nervosa e comprometimento
mínimo da estrutura.
Recuperação completa em dias
ou meses
2. Grau II: lesão do axônio.
Recuperação completa em
meses
3. Grau III: lesão da fibra nervosa.
Redução moderada da função
neural
4. Grau IV: lesão do fascículo. Perda
da função moderada a grave
5. Grau V: lesão completa do nervo.
Cirurgia para retornar funçao
Tipo de trauma causado:
1. Aberta: continuidade da pele
2. Fechada: diagnóstico não está
claro, precisa de período de
observação
Tempo decorrido entre trauma e
atendimento:
1. Recente: até 3 semanas para o
atendimento
2. Tardias: após 3 semanas
Degeneração Walleriana e Regeneração
nervosa:
● Walleriana ou centrífuga:
processo degenerativo no
segmento distal. Degradação de
todas as estruturas do axônio na
parte distal da lesão
● Axônica ou centrípeta: processo
degenerativo no segmento
proximal
Regeneração: fenômeno que acontece
na extremidade proximal da lesão
nervosa. Cresce brotos que migram em
direção ao coto distal, crescimento é
controlado pelo NGF (fator de
crescimento neural)
Obs. Acontece casos em que esse
brotamento ou crescimento axonal não
encontra o caminho, formando
enovelamento ou neuroma,
manifestando como dor e choque
Fatores que afetam o prognóstico da
regeneração:
qualquer fator que afeta a regeneração
diminui as fibras funcionantes
1. Natureza da lesão: lesões mais
simples melhor prognóstico do
que lesões por esmagamento
2. Nível da lesão
3. Idade do paciente: crianças tem
melhor recuperação
4. Tempo de recuperação das
funções motora e sensorial
Lesão do nervo radial:
Raízes na C5 a C8 e T1
Chega no braço medialmente ao úmero
lesão do nervo radial é reconhecida
pela postura em flexão devido a
paralisia da musculatura extensora do
punho, dedos e polegar: abdutor longo
do polegar, extensor curto do polegar,
extensor longo do polegar, extensor
radial curto e longo do punho, extensor
comum de dedos, extensor próprio dos
dedos indicador e mínimo e extensor
ulnar do carpo.
Déficit motor e sensitivo depende do
local da lesão
Lesão baixa: ao nível do antebraço,
compromete os músculos
● Extensor Ulnar do carpo
● Ext comum dos dedos
● Ext próprio do dedo mínimo e do
indicador
● Ext longo e curto do polegar
● Abdutor longo do polegar
Déficit funcional: perda na extensão
das art MFs dos dedos, exte e abdução
radial do polegar e ext ulnar do punho
Perda sensitiva: envolve face dorsal
do polegar e dorso do segundo
Lesão alta: ao nível do cotovelo,
compromete os músculos da lesão
baixa + esses:
● Supinador
● Ext radial longo do carpo
● Ext radial curto do carpo
● Braquiorradial
● Tríceps
Déficit funcional: perda na ext do
punho, fraqueza na sup r na flex do
cotovelo, perda na ext do cotovelo
Déficit sensitivo: igual a lesão baixa
Punho caído: deformidade, perda da
função preensora da mão, resultando
na paralisia dos músculos extensores
do punho
Lesão proximal do nervo radial:
Paralisias:
Supinador, extensores radiais longo e
curto do carpo, extensor comum dos
dedos, extensor próprio do indicador e
dedo mínimo, extensor longo e curto do
polegar, abdutor longo do polegar e
extensor ulnar do carpo
Perda sensitiva:
Tabaqueira anatômica, dorso do pole-
gar (sem importância clínica)
Deformidades:
“mão caída” – incapa-
cidade de realizar a extensão do punho,
dedos e polegar
Objetivos da órtese:
Impedir o estiramento dos extensores
do punho, dedos e polegar, estabilizar o
punho, permitir a extensão passiva dos
dedos e polegar
Lesão do nervo mediano:
Origem na C6, C7, C8, T1 do plexo
braquial, desce pelo lado medial do
braço junto com artéria braquial
A lesão do nervo mediano provoca
uma paralisia e hipotrofia de alguns
músculos da eminência tenar e uma
perda da sensibilidade ao nível de
polegar, dedos indicador, médio e
metade radial e volar do anular
músculos afetados em
lesões a nível do punho são o abdutor
curto do polegar, porção superficial do
flexor curto, oponente do polegar e o
primeiro e segundo lumbricais.
