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Lesão nos nervos periféricos Sistema nervoso periférico (SNP) recebe informação sensorial e motora e transmitida pelas fibras aferentes e eferentes Unidade funcional básica do n.n periférico é o neurônio, formado por bainha e axônio, recebe infos através das sinapses Fibras nervosas mielínicas e amielínicas, mielina é lipoprotéica, células de schwann produzem a mielina Constituído por fibras nervosas sensitivas, motoras e simpáticas: 1. fibras motoras, eferentes, origina dos corpos celulares, conduz impulso do SNC para os músculos esqueléticos, possibilitando atividade muscular 2. fibras sensitivas, aferentes, conduzem impulsos dos receptores na pele, músculos e tendões para o SNC 3. fibras simpáticas, eferentes em sua função, participam do SNA, enviam os axônios por meio dos ramos comunicantes cinzentos para os nervos espinhais Causas das lesões nervosas: ● ferimentos cortantes ● traumas por alteração de temperatura ● compressões prolongadas ou agudas ● mecanismos de tração (lesões traumáticas, acidentes) ● causas infecciosas e tóxicas Tipos de lesão nervosa: ● Neuropraxia: estrutura do nervo fica inalterada, continuidade axonal, não tem sinais de degeneração. Bloqueio na condução nervosa, sinal de paralisia e déficit sensorial. Recuperação total em semanas ou poucos meses ● Axonotmese: ruptura do axônio, bainha conjuntiva intacta. Degeneração do axônio distal. Recuperação pode ser espontânea dependendo do nível e tipo de estrutura acometida ou precisar de cirurgia. Retorno motor e sensorial com déficit residual. Evolui com a presença de neuromas ● Neurotmese: interrupção completa da continuidade do nervo, todas estruturas comprometidas, precisa de cirurgia, regeneração e reinervação incompleta Categorias de lesões: 1. Grau I: bloqueio da condução nervosa e comprometimento mínimo da estrutura. Recuperação completa em dias ou meses 2. Grau II: lesão do axônio. Recuperação completa em meses 3. Grau III: lesão da fibra nervosa. Redução moderada da função neural 4. Grau IV: lesão do fascículo. Perda da função moderada a grave 5. Grau V: lesão completa do nervo. Cirurgia para retornar funçao Tipo de trauma causado: 1. Aberta: continuidade da pele 2. Fechada: diagnóstico não está claro, precisa de período de observação Tempo decorrido entre trauma e atendimento: 1. Recente: até 3 semanas para o atendimento 2. Tardias: após 3 semanas Degeneração Walleriana e Regeneração nervosa: ● Walleriana ou centrífuga: processo degenerativo no segmento distal. Degradação de todas as estruturas do axônio na parte distal da lesão ● Axônica ou centrípeta: processo degenerativo no segmento proximal Regeneração: fenômeno que acontece na extremidade proximal da lesão nervosa. Cresce brotos que migram em direção ao coto distal, crescimento é controlado pelo NGF (fator de crescimento neural) Obs. Acontece casos em que esse brotamento ou crescimento axonal não encontra o caminho, formando enovelamento ou neuroma, manifestando como dor e choque Fatores que afetam o prognóstico da regeneração: qualquer fator que afeta a regeneração diminui as fibras funcionantes 1. Natureza da lesão: lesões mais simples melhor prognóstico do que lesões por esmagamento 2. Nível da lesão 3. Idade do paciente: crianças tem melhor recuperação 4. Tempo de recuperação das funções motora e sensorial Lesão do nervo radial: Raízes na C5 a C8 e T1 Chega no braço medialmente ao úmero lesão do nervo radial é reconhecida pela postura em flexão devido a paralisia da musculatura extensora do punho, dedos e polegar: abdutor longo do polegar, extensor curto do polegar, extensor longo do polegar, extensor radial curto e longo do punho, extensor comum de dedos, extensor próprio dos dedos indicador e mínimo e extensor ulnar do carpo. Déficit motor e sensitivo depende do