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A3 - HAC

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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI
HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
ATIVIDADE A3
São Paulo
2021
Gabriel Gomes dos Santos
HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
ATIVIDADE A3
São Paulo
2021
Leia os trechos a seguir.
“A arte contemporânea nasce como resposta ao esgotamento desse ensimesmamento da arte, com
as modalidades canônicas - pintura e escultura -- explorando-se, investigando suas naturezas até o
avesso. Entre os índices - e são tantos! - desse esgotamento, figuram desde o retorno de questões e
fórmulas antes vistas como ultrapassadas - a pintura e a escultura figurativas, de conteúdo político,
mitológico etc. - até o florescimento de expressões híbridas, quando não inteiramente novas, como
as obras que oscilavam entre a pintura e a escultura, os happenings e as performances; as obras
que exigiam a participação do público; as instalações; a arte ambiental etc.”
ENTENDA a arte contemporânea brasileira, de Lygia Pape a Leda Catunda. Folha de S.Paulo, São Paulo, 27
set. 2008, on-line. Folha Online. Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/folha/publifolha/352090-entenda-a-arte-contemporanea-brasileira-de-lygia-pape-a-l
eda-catunda-leia-capitulo-exclusivo.shtml. Acesso em: 29 jul. 2020.
“No espaço altamente segmentado da arte contemporânea, marcado pela pluralidade, um dos
maiores constrangimentos com o qual o artista se defronta é a preponderância da mídia. Se, na
anomia moderna, os artistas se defrontam com os colecionadores e os marchands, enfim, com o
mercado, na entropia contemporânea, o grande desafio é a mídia de massa. Essa uma das principais
mudanças que assinalam a passagem do mundo da arte moderna para o mundo da arte
contemporânea.”
BUENO, M. L. Do moderno ao contemporâneo: uma perspectiva sociológica da modernidade nas artes
plásticas. Revista de Ciências Sociais, Fortaleza, v. 41, n. 1, p. 27-47, 2010, p. 44. Disponível em:
http://www.periodicos.ufc.br/revcienso/article/view/473/455. Acesso em: 29 jul. 2020.
Considerando isso e os estudos acerca da transição da arte moderna para a contemporânea,
construa um texto dissertativo apresentando os seguintes pontos:
● uma percepção da transposição conceitual e técnica da arte moderna para a contemporânea
(pode ser exemplificada por um artista, obra de arte ou de forma teórico-conceitual);
● como a relação arte, vida e cotidiano se coloca na produção e no conceito de arte
contemporânea;
● como se coloca o mercado da arte e por que se apresenta a necessidade da interlocução
entre artista e marchand (negociante de obra de arte), assim como o papel midiático nesse
contexto.
Referência:
CURADOR, marchand, arte e suas definições. [S. l.: s. n.], 2019. 1 vídeo (3 min 54 s). Publicado pelo
canal Democratizando a arte TV. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=kwhvyd9JhYc.
Acesso em: 29 jul. 2020.
Se a pintura mais acadêmica e tradicional dos séculos 17,18 e 19 focaram
em uma técnica perfeita e contínua para retratar objetos muito bem estabelecidos.
Com a arte moderna, marca-se a representação das mudanças de uma sociedade
industrial, do campo e de uma arte crítica, associado a um anseio no valor de ser
original e inovador, abrindo caminhos para muitas tendências e movimentos,
incluindo o futurismo, cubismo, expressionismo abstrato, a art pop e muitas outras.
Este período fora marcado por grandes nomes como dos pintores Jackson Pollock (
1912-1956), Wassily Kandinsky (1866-1944) e um grande representante da arte
moderna e dos primeiros passos a arte contemporânea, o grande Willem de
Kooning (1904-1997), principal pintor difusor do expressionismo abstrato, que
começa a pintar criticamente naturezas-mortas e figurativas refletindo a influência
da escola de Paris e mais tarde em sua carreira nos anos 60, começa a
experimentar formas na pintura ainda mais abstratas, voltadas ao inconsciente e ao
emocional , como pode ser visto em seu trabalho “A Visita”.
