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Alterações no recém-nascido Epúlide congênita - Raro, com etiologia incerta, de curso benigno. - Nódulo único e pedunculado, de superfície lisa. - Acomete o rebordo alveolar dos neonatos. - Coloração variando do rosa ao vermelho. - Tratamento: intervenção cirúrgica. Pérolas de Epstein - Pequenos nódulos com 2 ou 3mm de diâmetro. - Coloração esbranquiçada, firme a palpação, circunscritas, únicas ou múltiplas. - Ocorre ao longo da rafe palatina. - Desaparecerem ao longo dos 3 primeiros anos de vida. Nódulos de Bohn - Pequenos cistos preenchidos por queratina, semelhantes as pérolas de Epstein, porém não ficam restritos a rafe palatina, podendo se distribuir pelo palato. Cisto gengival do recém-nascido - Cistos com queratina em seu interior. - Ocorre na mucosa, dos lados vestibular e palatino. - Bem parecido com as pérolas de Epstein e os nódulos de bohn. Doença de Riga-fede - Úlcera traumática na parte ventral da lingual de bebês que estão sendo amamentados. - Causada pelo atrito da mucosa com dentes natais ou neonatais durante a sucção. Alterações não patológicas Língua fissurada - Hereditário, assintomático. Língua Geográfica ou glossite migratória benigna - Etiologia desconhecida, mas pode estar associada a diversos fatores, como ansiedade, estresse e alergias. - Causa áreas avermelhadas, erosivas, dimensões variadas, bem demarcados e esbranquiçados. Anquiloglossia - Freio lingual curto ou inserido muito próximo à ponta da língua - Conhecido popularmente como “língua presa” - Tratamento: Cirúrgico por meio das técnicas de frenectomia ou frenotomia. Fissura labial - Etiologia genética ou teratológica. - Pode ser completa (quando se estende até a narina e envolve o palato) ou incompleta (quando se estende a uma distância variável, da narina, apesar de poder comprometer ou não o palato. Lesões com retenção de líquido Cisto de erupção ou cisto eruptivo - Dilatação, por acumulo de fluido ou sangue, do espaço folicular, que envolve a coroa de um dente em erupção. - Apresenta-se consistente a palpação, de coloração translúcida ou azulada. - Assintomático. - Comum em crianças abaixo de 10 anos. - Afeta mais as regiões de incisivos e caninos superiores e os molares inferiores. - Tratamento: Pode desaparecer espontaneamente ou quando necessário realizar uma ulectomia. Mucocele - Origina-se a partir da ruptura de um ducto de glândula salivar menor, com o consequente extravasamento de saliva para os espaços teciduais adjacentes. - Tem aspecto bolhoso de coloração translúcida. - Assintomático. - Tratamento: excisão cirúrgica, podendo envolver as glândulas salivares envolvidas. Rânula - Lesão com as mesmas características da mucole, porém ocorre na região sublingual Lesões ulcerativas Úlcera traumática - Decorrente de traumas, como: Mordida involuntária após anestesia, acidentes, queimaturas térmicas ou químicas. - O aspecto clínico depende do tipo de trauma, intensidade e localização. Afta (Ulceração aftosa recorrente) - Etiologia multifatorial (Fatores genéticos, infecção bacteriana, compromentimento imunológico, deficiência de ferro, vitamina B-12 ou ácido fólico, traumas ou problemas gástricos). - Lesão ulcerativa dolorosa, que dura em média 3 dias. - Tratamento: pomada Ad-muc (ideal para crianças e bebês). Lesões proliferativas não neoplásicas Lesão periférica de células gigantes - Ocorre em crista de rebordo, após extrações traumáticas ou na gengiva (ligada a um fator traumático). - Apresenta-se como uma massa nodal de tamanho variável, evolução lenta, assintomática, séssil, bem vascularizada, de cor vermelha com áreas acastanhadas. - Tratamento: remoção do agente traumático e exérese da lesão. Granuloma piogênico - Surge como uma resposta tecidual exuberante frente a uma irritação crônica local. - Apresenta-se como um nódulo, séssil ou pediculado, geralmente indolor, com superfície lisa, de coloração vermelho- arroxeada. - O local mais acometido é a gengiva. - Tratamento: cirúrgico e remoção do agente agressor. Fibromatoses gengivais Fibromatose gengival hereditária - Por influência genética pode afetar várias pessoas da mesma família. - Caracteriza-se por um espessamento do rebordo alveolar, firme à palpação, assintomático, com coloração normal ou ligeiramente mais clara, aspecto liso ou nodular. - Surge na época da troca dos dentes, dificultando a erupção dos dentes permanentes, podendo ocasionar mau posicionamento dentário. - Tratamento: ulectomia. Fibromatose gengival química ou medicamentosa - Causado pela associação de fatores irritativos locais com o uso contínuo de algumas medicações: fenitoína (anticonvulsivo), a ciclosporina (imunossupressor) e o nifedipino (bloqueador de canais de cálcio). - Caracteriza-se por uma massa nodular, de consistência firme e assintomática, coloração rósea. - Esse crescimento gengival, ocorre principalmente na região das papilas, que aos poucos cobrem os dentes. - Tratamento: orientações sobre