acometimento do nervo mediano pode
acontecer devido a fraturas do úmero,
cotovelo, rádio ou lesão ao nível do
punho com objetos cortantes
Lesões baixas: nível do punho, paralisia
da musculatura tenar e lumbrical, perda
da oposição do polegar, das atividades
de pinça
Déficit sensitivo: acontece na região
inervada pelo mediano
Lesões altas: nível do cotovelo, toda
musculatura inervada pelo mediano
comprometida, perda da função de
pronação e flex do punho, da flexão do
polegar, das IFs do 2° a 3° dedos, perda
da oposição do polegar
Déficit sensitivo: afeta toda região da
mão inervada pelo mediano
Lesões do ramo interósseo: afeta
função do flexor longo do polegar, do
flexor profundo do indicador, do dedo
médio e pronador quadrado
Mão siamesa: deformidade comum a
esse tipo de lesão, não realiza
atividades de pinça, deficiência de força
de preensão palmar dificultando a
preensão de objetos maiores.
Dificuldade em manipular pequenos
objetos
Lesão distal do nervo mediano
Paralisias:
Músculos oponente, abdutor e porção
superficial do flexor do polegar, e
músculos lumbricais para dedos
indicador e médio
Perda sensitiva:
volar – polegar, dedo indicador, médio
e metade radial do dedo anular;
dorsal – polegar, dedo indicador e
médio
Deformidades:
Adução do polegar
Objetivos da órtese:
Impedir a contratura da primeira
comissura e evitar o estiramento dos
músculos oponente e abdutor do
polegar.
Lesão proximal do nervo mediano:
Paralisias:
Todos músculos da lesão distal em
associação com o pronador redondo,
pronador quadrado, flexor superficial
dos dedos, flexor profundo dos dedos
indicador e médio, flexor longo do
polegar, flexor radial do carpo e palmar
longo
Perda sensitiva:
volar – polegar, dedo indicador, médio
e metade radial do dedo anular;
dorsal – polegar, dedo indicador e
médio.
Deformidades:
Supinação do antebraço, extensão do
polegar, indicador e médio.
Objetivos da órtese:
Impedir a contratura da primeira
comissura, evitar o estiramento dos
músculos oponente e abdutor do
polegar e manter mobilidade do dedo
indicador e médio
Lesão no nervo ulnar:
origem na C8, T1, C7
lesões do nervo ulnar provocam
uma paralisia e hipotrofia da maioria
dos
músculos intrínsecos da mão
(interósseos palmares, interósseos
dorsais, lumbricais dos dedos mínimoe
anular, músculos da eminência
hipotenar, adutor do polegar e porção
profunda do flexor curto do polegar)
causadas por fraturas do epicôndilo
medial e olécrano e traumas com
objetos cortantes ao nível
Lesão baixa: nível do punho,
compromete adutor do polegar ficando
incapaz de realizar pinça lateral,
causando flex da IF durante a
tentativa(sinal de Froment)
Lesão dos interósseos e lumbricais:
● diminui força de pinça e
preensão
● perda na abdução e adução dos
dedos
● incapacidade de flex ativ da MF
do 4° e 5° dedos com ext das IFs
● incapacidade de estender os
dedos para preensão de objetos
Comprometimento da musculatura
hipotenar: abdução do dedo mínimo
Perda sensitiva: envolve ramo
superficial terminal do nervo ulnar
Lesão alta: perda da força de preensão
devido a paralisia do flexor profundo do
4° e 5° dedos, perda na força de flexão
do punho pelo flexor ulnar do carpo
Mão em garra: garra do 4° e 5° dedos,
hiperext da MF e flex das IFs,
desequilíbrio da musculatura intrínseca
com a musculatura exte e flex
extrínsecas
Lesão distal do nervo ulnar:
Paralisias : Todos músculos da
eminência hipotenar (flexor, abdutor e
oponente do dedo mínimo), interósseos
dorsais, interósseos palmares,
lumbricais para os dedos mínimo e
anular, adutor polegar, porção profunda
do flexor curto do polegar
Perda sensitiva:
volar – dedo mínimo e metade ulnar
do dedo anular; dorsal – dedo mínimo e
anular
Deformidades:
Deformidade em garra dos dedos
mínimo e anular, perda do arco
transverso da mão.
