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Prévia do material em texto

I A T F 
 
DO ZERO AO RESULTADO 
 
 
1 
 
http://www.sheepembryo.com.br/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação 
 comercial sem a autorização prévia e expressa do autor (artigo 29). 
http://www.sheepembryo.com.br/
 
2 
 
http://www.sheepembryo.com.br/ 
 
 
TERMO DE RESPONSABILIDADE 
 
Todas as estratégias e informações que você vai ler neste e-book são baseadas em pesquisas científicas 
dos pesquisadores mais consagrados e renomados do Brasil e do mundo e testes a campo e fruto de minhas 
experiências profissionais na área, desde quando comecei a estudar e trabalhar com manejo reprodutivo de 
bovinos e em projetos de inseminação artificial em tempo fixo. Nosso esforço é para garantir a precisão e a mais 
alta qualidade dessas informações, de forma que todas as técnicas e métodos aqui ensinados são altamente 
efetivos para qualquer pessoa que esteja disposta a aprender. Estes métodos e informações foram testados ou 
comprovados cientificamente e aplicados em diversas fazendas de forma prática. 
 As estratégias e informações aqui presentes são para TODOS, mas não são para QUALQUER UM. Você 
precisa estar disposto. Além disso, sua situação particular pode não se adequar perfeitamente aos métodos e 
técnicas ensinados neste guia. Assim, você deverá utilizá-lo ajustando as informações de acordo com sua 
necessidade específica e. Por essa razão, os resultados podem variar conforme as condições de cada técnico, 
manejo e fazenda. 
Caso você acredite que alguma parte deste guia seja, de alguma forma, desrespeitosa ou indevida, e deva 
ser removida ou alterada, você pode entrar em contato diretamente comigo através do e-mail 
cursos@sheepembryo.com.br 
 
http://www.sheepembryo.com.br/
mailto:cursos@sheepembryo.com.br
 
3 
 
http://www.sheepembryo.com.br/ 
 
 
SOBRE O AUTOR 
 
A história por trás da paixão de ensinar 
 
Meu nome é Gustavo M. G. dos Santos, nasci em Londrina - PR em 1983. 
Meus avós eram de Minas Gerais e vieram para o norte do Paraná trabalhar para 
um grupo inglês que ganhou os direitos de colonizar essa região de terras férteis 
e produtivas. Desde que nasci, meus pais me levavam para a fazenda Santa 
Maria – Assaí - PR (foto, 1987), que atualmente é o nosso Centro de 
Biotecnologias da Reprodução Animal – sede da SHEEP EMBRYO Reprodução 
Animal. Neste lugar fui criado e aprendi a conviver com o pessoal da fazenda, os 
animais e o ambiente rural. Aprendi muito... foi quando surgiu o sonho de fazer 
veterinária (eu tinha menos de 10 anos de idade). Entrar na Universidade 
Estadual de Londrina no curso de veterinária não foi fácil, foram 2 anos de cursinho. Logo que entrei na faculdade, 
já tinha claro na cabeça que queria trabalhar e me especializar em reprodução animal. É obvio que não consegui 
estágio no Laboratório de Reprodução Animal com o Dr. Marcelo M. Seneda, que futuramente seria meu 
orientador de TCC, mestrado, doutorado e, acima de tudo, um grande amigo e parceiro em diversos projetos. No 
primeiro ano de faculdade, tive a oportunidade de conhecer aquela que seria minha amiga, namorada, esposa e 
http://www.sheepembryo.com.br/
 
4 
 
http://www.sheepembryo.com.br/ 
mãe dos meus filhos. Ela também seguiu o caminho da pesquisa e ingressou no mestrado, doutorado e, ainda, 
pós-doutorado em Reprodução Animal. Hoje, a Dra. Katia Cristina Silva-Santos é coordenadora de projetos e 
pesquisa na SHEEP EMBRYO. 
Muitos me perguntam como foi a experiência de ter feito mestrado e doutorado; digo que foi um divisor de 
águas em minha vida, pois me fez enxergar a importância de ter uma boa base teórica, conhecer mais a fundo os 
processos, as metodologias científicas e, principalmente, conseguir conviver com os principais pesquisadores e 
veterinários do Brasil e do mundo, como: Dr. Marcelo M. Seneda, Dr. Pietro S. Baruselli, Dr. Roberto Sartori, Dr. 
Gabriel Bó, Dr. Manoel Sá Filho, Dr. Gabriel Crepaldi, Dr. Márcio O. Marques, entre muitos outros. Conhecer mais 
a fundo as biotecnologias e suas aplicações e seus resultados me deixavam cada dia mais maravilhado e 
empolgado. Mas o que me deixava absolutamente intrigado era que essa informação e estes pacotes tecnológicos 
validados nas principais universidades do Brasil e do Mundo não eram de acesso para todos. E isso me vez 
iniciar um grande PROJETO e um SONHO: conseguir levar essa informação de forma clara e objetiva para o 
máximo de pessoas possíveis. Assim, surgiu a SHEEP EMBRYO Reprodução Animal. Fundada em 2008, a 
SHEEP EMBRYO Reprodução Animal surgiu para atuar com assessoria veterinária na área de reprodução de 
ovinos, mercado que apresentava crescimento expressivo na época, o que inspirou o nome da empresa. Em 
2010, além da assessoria veterinária, expandida também para o setor de bovinos, a SHEEP EMBRYO iniciou 
projetos de ensino na área de Reprodução Animal, ministrando cursos presenciais de capacitação profissional, no 
Centro de Biotecnologia da Reprodução Animal – Fazenda Santa Maria – Assaí – Paraná. A partir de 2017, atenta 
às necessidades de mercado e visando a atualização teórica de estudantes e profissionais ligados ao 
agronegócio, a SHEEP EMBRYO juntou um time de fanáticos, que amam ensinar, e utilizou toda sua 
experiência com os cursos presenciais para ministrar cursos na modalidade de ensino à distância. 
 
 
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O momento da virada 
 
 
Depois de ter recebido mais de 4000 ALUNOS NOS CURSOS PRESENCIAIS e com o retorno deles, 
confirmamos que o conteúdo apresentado e discutido nos cursos tinha o poder de GERAR TRANSFORMAÇÃO 
nos resultados de suas próprias fazendas e de seus clientes, e também em suas vidas. Mas sabíamos que muitas 
pessoas que tinham o sonho de vir até aqui, muitas vezes não conseguiam devido ao fato de ser longe, o que 
encarecia o deslocamento. Então, surgiu a IDEIA: por que não levar essa informação de altíssima qualidade e 
fácil aplicação para o maior número de pessoas e com a facilidade de elas não precisarem sair de suas casas? 
Se estamos na era digital, temos que aproveitar essas facilidades. Estudamos muito o modelo, fizemos diversas 
validações com nossos alunos, para ter certeza que teríamos um produto de altíssima qualidade como tínhamos 
no presencial. Lógico que no início sofremos muitas críticas, pois o desconhecido assusta muitas pessoas. Mas, 
graças a Deus, com muita dedicação, uma equipe altamente comprometida e vários testes conseguimos realizar a 
validação e colhemos o depoimento de clientes/alunos que fizeram os cursos à distância e conseguiram ótimos 
resultados de forma prática e objetiva. Isso nos deu total segurança que estávamos no caminho certo e agora 
sim essa informação não ficaria restrita a um pequeno público, mas chegaria ao máximo número de pessoas 
possíveis, podendo assim contribuir de alguma forma para o crescimento da Pecuária Nacional. 
 
 
 
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Se você já é Médico Veterinário ou especialista em Reprodução Animal, tenho certeza que as informações 
reunidas neste e-book podem ajudar você a alcançar resultados cada vez melhores. Agora se você é um 
pecuarista, produtor rural ou está ligado de alguma forma à pecuária, pode ter certeza que várias informações e 
técnicas vão fazer você enxergar a sua fazenda ou seu negócio de uma forma diferente, ajudando a identificar os 
principais problemas relacionados à baixa eficiência reprodutiva observada na grande maioria das fazendas do 
Brasil. Também verá que já existem pacotes tecnológicos validados e possíveis de serem aplicados para 
minimizar ou resolver estes problemas e, o melhor de tudo, você poderá ganhar dinheiro utilizando estes 
pacotes tecnológicos. Que fique claro, todo esse processo deveser sempre orientado por um especialista da 
área, para que as técnicas sejam aplicadas de forma clara e precisa e os resultados potencializados. 
 
