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CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA 01 Nódulos e Câncer de Tireoide NÓDULOS DE TIREOIDE EPIDEMIOLOGIA ● É um achado clínico comum ○ Incidência anual de 0,1% ○ Prevalência estimada com base na palpação 5% ○ Prevalência dos inóculos clinicamente não aparente por US em 60% dos casos ■ “Como a presença de nódulos em exames de ultrassom é bastante elevada (60%), não se pede US de tireoide em todos os casos.” ○ São mais comuns em ■ pessoas idosas, ■ mulheres, ■ pacientes com deficiência de iodo e com ■ história de exposição à radiação ● Importante ○ A investigação do nódulo de tireoide faz-se necessário para descartar a possibilidade de câncer de tireoide ■ Entre 5 a 10% dos nódulos em adultos apresentam células neoplásicas ■ Nódulos em crianças é um sinal de alerta, no sentido que, 26% das crianças com nódulos apresentam células neoplásicas ETIOLOGIA ● Bócio colóide ou adenomatoso ● Cistos simples ● Tireoidites ■ “Dado processo de reparação e deposição de colágeno" ○ Hashimoto ○ Linfocítica ○ Aguda (bacteriana) ○ Riedel (fibrosa) ● Doenças granulomatosas ● Neoplasias 1 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA DIAGNÓSTICO HISTÓRIA CLÍNICA ● ANAMNESE ○ Geralmente os nódulos são insidiosos (lentos) e costumam ser assintomáticos, ○ Usualmente os Nódulos de Tireoide (NT) são descobertos de forma acidental em exames clínicos ou através de ultrassom ● “não se sai pedindo ultrassom para todo mundo” ■ Quando pedir US: ● Quando paciente relatar queixa em região cervical em regiao topografica da tireoide ● Quando o nódulo for palpado ○ Geralmente nódulos menores que 1cm não são palpados ○ Sexo ■ Mais prevalente em mulheres 8x ■ Risco de malignidade maior em homens ○ Idade ■ Câncer mais comum em crianças e idosos (extremos) ○ Sintomas locais ■ Crescimento Rápido ■ Rouquidão ● Dado lesão do n. laríngeo recorrente ■ Disfagia ● dado compressao do esofago ■ Dor ● Indica tireoidite aguda ou subaguda viral ● Doenças associadas ○ Graves; Hascimoto ● Exposição à radioterapia de cabeça e pescoço ● TSH (Hormônio Estimulante da Tireoide) elevado ○ A maioria dos pacientes não têm TSH elevado, são eutireoideo. ● História Familiar de câncer de tireoide ou síndromes hereditárias - MEN 2 ○ Neoplasias Múltipla do tipo 2 (carcinoma medular de tireoide) EXAME FÍSICO ● Analisar tamanho, ● Consistência ○ Nódulo firme ou endurecido ● Mobilidade ○ Fixação do nódulo às estruturas adjacentes ● Sensibilidade ○ Dor 2 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA LABORATÓRIO ● TSH e T4 Livre ○ A maioria dos pacientes com câncer está eutireoidea ○ Hipertireoidismo em bócio nodular é um forte indicativo contra neoplasia (bom prognóstico) ■ Cintilografia pode colaborar com o diagnóstico ● Calcitonina ○ Produzido pelas células parafoliculares da tireóide, onde se dá o câncer medular da tireoide ■ É um achado mais característico para câncer medular da tireoide ○ Pode apresentar falsos positivos dado outras patologias. IMAGEM ● ULTRASSOM ■ Melhor exame para detecção de nódulos ● Sensibilidade de 95% ○ Ecogenicidade ■ 75% dos nódulos são hipoecogênicos (mais escuro) e risco de malignidade é de 55 - 95% ■ 20% são isoecogênico, risco de malignidade 7 - 25% ■ 5% são hiperecogênico, Risco de malignidade 1 a 4% ○ Microcalcificações ■ Microcalcificações são indicativos de malignidade ■ Calcificações grosseiras maiores são características benignas ● 3 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA ○ Margens irregulares ■ Margens irregulares indicam malignidade ○ Fluxo sanguíneo intranodular aumentado ■ Classificação de Chammas para US com Doppler ● Análise da vascularização do nódulo, se vascularização central há indícios de malignidade. ○ Aumento do diâmetro AP em relação ao transverso ○ Linfonodo Adenomegalia regional suspeita ■ Maior de 5 mm com calcificações finas ou degeneração cística ■ Ausência de hilo, hipervascularização periférica ● CINTILOGRAFIA ○ Principal indicação é nódulo de tireoide + hipertireoidismo ○ Maioria dos nódulos de tireoide são hipocaptantes ou normocaptantes ■ Em torno de 15% dos nódulos frios são malígnos ■ É rara a malignidade dos nódulos hipercaptantes (quentes) até 2% ● Dado esses fatores, a cintilografia tem pouco valor para distinguir lesões malignas de benignas. PUNÇÃO ASPIRATIVA POR AGULHA FINA (PAAF) Qual é o principal exame para diferenciar nódulos malignos de benignos? R: Punção aspirativa por agulha fina. ● Quando indicar? ○ TI-RADS ■ TR1 - Benigno - Não requer PAAF ■ TR2 - Não suspeito - Não requer PAAF ■ TR3 - Levemente suspeito - PAAF se maior de 2,5 cm ■ TR4 - Moderadamente suspeito - PAAF se maior de 1,5 cm ■ TR5 - Altamente suspeito - PAAF se maior de 1,0 cm 4 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA LAUDO PATOLÓGICO ● Sistema Bethesda ○ I - amostra não suficiente ○ II - Benigno - deve ser acompanhado ○ III - Atipia de significado indeterminado ○ IV - Neoplasia folicular ou suspeita para neoplasia folicular ○ V - Suspeito para malignidade ○ VI - Malígno ● Achados patológicos nas imagens acima: ○ Núcleos em grão de café ○ Corte histológico, projeções papilares com calcificação (corpo psamomatoso) MARCADORES IMUNO-HISTOQUÍMICOS E GENÉTICOS ● Tem como objetivo melhorar a acurácia da PAAF nos casos de diagnóstico indeterminados como bethesda III e IV, principalmente quando se está em dúvida da indicação de cirurgia 5 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA CÂNCER DE TIREOIDE ETIOLOGIA ● CÉLULAS FOLICULARES ○ Bem diferenciados (90%) ■ Papilíferos (80%) ■ Foliculares (10%) ○ Indiferenciados ou anaplásicos (<5%) ■ Um dos cânceres mais letais em humanos ● CÉLULAS PARAFOLICULARES ○ Células parafoliculares não produzem hormônios tireoidianos, e sim calcitonina, um hormônio que ajuda a regular a forma como o corpo usa o cálcio. ■ Carcinomas medulares (4%) ● Esporádicos (75%) ● Familiares (isoladamente ou associados às NEM 2) ● CÉLULAS NÃO TIREOIDIANAS ○ Linfomas ○ Sarcomas ○ Teratomas ○ Lesões metastáticas CARCINOMA BEM DIFERENCIADOS DE CÉLULAS FOLICULARES CARCINOMA PAPILÍFERO (80%) ● Prevalência em indivíduos entre a terceira e quinta década de vida ● Crescimento lento ● O prognóstico costuma ser bom em 80% dos casos com sobrevida em 10 anos. ● Pode ocorrer disseminação por linfáticos ○ Importante dado micrometástases em ambos os lobos da tireóide ■ “Conduta pessoal de tireoidectomia total mesmo sendo a conduta ideal a lobectomia, principalmente porque a reintervenção tem pior prognóstico” ● Piores prognósticos ○ Idade maior de 45 anos ○ Lesões aderentes ○ Metástases ○ Variantes histológicas mais agressivas com células altas ou colunares. 6 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA CARCINOMA FOLICULAR (10%) ● Maior prevalência em regiões deficientes em iodo ● Mais prevalente em indivíduos mais velhos (quinta década de vida) ● Possui crescimento lento e com bom prognóstico, embora a taxa de recidiva e mortalidade seja maior que no carcinoma papilífero. ● Metástases à distância são mais frequentes do que no papilífero ○ Usualmente em pulmão e ossos ● Pior prognóstico ○ Carcinoma de células de Hurthle TRATAMENTO DOS CARCINOMAS BEM DIFERENCIADOS 1. Tireoidectomia ○ Extensão depende do risco dado estadiamento do tumor 2. Radioterapia ○ Depende do risco; Alto risco e muito alto risco 3. Terapia supressiva com levotiroxina ○ Para manter o TSH baixo para reduzir ou evitar a estimulação das células da tireóide. ○ Doença estrutural persistente e ○ Níveis de Tg e Anti Tg . 4. Seguimento com Tg, anti Tg e US cervical com Doppler ○ Os níveis de tireoglobulinas tem função de analisar metástases CARCINOMA INDIFERENCIADO ANAPLÁSICO ● É o tipo mais grave e menos comum de neoplasias de tireoide (3%) ● Mais prevalente em áreas deficientes em iodo, mulheres e idosos ● 50% desses tumores surgem de uma lesão benigna ou de um Câncer de Tireoide bem diferenciado ● É uma das neoplasias mais letais em humanos ○ Sobrevida de 2 a 12 meses ● Quadro clínico ○ Invasividade local ○ disfagia ○ dispneia TRATAMENTO DO CÂNCER INDIFERENCIADO ANAPLÁSICO ● Tireoidectomiatotal ● linfadenectomia ● radioiodoterapia ● quimioterapia 7 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA CARCINOMA MEDULAR DE CÉLULAS PARAFOLICULARES CLASSIFICAÇÕES 1. NEM 2A (50% a 80%) ○ Somatório de patologias ■ Câncer Medular da Tireoide ■ Feocromocitoma ■ Hiperparatireoidismo primário 2. Câncer Medular da Tiróide Familiar (15 a 35%) ○ Isoladamente ou associados às Neoplasias Endócrinas Múltiplas (NEM 2) ○ Associados à mutação do proto-oncogene RET ■ Transmissão autossómica dominante 3. NEM 2B (5%) ○ Câncer Medular da Tireóide; Feocromocitoma ○ Ganglioneuromatose; hábitos marfanóides. QUADRO CLÍNICO ● Nódulo palpável nos ⅔ superiores da tireoide ○ Células parafoliculares apenas nos ⅔ superiores da tireoide ● Pode ser ○ Esporádico sendo indolente e solitário ○ Hereditário, podendo ser multicêntricos ● Metástases linfonodais presentes em até 50% dos pacientes ○ Metástases nos pulmões, fígado e ossos presentes em 20% dos pacientes ● Assintomático ● Pode ter múltiplos sintomas paraneoplásicas como ○ Flushing; diarreia aquosa; Cushing; fraturas DIAGNÓSTICO ● Análise do nível de calcitonina e CEA ○ correlacionada com o tamanho do tumor e presença de metástases ● PAAF com dosagem de calcitonina no lavado ● Rastreamento dos familiares se RET positivo ○ Dependendo do códon mutado faz-se tireoidectomia profilática na prole. TRATAMENTO ● Tireoidectomia total com esvaziamento central ● Tireoidectomia total profilática se RET + "Aqui não adianta fazer radioiodo e controlar o TSH, pois as células parafoliculares não respondem ao TSH e não absorve iodo.” 8 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA 02 Doenças da Hipófise HIPÓFISE ADENOHIPÓFISE - HIPÓFISE ANTERIOR ● Produz hormônios que controlam a função de outras glândulas ○ ACTH (corticotropina) ○ TSH (Hormônio estimulante da Tireoide) ○ FSH e LH (Hormônio Folículo Estimulante e Hormônio Luteinizante) ● Produz hormônios que agem diretamente nos tecidos ○ Prolactina - Mamas ○ GH - Hormônio do Crescimento - Ação nas cartilagens de crescimento ósseo NEUROHIPÓFISE - HIPÓFISE POSTERIOR ● É um prolongamento do hipotálamo ● Não participa da produção dos hormônios (hipotálamo), mas armazena e libera: ○ ADH (vasopressina)- Hormônio antidiurético ■ Ação nos túbulos coletores renais para reabsorção de água ○ Ocitocina ■ Função: ● promover as contrações musculares uterinas; reduzir o sangramento durante o parto; estimular a libertação do leite materno; desenvolver apego e empatia entre pessoas; produzir parte do prazer do orgasmo; Modular a sensibilidade ao medo (do desconhecido). PATOLOGIAS DA PITUITÁRIA HIPOPITUITARISMO 1. Defeitos genéticos 2. Defeitos embriológicos congênitos 3. Defeitos Adquiridos ○ Tumores ; Irradiação; Traumas; Síndrome da sela vazia; Vascular; Doença infiltrativas ○ Metabólicas; Idiopáticas 9 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA ADENOMAS DA ADENOHIPÓFISE ● Adenomas produtores: ○ Prolactina - 40% ■ Prolactinomas ○ GH - Hormônio do Crescimento - 20% ■ Na vida adulta - Acromegalia ■ Na infância - Gigantismo ○ ACTH (corticotrofina) - 5 a 10% ■ Doença de Cushing ○ Gonadotrofina (LH e FSH) - 1% ○ Tirotrofina (TSH), adenomas secretores - 1% ■ Hipertireoidismo central DOENÇA DE CUSHING ● Estado clínico decorrente do excesso de corticoide circulante devido a adenoma de hipófise productor de ACTH (corticotropina) - Causa central ○ Diferente da Síndrome de Cushing, a qual é causada pelo excesso de corticoide exógeno ou adenoma da suprarrenal ○ Causas da Síndrome de Cushing ■ 99% devido a ingestão de corticoide ■ 1% devido a produção interna ● Doença de Cushing 80% ● Adenoma de supra renal ● Produção ectópica FISIOPATOLOGIA Cortisol tem pico de secreção ao redor das 6h da manhã, o que vai diminuindo ao longo do dia e seu nadir em torno da meia noite até as 3h da manhã. CLÍNICA ● Fácies de lua cheia ● Fragilidade capilar ● Miopatias proximal ● Osteopenia e Osteoporose ● Ganho de peso com redução da taxa de crescimento ● Obesidade ● HAS ● Diabetes 10 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA DIAGNÓSTICO ● Presença de manifestações clínicas sugestivas de hipercortisolismo ● Exames laboratoriais confirmatórios de hipercortisolismo ● Exames para confirmação do hipercortisolismo ○ Análise do Cortisol após 1 mg de dexametasona; confirma se maior que 1,8 mg/dL ○ Análise do Cortisol apos 0,5 mg de dexametasona de 6/6h por 48h; confirma se nível sérico maior de 1,8 mg/dL ○ Cortisol livre urina de 24h ○ Cortisol salivar à meia noite ■ Dois testes diferentes em dias diferentes confirmam hipercortisolismo “desafio diagnóstico” CAUSAS DE DOENÇA DE CUSHING ● ACTH Dependente ○ Adenoma hipofisário ■ 10% macroadenoma ■ 90% microadenoma ○ Carcinoma pulmonar ○ Tumor pancreático ○ Feocromocitoma ● ACTH Independente ○ Doença da supra renal - 1% ■ Adenoma da suprarrenal (70%) ■ Carcinoma da supra renal (20%) ○ Iatrogênico (99%) ■ Glicocorticóide exógeno 11 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA TRATAMENTO DA DOENÇA DE CUSHING ● Cirurgia transfenoidal ○ Se houver recidiva, medicamentos ■ Cetoconazol ● Radioterapia ou radiocirurgia ○ Em casos mais difíceis ● Adrenalectomia bilateral ○ Em casos de recidiva complexas ● Síndrome de Cushing ACTH independente ○ Adrenalectomia unilateral PROLACTINOMAS ● O controle da secreção da prolactina é realizada pelo hipotálamo, predominantemente inibitória, através da dopamina nos receptores D2 lactotrofos na adenohipófise ○ Inibidores da Prolactina ■ Dopamina (principal) ■ GABA ■ Acetilcolina ■ Calcitonina ○ Liberadores de Prolactina ■ TRH - Hipotireoidismo descompensado ■ Serotonina ■ Estrógenos - Anticoncepcional ■ Vasopressina ■ Opióides CLÍNICA ● Mulheres