Principal perda funcional:
Incapacidade de abrir a mão para
preensão de objetos
Objetivo da órtese:
Evitar a distensão dos músculos
intrínsecos paralisados dos dedos
anular e mínimo através do bloqueio da
hiperextensão da
metacarpofalangeana. Ao manter a
articulação metacarpofalangeana
destes dedos em flexão os extensores
extrínsecos serão capazes de estender
as interfalangeanas. A órtese deve
deixar a maior parte da região palmar
livre e não impedir a flexão dos dedos e
a movimentação do punho
Lesão proximal do nervo ulnar:
Paralisias:
Todos músculos referidos na lesão
distal em associação com o flexor
profundo do dedo mínimo e anular, e
flexor ulnar do carpo
Perda sensitiva:
volar – dedo mínimo e metade ulnar
do dedo anular;
dorsal – dedo mínimo e nular.
Deformidades:
Deformidade em garra não é tão nítida.
Após reinervação, a deformidade em
garra torna-se cada vez mais intensa e
o uso de órtese, nesta situação, é
obrigatório
Objetivo da órtese:
Semelhante ao da lesão distal. A
manutenção da flexão passiva total dos
dedos anular e mínimo é fundamental.
Lesões do nervo digital:
ramos dos nervos mediano e ulnar
alteração funcional: perda sensitiva
Tratamento não-cirúrgico:
período de observação, 21 dias, em
feridas fechadas, tempo necessário
para formação de neuroma
Obj da reab:
● estimular motricidade e
sensibilidade
● prevenir deformidades
● recuperar uso funcional nas
AVDs
Tratamento cirúrgico:
reparação nervosa: unir os cotos das
fibras nervosas para que possam se
regenerar, melhor alinhamento das
fibras melhor é reinervação
elencados para cirurgia: traumas
mecânico com elemento cortante
Neurólise:
procedimento cirúrgico de
descompressão e de liberação das
estruturas quando há compressão ou
aderência
● Neurólise externa: liberação é
realizada sem romper a barreira
epineural
● Neurólise interna: indicada em
lesões parciais ou neuromas em
continuidade
Suturas:
reconstrução dos nn periféricos
● epineural
● epi perineural
● perineural
Enxertos:
reconstrução de nervos com perdas
segmentares
● Enxertos de nervos
interfasciculares
● Enxertos de veia
● Neurotubos
Complicações:
Neuromas
Hiperestesias
Déficit sensitivo
Paralisias motoras
Deformidades secundárias (dedos em
garra)
Reabilitação:
objetivo final: recuperação funcional da
mão
Avaliação:
1. História da lesão atual (data,
mecanismo)
2. Informações médico cirúrgicas
3. Descrição subjetiva dos sintomas
(dor, formigamento, dormência)
4. Exame físico: inspeção;
palpação; sinal de Tinel; edema;
atrofia muscular; ADM ativa e
passiva; avaliação da função
simpática, motora, sensitiva
Avaliação da função simpática:
alteração da função simpática
acontece imediatamente após a lesão
ou depois de 3 a 6 semanas
Avaliada:
● inspeção
● palpação
● teste da niidrina de suor
● teste de enrugamento de O’Riain
Avaliação da função motora:
● Teste de função muscular
manual
● cada músculo: escala de Higher
(0 a 5 níveis)
● Teste funcional de força de
preensão e pinça : dinamômetros
●
Avaliação da função sensitiva:
comprometimento nervoso periférico
atrapalha a chegada de inf eferentes ao
SNC
● Teste de velocidade de condução
nervosa
● Estesiômetro
● 2 pontos de discriminaçao