local da lesão Lesão baixa: ao nível do antebraço, compromete os músculos ● Extensor Ulnar do carpo ● Ext comum dos dedos ● Ext próprio do dedo mínimo e do indicador ● Ext longo e curto do polegar ● Abdutor longo do polegar Déficit funcional: perda na extensão das art MFs dos dedos, exte e abdução radial do polegar e ext ulnar do punho Perda sensitiva: envolve face dorsal do polegar e dorso do segundo Lesão alta: ao nível do cotovelo, compromete os músculos da lesão baixa + esses: ● Supinador ● Ext radial longo do carpo ● Ext radial curto do carpo ● Braquiorradial ● Tríceps Déficit funcional: perda na ext do punho, fraqueza na sup r na flex do cotovelo, perda na ext do cotovelo Déficit sensitivo: igual a lesão baixa Punho caído: deformidade, perda da função preensora da mão, resultando na paralisia dos músculos extensores do punho Lesão proximal do nervo radial: Paralisias: Supinador, extensores radiais longo e curto do carpo, extensor comum dos dedos, extensor próprio do indicador e dedo mínimo, extensor longo e curto do polegar, abdutor longo do polegar e extensor ulnar do carpo Perda sensitiva: Tabaqueira anatômica, dorso do pole- gar (sem importância clínica) Deformidades: “mão caída” – incapa- cidade de realizar a extensão do punho, dedos e polegar Objetivos da órtese: Impedir o estiramento dos extensores do punho, dedos e polegar, estabilizar o punho, permitir a extensão passiva dos dedos e polegar Lesão do nervo mediano: Origem na C6, C7, C8, T1 do plexo braquial, desce pelo lado medial do braço junto com artéria braquial A lesão do nervo mediano provoca uma paralisia e hipotrofia de alguns músculos da eminência tenar e uma perda da sensibilidade ao nível de polegar, dedos indicador, médio e metade radial e volar do anular músculos afetados em lesões a nível do punho são o abdutor curto do polegar, porção superficial do flexor curto, oponente do polegar e o primeiro e segundo lumbricais. acometimento do nervo mediano pode acontecer devido a fraturas do úmero, cotovelo, rádio ou lesão ao nível do punho com objetos cortantes Lesões baixas: nível do punho, paralisia da musculatura tenar e lumbrical, perda da oposição do polegar, das atividades de pinça Déficit sensitivo: acontece na região inervada pelo mediano Lesões altas: nível do cotovelo, toda musculatura inervada pelo mediano comprometida, perda da função de pronação e flex do punho, da flexão do polegar, das IFs do 2° a 3° dedos, perda da oposição do polegar Déficit sensitivo: afeta toda região da mão inervada pelo mediano Lesões do ramo interósseo: afeta função do flexor longo do polegar, do flexor profundo do indicador, do dedo médio e pronador quadrado Mão siamesa: deformidade comum a esse tipo de lesão, não realiza atividades de pinça, deficiência de força de preensão palmar dificultando a preensão de objetos maiores. Dificuldade em manipular pequenos objetos Lesão distal do nervo mediano Paralisias: Músculos oponente, abdutor e porção superficial do flexor do polegar, e músculos lumbricais para dedos indicador e médio Perda sensitiva: volar – polegar, dedo indicador, médio e metade radial do dedo anular; dorsal – polegar, dedo indicador e médio Deformidades: Adução do polegar Objetivos da órtese: Impedir a contratura da primeira comissura e evitar o estiramento dos músculos oponente e abdutor do polegar. Lesão proximal do nervo mediano: Paralisias: Todos músculos da lesão distal em associação com o pronador redondo, pronador quadrado, flexor superficial dos dedos, flexor profundo dos dedos indicador e médio, flexor longo do polegar, flexor radial do carpo e palmar longo Perda sensitiva: volar – polegar, dedo indicador, médio e metade radial do dedo anular; dorsal – polegar, dedo indicador e médio. Deformidades: Supinação do antebraço, extensão do polegar, indicador e médio. Objetivos da órtese: Impedir a contratura da primeira comissura, evitar o estiramento dos músculos oponente e abdutor do polegar e manter mobilidade do dedo indicador e médio Lesão no nervo ulnar: origem na C8, T1, C7 lesões do nervo ulnar provocam uma paralisia e hipotrofia da maioria dos músculos intrínsecos da mão (interósseos palmares, interósseos dorsais, lumbricais dos dedos mínimoe anular, músculos da eminência hipotenar, adutor do polegar e porção profunda do flexor curto do polegar) causadas por fraturas do epicôndilo medial e olécrano e traumas com objetos cortantes ao nível Lesão baixa: nível do punho, compromete adutor do polegar ficando incapaz de realizar pinça lateral, causando flex da IF durante a tentativa(sinal de Froment) Lesão dos interósseos e lumbricais: ● diminui força de pinça e preensão ● perda na abdução e adução dos dedos ● incapacidade de flex ativ da MF do 4° e 5° dedos com ext das IFs ● incapacidade de estender os dedos para preensão de objetos Comprometimento da musculatura hipotenar: abdução do dedo mínimo Perda sensitiva: envolve ramo superficial terminal do nervo ulnar Lesão alta: perda da força de preensão devido a paralisia do flexor profundo do 4° e 5° dedos, perda na força de flexão do punho pelo flexor ulnar do carpo Mão em garra: garra do 4° e 5° dedos, hiperext da MF e flex das IFs, desequilíbrio da musculatura intrínseca com a musculatura exte e flex extrínsecas Lesão distal do nervo ulnar: Paralisias : Todos músculos da eminência hipotenar (flexor, abdutor e oponente do dedo mínimo), interósseos dorsais, interósseos palmares, lumbricais para os dedos mínimo e anular, adutor polegar, porção profunda do flexor curto do polegar Perda sensitiva: volar – dedo mínimo e metade ulnar do dedo anular; dorsal – dedo mínimo e anular Deformidades: Deformidade em garra dos dedos mínimo e anular, perda do arco transverso da mão. Principal perda funcional: Incapacidade de abrir a mão para preensão de objetos Objetivo da órtese: Evitar a distensão dos músculos intrínsecos paralisados dos dedos anular e mínimo através do bloqueio da hiperextensão da metacarpofalangeana. Ao manter a articulação metacarpofalangeana destes dedos em flexão os extensores extrínsecos serão capazes de estender as interfalangeanas. A órtese deve deixar a maior parte da região palmar livre e não impedir a flexão dos dedos e a movimentação do punho Lesão proximal do nervo ulnar: Paralisias: Todos músculos referidos na lesão distal em associação com o flexor profundo do dedo mínimo e anular, e flexor ulnar do carpo Perda sensitiva: volar – dedo mínimo e metade ulnar do dedo anular; dorsal – dedo mínimo e nular. Deformidades: Deformidade em garra não é tão nítida. Após reinervação, a deformidade em garra torna-se cada vez mais intensa e o uso de órtese, nesta situação, é obrigatório Objetivo da órtese: Semelhante ao da lesão distal. A manutenção da flexão passiva total dos dedos anular e mínimo é fundamental. Lesões do nervo digital: ramos dos nervos mediano e ulnar alteração funcional: perda sensitiva Tratamento não-cirúrgico: período de observação, 21 dias, em feridas fechadas, tempo necessário para formação de neuroma Obj da reab: ● estimular motricidade e sensibilidade ● prevenir deformidades ● recuperar uso funcional nas AVDs Tratamento cirúrgico: reparação nervosa: unir os cotos das fibras nervosas para que possam se regenerar, melhor alinhamento das fibras melhor é reinervação elencados para cirurgia: traumas mecânico com elemento cortante Neurólise: procedimento cirúrgico de descompressão e de liberação das estruturas quando há compressão ou aderência ● Neurólise externa: liberação é realizada sem romper a barreira epineural ● Neurólise interna: indicada em lesões parciais ou neuromas em continuidade Suturas: reconstrução dos nn periféricos ● epineural ● epi perineural ● perineural