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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO DE HUMANIDADES, ARTES E CIÊNCIAS
BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM SAÚDE
PADRÃO CULTURAL:
A interferência do poder na sociedade interiorana
MARINÊS ROSA SOARES SCOTT
SALVADOR
2021
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO DE HUMANIDADES, ARTES E CIÊNCIAS
BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM SAÚDE
MARINÊS ROSA SOARES SCOTT
PADRÃO CULTURAL:
A interferência do poder na sociedade interiorana
Trabalho de Estudos da Contemporaneidade I apresentado à Professora Jéssica Máximo como requisito parcial à obtenção de nota correspondente à avaliação conclusiva do primeiro semestre de 2021
SALVADOR
2021
PADRÃO CULTURAL:
A interferência do poder na sociedade interiorana
Marinês Rosa Soares Scott*
RESUMO 
Poder é um vocábulo que apresenta diversos sentidos, dentre os quais cita-se autoridade, capacidade, posse, influência ou domínio que pode influenciar a sociedade, sobre determinados aspectos com o intuito de segregar o outro a uma posição em que esse outro não interfira, como cidadão, no destino da sociedade e aceite passivamente tudo o que lhe é imposto. E o poder está inserido, propositadamente, na sociedade, como um padrão cultural, ou melhor, estilo cultural que surge como regra de comportamento em sociedades iníquas. Essa pesquisa foi desenvolvida a partir da inquietação relacionada ao comportamento de classes menos favorecidas, na sociedade, onde o poder tem a função de segregar e coibir as pessoas, obrigando-as a se contentar apenas e somente com o que lhes resta. Tem por objetivo apresentar o poder, como padrão cultural, na sociedade iníqua, que delimita área, dentro de uma mesma sociedade e é o responsável direto pela segregação de minorias. Para o desenvolvimento do estudo a metodologia utilizada foi uma pesquisa básica, exploratória, a partir de uma pesquisa bibliográfica. Torna-se óbvio que o poder é um instrumento desastroso, se aplicado com a intenção de separar, diminuir, que se estabiliza nas mãos de pessoas com maior poder aquisitivo, contribuindo para o aumento de sociedades desiguais. A partir desse estudo espera-se compreender com mais clareza, o funcionamento de uma sociedade iníqua e o que se faz necessário para que tenhamos mais equidade entre classes favorecidas e menos favorecidas.
Palavras-chave: Padrão cultural; Poder; Sociedade interiorana.
*Graduanda em BI em Saúde pela Universidade Federal da Bahia (UFBA)
INTRODUÇÃO
Esse é um estudo que busca refletir sobre a maneira como ocorre a interferência do poder, como padrão cultural, que limita o comportamento das classes desfavorecidas, na sociedade economicamente iníqua, em função de classes com maior poder aquisitivo, na sociedade interiorana.
Trata-se de um artigo, no qual, para o alcance do objetivo proposto a metodologia empregada foi a pesquisa bibliográfica que consiste no levantamento de material já elaborado e publicado em documentos, tais como livros e revistas, com vistas a explicar um tema baseado em vivências e pesquisas teóricas.
Portanto, a seguir serão descritas características mais específicas, sobre a influência do poder como padrão cultural na sociedade interiorana, uma vez que este obriga as pessoas menos favorecidas a aceitarem com satisfação somente aquilo que lhes está posto como direito e a se acomodarem no polo negativo do poder , segundo a Teoria das Dimensões Culturais de HOFSTEDE, 1990, em função de seus comportamentos. Também será analisada a maneira como ocorre a interferência de poder, como padrão cultural, nos comportamentos daqueles que segregam e dos que são obrigados à segregação.
Poder é uma palavra originária do latim e tem a mesma raiz que a palavra potência. Ambas remetem à capacidade de fazer algo, de empreender algo. Com o passar do tempo, poder também passou a significar a capacidade de impor, de mandar e de submeter os outros à própria vontade (PORFÍRIO 2021)
O poder exercido, por grupos ditos com poder aquisitivo superior, elevado – chamados de “os mais ricos” – sobre as próprias comunidades subservientes do interior nordestino, é algo comum entre ambas as classes. É normal e natural a ponto de não causar estranheza 
a nenhum dos dois grupos referidos nesse contexto em que:
(...) a identidade é a referência, é o ponto original relativamente ao qual se define a diferença. (...) E as pessoas do grupo com poder aquisitivo elevado assumem estereótipo identitário, que se relaciona à normalização em que: (...) Normalizar significa eleger – arbitrariamente – uma identidade específica como o parâmetro em relação ao qual as outras identidades são avaliadas e hierarquizadas. (...) Essa demarcação de fronteiras, essa separação e distinção, supõem e, ao mesmo tempo, afirmam e reafirmam relações de poder (SILVA, 2007).