 
 
 
 
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COMO USAR ESTE E-BOOK 
 
O seu aprendizado e desenvolvimento é diretamente proporcional ao foco e à imersão no que você quer 
aprender. Isso não vale só para esse conteúdo, mas para qualquer coisa que você decida aprender. Logo, uma 
das coisas que você vai precisar fazer é criar o seu “próprio mundo”, em que, em boa parte do tempo, você, 
praticamente, vai respirar as informações necessárias para você conseguir de uma forma mais rápida e objetiva 
reconhecer os problemas da baixa eficiência reprodutiva, depois reconhecer as ferramentas e sua aplicabilidade 
para resolver estes problemas e, por fim, colher os melhores resultados possíveis. Este e-book vai ser o seu guia 
central, mas ler uma boa parte dele e passar o resto do seu dia assistindo jornal na tv não vai ajudar muito. Você 
vai precisar ter mais controle sobre os inputs que vai te dar, principalmente quando você terminar este e-book e 
começar a aplicar as estratégias no seu negócio. Por isso, eu gostaria de compartilhar com você algumas dicas 
para facilitar o seu processo de imersão e aprendizado: 
1. Um passo além 
Reserve um tempo para buscar conhecimento! Assista aos vídeos complementares que preparei para você 
expandir seus conhecimentos. Neles, eu conto a minha história e o que me trouxe até aqui, comento trechos do 
livro, mostro experimentos científicos validados, cases de sucesso e insucesso em propriedades reais, dou 
exemplos e muito mais! 
 
2. Faça resumos 
Procure ler com calma e resumir os principais conteúdos em um caderno. Faça isso de tal maneira que você 
consiga explicar o conteúdo aprendido para outra pessoa. 
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3. Assine meu canal no YouTube 
https://www.youtube.com/SheepEmbryoReproduçãoAnimal 
Lá, você encontra vários vídeos, depoimentos, dicas ligadas à gestão e ao gerenciamento, às boas práticas, 
biotecnologias da reprodução e muito mais. 
4. Curta minha página no Facebook 
https://www.facebook.com/sheepembryoreproducao/ 
Conteúdo de qualidade direto na sua timeline. 
5. Siga meu perfil no Instagram 
https://www.instagram.com/Sheep.Embryo/ 
Conteúdo exclusivo diário no stories, feed e IGTV. 
6. Crie grupo de estudos Indique este e-book para outras pessoas e forme um grupo de estudos. 
Discutir os aprendizados do livro com amigos, colegas e pessoas próximas ajuda você a ir além. Lembre-se: se 
você quer ir rápido, vá sozinho, se quer ir longe, vá acompanhado. 
 
 
 
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https://www.youtube.com/SheepEmbryoReproduçãoAnimal
https://www.facebook.com/sheepembryoreproducao/
https://www.instagram.com/Sheep.Embryo/
 
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INTRODUÇÃO 
 
 
Eu acredito que este e-book será útil para muita gente. Por um lado, ele serve para quem já trabalha com 
Projetos de IATF e busca melhorar seus resultados e conquistar mais clientes e já tem familiaridade com a 
técnica. Por outro, ele serve para quem ainda não utiliza a IATF tem muito interesse em conhecer melhor a 
técnica para aplicar em sua propriedade. Além disso, as estratégias que apresento aqui servem para uma 
infinidade de situações, desde pequeno, médios e grandes projetos de IATF. Por isso, tenho diversos 
depoimentos de alunos que aplicaram as técnicas e conceitos em diferentes realidades e conseguiram colher 
ótimos frutos. Vou ficar muito feliz se você terminar este e-book conseguindo enxergar as múltiplas 
oportunidades de aplicação dessa técnica e a melhora visível na Eficiência Reprodutiva das Fazendas. 
 
Eu, verdadeiramente, acredito que o que tem dentro deste e-book pode ajudar a TRANSFORMAR a sua 
maneira de reconhecer os problemas que causam uma baixa eficiência reprodutiva no Brasil, que a IATF é uma 
das ferramentas que pode ajudar a solucionar este problema e, o melhor de tudo, ela pode gerar um maravilhoso 
retorno financeiro. Isso porque o conhecimento que eu divido aqui com você já foi testado, validado por 
pesquisadores renomados e veterinários de campo. Por isso, é muito importante que você consuma o conteúdo 
deste e-book na ordem em que ele está sendo apresentado a você. Acredite, eu investi pesado no planejamento 
da organização perfeita desse mundo de informações para que você consiga consumir, aprender e aplicar da 
maneira mais eficiente possível. E, o mais importante: leia, aprenda, aplique e indique para as pessoas ao seu 
redor! 
 
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Neste e-book eu vou dar o CAMINHO, a direção, mas o esforço e a dedicação de estudar, aprender e aplicar 
é com você. É como diz o ditado: “Você pode levar o cavalo até o rio, mas não pode forçá-lo a beber a água”. E, 
infelizmente, nem todo mundo está disposto a fazer sua parte, a entrar em campo, a não desistir no primeiro 
tropeço ou obstáculo. Ler este e-book e ficar sentado na cadeira, sem fazer nada, não vai fazer com que os 
resultados apareçam magicamente para você. Mas, se você estiver disposto a arregaçar as mangas, ir à luta e se 
esforçar, este e-book vai dar a você o caminho que muitos já trilharam para conseguir chegar lá. Então, agora que 
todas as cartas estão na mesa, como é possível ter resultados extraordinários? 
A seguir, estão todas as informações que você precisa para: 
1- Reconhecer o PROBLEMA que causa uma baixa eficiência reprodutiva; 
2- Conhecer os pacotes tecnológicos que podem RESOLVER este problema; 
3- E o principal: conseguir maior LUCRATIVIDADE aplicando essas técnicas. 
 
 
 
 
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POR QUE FAZER UM 
PROGRAMA DE IATF? 
 
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CARACTERÍSTICAS DO REBANHO BOVINO 
A população de bovinos mundial apresenta-se em maior concentração na Índia, em algumas regiões 
centrais da África, em alguns países da Europa, nos Estados Unidos da América (EUA) e na América do Sul, com 
destaque para o Brasil (FAO; Figura 1). Existem ao redor 1,2 milhões de cabeças de gado no mundo, sendo o 
Brasil o país que 
apresenta o maior 
rebanho comercial, 
composto por 
aproximadamente 219 
milhões de cabeças 
(USDA; Figura 2). 
 
 
 
 
Figura 1. Distribuição da 
população de bovinos 
pelo mundo (número/ 
km2; Fonte: FAO). 
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Figura 2. Principais rebanhos bovinos mundiais (Fonte: USDA, 2017). 
*Índia: bovinos e bubalinos. 
* 
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SISTEMA DE CRIAÇÃO DE BOVINOS NO BRASIL 
O sistema de criação predominante no Brasil é extensivo, com característica extrativista, ou seja, 
pouca tecnologia é investida para melhorar a eficiência produtiva e reprodutiva do rebanho (Figura 3). 
Figura 3. Porcentagem e características dos sistemas de criação de bovinos no Brasil (Fonte: Anualpec, 2016). 
* Inclui engorda em pastagem de inverno (azevém, aveia e milheto). 
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Assim, o acompanhamento dos índices da propriedade é fundamental para saber se ela está sendo 
produtiva ou não. Um bom índice para esta avaliação é a taxa de desfrute, que corresponde ao número de 
animais abatidos do total de animais da propriedade. A taxa de desfrute do Brasil é muito menor do que de outros 
países, conforme ilustrado (Figura 4). Assim, apesar do maior número de animais, o Brasil apresenta baixa 
eficiência, já 
que poucos 
animais são 
abatidos ao 
longo doano (ao 
redor de 
19% do 
rebanho). 
 
 
 
Figura 4. Taxa de desfrute de bovinos em quatro países: Brasil, Argentina, EUA e Austrália (Fonte: Scot 
Consultoria, 2017). 
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RENTABILIDADE DA PECUÁRIA BRASILEIRA 
Muitos pecuaristas reclamam que o retorno econômico da pecuária vem diminuindo com o passar 
dos anos. Mas será que isto é verdade? No gráfico, podemos verificar que, no início da década de 70, a 
rentabilidade da pecuária era 
de aproximadamente 40% 
(Figura 5). Nos períodos mais 
atuais, a mesma caiu para 
10%, provavelmente, porque o 
custo para produzir mais carne 
aumentou. Assim, o produtor 
deve investir mais em 
tecnologia para melhorar a 
eficiência de produção. 
 
 
 
Figura 5. Evolução das 
margens líquidas por 
arroba negociada na 
pecuária (Fonte: 
adaptado de 
Agroconsult, IEA, 
CEPEA). 
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CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA DE CRIA 
Este investimento em tecnologia pode intrigar o produtor. Vale a pena investir em tecnologia para 
aumentar a produtividade e ser mais eficiente? Podemos ver no gráfico (Figura 6) os vários sistemas de produção 
(cria, recria e engorda), num sistema de produção simples, conforme a realidade predominante brasileira - com 
característica extensiva - ou com investimento de tecnologia (“top”). Pode-se notar que a eficiência dos sistemas 
simples (sem tecnologia) é menor, com baixa produção de arroba por hectare por ano. Entretanto, o uso de 
tecnologia nestes mesmos sistemas melhorou a eficiência de produção. No sistema de cria, por exemplo, a 
produção de arroba por hectare por ano passou de 0,9 a 2,8 @/ha/ano no sistema top (com tecnologia). Assim, é 
necessário e vale a pena 
investir em tecnologia na 
propriedade para melhorar a 
eficiência produtiva e 
reprodutiva. 
 
