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Carboidratos 1 Essas moléculas são encontradas nas massas, de uma forma geral, como pão, batata, macarrão. São responsáveis pela produção de energia química para as células e os carboidratos (polissacarídeos ou monossacarídeos) são constituídos de moléculas básicas chamadas de monossacarídeos (açúcares simples, como a glicose), assim como as pp são constituídas de aa. Os mono e di são açucares, já os poli (como amido e fibras) não são açucares e são meio que nutrientes assim ne. Além disso, os carboidratos são componentes estruturais de sustentação das plantas, fazem parte da matriz de tecidos conjuntivos, componentes essenciais dos ácidos nucléicos (a açúcar, ribose ou desoxirribose) e auxiliam no reconhecimento e adesão celular (como as glicoproteínas – pp + carb da membrana). Fórmula geral de um carboidrato: Cn(H2O)n – um átomo de carbono para cada molécula de água (um carbono hidratado, por isso carboidrato). Mas não são todos os carboidratos que obedecem essa fórmula geral. O menor carboidrato que existe é o gliceraldeído, que tem 3 carbonos, 2 hidroxilas e uma aldeido, estrutura representada abaixo que tem um carbono quiral. Todos os carboidratos são combinações de hidroxilas e carbonilas (C dupla O). Se essa carbonila tiver na ponta, é aldeído, se tiver no meio já é chamado de cetona. O C2 é quiral (tem os 4 ligantes diferentes entre si), e existe uma outra molécula além dessa que ta com algumas mudanças estruturais, tipo a hidroxila ta do outro lado. Com a hidroxila do lado direito e o H do outro lado do quiral, ai é chamado de D-gliceraldeído (igual ta na imagem acima). Se a hidroxila fosse do lado esquerdo e o H do lado direito, ai seria L-gliceraldeído. Os carboidratos são polares, pela presença das hidroxilas. Portanto, se misturam na água, então é muito melhor armazenar gordura (triacilglicerol) do que carboidrato. Carbono assimétrico = carbono quiral. Aldoses (poli-hidroxialdeídos): são carboidratos que possuem uma carbonila na ponta (aldeído), ai o carboidrato é chamado de aldose, como o gliceraldeído Cetoses (poli-hidroxicetonas): todo carboidrato em que a carbonila ta no meio (cetona), mas pode ser que não seja no meio certinho E esse carboidrato é o único que não tem carbono assimétrico, quiral. Os carboidratos podem ser divididos em poli-hidroxialdeídos (aldoses) ou poli- hidroxicetonas (cetoses) e seus derivados. Todos os monossacarídeos dos carboidratos são sólidos, cristalinos, incolores, doces e solúveis em água. Todos os monossacarídeos podem ser classificados como aldose ou cetose, de acordo com o lugar da carbonila. Ai a glicose pode ser aldo-hexose. Sempre classificamos os carboidratos de acordo com a carbonila, que pode ser um aldeído ou uma cetona (aldose ou cetose) e a quantidade de carbonos. Exemplo: molécula de D-Glicose tem 6 carbonos e D-Ribose tem 5 carbonos. 6 é hex, então a glicose vai ser hexose – então é aldo-hexose (por ter uma aldose e 6 carbonos). 5 é pent, então ribose é pentose. Sempre o prefixo do número + ose. Então vai ser aldo-pentose (tem uma aldose mais 5 carbonos). Independente do carboidrato, o carbono que ta ligado a dupla O, o carbono que tem a carbonila (C dupla O), ele sempre vai receber a menor numeração possível. Que pode ser um aldeído ou cetona, e ele sempre vai ficar com a menor numeração possível, ai é interessante testar com as duas possibilidades pra ver qual que ele fica com a menor numeração. D-carboidrato e L-carboidrato A glicose ali tem 4 carbonos quirais e a frutose tem 3. O gliceraldeído tem 1 carbono quiral, ai pode ter o D e o L gliceraldeído. Ai pra calcular o número de estruturas possíveis de um carboidrato, é só fazer 2 elevado ao número de carbonos quirais. Portanto, a glicose tem 16 estruturas possíveis, não só D ou L. A frutose ja tem 8 e por ai vai. O gliceraldeído só tem um carbono quiral então só tem 2 estruturas dele. D a hidroxila pra direita e a L hidroxila pra esquerda. Todas as aldoses são derivadas do gliceraldeído, a medida que vou colocando mais carbonos na estrutura dele (pra formar outras aldoses), o carbono quiral do gliceraldeído vai se distanciando do aldeído, ficando la embaixo. O OH que ta em rosa é aquele OH do gliceraldeído. E ai falar de D-glicose significa que essa molécula veio do D-gliceraldeído, mantendo o OH para a direita. E não que ele desvia a luz para a direita, isso vale só pra carboidratos que tem só um carbono quiral. Sempre vamos olhar o OH do carbono quiral mais distante da carbonila pra definir se é D ou L. A hidroxila do C quiral mais distante da carbonila vai ta pro lado direito, classificando ele como D carboidrato. Mas a hidroxila dos outros carbonos podem mudar de lado, ficando pra direita ou pra esquerda e, de acordo com isso, vao se formando várias moléculas diferentes de glicose de acordo com o lado que a hidroxila desses outros carbonos quirais estão (de menos o que define D, já que são todas D-glicose mas a OH dos outros carbonos sem ser o mais distante pode mudar de lado, dando origem a outros tipos de glicose do tipo D, já que quando muda a posição da hidroxila, da origem a outra molécula). Dessa forma, existem 8 possibilidades do tipo D com nomes diferentes e se eu trocar esse OH do carbono 5 – que é o mais distante da carbonila – ai vai ser L glicose, existindo também 