Padrão é um vocábulo que apresenta diversos sentidos, porém, nessa pesquisa, o vocábulo padrão atem-se ao sinônimo de um estilo específico de comunidades do interior, onde pessoas com poder aquisitivo, considerado alto em tal sociedade, se diferenciam, por si só, de pessoas classificadas pelas anteriores, como desfavorecidas, geralmente com nível instrucional abaixo da média, o que dificulta o embate e a não aceitação daquilo que lhe é proposto em relação ao grupo oposto.
A palavra “padrão” lembra modo comum repetido, vivido por muitos. Então, podemos dizer que padrão cultural é um modo repetido, uma norma, uma regra de comportamento estabelecido por uma determinada sociedade. (COLOMBI, 2018).
Já o vocábulo cultural é proveniente do primitivo cultura que, dentre as várias vertentes de sentido, aqui, exclusivamente, refere-se a costumes, hábitos, comportamentos específicos de determinado grupo social.
Nesse contexto, padrão cultural será dissertado com referência à desigualdade social. Então:
A desigualdade social é um problema muito presente na sociedade. Algumas pessoas e grupos sociais têm maior poder aquisitivo, ou seja, maior possibilidade de adquirir bens e de contratar serviços; outras, no entanto, não têm a mesma oportunidade. Essa diferença gera desigualdade social (CARDOSO, 2021)
Nsse ínterim entre poder e impotência que se instala a desigualdade social impulsionando os menos favorecidos a uma situação cada vez mais restrita.
É muito comum, em cidades interioranas essa dubiedade dentro de suas sociedades. É uma condição advinda do colonialismo na subserviência nas letras de Prelúdio (1956), e até os tempos atuais, essa condição paira sobre as sociedades, especialmente interioranas, local onde tudo o que deveria contribuir para o conhecimento de direitos básicos sempre tarda ou nunca chega, E, se porventura chega, aqueles que segregam continuam a segregar também esses conhecimentos para que as classes menos abastadas não sejam contempladas e esses continuem detendo o poder, inclusive sobre o conhecimento que deveria se estender até essas pessoas livrando-as do isolamento social através da privação de direitos.
E vale dizer que o lado mais forte cria regras próprias, dentro dessa comunidade considerada superior, para delimitar, e delimita o espaço, inclusive, que pode ser acessado por pessoas consideradas não abastadas. Essa é uma cultura comum nas cidades interioranas nordestinas e nesse contexto:
Cultura refere-se a normas de comportamento, saberes, hábitos ou crenças que diferenciam um grupo de outro: provém de culturas distintas (AMARAL, 2006)
A partir desse ponto de vista:
Tanto a Sociologia como a Antropologia Cultural se servem deste modo de comportamento de um grupo ou de uma população, em suas reflexões sobre a sociedade e a cultura. Por isso pode ser chamado de Padrão de Comportamento Social ou simplesmente Padrão Cultural. Por isso, quando alguém daquela sociedade contraria um padrão de comportamento social é censurado ou punido. Pode-se dizer que o padrão cultural é o elemento básico ou fundamental de uma Cultura. Ou também, o conjunto de todos os Padrões de Comportamento Social ou Padrões Culturais dá-se o nome de Culturade uma determinada sociedade (COLOMBI, 2018)
Para sociedades onde existe esse estilo, peculiar, de vida, é uma cultura enraizada a ponto de prejudicar toda uma família, se um dos membros dessa foge à regra. E fugir à regra pode causar transtornos irreparáveis tornando tal família vista com “maus olhos”, inclusive pelos próprios familiares. A partir do exposto, conclui-se que:
A educação é, sem dúvida, um dos caminhos para diminuir as desigualdades socioeconômicas, já que, normalmente, as pessoas com maior nível de escolaridade têm maior renda e, no caso de desemprego, uma recolocação mais rápida no mercado. (CARDOSO, 2021)
Porém, é pertinente salientar que essas clarear menos favorecidas na sociedade, não é menos importante que a classe oposta, vista como “superior”. É um grupo de riqueza extraordinária, no que tange a conhecimentos vários. São indivíduos tarimbados, com sapiência singular, necessária e relevante para que a cultura de um povo, de uma determinada região continue a existir e seja passada de geração a geração..