 
Figura 6. Características 
do sistema de cria (Fonte: 
adaptado de Vasconcelos, 
2017). 
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Quanto mais arrobas produzidas, maior será o lucro da propriedade (Figura 7). Novamente, ressalta-
se que vale a pena investir em tecnologia para melhorar a produtividade do rebanho. 
 
Figura 7. Lucro operacional no Brasil por faixa de produtividade (em R$/ ha/ ano) nos anos de 2015 e 
2016 (Fonte: Agroconsult). 
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CENÁRIO DA IATF NO BRASIL 
 
No início dos anos 2000, eram comercializadas ao redor de 7 milhões de doses de sêmen. 
Atualmente, segundo dados da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA), são comercializadas 15 
milhões de doses de sêmen. O uso da inseminação artificial (IA) convencional vem diminuindo com o passar dos 
anos, pois a IATF apresenta-se em crescimento (Figura 8). Assim, 85-90% das inseminações realizadas no Brasil 
utilizam a IATF, que ocupa o lugar da IA convencional, em que é necessária a observação de cio. Esta 
substituição se deve às características do rebanho bovino brasileiro, que é composto predominantemente por 
animais Bos indicus, que apresentam cios curtos e noturnos, o que dificulta sua detecção (Galina et al., 1996; 
Pinheiro et al., 1998). As pesquisas apontam que nos próximos 5 a 7 anos, o Brasil atinja entre 20-25 milhões de 
inseminações, o que ainda esta muito aquém do ideal devido ao tamanho do rebanho brasileiro, mas que já traria 
muitos benefícios, com a melhora da eficiência produtiva e reprodutiva das matrizes. 
 
 
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Figura 8. Mercado da inseminação artificial (IA) no Brasil entre 2002-2018 (Fonte: Baruselli, 2018). Estimativa 
levando em consideração a venda de produtos para sincronização. 
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COMPORTAMENTO REPRODUTIVO DE FÊMEAS BOVINAS 
 
Após o parto, a fêmea necessita de 30 dias para a involução uterina, processo fisiológico que 
permite que o útero sofra involução, retornando ao seu tamanho normal, bem como suas atividades fisiológicas, e 
esteja preparado para nova gestação. A partir disto, a fêmea pode ser colocada em reprodução novamente para 
nova concepção por monta natural com touro (MN) ou inseminação. A duração da gestação em fêmeas Bos 
indicus é de 290 dias e, nas Bos taurus, 280 dias. Assim, para se produzir um bezerro por vaca por ano (intervalo 
entre partos – IEP – de 12 meses), seria necessário um período de serviço (PS) de 75 dias para vacas Bos indicus 
e 85 dias para Bos taurus, ou seja, o intervalo entre o parto e a concepção/ tempo que a fêmea demora para se 
tonrar gestante novamente após o parto deve ser 75 dias nas condições do Brasil, com rebanho 
predominantemente Bos indicus (zebu; Baruselli et al., 2016). 
 
 
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Mas será que esta é a realidade das propriedades brasileiras com predominância de criações 
extensivas? Este esquema ilustra a situação ideal para alcançar a meta de produzir um bezerro por vaca por ano, 
ou seja, IEP de 12 meses (Figura 9). 
Figura 9. Esquema ilustrando o período de serviço e intervalo entre partos ideais para obtenção de um bezerro 
por vaca por ano, considerando animais Bos indicus. 
POR QUE FAZER UM 
PROGRAMA DE IATF? 
 
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Conforme aumenta o tempo de serviço, ou seja, quanto mais tempo a fêmea demora para se tornar 
gestante novamente, há um aumento do IEP, o que resulta em menor quantidade de bezerros nascidos. Assim, 
quanto maior o tempo para nova concepção, menos bezerros serão produzidos em um determinado período de 
tempo (Tabela 1). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 1. Efeito dos períodos de serviço e gestação sobre o intervalo entre partos e a taxa de nascimento. 
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A situação ideal seria de PS de 75 dias, com IEP de 12 meses e 100% de nascimentos, mas a 
realidade no Brasil é, em média, 225 dias (7 meses) de PS, com IEP de 17 meses e taxa de nascimento ao redor 
de 70%. Estes índices têm grande impacto no sistema de produção. Considerando-se uma propriedade com 100 
vacas e com PS de 7 meses, o IEP será de 17-18 meses e serão produzidos entre 60-70 bezerros. Considerando 
a mortalidade ao nascimento, a quantidade final será de 60 bezerros. Esta é a realidade brasileira, ou seja, 
existem muitas vacas improdutivas no rebanho. Para esta realidade, 30-40 vacas ficam vazias todo ano, gerando 
um custo entre R$ 150.000,00 a R$ 20.000,00, já que cada animal tem um custo de produção de 
aproximadamente R$ 500,00 por ano. Assim, estes animais só geram custo e não geram receita, além de 
prejudicarem a eficiência produtiva e competitiva da propriedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INFLUÊNCIA DO IEP NA EFICIÊNCIA ECONÔMICA DE UMA 
PROPRIEDADE DE CRIA 
 
Para verificar a influência do IEP na eficiência econômica de uma propriedade de cria, foram 
avaliadas 1000 vacas com taxa de nascimento de 85%. Conforme houve aumento do IEP, houve diminuição do 
número de bezerros produzidos ao longo do ano. O aumento do IEP de 12 (situação ideal) para 17 meses 
(realidade nacional brasileira) levou a uma diminuição na produção de bezerros (de 850 para 600 bezerros), ou 
seja, 250 bezerros a menos para as mesmas 1000 vacas, o que levou a uma redução da renda total por ano de 
R$ 1.135,991,00 para R$ 801.876,00, diferença de R$ 334.115,00 (Tabela 2). Assim, para 1000 vacas, a 
passagem da situação ideal para a situação observada para a média nacional, houve um grande impacto 
financeiro, o que demonstra a necessidade de investir em tecnologiapara melhorar a produtividade e, 
consequentemente, o retorno econômico da propriedade. 
 
 
 
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Tabela 2. Perda de renda (R$) da fazenda em decorrência do aumento do intervalo de parto (Academia do 
Confinamento, IEAPEC; adaptado de Branco et al., 2016). 
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COMO MELHORAR A EFICIÊNCIA REPRODUTIVA DO REBANHO 
BRASILEIRO? 
 
 
 
Atualmente, a realidade das fêmeas bovinas do rebanho brasileiro é 225 dias para apresentar nova 
concepção após o parto (PS de 225 dias e IEP de 17 meses), quando o ideal seria conceber novamente em 75 
dias pós-parto para conseguir produzir um bezerro todo ano (PS de 75 dias e IEP de 12 meses). Assim, seria 
necessário reduzir o PS em 225 dias, para reduzir o IEP em 5 meses e chegar próximo da situação ideal de 12 
meses de IEP. 
 
 
 
 
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Adaptado de Baruselli, 2010. 
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Fisiologicamente, a vaca demora para entrar em reprodução novamente após o parto devido ao 
anestro pós-parto (ausência de estro), ou seja, a fêmea apresenta crescimento folicular, entretanto, os mesmo não 
conseguem chegar à ovulação. Isto ocorre devido à fisiologia do pós-parto, à má nutrição da vaca e à presença do 
bezerro (amamentação). Estes fatores causam a depleção do hormônio luteinizante (LH), que é responsável pelo 
crescimento final do folículo. Assim, o estoque deste hormônio não é suficiente e só é restabelecido ao redor de 
150-160 dias pós-parto, quando a fêmea voltará a apresentar estro/ ovulação (Figura 10). 
Podem-se utilizar fármacos que antecipem a primeira ovulação pós-parto, protocolos baseados na 
associação de estrógeno e progesterona. Assim, os protocolos de IATF conseguem sincronizar a primeira 
ovulação após o parto em intervalos mais curtos (40-50 dias pós-parto). Assim, a fêmea poderá ser acasalada ou 
inseminada em tempo fixo. Estes protocolos de IATF restabelecem a pulsatilidade do LH. A fêmea pode se tornar 
gestante após esta primeira ovulação pós-parto, mas, caso a gestação não aconteça, outro benefício da IATF é 
induzir o retorno à ciclidade da fêmea, que passará a apresentar ciclos reprodutivos (estrais) regularizados, com 
apresentação de estro a cada 21 dias (Figura 10). 
 