Enxertos: reconstrução de nervos com perdas segmentares ● Enxertos de nervos interfasciculares ● Enxertos de veia ● Neurotubos Complicações: Neuromas Hiperestesias Déficit sensitivo Paralisias motoras Deformidades secundárias (dedos em garra) Reabilitação: objetivo final: recuperação funcional da mão Avaliação: 1. História da lesão atual (data, mecanismo) 2. Informações médico cirúrgicas 3. Descrição subjetiva dos sintomas (dor, formigamento, dormência) 4. Exame físico: inspeção; palpação; sinal de Tinel; edema; atrofia muscular; ADM ativa e passiva; avaliação da função simpática, motora, sensitiva Avaliação da função simpática: alteração da função simpática acontece imediatamente após a lesão ou depois de 3 a 6 semanas Avaliada: ● inspeção ● palpação ● teste da niidrina de suor ● teste de enrugamento de O’Riain Avaliação da função motora: ● Teste de função muscular manual ● cada músculo: escala de Higher (0 a 5 níveis) ● Teste funcional de força de preensão e pinça : dinamômetros ● Avaliação da função sensitiva: comprometimento nervoso periférico atrapalha a chegada de inf eferentes ao SNC ● Teste de velocidade de condução nervosa ● Estesiômetro ● 2 pontos de discriminaçao ● Teste de pick-up de Moberg Educação do paciente: Orientações Inf devem ser dadas na medida em que haja compreensão Não é preciso dar todas as infs no começo do tratamento fornecer inf de acordo com a linguagem adequada Paciente e família sente amparado e compreende as dificuldades Participação e responsabilidade do tratamento Inf + importantes a serem compartilhadas: ● mostrar anatomia e funcionamento do nervo, para compreender movimentos e posição inadequada ● falar sobre o processo de regeneração nervosa, explicar que o nervo cresce 1mm por dia ● mostrar possibilidades de sequelas ● explicar objetivo de cada procedimento ● insistir no cuidado com ferimentos ● informar sobre sensações de choque, dor Objetivos da reab: ● proteger o nervo em cicatrização ● evitar complicações da disfunção motora, sensitiva e simpática ● assistir retorno da função motora ● promover reeducação sensorial ● manter funcionalidade da mão Fases da Reab: 1. Fase inicial ou protetora 2. Fase intermediária ou de disfunção 3. Fase final ou de recuperação funcional Fase inicial ou Protetora: pós operatória imediata Imobilizado em posição de flex ou ext ● protege o nervo reparado imobilizando por 3 a 4 semanas ● controle de edema e dor ● tratamento de ferida ● mobilização ativa das artc não incluídas na imobilização Fase intermediária ou de Disfunção: ● recuperar ADM ● prevenir as complicações das disfunções simpática, motora, sensitiva Ganho de ADM: Começa após retirada da tala de proteção ● Exercícios ativos ● Gradativo ● Evitar estiramento articular excessivo Uso de exercícios passivos e ativo-assistidos são introduzidos quando não há progresso no ganho de ADM ativa Evitar as complicações da disfunção simpática: disfunção simpática resulta em ausência de transpiração, causando uma pele seca e inelástica, suscetível a lesões ● hidratação da pele: água morna, massagem com óleo ● prevenir lesões na pele: inspecionar áreas de pressão e sinais inflamatórios ● trata lesões na pele: facilitar a cicatrização imobilizando, prevenir lesões repetidas no mesmo local Evitar as complicações da disfunção motora: prevenir estiramento dos músculos paralisados ou fracos ● evitar contraturas com exercícios passivos de ADM e órteses Órteses: após retirada da tala protetora usa órtese funcional Os propósitos e princípios da utiliza- ção de órteses em lesão de nervos periféricos são: • evitar o estiramento constante dos músculos paralisados provocado pela ação dos antagonistas • prevenir deformidades articulares • prevenir o desenvolvimento de padrões de substituição de função • maximizar a função do membro Objetivo das órteses: ● evitar o alongamento dos músculos paralisados e contratura dos músculos antagonistas ● prevenir contratura articular ● prevenir o desenvolvimento de padrões de movimento de substituição ● permitir uso funcional da mão Órteses + indicadas: ● Órtese para lesão do nervo radial: Órtese de tenodese, ajuda no ‘punho caído’, órtese que possibilita uso funcional e restaura a função de tenodese(perdida no punho caído), exte dos dedos com flex do punho e ext do punho com flexão dos dedos (tenodese), polegar não incluído. Vantagens da órtese de tenodese: ➔ Mantém arcos normais ➔ permite mov do punho e dedos ➔ nao possui superfície palmar, facilita uso da mão ➔facilita fortalecimento dos músculos extensores ● Órtese para lesão do nervo mediano: órteses de abdução do polegar. Objetivos da órtese: ➔ prevenir estiramento dos músculos abdutor curto e oponente do polegar ➔ manter comprimento dos tecidos moles ➔ posicionar funcionalmente o polegar em abduçao e oponencia ● Órtese para lesão do nervo ulnar: na lesão ulnar perde a força do adutor do polegar, nenhuma órtese pode substituir a força do adutor, o objetivo da órtese é prevenir estiramento dos músculos intrínsecos ● Órtese para lesão mista de ulnar e mediano: causa deformidade nos 4 dedos longos e adução do polegar, órtese para bloquear hiperext de todos os dedos e posicionar o polegar de maneira funcional em abdução Evitar complicações da disfunção sensitiva: 1. ausência de sensibilidade protetora: risco de lesão em objetos quentes, frios, uso de força excessiva para manipular objetos, pressão prolongada e repetitiva nas atividades de pinça e preensão, pela seca e inelástica Guia de Instruções de Brand para o caso de acontecer a ausência de sensibilidade: ● Evitar exposição as áreas insensíveis ao calor, frio ● diminuir força ao segurar objetos ● evitar cabos pequenos e desconfortáveis ● evitar atividades que precisem de uso prolongado de uma ferramenta ● troca de ferramenta durante execução da atividade ● observar sinais de estresse na pele ● presença de ferida, requer tratamento com imobilização ● manter pele macia e maleável 2. hipersensibilidade: uso de técnicas de dessensibilização com estímulos táteis graduados. Uso de massagem manual na cicatriz e coban Fase final ou de recuperação da função: começa a fase quando tem sinais de reinervação, retorno da função sensitiva e motora-> necessário de treino motor e reeducação sensitiva Recondicionamento muscular(treino motor): princípios para o treino motor ● evitar fadiga ● iniciar programa com contração isométrica evoluir para isotônica ● gradual ● trabalhar grupos musculares através de atividades selecionadas Atividades funcionais: atividade precisa ter um significado para o paciente ● indica atividades que permitam repetição de movimentos, estímulos sensoriais, de resistência e força Atividades para lesão no nervo mediano: trabalhar a musculatura tenar, feito em atividades de segurar objetos de tamanhos diferentes, atv de desparafusar, macramê, desenho e carimbo Atividades para lesão no nervo ulnar: atvs para preensão palmar, extensão das IFs e pinça, trabalhos em madeira, cerâmica, tear horizontal Atividades para lesão nervo radial: atvs para estimular e estabilizar punho durante a preensão, atvs de exte simultânea do punho e dos dedos, trabalhos em madeira, argila, tear, carregar pesos Reeducação sensorial: conjunto de técnicas que auxiliam o paciente com dificuldade de percepção sensorial a reinterpretar o padrão Alterado refinamento dos receptores corticais, melhorando a acuidade tátil Pode apresentar Hiperestesia e intolerancia a baixas temperaturas treino de padrões sensitivos (organizando e integrando sistemas sensoriais central e periférico) 1. fase inicial: inicia quando percebe estímulos vibratórios e do toque. Reeducar a localização do estímulo e a percepção