● Teste de pick-up de Moberg
Educação do paciente:
Orientações
Inf devem ser dadas na medida em que
haja compreensão
Não é preciso dar todas as infs no
começo do tratamento
fornecer inf de acordo com a linguagem
adequada
Paciente e família sente amparado e
compreende as dificuldades
Participação e responsabilidade do
tratamento
Inf + importantes a serem
compartilhadas:
● mostrar anatomia e
funcionamento do nervo, para
compreender movimentos e
posição inadequada
● falar sobre o processo de
regeneração nervosa, explicar
que o nervo cresce 1mm por dia
● mostrar possibilidades de
sequelas
● explicar objetivo de cada
procedimento
● insistir no cuidado com
ferimentos
● informar sobre sensações de
choque, dor
Objetivos da reab:
● proteger o nervo em cicatrização
● evitar complicações da
disfunção motora, sensitiva e
simpática
● assistir retorno da função motora
● promover reeducação sensorial
● manter funcionalidade da mão
Fases da Reab:
1. Fase inicial ou protetora
2. Fase intermediária ou de
disfunção
3. Fase final ou de recuperação
funcional
Fase inicial ou Protetora:
pós operatória imediata
Imobilizado em posição de flex ou ext
● protege o nervo reparado
imobilizando por 3 a 4 semanas
● controle de edema e dor
● tratamento de ferida
● mobilização ativa das artc não
incluídas na imobilização
Fase intermediária ou de
Disfunção:
● recuperar ADM
● prevenir as complicações das
disfunções simpática, motora,
sensitiva
Ganho de ADM:
Começa após retirada da tala de
proteção
● Exercícios ativos
● Gradativo
● Evitar estiramento articular
excessivo
Uso de exercícios passivos e
ativo-assistidos são introduzidos
quando não há progresso no ganho de
ADM ativa
Evitar as complicações da
disfunção simpática:
disfunção simpática resulta em
ausência de transpiração, causando
uma pele seca e inelástica, suscetível a
lesões
● hidratação da pele: água morna,
massagem com óleo
● prevenir lesões na pele:
inspecionar áreas de pressão e
sinais inflamatórios
● trata lesões na pele: facilitar a
cicatrização imobilizando,
prevenir lesões repetidas no
mesmo local
Evitar as complicações da
disfunção motora:
prevenir estiramento dos músculos
paralisados ou fracos
● evitar contraturas com exercícios
passivos de ADM e órteses
Órteses:
após retirada da tala protetora usa
órtese funcional
Os propósitos e princípios da utiliza-
ção de órteses em lesão de nervos
periféricos são:
• evitar o estiramento constante dos
músculos paralisados provocado pela
ação dos antagonistas
• prevenir deformidades articulares
• prevenir o desenvolvimento de
padrões
de substituição de função
• maximizar a função do membro
Objetivo das órteses:
● evitar o alongamento dos
músculos paralisados e
contratura dos músculos
antagonistas
● prevenir contratura articular
● prevenir o desenvolvimento de
padrões de movimento de
substituição
● permitir uso funcional da mão
Órteses + indicadas:
● Órtese para lesão do nervo radial:
Órtese de tenodese, ajuda no
‘punho caído’, órtese que
possibilita uso funcional e
restaura a função de
tenodese(perdida no punho
caído), exte dos dedos com flex
do punho e ext do punho com
flexão dos dedos (tenodese),
polegar não incluído.