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 Figura 10. Esquemas ilustrando o ciclo de uma vaca de corte em anestro (acima) e após o uso de 
fármacos para sincronização da onda de crescimento folicular e ovulação (abaixo; Baruselli 2010). 
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Mas será que é possível produzir um bezerro de 
qualidade por vaca por ano??? 
Será que a IATF é mais eficiente que o touro, que 
ainda é utilizado em aproximadamente 90% das 
matrizes no Brasil? 
Vamos verificar o que vem a seguir... 
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1 2 
3 4 
EFICIÊNCIA REPRODUTIVA DE VACAS DE CORTE 
INSEMINADAS EM TEMPO FIXO 
 
Para avaliar o efeito da IATF no desempenho reprodutivo de fêmeas bovinas, foi realizada a 
comparação entre diferentes manejos reprodutivos (Penteado et al., 2005). Vacas Nelore lactantes (n = 594), com 
55 a 75 dias de pós-parto (média: 45 dias), foram subdivididas em 4 grupos: 1) somente touro durante toda a EM 
(Grupo controle/Touro, n = 149); 2) IA 12 horas após a detecção do cio por 45 dias, seguida de touro até o final da 
EM (Grupo IA convencional, n = 
150); 3) IATF no início da EM, 
seguida de touro até o final da EM 
(Grupo IATF + touro, n = 150); 4) 
IATF no início da EM, seguida de IA 
12 horas depois da detecção do cio 
por 45 dias e seguido de touro até o 
final da EM (Grupo IATF+ IA, n = 
148). 
 
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A taxa de prenhez das vacas dos grupos IATF (63,5%) e IATF (75,3) + touro foram maiores que dos 
outros grupos aos 45 dias de estação de monta (EM; Figura 11). Assim, em apenas 45 dias de EM, já foi possível 
obter taxa de prenhez próximo à média nacional (70%), ou seja, a IATF proporcionou alta taxa de prenhez ao 
início da EM. Assim, comparado ao modelo tradicional e considerando-se um lote de 100 vacas, o emprego de 
uma IATF associada ao touro representaria 30 bezerros a mais nos primeiros 45 dias de EM. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 11. Taxa de prenhez 
nos primeiros 45 dias de 
estação de monta de vacas 
Nelore submetidas a diferentes 
manejos durante a estação de 
monta (adaptado de Sá Filho et 
al., 2013). 
 
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Extrapolando-se para uma EM de 90 dias (situação observada em grande parte das propriedades), 
observou-se que, aos 10 dias de EM, 50% das vacas do grupo IATF + touro já estavam gestantes. É possível 
observar no gráfico que a 
eficiência dos grupos em que foi 
realizada a IATF foi muito maior 
comparada aos outros grupos 
(IA convencional ou Touro), o 
que permitiu uma diferença de 8 
pontos percentuais a mais na 
taxa de prenhez ao final da EM. 
Assim, para 1.000 vacas, isto 
representaria 800 bezerros a 
mais (Figura 12). 
 
 
 
 
Figura 12. Taxa de prenhez acumulativa de vacas Nelore submetidas a diferentes 
manejos durante a estação de monta (adaptado de Sá Filho et al., 2013). 
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Estes resultados demonstram que a IATF permite 
“contornar” a situação fisiológica/ natural que fêmeas 
da raça Nelore, base do plantel nacional, apresentam. É 
imprescindível saber utilizar esta “ferramenta” da 
melhor forma possível para obter bons resultados e 
conseguir aumentar a eficiência produtiva e 
reprodutiva e a lucratividade da propriedade. 
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COMO AUMENTAR A 
EFICIÊNCIA DOS 
PROTOCOLOS DE IATF? 
 
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ALTERNATIVAS PARA MELHORAR A EFICIÊNCIA DA IATF 
 
Para tentar aumentar a eficiência dos protocolos de IATF, algumas hipóteses foram consideradas: 
 
Aumentar o tamanho do folículo ovulatório aumenta a chance de tornar a vaca 
gestante após a IATF? 
 
Vacas Nelores (n 
= 2.388) foram submetidas a 
um protocolo a base de 
estrógeno (E2) e progesterona 
(P4) no D0 e foram avaliadas 
por ultrassonografia no dia da 
inseminação artificial (D10) 
para verificar o tamanho do 
folículo ovulatório (Sá Filho et 
al., 2010; Figura 13). 
HIPÓTESE 
EXPERIMENTAL 1 
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 Figura 13. Protocolo de inseminação artificial em tempo fixo (IATF) para vacas Bos indicus lactantes (n = 
2.388) de acordo com o diâmetro do maior folículo dominante (FD). 
DIÂMETRO FD 
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Os resultados mostram que quanto maior o diâmetro do folículo ovulatório, maior a 
probabilidade da vaca se tornar gestante à IATF (Figura 14). 
 
 
Figura 14. Probabilidade de prenhez 30 dias depois da inseminação artificial em tempo fixo (IATF) em 
vacas Bos indicus lactantes (n = 2.388) de acordo com o diâmetro do maior folículo (LF) no momento da 
IATF [probabilidade de prenhez aos 30 dias = EXP (-1,3282 + 0,1256 x Diâmetro do LF à IATF/ 1 + EXP (-
1,3282 + 0,1256 x Diâmetro do LF à IATF)]. 
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Será que vacas com folículo maior apresentam maior taxa de ovulação?Para testar esta hipótese, o mesmo protocolo acima foi utilizado, e as vacas foram avaliadas 48 
horas após a IATF, para verificar a taxa de ovulação após a IATF (Figura 15). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HIPÓTESE 
EXPERIMENTAL 2 
Figura 15. Protocolo 
de inseminação 
artificial em tempo 
fixo (IATF) para 
vacas Bos indicus 
lactantes (n = 2.388) 
de acordo com o 
diâmetro do maior 
folículo dominante 
(FD). 
DIÂMETRO FD 
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Vacas com maior diâmetro folicular apresentaram maior probabilidade de ovulação (Sá Filho et al., 
2010; Figura 16). 
 
 
Figura 16. Probabilidade de ovulação depois do protocolo de sincronização do estro para inseminação 
artificial em tempo fixo (IATF) em vacas Bos indicus lactantes (n = 813) de acordo com o diâmetro do maior 
folículo (LF) no momento da IATF [probabilidade de ovulação = EXP (-1,5536 + 0,3201 x Diâmetro do LF à 
IATF/ 1 + EXP (-1,5536 + 0,3201 x Diâmetro do LF à IATF)]. 
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Além disto, das vacas que ovularam após o protocolo de IATF, quanto maior o diâmetro do folículo 
ovulado, maior a probabilidade da vaca se tornar gestante (Figura 17). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 17. Probabilidade de prenhez 30 a 42 dias depois da inseminação artificial em tempo fixo (IATF) em 
vacas Bos indicus lactantes que ovuaram (n = 690) após o protocolo de IATF de acordo com o diâmetro do 
maior folículo à IA. 
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Será que vacas que tem folículo maior apresentam mais estro? 
 
Para esta avaliação, vacas foram dividas em dois grupos, de acordo com a marcação de um 
dispositivo comercial (Estrotec®) que sinaliza se a fêmea está em estro ou não: vacas em estro ou não no 
momento da IATF (Sá Filho et al., 2010). A marcação do estro pelo Estrotec® ocorre pelo seu estado no momento 
da avaliação: intacto – 
fêmea que não está no 
cio, ou raspado – 
fêmeas em cio (Figura 
18). 
 
HIPÓTESE 
EXPERIMENTAL 3 
Figura 18. Avaliação 
da presença do estro 
em vacas de corte 
utilizando adesivo 
marcador (Estrotec®). 
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Quanto maior o tamanho do folículo, maior foi a probabilidade da vaca apresentar estro (Figura 19). 
 
 
Figura 19. Probabilidade de ocorrência de estro entre a remoção da fonte de progesterona e a inseminação 
artificial em tempo fixo (IATF) em vacas Bos indicus lactantes (n = 445) de acordo com o diâmetro do maior 
folículo (LF) no momento da IATF [probabilidade de ocorrência de estro entre a remoção da fonte de 
progesterona e a IATF = EXP (-0,6097 + 0,0924 x Diâmetro do LF à IATF/ 1 + EXP (-0,6097 + 0,0924 x 
Diâmetro do LF à IATF)]. 
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Será que vacas que apresentam mais estro apresentam maior taxa de 
ovulação e um corpo lúteo maior, que secreta maior concentração de P4? 
 
 
Sabe-se que vacas que apresentam corpo lúteo de maior diâmetro apresentam maior secreção 
de P4 e maior taxa de prenhez. Mas será que vacas que apresentam mais cio, ovulam mais e tem maior 
probabilidade de ter um folículo maior também apresentarão maior CL? 
 
 
 
HIPÓTESE 
EXPERIMENTAL 4 
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Vacas Nelore com folículo maior apresentaram mais estro e tiveram maior taxa de ovulação. Elas 
também apresentaram corpo lúteo maior e maior concentração de P4 após 7 dias da IATF (Salles et al 2011; 
Tabela 3). 
Tabela 3. Ocorrência de estro depois de um protocolo de sincronização a base de estradiol/progesterona na 
resposta folicular ovariana e na fase luteal subsequente em vacas Bos indicus lactantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Assim, vacas com folículo maior apresentam corpo lúteo maior e secretam mais P4. 
 
Será que vacas com maior demonstração de cio tem maior probabilidade de se tornar 
gestantes à IATF? 
 