no menacme ○ Galactorreia ○ amenorreia ○ infertilidade ○ deficiência de estrogênio ■ diminuição do libido; ressecamento vaginal; dispareunia; osteopenia ● Mulheres na pós menopausa ○ Efeito de massa ○ alterações no campo visual ● Homens ○ Diminuição da testosterona ○ impotência ○ infertilidade ○ ginecomastia ○ Efeito de massa 12 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA EFEITO GANCHO ● Exame laboratorial vem com valor normal mesmo paciente tem clínica forte. ● Pode ocorrer quando houver muita prolactina, acaba por causar um efeito falso negativo. ○ Solicita-se prolactina diluída para evitar efeito gancho. Imagem: prolactinoma DIAGNÓSTICO ● Microprolactinomas < 1 cm apresentam prolactina sérica > 100 ng/dL ● Macroprolactinomas > 1 c, apresentam prolactina sérica > 200 ng/dL ● Exames de imagem ○ RNM do encéfalo e hipófise ● Sintomas Clínicos TRATAMENTO ● Agonistas da dopamina (primeira indicação) ○ Bromocriptina ○ Cabergolina ■ Pode reduzir em até 50% o volume dos tumores ● Cirurgia ○ Somente nos casos de resistência aos agonistas da dopamina ou macroadenomas com efeito de massa em mulheres que desejam engravidar. ■ Dado risco de aumento do macroadenoma durante a gravidez. 13 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA ACROMEGALIA E GIGANTISMO ● Gigantismo ○ Excesso de GH na infância ● Acromegalia ○ Ocorre entre a 3 e 4 década de vida - usualmente por macroadenoma ○ O diagnóstico ocorre com 10 anos de doença ○ Mortalidade 2 a 3 x maior devido a doenças cardiovasculares. DIAGNÓSTICO DE ACROMEGALIA TRATAMENTO DA ACROMEGALIA ● Cirurgia transfenoidal (primeira opção) ● Caso de não cura com cirurgia ○ Análogos da somatostatina ■ Octreotida e lanreotida ○ Antagonistas do receptor do GH ■ Pegvisomant 14 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA ADENOMAS DA NEUROHIPÓFISE VASOPRESSINA ● Hormônio antidiurético ○ A vasopressina atua nos ductos coletores do rim, provocando retenção hídrica. ○ Tem função de reter água e estimular a sede ● Osmostato se localiza no hipotálamo ○ Quando há aumento da concentração de sódio extracelular e consequentemente aumento da osmolaridade plasmática, ocorre estímulo para liberação da vasopressina. ● Doenças causadas por alteração do Hormônio antidiurético (ADH) (vasopressina) ○ SIADH (excesso) ○ Diabetes insipidus (falta) DIABETES INSIPIDUS CENTRAL ● A diabetesinsipidus é a dificuldade em sintetizar e secretar vasopressina em resposta ao aumento da osmolaridade ● Os rins não conseguem concentrar a urina e grandes volumes de urina hipotônica ocorrem ○ Falta de Vasopressina ocasiona liberação de água (falta antidiurese) e “retém” sal ○ Diurese volumosa e hipotônica dado a falta de vasopressina CAUSAS ● Cirurgias transcranianos a área do hipotálamo ● Traumatismos ● Tumores ● Infecções no SNC ● Idiopáticos QUADRO CLÍNICO ● Grandes volumes urinários (poliúria) ○ Mais de 3 litros por dia ● Osmolaridade urinaria ● Polidipsia e caso o paciente não consiga repor água ocorrerá hipernatremia ● Poliúria diurna e noturna iguais ○ Por isso o nome diabetes insipidus, dado poliúria e polidipsia ● Diagnóstico diferencial ○ Diabetes Insipidus Nefrogênico ■ Incapacidade dos rins de responder à vasopressina (ADH) ● Principal causa: Lítio ○ Polidipsia Psicogênica 15 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA EXAMES LABORATORIAIS ● Osmolaridade urinaria ● Dosagem de vasopressina sérica ● Teste de resposta antidiurética ao DDAVP ● Exame de imagem TRATAMENTO ● Análogo da vasopressina ○ DDAVP (desmopressina) SÍNDROME DA SECREÇÃO INAPROPRIADA DO ADH - SIADH ● Dado excesso de liberação da vasopressina ou ADH ● Vasopressina em excesso ocasiona retenção de água (antidiurese) e liberação sal ● Principal manifestação clínica é a hiponatremia CAUSAS ● Neoplasias ● Distúrbios do SNC ● Substâncias exógenas SINTOMAS ● Depende do nível da hiponatremia e velocidade de instalação ○ Sódio entre 135 e 125 pode ser assintomático ○ Sódio entre 125 e 120 ■ Instalação crônica: cefaléia, dificuldade de concentração, memória prejudicada, cãibras, fraqueza ■ Instalação rápida (<48h): confusão mental, alucinações, sinais extrapiramidais, convulsões e coma ○ Sódio < 120 ■ Crises convulsivas, coma, parada respiratória e morte 16 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA DIAGNÓSTICO ● Hiponatremia hipotônica ● Osmolaridade plasmática baixa ● Sodio urinario elevado ● Osmolaridade urinária elevada ● Ácido úrico plasmático baixo ● Ausência de edema, hipotensão ortostática e sinais de desidratação TRATAMENTO ● Tentar esclarecer a causa e utilizar tratamento específico para a patologia