Vantagens da órtese de
tenodese:
➔ Mantém arcos normais
➔ permite mov do punho e
dedos
➔ nao possui superfície
palmar, facilita uso da mão
➔facilita fortalecimento dos
músculos extensores
● Órtese para lesão do nervo
mediano: órteses de abdução do
polegar.
Objetivos da órtese:
➔ prevenir estiramento dos
músculos abdutor curto e
oponente do polegar
➔ manter comprimento dos tecidos
moles
➔ posicionar funcionalmente o
polegar em abduçao e oponencia
● Órtese para lesão do nervo
ulnar: na lesão ulnar perde a
força do adutor do polegar,
nenhuma órtese pode substituir
a força do adutor, o objetivo da
órtese é prevenir estiramento
dos músculos intrínsecos
● Órtese para lesão mista de
ulnar e mediano: causa
deformidade nos 4 dedos longos
e adução do polegar, órtese para
bloquear hiperext de todos os
dedos e posicionar o polegar de
maneira funcional em abdução
Evitar complicações da disfunção
sensitiva:
1. ausência de sensibilidade
protetora: risco de lesão em
objetos quentes, frios, uso de
força excessiva para manipular
objetos, pressão prolongada e
repetitiva nas atividades de
pinça e preensão, pela seca e
inelástica
Guia de Instruções de Brand para o
caso de acontecer a ausência de
sensibilidade:
● Evitar exposição as áreas
insensíveis ao calor, frio
● diminuir força ao segurar objetos
● evitar cabos pequenos e
desconfortáveis
● evitar atividades que precisem
de uso prolongado de uma
ferramenta
● troca de ferramenta durante
execução da atividade
● observar sinais de estresse na
pele
● presença de ferida, requer
tratamento com imobilização
● manter pele macia e maleável
2. hipersensibilidade: uso de
técnicas de dessensibilização
com estímulos táteis graduados.
Uso de massagem manual na
cicatriz e coban
Fase final ou de recuperação da
função:
começa a fase quando tem sinais de
reinervação,
retorno da função sensitiva e motora->
necessário de treino motor e
reeducação sensitiva
Recondicionamento
muscular(treino motor):
princípios para o treino motor
● evitar fadiga
● iniciar programa com contração
isométrica evoluir para isotônica
● gradual
● trabalhar grupos musculares
através de atividades
selecionadas
Atividades funcionais:
atividade precisa ter um significado
para o paciente
● indica atividades que permitam
repetição de movimentos,
estímulos sensoriais, de
resistência e força
Atividades para lesão no nervo
mediano: trabalhar a musculatura
tenar, feito em atividades de segurar
objetos de tamanhos diferentes, atv de
desparafusar, macramê, desenho e
carimbo
Atividades para lesão no nervo ulnar:
atvs para preensão palmar, extensão
das IFs e pinça, trabalhos em madeira,
cerâmica, tear horizontal
Atividades para lesão nervo radial: atvs
para estimular e estabilizar punho
durante a preensão, atvs de exte
simultânea do punho e dos dedos,
trabalhos em madeira, argila, tear,
carregar pesos
Reeducação sensorial:
conjunto de técnicas que auxiliam o
paciente com dificuldade de percepção
sensorial a reinterpretar o padrão
Alterado refinamento dos receptores
corticais, melhorando a acuidade tátil
Pode apresentar Hiperestesia e
intolerancia a baixas temperaturas
treino de padrões sensitivos
(organizando e integrando sistemas
sensoriais central e periférico)
1. fase inicial: inicia quando
percebe estímulos vibratórios e
do toque. Reeducar a localização
do estímulo e a percepção para o
toque constante
➔ Fazem toques constantes com a
ponteira, o paciente observa o
que está acontecendo depois
fecha os olhos e tenta identificar
onde foi o estímulo, se responder
errado, o terapeuta realiza o
estímulo com o paciente de olhos
abertos, ele observa e tenta
associar estímulo tátil a imagem
visual, por fim o estímulo é
repetido novamente com os
olhos fechados, se o paciente
identificar certo, acontece a
reeducação
2. fase tardia: inicia quando o toque
é percebido na ponta do dedo e
sua localização é adequada.