Para testar esta hipótese, vacas de corte Nelore foram verificadas em cio pelo marcador comercial 
Estrotec® (Figura 20). Foi realizado protocolo padrão de IATF e colocação do Estrotec® no D8, para observação 
do resultado no D10 (Sá Filho et 
al., 2008). As vacas (n = 445) 
foram divididas em grupo em cio 
ou não, de acordo com a 
marcação do adesivo, e a taxa de 
prenhez das que apresentaram 
cio foi maior (67,7% vs 36,2%; 
Figura 20). 
 
HIPÓTESE 
EXPERIMENTAL 5 
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 Figura 20. Efeito da manifestação de estro na taxa de prenhez em vacas de corte 
lactantes (n = 445 inseminações; a ≠b = p< 0,001). 
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Os resultados dos trabalhos apresentados demonstram que é necessário encontrar soluções para 
melhorar a taxa de prenhez de vacas que não apresentam cio. Mas o que pode ser feito para contornar este 
problema? É preciso otimizar o protocolo de IATF que já é utilizado para não aumentar o trabalho, mas sim a 
eficiência da técnica. Pode-se utilizar o protocolo padrão de 3 manejos e, no dia da retirada do dispositivo, utilizar 
recursos para auxiliar na observação do cio (Estrotec® - quando raspado = cio, ou bastão marcador - tinta 
removida = cio; Figura 21). 
 
 
 
 
Figura 21. Uso 
de adesivo 
marcador 
(Estrotec®) para 
detecção de estro 
de vacas de corte 
durante protocolo 
de IATF. 
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 A eficiência do bastão marcador foi demonstrada num experimento em que as vacas foram 
submetidas a protocolo padrão de IATF e as fêmeas foram marcadas com o bastão no dia da retirada para avaliar 
o cio no dia da IATF. Foram avaliadas três categorias de vacas, com base no escore de remoção da tinta da 
cauda: Grupo 1 - sem expressão de cio, Grupo 2 - baixa expressão de cio ou Grupo 3 - alta expressão de cio. As 
vacas que apresentaram cio (Grupo 3) apresentaram folículo maior que as que não apresentaram, conforme já 
havia sido demonstrado anteriormente. Além disso, a taxa de prenhez das que apresentaram cio foi maior das que 
apresentaram pouco cio ou não apresentaram, corroborando com os dados já apresentados (Tabela 4 e Figura 
22). 
Tabela 4. Taxa de prenhez e diâmetro folicular (cm) no momento da IATF de acordo com o escore de remoção de 
tinta na cauda (ESCT). ESCT = escore de retirada da tinta da cauda. 
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Figura 22. Escores de remoção da tinta da cauda em vacas submetidas à IATF: ESCT 1 – sem remoção de 
tinta = sem expressão de cio; ESCT 2 – pouca remoção de tinta = baixa expressão de cio; ESCT 3 – muita 
ou total remoção de tinta = alta expressão de cio. ESCT = escore de retirada da tinta da cauda (Rodrigues et 
al., 2019) 
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E como aumentar a prenhez das que não apresentaram cio? 
 
Para testar isso, foi utilizado protocolo padrão para IATF, com o uso do bastão marcador no D8, e 
avaliação da presença de cio no D10. As que não apresentarem cio ou tiverem baixa apresentação de cio foram 
divididas em grupos: controle (não receberam nenhum tratamento complementar) ou GnRH – hormônio liberador 
de gonadotrofinas (receberam 0,1 mg de gonadorelina no D10; Figura 23). Observou-se que o grupo controle 
apresentou menor taxa de prenhez em relação as que receberam GnRH, o qual auxiliou que o folículo 
conseguisse ovular (Figura 24). Desta maneira, o número de manejos não precisa ser aumentado e somente é 
necessário utilizar o hormônio (GnRH) naquelas que não apresentarem cio ou apresentarempouco cio. 
 
 
 
 
 
 
Figura 23. Protocolo e delineamento experimental, onde D0 = dia zero; D10 = dia 10; BE = benzoato de estradiol; 
P4 = implante intravaginal de progesterona (1 g); ECP = cipionato de estradiol (1 mg); PGF2α = prostaglandina; 
eCG = gonadotrofina coriônica equina; bastão = marcação na cauda com bastão de tinta; IATF = inseminação 
artificial em tempo fixo; ESCT = escore de retirada da tinta da cauda; GnRH = hormônio liberador de 
goandotrofina (0,1 mg gonadorelina; Rodrigues et al., 2019) 
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Com base nestas informações, como fazer o folículo ovular com maior tamanho e obter maior taxa 
de prenhez e consequentemente maior eficiência reprodutiva? 
Figura 24. Taxa de prenhez em animais com baixa expressão (ESCT 2) ou sem 
expressão de cio (ESCT 1), conforme o tratamento (Controle vs. GnRH; P< 0,05). 
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IMPORTÂNCIA DO MANEJO NUTRICIONAL NA RESPOSTA 
AO PROTOCOLO DE IATF 
 
ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL (ECC) 
 
Vacas Nelore que, no momento da IATF, apresentaram ECC mais baixo, apresentaram folículo 
menor e menor taxa de prenhez (Sales et al., 2014; Tabela 5). Assim, ao iniciar um programa reprodutivo, é 
importante que a vaca tenha boa condição corporal. 
Tabela 5. Diâmetro do maior folículo no momento da remoção do dispositivo de progesterona (Dia 8) e taxa de 
prenhez em vacas Nelore. 
 
 
 
 
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ALTERNATIVAS PARA AUMENTAR O DIÂMETRO FOLICULAR 
 
Conforme já apresentado, vacas em anestro (sem CL) apresentam-se como um problema, pois 
demoram muito tempo para se tornar gestantes novamente (aproximadamente 225 dias pós-parto). Assim, vacas 
em anestro foram 
divididas em três 
grupos: Controle (n = 
148), FSH (10 mg de 
FSH no D8, n = 150) ou 
eCG (300UI de eCG – 
gonadotrofina coriônica 
equina – no D8, n = 
146; Figura 25). 
Figura 25. Vacas Nelore 
lactantes sem CL após 
duas ultrassonografias 
foram submetidas à 
protocolo de IATF com 
FSH (n = 150) ou eCG 
(146). 
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O diâmetro do folículo no D8 foi avaliado e não apresentou diferença entre os grupos 
(aproximadamente 11 mm). No dia 10, o grupo Controle e FSH apresentavam folículos ovulatórios de tamanho 
semelhante (aproximadamente 13 mm – crescimento de 0,95 mm/dia). Já o lote com eCG apresentou maior 
diâmetro do folículo ovulatório (13,9 mm) e maior taxa de crescimento folicular (1,4 mm/dia). Além disso, a taxa de 
ovulação (D12) foi maior no grupo eCG (88,6% vs 72% Controle e FSH; Figura 26). Assim, a partir da divergência 
do folículo, deve-se estimula-lo utilizando a eCG, que, além de FSH, apresenta LH em sua composição e auxilia 
no crescimento 
final do folículo e 
na ovulação. 
 
 
Figura 26. Diâmetro 
do folículo dominante 
(FD) de vacas de corte 
Nelore lactantes/ em 
anestro após 
tratamento com FSH 
ou eCG durante 
protocolo de IATF. 
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A taxa de prenhez dos grupos Controle e FSH foi de 43,9%, e 43,3%, respectivamente, enquanto o 
grupo eCG apresentou taxa de prenhez média de 62,3% (Figura 27). Para as vacas que ovularam, a taxa de 
prenhez foi de 61,5% para o Controle, 60,0% para o grupo FSH e 71,6% para o grupo eCG (Sales et al., 2011). 
 
F 
Figura 27. 
Prenhez por 
IA por 
tratamento 
(Controle, 
FSH ou eCG) 
de vacas de 
corte Nelore 
lactantes/ em 
anestro. 
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Assim, para melhorar o tamanho do folículo ovulatório, pode-se utilizar a eCG no dia da retirada do 
dispositivo de P4, o que auxiliará que o folículo cresça e apresente maior probabilidade de ovular. O folículo maior 
também apresenta maior 
concentração de P4, o que 
acarreta em maior taxa prenhez. 
Isto também foi 
demonstrado em vacas de 
diferentes raças e categorias, que, 
quando tratadas com eCG no 
protocolo de sincronização da 
ovulação, apresentaram maior 
concentração de P4 do que as que 
não utilizaram a eCG (Figura 28). 
Figura 28. Concentração plasmática de 
progesterona (ng/ml) durante o diestro, 
após sincronização da ovulação em 
animais tratados ou não com eCG. 
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Em resumo, vacas que apresentam maior folículo 
ovulatório apresentam maior probabilidade de ovular este 
folículo e maior taxa de apresentação de estro, o que 
acarreta em maior taxa de ovulação e maior corpo lúteo, o 
qual secreta mais P4. Assim, a probabilidade da vaca se 
tornar gestante é maior. Estas informações são 
fundamentais para utilizar alternativas associadas ao 
protocolo de sincronização da ovulação e proporcionar 
condições para que as vacas que não conseguem ovular 
ou que ovulam pouco consigam se tornar gestantes, o que 
permite aumentar a eficiência reprodutiva. 
 