de base ou suspensão do medicamento causador ● Restrição da ingesta de líquidos ○ Para que haja redução da diluição ● Tratamento farmacológico ○ Carbonato de lítio ■ Para tentar causar uma diabetes insipidus, para que o rim não tenha resposta tão elevada à vasopressina ○ Ureia ○ Furosemida 17 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA 03 Doenças das Adrenais ● Quais são? ○ Insuficiencia Adrenal ○ Feocromocitoma ○ Hiperaldosteronismo primário ○ Síndrome de Cushing 03.1 INSUFICIÊNCIA ADRENAL FISIOPATOLOGIA ● Glândula Supra Renal é formada de duas regiões distintas ○ Córtex ■ Zona Glomerulosa: ● Produz Aldosterona, a qual recebe estímulo da Angiotensina II e do ACTH oriundo da Hipófise Anterior ■ Zona Fasciculada: ● Produz Cortisol dado estímulo do ACTH ■ Zona Reticular ● Produz hormônios sexuais e anabólicos ○ Medula ■ Recebe estímulo do SNA Simpático, liberando e produzindo Epinefrina e Norepinefrina. ● A IA pode ser primária ou secundária e se manifestar de forma aguda ou crônica 18 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA DIAGNÓSTICO ● Dosagem de Corticóide matinal ○ Se menor que 3 microgramas diagnóstico positivo confirmado. ○ Se maior que 19 diagnóstico negativo confirmado INSUFICIÊNCIA ADRENAL PRIMÁRIA (Doença de Addison) ● Pode ocorrer por destruição de 90% ou mais do córtex adrenal ○ Ocorre portanto redução na produção de aldosterona (glomerulosa), cortisol (fasciculada) e androgênios (reticular). ○ Condição rara EPIDEMIOLOGIA ● Prevalencia 1:20.000 ● Predominio no sexo feminino ● Mais frequente entre 3º e 5º década de vida ● Condição fatal se não reconhecida e tratada ● Sintomas inespecíficos e encontrados em outras condições comuns como infecções virais, fadiga crônica e depressão ETIOLOGIA ● No Brasil a principal causa é a adrenalite autoimune (70%) ● Adrenalite infecciosa (AIDS, tuberculose) dado trofismo pela adrenal pela supressão do sistema imune do local. ● Mais raras ● Hemorragia Adrenal Bilateral ● Infiltração Adrenal (metastases) ● Cirurgias ● Induzidas por drogas ● Desordens Genéticas CLÍNICA DA INSUFICIÊNCIA ADRENAL SECUNDÁRIA (DOENÇA DE ADDISON) ● Fraqueza 100% ● Anorexia (sem fome e perda de peso) 100% ● Sintomas Gastrointestinais 92% ● Emagrecimento 100% ● Hiperpigmentação 94% ○ A melanocortina aumenta juntamente com o ACTH dado feedback da falta de corticoide ● Hipotensão Arterial 94% 19 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA ADRENAL PRIMÁRIA ● TERAPIA DE REPOSIÇÃO DE CORTICOIDES ○ Hidrocortisona ■ É mineralocorticoide tbm ○ Prednisona ■ Meia vida intermediária ○ Dexametasona ■ Meia vida longa “doses maiores de corticóide de manhã e doses menores de tarde” ● TERAPIA DE REPOSIÇÃO DE MINERALOCORTICÓIDES ○ Fludrocortisona ■ Em dose única pela manhã INSUFICIÊNCIA ADRENAL SECUNDÁRIA ● Decorre do comprometimento hipofisário (corticotrofina - ACTH) ou hipotalâmico (CRH) ● Ocorre principalmente pela supressão do eixo por uso continuado de corticoesteróides ○ Principal causa Iatrogenia ● Com atrofia das camadas fasciculada e reticulada ○ A camada glomerulosa não sofre atrofia, mantendo a produção de aldosterona dado sistema renina angiotensina aldosterona. ● Condição Frequente ETIOLOGIA ● Causa mais frequente é o uso crônico de glicocorticóides em doses suprafisiológicas ○ As quais inibem a secreção tanto de CRH quanto de ACTH ● Sintomas surgem após suspensão indevida ou brusca do fármaco ou por falta de ajuste adequado para situações de estresse (infecções) ● Pode ocorrer após cirurgia de Doença de Cushing (corticoide endógeno) ● Outras causas ○ Neoplasias na região hipotálamo hipófise ○ Irradiação na região da hipófise ○ Hipófise Linfocítica ○ Infiltração por tuberculose ○ Anorexia nervosa CLÍNICA DA INSUFICIÊNCIA ADRENAL SECUNDÁRIA ● Não há hiperpigmentação ○ ACTH e peptídeos da POMC normais ● Euvolemia e não há hipercalemia ○ Não há problemas com a aldosterona da camada glomerulosa ● Deficiência de outros hormônios hipofisários ○ Quando a causa não é iatrogenia. 