higienização, modulação da medicação ou até mesmo a substituição, além da fase cirúrgica. Fibromatose gengival irritativa - Etiologia ligada a um fator irritativo crônico generalizado (bandas ortodônticas, biolfime ou mau posicionamento dentário). - Comum em indivíduos que não conseguem selar os lábios. - Apresenta-se como aumentos gengivais múltiplos, de coloração vermelha ou rósea que recobrem os dentes. - Halitose é comum nesses pacientes. - Tratamento: Eliminação da causa de gengivectomia. Doenças infecciosas Periostite proliferativa - Antes chamada de osteomielite de Garré - Origem bacteriana. - Forma mais frequente de osteomielite em crianças (principalmente aos 12 anos). - É uma reação periosteal diante da presença de um processo inflamatório. - Comum em dentes desvitalizados, geralmente o primeiro molar permanente, ocorre devido a liberação de toxinas da polpa necrosada que agridem os tecidos periodontais e progride até periósteo. - Apresenta-se como um aumento de volume, unifocal, assintomático, duro a palpação, sem fístula. - Radiograficamente é possível visualizar formações ósseas radiopacas, lembrando “ casca de cebola”. - tratamento: Endodontia ou exodontia do elemento dentário. Gengivoestomatite herpética aguda - Origem viral, causada pelo vírus herpesvírus hominis - A infecção primaria surge ao redor dos 2 ou 3 anos - Transmissão através de gotículas de saliva ou outras secreções contaminadas - Após o perído de incubação (1 semana), o paciente pode apresentar febre, mal-estar, dores articulares, irritabilidade e dor ao deglutir, esses sintomas podem durar 48h. Posteriormente o paciente pode apresentar, inflamação gengival, edema, eritema e dor, em seguida surgem vesículas que inicia na gengiva e, depois, estende-se para a língua. Essas vesículas rompem após 6 dias deixam úlceras. - Após essa infecção primária o vírus ficará latente, podendo surgir outros episódios da enfermidade. - Tratamento: sintomático (uso de anti-inflamatórios, antibióticos, antifúngicos, anestésicos, e antissépticos leves). Herpangina - infecção aguda casusada pelo vírus coxsackie em seus tipos A e B. - Caracteriza-se por lesões vesiculares e ulcerativas disseminadas no palato mole, úvula, tonsilas e base da língua. - O paciente relata dor de garganta, febre, mal-estar, cefaleia e disfagia. - Tratamento: sintomático. Doença das “mãos, pés e boca” - Doença autolimitante, causada pelo vírus Coxsackie A 16, assim como os tipos A 5, 9 ou 10, o ecovírus 11 e o enterovírus 71. - Comum em bebês e crianças. - Lesões na pele e na boca,como máculas eritematosas e posteriormente vesículas centrais, que romperão sem a formação de crosta. - Tratamento: sintomático. Candidíase pseudomembranosa - Conhecida popularmente como “sapinho”. - Infeccção fúngica (cândida albicans). - Caracteriza-se por placas brancas fáceis de serem removidas, semelhante a “leite coalhado”. Ao serem removidas, o local fica eritematoso e apresenta sintomatologia dolorosa. - Tratamento: Nistatina (tópico) ou fluconazol ou itraconazol (sistêmico). Neoplasias benignas Hemangioma - Comum em recém-nascidos e crianças - É dividido de acordo com a estrutura envolvida: Capilares (acomete vasos de pequeno calibre) ou cavernoso (acomete vasos arteriais e venosos). - Lesão plana ou elevada da mucosa, sob a forma de nódulo endofítico de consistência mole ou fluida, de tamanho variado, assintomático. - Diagnóstico pode ser realizado através da técnica de vitropressão, onde a lesão fica isquêmica ou punção. - Comum nos lábios, língua, mucosa jugal e no palato. - Tratamento: Acompanhamento até a remissão ou aplicação de substancias esclerosantes, criocirurgia ou laserterapia cirúrgica. Linfangioma - Acomete os vasos linfáticos, geralmente surge desde o nascimento, e desenvolvem por volta dos 2 anos. - Apresenta-se como vesicular com a mesma cor da mucosa ou ligeiramente mais vermelhas. - Tratamento: laser Nd-yag ou excisão cirúrgica . Neoplasias Malignas Linfoma de Burkitt - Acomete crianças na primeira década de vida. - Evolução rápida e fatal. - Associado ao vírus EBV (Epstein-barr vírus). - Afeta principalmente o complexo maxilomandibular e vísceras. - Tratamento: quimioterapia. Sarcoma - Surge de qualquer tecido conjuntivo do organismo. - Comum ocorrer metástases. - Osteossarcoma é o tumor do tecido ósseo mais comum. - Caracterizado por uma massa tumoral de crescimento rápido, consistência firme. - Causa dor, obstrução nasal e deslocamento dental na região - Na radiografia é possível visualizar destruição óssea com limites mal definidos. Leucemia - É a neoplasia maligna mais comum na infância. - Se prolifera na medula óssea, e posteriormente invade o sangue. - Classificada em mieloides ou linfocíticas. - Sintomas: Anorexia, irritabilidade, fadiga, palidez, sangramento espontâneo e febre. - Hemograma com leucocitose acentuada. - As alterações bucais mais comuns são petéquias e sangramento gengival.
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