 
 
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MITOS E VERDADES 
 DA IATF 
 
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ESTRATÉGIAS PARA MELHORAR OS RESULTADOS DA IATF 
 
 
 
O cuidado na condução do programa reprodutivo pode melhorar o resultado final de prenhez. O 
protocolo hormonal, a condição corporal da vaca, a qualidade do sêmen e o inseminador são características que 
podem interferir no resultado esperado. Se houver 90% de eficiência na escolha de cada um desses itens, o 
resultado esperado será de aproximadamente 65% de prenhez. Conforme a eficiência nestes parâmetros diminuir, 
há uma redução no resultado esperado (Tabela 6). Conforme demonstrado, se formos um pouco negligentes com 
relação ao ECC (escore de condição corporal) das vacas, a taxa de prenhez passa a 51%, Se houver falha tanto 
no ECC, quanto na qualidade do sêmen usado, a taxa de prenhez será de 40%, e se a falha ocorrer nestes dois 
parâmetros e o inseminador ainda não for experiente, a taxa cai para 30%. 
 
 
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Tabela 6. Resultados esperados após realização de protocolo de IATF, conforme a eficiência de quatro diferentes 
parâmetros (adaptado de Vasconcelos et al., 2017). 
Assim, deve-se ter cuidado em todas as fases do protocolo, dar condições nutricionais e sanitárias e 
ter auxílio técnico. A IATF já é uma técnica bem democratizada, porém, é importante que seja conduzida por um 
médico veterinário experiente, que conheça bem a técnica e a fisiologia animal, que possa montar um programa 
reprodutivo considerando estas e outras características que serão discutidas a seguir, para minimizar o efeito 
negativo destes fatores e potencializar os resultados da IATF. 
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MITOS E VERDADES SOBRE A IATF 
 Qual categoria é melhor? Será que a fêmea plurípara (vários partos) tende a ter maior taxa de 
prenhez que a primípara (vaca de primeiro parto)? Foram avaliadas 507 fêmeas Nelore de cada 
categoria: pluríparas (n = 257) e primíparas (n = 250;) quanto ao efeito da categoria animal na taxa 
de prenhez, durante estação de monta (EM) de 90 dias (Sá Filho et al., 2012). Com 30 dias de EM, 
50% das vacas pluríparas já estavam gestantes, enquanto as primíparas precisaram de 80 dias para 
atingir a mesma taxa. Ao final da EM, as pluríparas apresentaram aproximadamente 90% de taxa de 
prenhez e as primíparas, 60% (Figura 29). 
 
CATEGORIA 
ANIMAL 
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64 
 
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Figura 29. Curva de sobrevivência da proporção de vacas não gestantes por dia da estação de monta (EM)de 90 
dias para vacas de corte pluríparas (n = 257) e primíparas (n = 250) submetidas à monta natural (MN) ou à 
associação de IATF + MN durante a EM de 90 dias. A mediana do intervalo entre o início da em e a concepção 
para as femeas primíparas e pluríparas foi de 79 e 33 dias (risco ajustado = 1,96; intervalo de confiança a 95% de 
1,55 a 2,49), respectivamente. 
P
R
O
P
O
R
Ç
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 D
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 N
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 G
E
S
T
A
N
T
E
S
 (
%
) 
ESTAÇÃO DE MONTA (DIAS) 
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Um compilado de dados dos anos de 2007 a 2016 comparando a taxa de prenhez entre novilhas, 
vacas primíparas, multíparas/ pluríparas ou solteiras (Gerar, 2016) mostrou que, em 2016, as pluríparas e vacas 
solteiras apresentaram maior taxa prenhez em relação às primíparas e novilhas (Tabela 7). 
Existe uma tendência das vacas que já tiveram mais partos apresentarem melhor eficiência na IATF. Porém, vale 
ressaltar que, se dermos 
condições para as primíparas, ou 
seja, bom aporte nutricional, elas 
conseguem atingir taxa de 
prenhez à IATF semelhante às 
pluríparas. Assim, vale a pena ter 
uma atenção especial com elas e 
trabalhar de forma diferenciada 
para obter melhor eficiência 
reprodutiva. 
 
 
 
Tabela 7. Taxa de prenhez 
à IATF conforme a categoria 
animal (novilhas, 
primíparas, pluríparas ou 
vacas solteiras), Gerar 
2007-2016 (adaptado de 
Vasconcelos et al., 2017). 
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O ECC tem efeito direto na taxa de prenhez à IATF. Para confirmar isto, 507 vacas foram divididas 
em grupos: ECC > 3,0 (n = 244) ou ECC < 3,0 (n = 263; escala 1-5; Sá Filho et al., 2012). As vacas 
com ECC < 3,0 demoraram 79 dias para obter 50% de taxa de prenhez, enquanto as com ECC > 
3,0 já atingiram a mesma taxa com somente 33 dias, ou seja, 46 dias a menos. Ao final da EM, a 
diferença de prenhez foi de 29%. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ECC 
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A avaliação de fêmeas com diferentes ECC submetidas à IATF (2,0; 2,5; 3,0; 3,5 ou 4,0 – escala de 
1-5) mostrou um aumento na taxa de prenhez conforme o aumento do ECC (Baruselli et al., 2003; Figura 30). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 30. Efeito do escore de condição corporal na taxa de concepção de fêmeas bovinas 
lactantes (Bos indicus) inseminadas em tempo fixo (n = 992). 
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Prenhez conforme ECC e categoria animal 
 
A avaliação do efeito do ECC e da categoria animal sobre a taxa de prenhez mostrou que quanto 
maior o ECC, maior a taxa de prenhez (Figura 31). Além disso, para animais com ECC entre 2,25 e 2,75, as 
primíparas foram as mais prejudicadas comparadas às pluríparas. Já as primíparas com melhor ECC (3,00 ou 
maior ou igual a 3,25), as taxas se igualaram ou, em algumas situações, foram até maiores que as das pluríparas. 
Assim, o ECC tem uma influência direta na taxa de prenhez tanto na vaca quanto na primípara. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 31. Efeito 
do escore de 
condição corporal e 
da categoria animal 
na taxa de 
concepção de 
fêmeas bovinas 
(adaptado de 
Baruselli et al., 
2017). 
 
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O efeito do ECC de primíparas e pluríparas sobre a taxa de prenhez à IATF já foi avaliado. Conforme 
se aumenta o ECC das primíparas, a taxa de prenhez também aumenta (Figura 32). Para pluríparas, o aumento 
do ECC apresentou tendência em aumentar a taxa de prenhez, porém é um efeito menor do que nas primíparas. 
Assim, antes de iniciar o programa de IATF, deve-se pensar no manejo nutricional previamente (pré-EM) para que 
a fêmea entre em condições adequadas na EM e seja possível obter alta taxa prenhez na IATF. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 32. Efeito 
do escore de 
condição corporal 
na taxa de 
concepção de 
fêmeas bovinas 
primíparas e 
pluríparas 
inseminadas em 
tempo fixo 
(adaptado de 
Vasconcelos et 
al., 2017). 
 
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O efeito do grupo genético sobre a taxa de prenhez durante a EM foi avaliado utilizando-se vacas 
Nelore (n= 302) e cruzadas (Nelore x Angus, n = 205; Sá Filho et al., 2012). Verificou-se que as 
vacas cruzadas precisaram de 30 dias para atingir 50% de prenhez, já as Nelore, atiram esta 
taxa somente 23 dias depois (60 dias). Ao final da EM, houve diferença de 21 pontos percentuais 
a favor das cruzadas (Figura 33). 
 
GRUPO 
GENÉTICO 
(Bos indicus) (Bos taurus x Bos indicus) 
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 Figura 33. Curva de sobrevivência da proporção de vacas não gestantes por dia de estação de monta de 90 
dias para fêmeas Nelore (Bos indicus; n = 302) ou cruzadas (Bos taurus x Bos indicus; n = 205). As fêmeas 
foram submetidas à monta natural (MN) ou associação de IATF + MN durante a EM de 90 dias. A mediana do 
intervalo entre o início da EM e a concepção para as fêmeas Nelore e cruzadas foi de 56 e 33 dias (risco 
ajustado = 1,42; intervalo de confiança a 95% de 1,15 a 1,76), respectivamente (adaptado de Sá Filho et al, 
2012). 
PR
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(%
) 
ESTAÇÃO DE MONTA (DIAS) 
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Além disso, verificou-se tendência das vacas cruzadas ou taurinas apresentarem maior taxa de 
prenhez à IATF em relação as Nelore (Figura 34). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 34. Efeito da raça sobre a taxa de concepção de fêmeas bovinas submetidas à inseminação 
artificial em tempo fixo (adaptado de Vasconcelos et al., 2017). 
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Por que será que as vacas cruzadas apresentam melhor taxa de prenhez em relação às fêmeas Nelore? 
Acredita-se que isso seja devido à seleção para fertilidade realizada na raça angus. Assim, 
atualmente, tem-se empregado novilhas F1 (Nelore x Angus) para os programas de acasalamento. Porém, vale 
ressaltar que, em fazendas que possuem fêmeas Nelore e já foi realizada seleção para fertilidade, também é 
possível obter taxa de prenhez muito semelhante ao que é observado com o cruzamento F1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A condição sanitária é uma característica difícil de ser avaliada, principalmente em fazendas 
com grande número de animais. O status sanitário dos animais é um aspecto pouco 
observado, mas que traz grandes perdas à bovinocultura de corte. Muitas vezes o problema 
passa sem ser percebido. Um levantamento epidemiológico foi realizado para verificar a 
incidência de determinadas doenças que interferem na reprodução e verificou-se que 
aproximadamente 94% das propriedades apresentam o vírus da diarreia viral bovina (BVD), 
62% eram positivas para 
o vírus da rinotraqueíte infecciosa bovina 
(IBR) e 54% para Leptospirose (Figura 35; 
Ferreira et al., 2011). 
 