20 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA ADRENAL SECUNDÁRIA ● TERAPIA DE REPOSIÇÃO DE CORTICOIDES ○ Hidrocortisona ■ É mineralocorticoide tbm ○ Prednisona ■ Meia vida intermediária ○ Dexametasona ■ Meia vida longa “doses maiores de corticóide de manhã e doses menores de tarde” CRISE ADRENAL ● Condição potencialmente fatal que requer tratamento imediato e adequado ● 25% em Doença de Addison ● Suspeita clínica faz-se necessário tratamento imediato ● Objetivo ○ Reverter a hipotensão ○ Corrigir desidratação ○ Distúrbios eletrolíticos CONDUTA ● Hidrocortisona ○ Início de ação mais rápido ○ Tem efeito glico e mineralocorticoide 21 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA 03.2 FEOCROMOCITOMAS ● Feocromocitomas são tumores de células cromafins da medula adrenal que produzem, armazenam, metabolizam e secretam catecolaminas. ● Paragangliomas possuem origem extra adrenal ● A apresentação típica: ○ Episódios de paroxismos de HAS ○ Associados a outros sintomas adrenérgicos ■ Palpitação ■ Tremores ■ Sudorese ■ Cefaleia ● Seu Diagnóstico deve ser considerado pois: ○ É uma causa curável de HAS ○ Potencialmente letal ○ Pode ser hereditário ○ Pode estar associado a outros tumores. EPIDEMIOLOGIA ● Doença rara ● Pico de incidência entre 4º e 5º década ● Na maioria das vezes São únicos, esporádicos e benignos (90%) ● Podem ser bilaterais e malignos principalmente se associados a síndromes genéticas familiares (30%) ○ NEM 2A ; RET + ○ NEM 2b ; RET + ■ Hábitos Marfanóides QUADRO CLÍNICO ● Hipertensão - 90% ● Tríade da Feocromocitoma ○ Taquicardia - 64% ○ Sudorese - 57% ○ Cefaleia - 80% QUEM DEVE SER RASTREADO PARA FEO?● Hipertensos jovens ● Hipertensos refratários ao tratamento ● Hipertensos com paroxismos, convulsões, choque inexplicável ● Labilidade da PA ● História familiar de FEO ● Evidência radiológica de massa em glândula adrenal 22 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA DIAGNÓSTICO ● LABORATORIAL ○ Faz-se dosagem das Metanefrinas livres plasmáticas ■ Método de rastreio ideal ■ Pode ser feita também a dosagem das metanefrinas em urina. ● IMAGEM ○ TC: Massa adrenal com componente cístico - necrose central ou hemorragia ● Cintilografia com I-MIBG 123 ○ Radioisótopo se acumula nas células cromafins TRATAMENTO ● O tratamento de primeira escolha é cirúrgico ● Recidivas podem ocorrer em 5 a 10%. ● Preparo para cirurgia ○ Pré-operatório: ■ Bloqueio adrenérgico com alfabloqueadores durante 7 dias ● Para suprimir os efeitos do excesso de adrenalina e noradrenalina ● Permitir a restauração do volume intravascular ■ Utiliza-se Fenoxibenzamina e Prazosina ■ Terapia adjuvante com bloqueadores de canal de cálcio ou beta-bloqueador apenas após o alfa-bloqueio ○ Intraoperatório ■ Monitorização hemodinâmica ■ Evitar halotano e atropina ■ Arritmias: Propranolol e lidocaína ■ HAS : Nitroprussiato de sódio ou fentolamina ■ Tratar a hipotensão quando é removido um tumor produtor de NE ■ Cuidados com a hipoglicemia no pós-op 23 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA 03.3 HIPERALDOSTERONISMO PRIMÁRIO (HAP) Sistema Renina Angiotensina Aldosterona (SRAA) é o principal sistema de controle pressórico: ● Angiotensina II ○ Retém água e sódio dado estímulo da aldosterona ○ Vasoconstritor arteriolar ○ Estimula ADH ● O Hiperaldosteronismo primário é ○ Grupo de desordens caracterizado pela produção excessiva e relativamente autônoma de aldosterona pelo tecido anormal da zona glomerulosa, ■ (Independente do SRAA) ■ Não suprimível pela sobrecarga de sódio ○ É a causa mais comum de Hipertensão Arterial Secundária ○ Efeitos ■ Supressão da atividade plasmática de renina ■ Clinicamente manifesta-se como ● Hipertensão arterial ○ Retém água ○ Hipertensão resistente ■ PAS > 140 e PAD > 90 com tratamento com 3 hipertensivos incluindo diuréticos (23%) ● Hipocalemia ○ Aldosterona reabsorve sódio e elimina potássio ● Alcalose metabólica ○ Eliminar íons de hidrogênio ETIOLOGIA ● Hiperplasia adrenal idiopática - 60% ● Adenoma produtor de aldosterona - 35% ● Carcinoma adrenal < 1% QUADRO CLÍNICO ● Maioria assintomático ● Hipertensão arterial ○ Os níveis pressóricos tendem a ser mais elevados em pacientes com APA do que com HAI ● Alcalose metabólica causando Sinais de Chvostek e Trousseau dado cálcio baixo ● Hipocalemia ● Polidipsia e poliúria (hipocalemia) ● Edema de MMII ● O Fator natriurético atrial produzido no miocárdio consegue eliminar e contra regular a pressão e os edemas 24 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA QUANDO INVESTIGAR ● HAS + Hipocalemia espontânea ou induzida por diurético ● Todos os pacientes hipertensos refratários ● PA controlada com 4 ou mais drogas anti hipertensivas ● Pacientes estágios 2 e 3 de pressao ○ PAS > 160 e PAD > 100 ● Incidentalomas adrenais em pacientes hipertensos ● HAS mais apneia do sono AVALIAÇÃO DE IMAGEM ● Todos os pacientes com HAP devem fazer TC adrenal na investigação para excluir carcinoma adrenocortical ○ A TC de supra renal deve ser usado apenas para excluir diagnóstico de carcinoma adrenocortical ○ Microadenomas podem ter áreas de hiperplasia não funcionantes, não necessitando assim de cirurgias. INVESTIGAÇÃO ETIOLÓGICA ● Padrão ouro