Imagem 1 - A visita, 1966-67
Óleo sob canva 60x48 inches
Exatamente nesse período dos anos 1960 e 1970, nasce a arte
contemporânea, muito menos definida do que a arte moderna. Aqui, representa-se
estilos de artistas que em sua maioria ainda vivem hoje e que retratam infinitas
possibilidades - o espiritual, o subjetivo, a política, a alimentação, experiências
individuais/coletivas, territórios e tudo o que for sentido de ser criado. E assim como
a arte moderna, passam também a incorporar novos meios híbridos que dialogam
com os avanços sociais, tecnológicos e científicos de seu tempo, incluindo na arte
contemporânea a videoarte, performance, site specific e também as instalações.
Seguindo o fazer artístico contemporâneo, esse levanta também questionamentos
sobre o que é arte de fato e faz um movimento de aproximação da arte para com a
cultura popular, fundindo a arte e a vida análogamente a mescla de estilos artísticos
e materiais.
Nesse sentido, a medida que o artista experimenta cada vez mais, começa a
explorar também sua comunicação através de diferentes mídias, interagindo assim
com um número maior de pessoas, transpassando as galerias de cubo branco -
resultando em uma arte que está nas ruas, na internet, em espaços públicos de
circulação, provocando quem entra em contato com a obra a refletir sobre a arte e
como efeito, refletir também sobre a própria vida, nomeando um conceito que
chamamos de arte-vida.
Entretanto, ao meio dessa multiplicidade de criação, questiona-se o valor
dessas obras, uma vez que uma arte que está nas ruas não necessariamente valem
(no sentido capitalista da palavra) menos que uma obra dentro de uma galeria,
como as obras do artista de rua americano Banksy que tem trabalhos como a “Girl
With Balloon” avaliado a mais de 1.4 milhões de dólares.
Imagem 2 - - Girl with Ballon, 2002
Street Art, Banksy
E assim, nessa discussão do valor da arte e o que é arte na
contemporaneidade, acentua-se a importância do Merchand, um sujeito que muitas
vezes faz papel de curador, colocando-se à frente do mercado, posicionando-se
como vendedor - intermediador entre artista e colecionador. É ele quem, junto do
artista, as instituições de arte e o público define a arte como mercadoria e seu valor
em um cenário capitalista de oferta e demanda.
Dessa forma, embora a arte contemporânea e a arte moderna possam
parecer semelhantes no quesito pioneiro de inovação em produção artística, na
forma e na prática elas são extremamente distintas, cada uma com suas
singularidades. Assim, a arte moderna cria a base para a arte contemporânea se
consolidar, uma vez que ambas surgem como resultado dos avanços
técnico-científico e informacional na sociedade e estão preocupadas em ser
indicativas da cultura popular e de questões sociais objetivas e subjetivas de seus
respectivos períodos.
BIBLIOGRAFIA
THE CONVERSATION. Banksy and the tradition of destroying art.
Disponível em:
<https://theconversation.com/banksy-and-the-tradition-of-destroying-art-104810>
Acesso em 28.08.2021
TODA MATERIA. Arte Contmeporanea.
Disponível em:
<https://www.todamateria.com.br/arte-contemporanea/> Acesso em: 28.08.2021
ART SOUL. banky na artes urbana, estratégias de constestação.
Disponível em:
<https://blog.artsoul.com.br/banksy-na-arte-urbana-estrategias-de-contestacao/>
Acesso 28.08.2021
CHAPMAN EDU.Contemporary art vs modern art.
Disponível em:
<https://blogs.chapman.edu/collections/2015/11/30/contemporary-art-vs-modern-art/>
Acesso em: 28.08.2021
https://theconversation.com/banksy-and-the-tradition-of-destroying-art-104810
https://www.todamateria.com.br/arte-contemporanea/
https://blog.artsoul.com.br/banksy-na-arte-urbana-estrategias-de-contestacao/
https://blogs.chapman.edu/collections/2015/11/30/contemporary-art-vs-modern-art/

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