. 
 
 
 
 
 
SANIDADE 
Figura 35. Incidência de três 
enfermidades que interferem na 
atividade reprodutiva (BVD, IBR e 
Leptospirose) em um rebanho de 
vacas Nelore. 
 
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Outro levantamento com número expressivo de amostras demonstrou que aproximadamente 90% 
dos rebanhos apresentava a presença destas doenças e que aproximadamente 60-70% dos animais eram 
soropositivos para estas patologias (Tabela 8). 
 
Assim, estas doenças reprodutivas estão presentes nas propriedades, circulando entre os animais. É 
comum visualizar fêmeas que se tornam gestantes e são confirmadas prenhes pelo diagnóstico de gestação, mas 
não chegam aoparto (fundo de maternidade). 
 
Tabela 8. Histórico de ocorrência de IBR, BVD e Leptospirose no Brasil (1996-2008). 
 
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Um levantamento com mais de 300.000 prenhezes, realizado 
em 113 fazendas e 11 estados do Brasil, mostrou uma taxa de fundo de 
maternidade de 6,4% (Tabela 9). Assim, observa-se um grande prejuízo, 
pois as fêmeas se tornaram gestantes, mas não conseguiram manter a 
gestação. Considerando-se o grande intervalo que as fêmeas apresentam 
para se tornarem gestantes pós-parto (período de serviço de 225 dias), 
este prejuízo é ainda maior. 
Tabela 9. Levantamento sobre número de prenhezes, partos e fundo 
maternidade a partir de 300 mil prenhezes, em 113 fazendas e 11 estados 
brasileiros (Adaptado de Vasconcelos et al., 2017). 
 
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Impacto da vacinação na eficiência reprodutiva de bovinos de corte 
Será que vale a pena vacinar estas fêmeas? A vacina ajuda a evitar que as fêmeas apresentem 
sinais clínicos, ou seja, neste caso, que consigam levar a gestação a termo. Foi avaliado o impacto da vacinação 
na eficiência reprodutiva de bovinos de corte (Ferreira et al., 2011). Vacas Nelore paridas (n = 268) foram divididas 
homogeneamente em dois grupos: vacinado (vacina no dia da colocação do implante de progesterona) ou não 
vacinado, e submetidas à IATF. As 
fêmeas vacinadas apresentaram taxa 
de concepção maior do que as não 
vacinadas (aproximadamente 10 
pontos percentuais) e, ao final da EM, 
após repasse com touro, as vacinadas 
mantiveram maior taxa de concepção 
(Figura 36). 
 
 
 
Figura 36. Taxas de concepção 
aos 30 (P = 0,05) e 60 dias (P = 
0,09) de gestação, prenhez (P = 
0,06) e perda gestacional (P = 
0,93) de vacas vacinadas ou 
não (adaptado de Ferreira et al., 
2011). 
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Momento ideal para vacinação das fêmeas 
 
Mas qual seria o momento ideal para vacinar as fêmeas? Após comparação entre fêmeas que foram 
vacinadas 30 dias antes do início do protocolo de sincronização (D -30; 1ª dose) e no início do protocolo (D0; 2ª 
dose) e fêmeas que foram vacinadas no D0 (1ª dose) e 30 dias depois da IATF (D30; 2ª dose), a taxa de prenhez 
das pré-vacinadas foi maior do que a das que iniciaram a vacinação junto com o protocolo de IATF (Tabela 10). 
Assim, conclui-se que vale a pena vacinar, pois a vaca consegue atingir maiores taxas de prenhez, e o momento 
ideal é antes do início do protocolo de IATF (30 dias antes de iniciar – 1ª dose e reforço no D0 – 2ª dose). Com 
isso, a vaca terá uma condição imunológica melhor e a taxa de absorção embrionária (mortalidade precoce) 
diminui. 
 
 
 
 
 
T 
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Tabela 10. Taxas de prenhez e perda de gestação de vacas Nelore submetidas à IATF, segundo os tratamentos 
(vacina: animais vacinados; controle: animais controle; US1: índices de animais; prenhez aos 30 dias após a IATF; 
US2: índices de animais; prenhez aos 120 dias após a IATF; perda: índice de vacas que não mantiveram gestação 
entre o 30º e 120º dia. 
 
 
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A taxa de prenhez varia entre diferentes inseminadores, de acordo com a experiência do 
mesmo. A comparação entre diferentes profissionais foi testada em grande número de animais 
submetidos à IATF e foi verificado que as vacas inseminadas por aqueles melhor capacitados 
tecnicamente obtiveram maiores taxas de concepção (57,5%, Figura 37; Penteado et al., 2006). 
Assim, é importante que o responsável pela inseminação seja uma pessoa capacitada e 
experiente, o que permitirá alcançar maiores taxas de prenhez no programa reprodutivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSEMINADOR 
Figura 37. Taxa de concepção conforme o inseminador (mesmos touros e partidas; 2.873 
inseminações) em programa de IATF (adaptado de Penteado et al., 2006). 
 
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Com escolher o melhor touro, qual utilizar? Após avaliação de 7.377 inseminações, com 14 
touros diferentes e diferentes partidas em vacas Nelore inseminadas em tempo fixo, observou-
se que alguns touros permitiram taxa de prenhez acima de 50% e outros, abaixo da média de 
50% (Figura 38). Assim, é importante utilizar touros de alta fertilidade em programas de IATF. 
Outro ponto importante é a partida (dia da coleta do sêmen), que demonstrou que tem 
influência na taxa de concepção à IATF. Assim, é importante usar touros de alta fertilidade 
para obter máxima eficiência reprodutiva e bezerros de alta qualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
TOURO 
 
Figura 38. Taxa de concepção conforme o touro e a partida (7377 inseminações) em vacas 
Nelore inseminadas em tempo fixo. Cada letra representa um touro e cada barra uma partida de 
sêmen (Penteado et al., 2006). 
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Mas como escolher o melhor touro, um touro de alta fertilidade? 
Atualmente, as centrais que vendem sêmen oferecem programas que mostram quais touros apresentam maior 
tendência de alcançarem maiores taxas de prenhez. Outra forma seria uma conversa entre os veterinários de 
campo, que estão acompanhando os resultados de perto nas propriedades que trabalham. 
 
Impacto da fertilidade do sêmen na taxa de prenhez 
 
Caso seja escolhido sêmen de um touro que não se conhecem as características e ele tiver baixa 
fertilidade (taxa de concepção de 40%), seria possível obter 64% de taxa de concepção após duas inseminações 
(protocolo de ressincronização), com a segunda IATF realizada 40 dias depois da primeira. Utilizando-se um touro 
de fertilidade mediana (que alcança 50% de taxa de concepção), seria possível alcançar 75% de taxa de 
concepção final após duas inseminações. Já se o touro tiver alta fertilidade, nas mesmas condições acima, seria 
possível alcançar 84% de prenhez (Figura 39). 
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Figura 39. Taxa de concepção conforme a fertilidade do touro utilizado em protocolos de inseminação em 
tempo fixo com duas inseminações, com a segunda inseminação após 40 dias da primeira (ressincronização). 
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É muito importante avaliar todas as etapas do protocolo de IATF: 1) a 
escolha do protocolo; 2) o cuidado nutricional das fêmeas, para que 
tenham melhor condição corporal ao início da EM; 3) o cuidado com a 
sanidade, realizando vacinação das fêmeas antes de iniciar o protocolo 
de IATF para melhorar a taxa de concepção; 4) o uso de sêmen de alta 
fertilidade. Assim, com estes cuidados, é possível obter melhores 
resultados de taxa de prenhez e alcançar máxima eficiência 
reprodutiva com protocolos de IATF. O conhecimento dos fatores que 
interferem na taxa de prenhez aqui apresentados é fundamental para 
que seus efeitos sejam minimizados e seja possível potencializar o 
efeito do programa reprodutivo e alcançar bons resultados. 
 