é o Cateterismo de Veias Adrenais ● S 95% e E 100% ● Indicado quando os testes bioquímicos são sugestivos de APA, mas cuja presença não pode ser definida pela imagem. ● Importante para avaliar qual adrenal está com defeitos e corroborar com o diagnóstico TRATAMENTO ● Cirurgia ○ Recomenda-se que a hipertensão e a hipocalemia estejam controladas antes da cirurgia ○ Dieta rica em sódio para evitar hipercalemia ■ Quando a outra adrenal remanescente suprimida retorna ao trabalho, faz-se necessário sal. ● A PA normaliza-se em 6 meses podendo levar 1 ano ● Para pacientes com doença bilateral recomenda-se tratamento com espironolactona ○ Espironolactona pode gerar ginecomastia 25 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA ADENOMA PRODUTOR DE ALDOSTERONA (ALDESTERONOMA) ● Quase sempre unilateral (98%) e geralmente tem menos de 3 cm ● Independentes ○ Não responde ao estímulo de angiotensina II ○ Não responde as manobras que intervém no SRAA HIPERPLASIA ADRENAL IDIOPÁTICA ● Hiperplasia bilateral da zona glomerulosa ● Com resposta aumentada da aldosterona ao estímulo pela angiotensina II CARCINOMA PRODUTOR DE ALDOSTERONA ● Em geral são tumores grandes > 6cm ● Geralmente secretam outros esteróides 26 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA 04 Doenças das Paratireoides ● As paratireóides são quatro glândulas que ficam no pescoço, atrás da tireóide, cuja função é controlar os níveis de cálcio no sangue por meio da produção do hormônio paratireoideano ou paratormônio (PTH). ● Paratormônio (PTH) - Aumenta Cálcio Sérico ○ Estimula a remoção de cálcio e fosfato da matriz óssea aumentando a concentração de cálcio no plasma ■ osteoclastos reabsorvem a matriz e solubilizam o Ca+ ● Cálcio para ○ Coagulação sanguínea ○ formação óssea ○ contração muscular e repolarização da membrana ○ Estimula a hidroxilação da vitamina D, aumentando a absorção de cálcio pelo intestino ○ Nos rins aumentam a reabsorção de cálcio e inibem a reabsorção de fosfato e bicarbonato pelos túbulos renais ○ O feedback negativo causado pelo cálcio sérico reduz liberação de paratormonio ○ O paratormônio tem efeito contrário da calcitonina, a qual é produzida pelas células parafoliculares da tireóide (aquelas do carcinoma medular) ■ Calcitonina coloca cálcio no osso HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO ● Principal causa de hipercalcemia MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ● Renal ○ Poliúria; Polidipsia; Nefrolitíase de repetição ● Gastrointestinal ● Musculoesquelético ○ fraqueza muscular; osteoporose ● Neurológico ○ Diminuição da concentração; Confusão mental; Fadiga ● Cardiovascular ○ Redução do intervalo QT; Bradicardia 27 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA TRATAMENTO DA HIPERCALCEMIA ● Objetivo é baixar a concentração sérica de cálcio e, se possível, tratar a doença causadora ● É o valor absoluto e o ritmo do crescimento do cálcio que determinam a presença de sintomas e que orientam a necessidade e a intensidade do tratamento ● Manejo: ○ Hidratação rápida ○ Diurético de alça ○ Glicocorticóides ○ Diálise ETIOLOGIA ● Adenoma de paratireoide 90% ● Hiperplasia de paratireóide 15% ● Síndromes de neoplasias endócrinas múltiplas (NEM 1) ● Carcinoma das paratireoides <1% SINAIS E SINTOMAS ● Envolvimento ósseo intenso 30% ● Litíase renal de repetição 20% ● Síndrome Neuropsiquiátrica 3% ● Fadiga, Letargia e desconforto abdominal DIAGNÓSTICO ● Elevação do cálcio sérico > 10,4 mg/dL normal entre 8,5 e 10,2 ● Elevação do Paratormônio (PTH) IMAGEM ● US de paratireoides; Cintilografia; RM de paratireoide TRATAMENTO CIRÚRGICO DO HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO ● Indicação de tratamento cirúrgico ○ Nefrolitíase ou osteíte fibrosa cística ○ Assintomáticos + 1 ■ Cálcio sérico > 1 mg/sL; Idade < 50 ■ Pacientes cujo acompanhamento nao seja possivel HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO ● A deficiência de vitamina D é a causa mais comum de elevação isolada do PTH ● A causa mais comum de hiperparatireoidismo secundário é a insuficiência renal crônica ○ dado deficiência da produção do precursor da vitamina D 28 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA HIPOPARATIREOIDISMO ● Causa de hipocalcemia ● Principais causas ○ Hipoparatireoidismo primario ou secundario ■ Diminuição do paratormônio ou de seus efeitos ● Ocorrerá deposição de cálcio nos ossos e tecidos ■ Deficiência de Vit D, Magnésio SINAIS E SINTOMAS ● Parestesias ou formigamentos na área perioral ● Ansiedade ou confusão mental ● Hiperreflexia ● Estridor laríngeo ● Tetania ● Convulsões tonicoclônicas ● Prolongamentodo segmento QT TRATAMENTO ● Evitar complicações agudas e crônicas da hipocalcemia ● Manter o cálcio total no soro no limite inferior da normalidade ● Hipocalcemia aguda grave ○ Administração EV emergência de gluconato ou cloreto de cálcio ● Tratamento de manutenção ○ Correção da calcemia (calcio + vitamina D sintética) via oral 29 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA 05 Complicações Agudas da DM ● Complicações Agudas ○ Hiperglicemia ■ Cetoacidose diabética (CAD) ■ Estado Hiperglicêmico Hiperosmolar (EHH) ○ Hipoglicemia ● Complicações Crônicas ○ Retinopatia ○ Nefropatia ○ Neuropatia periférica ○ Neuropatia autonômica HIPERGLICEMIAS CETOACIDOSE DIABÉTICA ● É uma complicação aguda que ocorre em pacientes com DM1 ● Caracterizada por completa falta de insulina FATORES PRECIPITANTES ● Infecções ○ Pneumonia; Infecção urinária ● Uso inadequado de insulina FISIOPATOLOGIA ● Deficiência absoluta de insulina ● Excesso de hormônios contrarreguladores ○ Glucagon, catecolaminas, cortisol e SH ● Ocorre, dado hiperglicemia (osmose) ○ Desidratação e anormalidades hidroeletrolíticos principalmente pela diurese osmótica causada pela glicosúria ● Cetoacidose ○ A ação dos hormônio contrarregulador glucagon dado a falta de insulina ■ Tecido adiposo inicia a lipólise ● A cetoacidose somente ocorre em deficiência absoluta de insulina pois ocorre lipólise, a qual libera ácidos graxos livres ● A liberação de corpos cetônicos, dado à cetogênese, é a responsável pela cetoacidose. 30 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA TRÍADE DA CETOACIDOSE DIABÉTICA 1. Hiperglicemia 2. Cetonemia 3. Acidose metabólica QUADRO CLÍNICO DA CAD Sinais e sintomas usualmente se desenvolvem em um período curto (24h) ● Poliúria; Polidipsia ● Desidratação ● Dor abdominal que simulam abdome agudo ● Hálito cetônico ● Respiração de Kussmaul ○ Respiração profunda e rápida; Tentativa de retirada de CO2 para reduzir acidose; Sinal de melhora da acidose ● Taquicardia e hipotensão ● Letargia/coma DIAGNÓSTICO DE CAD ● HGT > 250 ● Gasometria < 7,3 ● Bicarbonato < 15 ● Osmolaridade normal ● Cetonúria e Cetonemia positivo 31 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA TRATAMENTO DA CAD 1. Reposição volêmica a. Hidratação com soro fisiológico e soro glicosado i. Para melhorar acidose necessita de insulina (parando a lipólise), mas deve se evitar a hipoglicemia (por isso o soro glicosado) 2. Correção de potássio antes de iniciar insulina a. Se houver hipocalemia, deve se repor o potássio. b. Hemograma, uréia e creatinina c. Na, K, gasometria venosa de 2/2h 3. Iniciar insulina a. HGT de 1/1h b. 0,1 U/kg/h em bomba de infusão até bicarbonato > 18 (correção da CAD) c. Atenção às complicações como i. hipoglicemia ii. hipocalemia iii. edema cerebral 1. Alterações pupilares; nível de consciência; convulsões; bradicardia ESTADO HIPERGLICÊMICO HIPEROSMOLAR ● Ocorre dado complicações agudas em DM2 ○ sendo mais frequentes em idosos ● Caracterizado pela deficiência relativa de insulina ○ Os níveis circulantes de insulina são suficientes para prevenir a lipólise, evitando assim um quadro de cetoacidose ○ Níveis de insulina não são suficientes para propiciar a utilização da glicose. ■ Hiperglicemia e Desidratação QUADRO CLÍNICO Quadro mais insidioso, evoluindo em dias ou semanas ● Desidratação importante ○ Osmolaridade maior e portanto redução do sensório maior ○ Poliúria ○ Maior déficit sensorial ● Hipotensão; Taquicardia; Ausência de taquipneia ● Ausência de acidose metabólica DIAGNÓSTICO DE EHH ● HGT > 600 ● Gasometria > 7,3 ● Bicarbonato >15 ● Osmolaridade > 320 ● Cetonúria e Cetonemia negativo 32 CLÍNICA III - ENDOCRINOLOGIA HIPOGLICEMIA ● É a complicação mais frequente do tratamento da DM e pode ser fatal ● Hipoglicemia grave é aquela que o paciente requer assistência de outra pessoa para a administração de glicose ou glucagon para reverter o quadro. ● Hipoglicemia sintomática documentada é glicemia < 70 mg/dL ● Hipoglicemia assintomática é glicemia < 70 sem sintomas ● Hipoglicemia reativa é glicemia > 70 com sintomas SINAIS E SINTOMAS ● Neuro Autonômicos ○ Falta de estabilidade ○ Ansiedade ○ Palpitações ○ Sudorese ● Neuroglicopênicos ○ Formigamentos ○ Irritabilidade ○ Confusão mental ○ Dificuldade de raciocínio ○ Dificuldade de fala ○ Visão borrada ○ Ataxia TRATAMENTO ● Conscientes ○ Ingestão de alimentos contendo açúcar ○ Frutose pura não atravessa a barreira hematoencefálica ○ Glucagon subcutâneo ● Torporoso ou coma (lembra avc) ○ Glicose hipertônica ○ Glucagon 33
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