Outro aspecto do acesso à educação de qualidade é a promoção do conhecimento e do acesso à informação, fatores norteadores para que as pessoas possam conhecer seus direitos de cidadãos e lutar por eles. (CARDOSO, 2021)
A educação, através do conhecimento, que abre um vasto leque para a informação, é o eixo norteador em busca da democracia, mas não se pode esquecer de que, também, é um ponto necessário para que uma cultura permaneça, que continue existindo com suas tradições.
CONCLUSÃO
Em cidades interioranas, é normal e comum os indivíduos estarem adaptados ao seu modo de vida. É uma cultura hereditária e, por ser hereditária, impregnada no “eu” das pessoas, em seu âmago. Eis o motivo pelo qual não sentem a necessidade de mudança, de algo diferente. Em alguns casos preferem continuar com “sua vidinha” estática que faz parte de seus valores culturais. Contudo, não se deve contentar somente com aquilo que é lhe dado, oferecido, com aquilo que sobra. As pessoas não precisam abonar de suas vidas esse sentimento de pertencimento, no entanto podem acessar modos diferentes de sobrevivência, através de elementos básicos como a informação. É através da informação que novos horizontes surgem, que tudo se inicia ou se reinicia e se contextualiza, passando a ter significado. Por outro lado não há como negar a riqueza imaterial dessas comunidades.
Conclui-se que o acesso à educação de qualidade é o impulso condutor para uma sociedade igualitária, detentora não somente de deveres, mas, principalmente, de direitos, direitos esses integrados nas obrigações de todo cidadão. Mas o conhecimento experiencial é imprescindível para que a cultura de um povo se mantenha. É, também, desses grupos, com seus hábitos e costumes específicos, que a própria cultura como patrimônio histórico depende para continuar existindo e fazendo história.
REFERÊNCIAS
AMARAL, Ana Lúcia. Dicionário de direitos humanos. ESMPU. 2006. Disponível em: http://escola.mpu.mp.br/dicionario/tiki-index.php?page=pertencimento. Acesso em maio 2021.
BRANT, Leonardo. Cultura e mercado: cultura é poder. 2012. Disponível em: https://culturaemercado.com.br/cultura-e-poder-2/. Acesso em: 30 maio 2021.
CARDOSO, Pedro Roberto. Sociologia. Desigualdade social. 2021. Disponível em: https://www.coladaweb.com/sociologia/desigualdades-sociais-e-as-classes. Acesso em: 29 maio 2021.
COELHO, Leonardo. Poder do Estado: papel e conceitos. 2020. Disponível em: https://www.politize.com.br/poder-do-estado/. Acesso em: 30 maio 2021.
COLOMBI, Adilson José. Padrão cultural. O município. 2018. Disponível em: https://omunicipio-com-br.cdn.ampproject.org/v/s/omunicipio.com.br/padrao-cultural/amp/?amp_js_v=a6&amp_gsa=1&usqp=mq331AQHKAFQArABIA%3D%3D#aoh=16227927590604&referrer=https%3A%2F%2Fwww.google.com&amp_tf=Fonte%3A%20%251%24s&ampshare=https%3A%2F%2Fomunicipio.com.br%2Fpadrao-cultural%2F. Acesso em 29 maio 2021.
LUSOFONIA poética. Prelúdio. Sd. Disponível em: https://www.lusofoniapoetica.com/angola/alda-lara/preludio. Acesso em 29 maio 2021.
NUPEHC. Núcleo de Pesquisas em História Cultural. Cultura e poder. 2009. Dsponível em: https://www.historia.uff.br/nupehc/cultura_poder.php. Acesso em: 30 maio 2021.
RODRIGUES, Lucas de Oliveira. Mundo Educação. Sociologia. Poder político. Sd. Disponível em: https://m-mundoeducacao-uol-com-br.cdn.ampproject.org/v/s/m.mundoeducacao.uol.com.br/amp/sociologia/poder.htm?amp_js_v=a6&amp_gsa=1&usqp=mq331AQHKAFQArABIA%3D%3D#aoh=16227728699475&referrer=https%3A%2F%2Fwww.google.com&amp_tf=Fonte%3A%20%251%24s&ampshare=https%3A%2F%2Fmundoeducacao.uol.com.br%2Fsociologia%2Fpoder.htm. Acesso em 29 maio 2021.
PORFÍRIO, Francisco. Sociologia. Desigualdade social. Brasil escola. Sd. Disponível em: https://m.brasilescola.uol.com.br/sociologia/desigualdade-social.htm. Acesso em: 30 maio 2021.
SILVA, Tomaz Tadeu da. A produção social da identidade e da diferença. In: (org.). Identidade e diferença. A perspectiva dos Estudos Culturais. 7 Ed. Petrópolis: Vozes, 2007. P.73 a 102.

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