 
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AVALIAÇÃO ECONÔMICA 
DE UM PROGRAMA DE IATF 
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BENEFÍCIOS COM A APLICAÇÃO DA IATF 
 
A prenhez acumulada de vacas Nelore submetidas a quatro diferentes tipos de manejo durante 
estação de monta (EM) de 90 dias foi avaliada (Sá Filho et al., 2013) nos lotes submetidos à IATF 
aproximadamente 50% das vacas estavam gestantes com 10 dias de EM (Figura 40). Ao final da EM, os 
lotes submetidos à IATF apresentaram 8 pontos percentuais a mais em relação às vacas queforam 
colocadas com touro (monta 
natural – MN) ou 
submetidos à IA 
convencional (com 
observação de cio). 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 40. Taxa de 
prenhez acumulativa 
de vacas Nelore 
submetidas a 
diferentes manejos 
durante a estação de 
monta (adaptado de 
Sá Filho et al., 2013). 
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Além de aumentar a taxa de prenhez, a qualidade dos bezerros produzidos na IATF é melhor, 
bezerros mais pesados. Aos 240 dias, bezerros filhos de touro da raça Nelore por meio de MN apresentaram em 
média 215 kg, já bezerros filhos de touro Nelore por meio de IA apresentaram 8 kg a mais e bezerros de touro 
Angus por meio de IA, 26 kg a mais (Figura 41; Penteado et al., 2010). 
 
 
 
 
Figura 41. Peso ajustado aos 240 dias de bezerros provenientes de diferentes tipos de 
acasalamento (touro ou IA) e sêmen de diferentes raças (Nelore ou Angus). 
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Ao realizar a mesma avaliação aos 240 dias, as bezerras provenientes de IA utilizando touro da raça 
Nelore apresentaram 13 kg a mais do que aquelas produzidas por MN com touro Nelore, e as produzidas por IA 
com sêmen de touro Angus, 28 kg a mais (Figura 42; Penteado et al., 2010). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 42. Peso ajustado aos 240 dias de bezerras provenientes de diferentes tipos de 
acasalamento (touro ou IA) e sêmen de diferentes raças (Nelore ou Angus). 
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AVALIAÇÃO ECONÔMICA – IMPLEMENTAÇÃO DE IATF 
 
Vamos considerar a seguinte situação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com base nas informações apresentadas nos módulos anteriores, a IATF proporciona aumento ao 
redor de 8% na taxa de prenhez. Para 1000 vacas, esse aumento representaria 82 bezerros a mais (1000 x 
8,2%). Considerando um preço médio para venda do bezerro (R$ 1.100,00), obteríamos retorno financeiro de 
R$ 90.200,00 (82 x 1.100,00). Outro ganho seria decorrente do peso do bezerro, já que a IATF proporciona 
ganho médio de 15-20 kg ao desmame, incremento de peso obtido pelo uso de sêmen de touros melhoradores, 
conforme já apresentado. 
 
 Rebanho de 1000 vacas 
 Custo da IATF = R$ 60,00 (mão de obra, sêmen, protocolo) 
 Taxa de prenhez à IATF de 50% 
 Taxa de juros de 0,7% ao mês 
 Preço médio do kg vivo do bezerro a R$ 6,50 
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Assim, considerando-se uma taxa de prenhez média de 50% e o preço médio do kg vivo do bezerro 
(R$ 6,50), haveria incremento de R$ 48.750,00 (50% X 15 x 6,50 x 1.000). 
 
 
 
 
 
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91 
 
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Desta forma, o incremento total seria de R$ 138.950,00, o que geraria lucro de R$ 83.280,00 
(138.950,00 – 55.670,00), ou seja, R$ 83,28 por vaca. Este exemplo demonstra que o retorno financeiro com o 
emprego de um programa de IATF é maior que o custo para implementação da técnica na propriedade. Isto é 
devido aos ganhos que a técnica proporciona com o melhoramento genético e aumento no peso ao desmame dos 
bezerros, sem contar com a redução do intervalo entre partos, o que otimiza a produção da fêmea e, 
consequentemente, 
possibilita obter 
bezerros mais 
rapidamente, 
aproveitando melhor o 
potencial reprodutivo 
da mesma. Ou seja, a 
IATF melhora a 
eficiência produtiva, 
reprodutiva e 
econômica da 
propriedade. 
 
 
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COMPARAÇÃO ENTRE DOIS SISTEMAS DE ACASALAMENTO 
 
Em uma situação real, foi avaliada a viabilidade econômica de 
uma propriedade rural após 10 anos de produção utilizando 
monta natural (touros Nelore) e estação de monta de quatro meses. Para esta avaliação, foram consideradas 
todas as receitas da propriedade: venda de bezerros, bezerras e vacas descarte; e também as despesas: compra 
de matrizes, touros, mão de obra, manutenção, cercas, etc. O saldo entre receitas e despesas foi de R$ 
448.200,00. Os dados são referentes a um sistema de cria com 1.000 vacas, cuja taxa de natalidade era 80%. 
Assim, a taxa de retorno foi de 18% (rentabilidade sobre o capital investido). 
 
Se considerarmos as mesmas condições apresentadas 
acima, 1.000 vacas num sistema de cria, mas substituirmos o 
touro por uma IATF com sêmen de touro Angus, acrescentaríamos a receita da venda de bezerros e bezerros 
produzidos por IATF e um custo de 50,00 por vaca inseminada (50.000,00) nas despesas. Assim, como os 
bezerros produzidos por IA são mais pesados (20-30 kg a mais) e, com a implementação deste sistema na 
propriedade houve aumento de 5 pontos percentuais na taxa de natalidade (85%), o saldo passou a ser R$ 
698.463,00, um aumento de R$ 25.264,00 em relação ao sistema anterior (MN), e um retorno sobre o capital 
investido de 29% (lucro de R$ 250.263,00). 
MONTA NATURAL COM TOURO NELORE 
IATF COM TOURO NELORE 
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93 
 
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A proposta foi implementar um programa de IATF em substituição ao sistema de MN. A taxa de 
natalidade, que já era boa, foi aumentada em apenas 5%, mas gerou um retorno econômico bem interessante, pois 
produziu bezerros mais pesados, que foram comercializados por um preço melhor. Além disso, houve um saldo positivo 
de aproximadamente R$ 250.000,00 (retorno financeiro), o que pagou os custos do programa de IATF e ainda aumentou 
a eficiência de 18 para 29% (taxa sobre o capital investido). Desta forma, a IATF, que já é uma técnica já bem 
estabelecida, traz muitos benefícios para a propriedade, com resultados garantidos quando conduzida com critério pelo 
veterinário, aumentando a taxa de prenhez e o número de bezerros produzidos por IA, sem contar nos ganhos com 
genética. Outro beneficio da IATF é não precisar observar cio das fêmeas. 
Desta forma, como perspectiva futura, o emprego de programas de IATF, orientado e realizado por 
profissional capacitado, é aconselhável para incrementar a eficiência reprodutiva de bovinos de corte e aumentar a 
rentabilidade da propriedade, além de promover 
melhoramento genético do rebanho. Assim, pode-se 
utilizar sêmen de touros provados (Angus) em vacas 
comerciais (Nelore), sem avaliação genética, para 
obtenção de bezerros melhorados, que possuem 
valor agregado no mercado. Assim, há um ganho 
com o maior peso que o bezerro alcança, além do 
ganho com a comercialização de um produto 
diferenciado no mercado. 
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A IATF também pode ser aplicada em vacas comuns (“cara limpa”), acasalando-as com touros de 
qualidade para produzir bezerros de qualidade, de acordo com a exigência de mercado. Em uma propriedade 
em que nossa equipe realizou 3 IATF, a taxa de prenhez foi de 92% ao final de EM de 90 dias, produzindo 
bezerros com qualidade superior, que aos 6 meses alcançaram 230 kg (Figura 43). 
 Figura 43. Bezerros Angus produzidos por IA em vacas Nelore comuns (“cara limpa”). 
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Produzir bezerros que agregam valor à propriedade e que são bem aceitos no mercado é 
fundamental para conseguir comercializar este produto com valor agregado facilmente e ter a aceitação do 
consumidor final. Ë importante que o médico veterinário, juntamente com o pecuarista, avalie além da 
propriedade, considerando o que o consumidor final quer comprar e qual produto está sendo bem aceito no 
mercado para direcionar sua produção. 
 
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Assim, é importante tomar decisões com muitocritério, pois, realizando 
os procedimentos de forma criteriosa, o resultado é garantido tanto com 
relação à eficiência reprodutiva (taxa de penhez), quanto à eficiência 
produtiva e econômica da propriedade. É fundamental, além do bom 
conhecimento da técnica de IATF (fisiologia do ciclo estral das fêmeas, 
controle farmacológico do ciclo estral, resultados com sêmen comercial e 
programa reprodutivo), que o médico veterinário (especialista) direcione 
o pecuarista com relação à necessidade do mercado final para conseguir 
comercializar facilmente e obter remuneração adequada ao produto final. 
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