para o toque constante ➔ Fazem toques constantes com a ponteira, o paciente observa o que está acontecendo depois fecha os olhos e tenta identificar onde foi o estímulo, se responder errado, o terapeuta realiza o estímulo com o paciente de olhos abertos, ele observa e tenta associar estímulo tátil a imagem visual, por fim o estímulo é repetido novamente com os olhos fechados, se o paciente identificar certo, acontece a reeducação 2. fase tardia: inicia quando o toque é percebido na ponta do dedo e sua localização é adequada. Objetivo reconhecimento tátil ➔ Objetos de uso diário que variam em tamanho e textura são usados, acontece o mesmo processo de associação visão-tato, desafio é aumentado usando objetos mais sutis ou menores, usa +/- 10 apresentações ➔ Fase final: procurar objeto numa vasilha cheia de arroz, identificar objetos por jogo de pareamento, identificar texturas diferentes de materiais presos em cabos de madeira (espuma,feltro,lixa,corda) *Pode controlar o tempo cronometrando o reconhecimento, feito em uma sala silenciosa e calma para facilitar a concentração *Crianças, utilizar máscaras para ocluir os olhos *Uso de luvas para selecionar a área a ser estimulada *Uso frequente da mão nas AVDs ajuda Avaliando a sensibilidade: Avalia para ver se a reeducação ta dando certo ● discriminador de 2 pontos (a pessoa com baixo escore nesse teste tem dificuldades em manter a preensão de um objeto) ● monofilamentos ● pick up de Moberg Treino na tarefa de identificação ou localização do estímulo: 1. tarefa feita com olhos fechados 2. paciente abre os olhos e verifica se a tarefa foi feita 3. se foi bem sucedido, paciente fecha os olhos e executa outra tarefa 4. se não foi bem sucedido, paciente repete a mesma tarefa com olhos abertos, para integrar visão com experiência tátil e possa memorizar 5. depois paciente fecha os olhos de novo e executa a mesma tarefa para reforçar o que acabou de aprender Retorna ao trabalho: objetivo central do adulto ● Avaliação funcional periódica e treino de tarefas simulando o trabalho Reab na fase crônica da lesão nervosa: uma forma de melhorar a função da mão ou preparar para uma cirurgia ● feito avaliação das capacidades e limitações funcionais ● métodos de compensação e adaptações ● independência nas AVDs ● órteses funcionais, se necessário, usado por um longo período Teste de sensibilidade: A utilização dos testes de sensibilidade pode nos fornecer dados mais objetivos de evolução sobre as sensações subjetivas descritas pelo paciente. Contudo, para sua aplicação, é necessário considerar algumas variáveis que podem alterar a respostas dos testes, causando uma interpretação errônea: • Ambiente adequado: deve ser silencioso, livre de distrações; • O paciente deve estar relaxado e com capacidade de concentração; • Deve conhecer os instrumentos utilizados nos testes; • Posicionamento adequado do membro a ser avaliado; • O mesmo examinador deve realizar os diferentes testes com o mesmo paciente Os testes de sensibilidade podem ser divididos em: 1. Determinação do limiar de sensibilidade: • Tato / Monofilamentos de Semmes- Weinstein (teste de Von Frey): consta de um conjunto de monofilamentos de nylon, com diâmetros diferentes, capazes de promover uma pressão de força de 0,05 a 300 gm, quando tocados, perpendicularmente, na pele, até se curvarem. O paciente deve referir se sentiu ou não o toque, sem o auxílio da visão • Teste vibratório (diapasão): o teste consiste na aproximação de um diapasão de 30 cps (ciclos por segundo), para corpúsculos de Meissner (tato), e o de 256 cps, para os corpúsculos de Pacini, em vibração, com o paciente de olhos fechados. • Temperatura – calor / frio: determi- nada com o auxílio e dois tubos de ensaio no interior dos quais se coloca água fria e água morna (aproximadamente entre 4o C e 40o C), sendo