Objetivo reconhecimento tátil
➔ Objetos de uso diário que variam
em tamanho e textura são
usados, acontece o mesmo
processo de associação
visão-tato, desafio é aumentado
usando objetos mais sutis ou
menores, usa +/- 10
apresentações
➔ Fase final: procurar objeto numa
vasilha cheia de arroz, identificar
objetos por jogo de pareamento,
identificar texturas diferentes de
materiais presos em cabos de
madeira
(espuma,feltro,lixa,corda)
*Pode controlar o tempo
cronometrando o reconhecimento, feito
em uma sala silenciosa e calma para
facilitar a concentração
*Crianças, utilizar máscaras para ocluir
os olhos
*Uso de luvas para selecionar a área a
ser estimulada
*Uso frequente da mão nas AVDs ajuda
Avaliando a sensibilidade:
Avalia para ver se a reeducação ta
dando certo
● discriminador de 2 pontos (a
pessoa com baixo escore nesse
teste tem dificuldades em
manter a preensão de um objeto)
● monofilamentos
● pick up de Moberg
Treino na tarefa de identificação ou
localização do estímulo:
1. tarefa feita com olhos fechados
2. paciente abre os olhos e verifica
se a tarefa foi feita
3. se foi bem sucedido, paciente
fecha os olhos e executa outra
tarefa
4. se não foi bem sucedido,
paciente repete a mesma tarefa
com olhos abertos, para integrar
visão com experiência tátil e
possa memorizar
5. depois paciente fecha os olhos
de novo e executa a mesma
tarefa para reforçar o que
acabou de aprender
Retorna ao trabalho:
objetivo central do adulto
● Avaliação funcional periódica e
treino de tarefas simulando o
trabalho
Reab na fase crônica da lesão
nervosa:
uma forma de melhorar a função da
mão ou preparar para uma cirurgia
● feito avaliação das capacidades e
limitações funcionais
● métodos de compensação e
adaptações
● independência nas AVDs
● órteses funcionais, se
necessário, usado por um longo
período
Teste de sensibilidade:
A utilização dos testes de sensibilidade
pode nos fornecer dados mais objetivos
de evolução sobre as sensações
subjetivas descritas pelo paciente.
Contudo, para sua aplicação, é
necessário considerar algumas
variáveis que podem alterar a respostas
dos testes, causando uma
interpretação errônea:
• Ambiente adequado: deve ser
silencioso, livre de distrações;
• O paciente deve estar relaxado e com
capacidade de concentração;
• Deve conhecer os instrumentos
utilizados nos testes;
• Posicionamento adequado do membro
a ser avaliado;
• O mesmo examinador deve realizar os
diferentes testes com o mesmo
paciente
Os testes de sensibilidade podem ser
divididos em:
1. Determinação do limiar de
sensibilidade:
• Tato / Monofilamentos de Semmes-
Weinstein (teste de Von Frey): consta
de um conjunto de monofilamentos de
nylon, com diâmetros diferentes,
capazes de promover uma pressão de
força de 0,05 a 300 gm, quando
tocados, perpendicularmente, na pele,
até se curvarem. O paciente deve
referir se sentiu ou não o toque, sem o
auxílio da visão
• Teste vibratório (diapasão): o teste
consiste na aproximação de um
diapasão de 30 cps (ciclos por
segundo), para corpúsculos de
Meissner (tato), e o de 256 cps, para os
corpúsculos de Pacini, em vibração,
com o paciente de olhos fechados.
• Temperatura – calor / frio: determi-
nada com o auxílio e dois tubos de
ensaio no interior dos quais se coloca
água fria e água morna
(aproximadamente entre 4o C e 40o C),
sendo o paciente capaz de identificar,
de olhos fechados, os estímulos
térmicos de calor e frio. Nas lesões
nervosas a sensação de frio geralmente
retorna antes da do calor.
