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Sintese de aprendizado

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA 
INSTITUTO DE HUMANIDADES, ARTES E CIÊNCIAS PROFESSOR MILTON SANTOS 
HACA01 – ESTUDOS SOBRE A CONTEMPORANEIDADE I 
 
 
 
 
 
 
 
Maria Antônia Gabriel de Souza Santos 
 
 
 
 
 
 
 
Módulo de Contemporaneidade, Conhecimento e Universidade 
 
 
 
 
 
 
 
Síntese de Aprendizados 
 
 
 
 
 
 
 
Salvador 
2021
 
 
Ao iniciar o curso de Bacharelado Interdisciplinar em Saúde deparei-me com a 
disciplina de Estudos sobre a Contemporaneidade I, ministrada pela Drª Profª Bianca 
Ruckert. No primeiro módulo, nos foi apresentado tópicos como a globalização, os 
conflitos socioambientais, a ciência e a universidade, temas bastante pertinentes, ligados 
a atual realidade e as minhas pretensões profissionais. Os debates e as reflexões me 
possibilitaram fomentar opiniões pessoais a respeito das temáticas abordadas: 
 
Contemporaneidade e globalização 
As discussões dos assuntos em epígrafe, levou-me a desassociar a ideia do senso 
comum a respeito do conceito de contemporaneidade e entendê-lo como uma consciência 
sobre um determinado tempo, seja ele o nosso tempo, seja o que não participamos, mas 
que outras pessoas viveram. O texto de Agamben (2009) me conscientizou que, como 
individuo do meu próprio tempo, devo enxergar o mundo sem ser condescendente com a 
realidade em que vivo. Devo, inclusive, tratá-la de maneira crítica. Nesse sentido, ao se 
trabalhar as perspectivas do que Milton Santos (2000) chamou de “globalização 
perversa”, pude compreender a globalização e as transformações sociais, econômicas e 
políticas que marcaram a nova ordem mundial atual. Entendi que a globalização 
intensificou as relações comerciais entre os países e a iniciativa privada, além de se tornar 
o agente decisivo para a mudança nas relações comerciais e financeiras entre os países ao 
possibilitar a descentralização do poder que uma nação mantinha sobre a outra. 
A mundialização, entretanto, possui além do lado positivo, o lado negativo, pois 
incentiva a interdependência entre os povos, beneficiando apenas países desenvolvidos, 
os enriquecendo cada vez mais, devido a maior captação de recursos financeiros enquanto 
que os países em desenvolvimento ficam mais pobres em função da incapacidade de gerar 
riquezas, nesse sentido, entendo a mundialização como uma fábrica de disparidades a 
sociais. Outro fator também negativo está relacionado com a questão ambiental, sobre o 
assunto, foram levantadas discussões, na disciplina, a respeito de conflitos 
socioambientais decorrentes de atividades produtivas brasileiras associadas ao processo 
de globalização. Conclui e comentei que as hidrelétricas são as principais matrizes 
renováveis energéticas utilizadas. Entretanto, possui diversos aspectos negativos, tais 
como a destruição da fauna e flora da região de instalação, além da poluição das águas. 
Por fim, além de todas as problemáticas já citadas, considero graves os prejuízos que 
acometem as pessoas atingidas pelas construções de barragens, como danos financeiros, 
psicológicos e físicos. 
 
 
Universidade e ciência 
Em relação aos tópicos Universidade e Ciência, muito relevante para compreensão 
da área de meu interesse profissional, foram abordadas na disciplina questões 
epistemológicas dentro da Universidade do século XXI. Sobre a temática, o livro “O que 
são as epistemologias do Sul” de Boaventura Santos (2018) discute como os 
conhecimentos de determinados povos e culturas foram, por muito tempo, ocultadas pela 
epistemologia considerada dominante principalmente através do processo de colonização. 
No tocante ao citado apagamento, às leituras sobre o assunto levou-me a concluir 
que o racismo epistêmico provoca a ausência de processos formativos emancipatórios na 
sociedade; as produções epistemológicas de intelectuais negros, indígenas e de outras 
comunidades excluídas não recebem o devido prestígio corroborando para um cenário de 
segregação. É dessa situação que surge a Universidade como espaço para a construção e 
projeção desse conhecimento emancipatório. 
Apesar de todos os problemas enfrentados pela universidade, a exemplo da 
pressão exercida pela sociedade atual, impulsionada cada vez mais pelas necessidades da 
economia de mercado, o elevado custo operacional de suas atividades e a consequente 
falta de investimento público, essa instituição ainda é um espaço que detêm alguns 
saberes e exerce, de algum modo, papel relevante na formação de cidadãos críticos já 
que possui uma intrínseca relação com o desenvolvimento científico, econômico e 
político de um país. 
Assim, a inserção das três culturas - Científica, Artística e Humanística - no ensino 
superior representa um grande passo para um futuro realmente contemporâneo. No 
mundo globalizado, a formação profissional de base interdisciplinar surge como demanda 
de expressiva necessidade econômica e política, uma vez que, o indivíduo terá uma 
formação ampla que vai além da sua área de atuação, como o projeto de ensino 
apresentado pelos Bacharelados Interdisciplinares que têm papel de extrema relevância 
para a reestruturação das instituições de ensino superior. 
Resumidamente, ao ingressar esse curso e estudar à disciplina de Estudos Sobre a 
Contemporaneidade, fui apresentada a culturas e saberes diferentes e amplos que tem me 
ajudado a perceber uma nova construção do mundo, e meu lugar como mulher, estudante 
e futura profissional da área de saúde. 
 
 
 
Referencias bibliograficas 
 
AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo e outros ensaios. Chapecó: Argos, 2009. 
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência 
universal. Rio de Janeiro: Record, 2000. 
ALMEIDA FILHO, Naomar. As três culturas na universidade. Ponto de Acesso, 
Salvador, v.1, n.1, p. 5 -15, jun. 2007. 
SANTOS, Maria do Carmo Rebouças; SANTOS, Richard. Intelectuais negras(os) e 
epistemicídio acadêmico. In: TUGNY, Rosângela Pereira de; GONÇALVES, Gustavo 
(Org.). Universidade popular e encontro de saberes. Salvador: EDUFBA; Brasília: 
Instituto de Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa -UNB, 2020. 
BARRETO DO CARMO, M. B. Por uma epistemologia do encontro: aproximações para 
outro pensar-sentir na formação em saúde. Revista Docência do Ensino Superior, Belo 
Horizonte, v. 11. 
SANTOS, Boaventura de Sousa. O que são as epistemologias do Sul: SANTOS, 
Boaventura de Sousa. Na oficina do sociólogo artesão. São Paulo: Cortez, 2018. 
	Módulo de Contemporaneidade, Conhecimento e Universidade

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