o paciente capaz de identificar, de olhos fechados, os estímulos térmicos de calor e frio. Nas lesões nervosas a sensação de frio geralmente retorna antes da do calor. • Dor: sem o auxílio da visão, com um pequeno alfinete de costura, realizamos um leve toque na superfície a ser examinada. A dor é uma das primeiras sensações recuperadas com a regeneração nervosa 2. Testes funcionais: • Teste de Dellon (modificação do “pickup test” de Moberg): o paciente deve retirar, de uma caixa, 10 pequenos objetos metálicos conhecidos (clipe de papel, parafuso, porca, chave, etc.), num dado tempo, nomeando-os, com e sem o auxílio da visão. É considerado normal se o tempo utilizado, sem o auxílio da visão, é inferior ao dobro do tempo utilizado com este auxílio. Este teste avalia a estereognosia e destreza manual • Discriminação entre 2 pontos Es- tática e Móvel: a discriminação de 2 pontos estática de Weber- Moberg, consiste no estímulo da polpa digital com duas pontasseparadas a uma distância conhecida, alternando, aleatoriamente, ora uma ponta, ora as duas pontas. O paciente deverá referir, com os olhos fechados, se sentiu apenas uma ou duas pontas. Na polpa digital, a sensibilidade é considerada normal se a distância entre os dois pontos encontra-se até cerca de 5mm, entre 5 a 10mm a sensibilidade tátil está diminuída e, acima de 10mm, existirá apenas sensibilidade protetora. A discriminação móvel entre dois pontos, descrito por Dellon, consiste na realização do mesmo teste descrito porém com o uso de um estímulo móvel, roçado de proximal para distal, com uma distância de aproximadamente 10mm. É considerado normal até 3mm e alterada se a distância for maior que 3mm entre os dois pontos. 3. Testes objetivos que não necessi- tam da informação do paciente: • Velocidade de condução nervosa – estudos elétricos: eletroneuromiografia • Teste da ninhydrina: realizado com a palma da mão limpa e colocada sob a luz, por 15-20 minutos, para facilitar a sudorese. Em um papel poroso com ninhydrina, são comprimidas as impressões digitais, produzindo uma cor arroxeada na região da sudorese, após 12 horas de secagem. Onde não houver inervação não há coloração. Este teste é pouco utilizado atual- mente. • Teste de Enrugamento: este teste é muito utilizado em crianças pela sua facilidade, é observado o enrugamento da pele após imersão na água por 15-20 minutos. Onde não ocorre o enrugamento da pele, não há inervação. Este teste é pouco utilizado atualmente. Uso de TA na recuperação de lesões nos nervos: Reabilitação Virtual: é o uso da realidade virtual (RV) e ambientes virtuais (AV), simulando ambientes do mundo real através de dispositivos eletrônicos, e vivenciados através de uma “interface homem-máquina” Videogames(7° geração): movimentos do paciente são captados por uma barra de sensor ou câmera, movimentos esses que simulam AVDs. Os movimentos são feitos por meio dos jogos Benefícios do Videogame: ● fortalece a musculatura ● facilita a recuperação dos movimentos ● estimula a atividade cerebral ● aumenta a capacidade de concentração e equilíbrio ● promove o engajamento e a motivação do cliente ao mesmo tempo em que favorecem o desenvolvimento de habilidades contra indicado: em pacientes epiléticos ou usuários de marca-passos Terapia com videogame: ● Antes de começar: fazer alongamentos e aquecimentos dos membros superiores e posicionamento do paciente ● selecionava algumas opções de jogos, no momento da terapia o paciente escolhia uma das opções ● 30min de jogo, se o paciente precisar parar de jogar ele poderia ● Ao terminar a atividade, o paciente tinha 10 minutos de relaxamento e alongamentos sem dor ● avaliar com goniômetro a ADM durante os jogos, por exemplo, jogo de basquete, se o movimento ia aumentando conforme as partidas
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