• Dor: sem o auxílio da visão, com um
pequeno alfinete de costura, realizamos
um leve toque na superfície a ser
examinada. A dor é uma das primeiras
sensações recuperadas com a
regeneração nervosa
2. Testes funcionais:
• Teste de Dellon (modificação do
“pickup test” de Moberg): o paciente
deve retirar, de uma caixa, 10 pequenos
objetos metálicos conhecidos (clipe de
papel, parafuso, porca, chave, etc.),
num dado tempo, nomeando-os, com e
sem o auxílio da visão. É considerado
normal se o tempo utilizado, sem o
auxílio da visão, é inferior ao dobro do
tempo utilizado com este auxílio. Este
teste avalia a estereognosia e destreza
manual
• Discriminação entre 2 pontos Es-
tática e Móvel: a discriminação de 2
pontos estática de Weber- Moberg,
consiste no estímulo da polpa digital
com duas pontasseparadas a uma
distância conhecida, alternando,
aleatoriamente, ora uma ponta, ora as
duas pontas. O paciente deverá referir,
com os olhos fechados, se sentiu
apenas uma ou duas pontas. Na polpa
digital, a sensibilidade é considerada
normal se a distância entre os dois
pontos encontra-se até cerca de 5mm,
entre 5 a 10mm a sensibilidade tátil
está diminuída e, acima de 10mm,
existirá apenas sensibilidade protetora.
A discriminação móvel entre dois
pontos, descrito por Dellon, consiste na
realização do mesmo teste descrito
porém com o uso de um estímulo
móvel, roçado de proximal para
distal, com uma distância de
aproximadamente 10mm. É
considerado normal até 3mm e alterada
se a distância for maior que 3mm entre
os dois pontos.
3. Testes objetivos que não necessi-
tam da informação do paciente:
• Velocidade de condução nervosa –
estudos elétricos: eletroneuromiografia
• Teste da ninhydrina: realizado com a
palma da mão limpa e colocada sob a
luz, por 15-20 minutos, para facilitar a
sudorese. Em um papel poroso com
ninhydrina, são comprimidas as
impressões digitais, produzindo uma
cor arroxeada na região da sudorese,
após 12 horas de secagem. Onde não
houver inervação não há coloração.
Este teste é pouco utilizado atual-
mente.
• Teste de Enrugamento: este teste é
muito utilizado em crianças pela sua
facilidade, é observado o enrugamento
da pele após imersão na água por 15-20
minutos. Onde não ocorre o
enrugamento da pele, não há
inervação. Este teste é pouco utilizado
atualmente.
Uso de TA na recuperação de lesões
nos nervos:
Reabilitação Virtual: é o uso da
realidade virtual (RV) e ambientes
virtuais (AV), simulando ambientes do
mundo real através de dispositivos
eletrônicos, e vivenciados através
de uma “interface homem-máquina”
Videogames(7° geração): movimentos
do paciente são captados por uma
barra de sensor ou câmera,
movimentos esses que simulam AVDs.
Os movimentos são feitos por meio dos
jogos
Benefícios do Videogame:
● fortalece a musculatura
● facilita a recuperação dos
movimentos
● estimula a atividade cerebral
● aumenta a capacidade de
concentração e equilíbrio
● promove o engajamento e a
motivação do cliente ao mesmo
tempo em que favorecem o
desenvolvimento de habilidades
contra indicado: em pacientes
epiléticos ou usuários de marca-passos
Terapia com videogame:
● Antes de começar: fazer
alongamentos e aquecimentos
dos membros superiores e
posicionamento do paciente
● selecionava algumas opções de
jogos, no momento da terapia o
paciente escolhia uma das
opções
● 30min de jogo, se o paciente
precisar parar de jogar ele
poderia
● Ao terminar a atividade, o
paciente tinha 10 minutos de
relaxamento e alongamentos
sem dor
● avaliar com goniômetro a ADM
durante os jogos, por exemplo,
jogo de basquete, se o
movimento ia aumentando
conforme as partidas

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