8 possibilidades pro tipo L. Manose, Galactose e Glicose são os tipos de carboidratos com 6 carbonos mais importantes. Com 5 carbonos, é a ribose. De glicose para a manose, a diferença é no carbono 2 só. Glicose e galactose, a diferença ta no carbono 4 apenas, e por ai vai. Glicose, Manose e Galactose são moléculas com o mesmo número de C, O e H. Possuem diferenças apenas na posição da hidroxila, portanto, essas estruturas são isômeros. E ai os químicos deram nomes para esses isômeros. Triose, Tetrose, Pentose, Hexose e por ai vai se acordo com o número de carbonos. Isômeros (mesma fórmula molecular mas com diferentes estruturas) = estruturas químicas com a mesma fórmula molecular (mesmo número de cada elemento) mas que possuem arranjos químicos diferentes, eles estão dispostos de uma forma diferente. A glicose e a frutose são isômeros, por exemplo. A hidroxila pode mudar entre os isômeros, assim como outros átomos, fazendo com que esses isômeros tenham funções diferentes. Os isômeros podem ser constitucionais ou de funções. Tem os estereoisômeros = tudo igual mas muda só uma coisa, só um grupo. Podem ser difidivodos em enantiômeros (só um carbono quiral) e diasteroisômeros (mais de um carbono quiral). Esses diasteroisôemros podem ser divididos ainda em epímeros (se diferem em um carbono) e anômeros (isômeros em que um carbono que não era quiral passa a ser quiral pela mudança de conformação da estrutura). A glicose é epímero de manose em C2 e de galactose em C4 – epímero é tipo onde tem a diferença. Por essa diferença entre os isômeros, existem certas enzimas pra cada tipo, que irão se encaixar de maneira correta neles. Anômeros É um carboidrato assimétrico que aparece quando a estrutura fecha, se torna cíclica. Os monossacarídeos, como a glicose, irão se fechar quando estão em solução aquosa. A glicose, por exemplo, vai ta com a cadeia aberta em estruturas cristalizadas, por exemplo. Quando ficar aquoso, ela vai se fechar em que o carbono número 1 interage com a hidroxila do carbono quiral mais distante e ai com isso, se tem uma ligação do C com um O, formando uma nova hidroxila que não existia anteriormente. Com isso, o C número 1 se torna quiral a partir desse fechamento. A hidroxila que acabou de ser formada, ela pode ficar pra baixo (plano oposto ao oxigênio, chamamos de alfa) ou para cima (em relação ao oxigênio também, mesmo plano, chamamos de beta). Essa nova hidroxila é formada pq o H do último carbono quiral se ligou ao O da carbonila, assim, o C da carbonila passa a ser quiral,chamados de anômeros. No caso da frutose, é o C 2 que se liga ao último quiral, será sempre o C da carbonila que vai se ligar a esse último carbono quiral. Anômeros serão sempre em meio aquoso. Quando estão cristalizados, a cadeia fica linear. Beta glicose: hidroxila no mesmo plano que o oxigênio ou hidroxila em cima. Alfa glicose: hidroxila em plano oposto do oxigênio ou hidroxila em baixo. Nesses anéis que se fornam, os anomeros, se o ciclo se fechou com 6 carbonos recebe o nome de pirano, se for com 5 ai é furano. Glicose é pirano e frutose é furano. Glicopiranose e Frutofuranose. Carboidratos Redutores – Reação de Fehling Os monossacarídeos possuem aquele carbono que ta na carbonila disponível (na forma de anômero), dessa forma, esse C pode sofrer uma reação de oxidação, oxidar (perder elétrons). Toda vez que um carboidrato se oxida, tem essa capacidade de se oxidar, ele é chamado de redutor. E essa reação de oxidação é chamada de reação de fehling. Na prática, são utilizados reagentes chamados de fehling, que se o soluto (carboidrato) reagir com esses reagentes (que é mudar de cor de azul pra outra), dizemos que é fehling positivo, ou seja, é um carboidrato redutor pq oxidou – e esses carboidratos são muito reativos, reagem com muita facilidade justamente por aquele C da carbonila na forma de anômero ta disponível la. Dessa forma, a glicose consegue reagir com um tanto de coisa por essa propriedade, pq ela oxida, tem carboidrato que oxida. Todos os monossacarídeos são carboidratos redutores por terem o carbono da carbonila livre, os oligossacarídeos alguns são redutores e já os polissacarídeos, nenhum são redutores. Tanto que essa glicose (que é um carboidrato redutor – reage com muita facilidade por ter o carbono da carbonila livre) consegue reagir, se ligar com a hemoglobina (aos nitrogênios dos aa das pp) sem o uso de enzimas de tão reativa que ela é. Hemoglobina glicada A quantidade de glicose que ta ligada nela não muda de uma hora pra outra como a glicose plasmática. A hemoglobina dura cerca de 120 dias, dessa forma, se a pessoa ta com a glicemia elevada nesses 120 dias a hemoglobina dela vai ta super glicada (cheia de glicose) mesmo que ela faça uma dieta no dia anterior ali pra dar uma glicose baixa. Dessa forma, eu consigo ter um parâmetro glicêmico de 120 dias aproximadamente daquele paciente, se nesses dias ele teve, no geral, valores altos ou baixos de glicemia no organismo. Então o problema da glicose elevada, é que ela é um carboidrato redutor, portanto, super reativa. E aí pode sair reagindo com várias coisas em um caso de DM2, por exemplo. Glicose com Galactose: forma um dissacarídeo chamado de lactose. Frutose com glicose: sacarose. Ligação glicosídica: a ligação entre os monossacarídeos.
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