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GESTÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGOGICO EDUCACIONAL IPB

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1 
 
IPB - Instituto Pedagógico Brasileiro 
Gestão do Projeto Politico Pedagogico Educacional (PPPE). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação de 
Ensino Instituto IPB 
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IPB - Instituto Pedagógico Brasileiro 
Gestão do Projeto Politico Pedagogico Educacional (PPPE). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gestão e PPPE 
3 
 
IPB - Instituto Pedagógico Brasileiro 
Gestão do Projeto Politico Pedagogico Educacional (PPPE). 
 
 
 
Sumário 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 4 
1 PROJETO .................................................................................................................................................... 5 
1.1 Definição ............................................................................................................................................ 5 
1.2 O gerenciamento de projetos ............................................................................................................ 5 
2 O FORTALECIMENTO DA GESTÃO ESCOLAR .............................................................................................. 8 
2.1 Autonomia.......................................................................................................................................... 8 
2.2 Democracia ........................................................................................................................................ 9 
2.3 Participação ...................................................................................................................................... 11 
4 O PPPE E A ORGANIZAÇÃO CURRICULAR - DESAFIOS DE UM NOVO MODELO ............................... 24 
GLOSSSÁRIO BÁSICO PARA PPPE ................................................................................................................ 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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IPB - Instituto Pedagógico Brasileiro 
Gestão do Projeto Politico Pedagogico Educacional (PPPE). 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
As ideias aqui expostas, como não poderiam deixar de ser, não são neutras, 
afinal, opiniões e bases intelectuais fundamentam o trabalho dos diversos institutos 
educacionais, mas deixamos claro que não há intenção de fazer apologia a esta ou 
aquela vertente, estamos cientes e primamos pelo conhecimento científico, testado e 
provado pelos pesquisadores. 
 
Não obstante, o curso tenha objetivos claros, positivos e específicos, nos 
colocamos abertos para críticas e para opiniões, pois temos consciência que nada 
está pronto e acabado e com certeza críticas e opiniões só irão acrescentar e 
melhorar nosso trabalho. 
 
Como os cursos baseados na Metodologia da Educação a Distância, vocês 
são livres para estudar da melhor forma que possa organizar-se, lembrando que: 
aprender sempre, refletir sobre a própria experiência se soma e que a educação é 
demasiado importante para nossa formação e, por conseguinte, para a formação 
dos nossos/ seus alunos. 
 
Trata-se de uma reunião do pensamento de vários autores que entendemos 
serem os mais importantes para a disciplina. 
 
Para maior interação com o aluno deixamos de lado algumas regras de 
redação científica, mas nem por isso o trabalho deixa de ser científico. 
Desejamos a todos uma boa leitura e caso surjam algumas lacunas, ao final 
da apostila encontrarão nas referências consultadas e utilizadas aporte para sanar 
dúvidas e aprofundar os conhecimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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IPB - Instituto Pedagógico Brasileiro 
Gestão do Projeto Politico Pedagogico Educacional (PPPE). 
 
 
1 PROJETO 
1.1 Definição 
 
 
Mesmo que a nossa intenção e objetivos estejam focados no ambiente 
escolar, na gestão da escola, achamos de bom tom explicar o que é um projeto e 
seu gerenciamento pela ótica empresarial. 
 
Pois bem, um projeto é uma iniciativa que é única de alguma forma, seja no 
produto que gera, seja no cliente do projeto, na localização, nas pessoas envolvidas, 
ou em outro fator. Isto diferencia projetos de operações regulares de uma empresa – 
a produção em série de margarinas, por exemplo, é uma operação da empresa, mas 
por outro lado, a criação de um móvel sob encomenda é um projeto (PIETRO, 2002). 
 
Em segundo lugar, um projeto tem um fim bem definido, ou seja, tem um 
objetivo claro, que quando atingido, caracteriza o final do projeto. Isto faz com que o 
desenvolvimento de um novo negócio, por exemplo, possa não ser considerado um 
projeto (PIETRO, 2002). 
 
Essas definições de imediato nos levam a um antagonismo quando 
pensamos em projeto político pedagógico. Veremos que esse documento é um 
trabalho sempre em construção, em modificação, mas ao final da apostila 
esperamos que entendam porque desse documento, o projeto político pedagógico 
ser considerado um projeto. 
1.2 O gerenciamento de projetos 
 
Gerenciar, administrar, coordenar ou gerir um projeto é a aplicação de 
técnicas, conhecimento e habilidades para garantir que um projeto tenha sucesso. 
E gerenciar um projeto envolve desde iniciá-lo até finalizá-lo, passando pelas 
etapas de planejamento, execução e atividades de controle. 
 
O Project Management Institute1 (PMI) compilou as melhores práticas de 
gerenciamento de projetos utilizadas ao redor do mundo, que são aplicadas em 
projetos de tamanhos e áreas diferentes, e montou uma publicação, chamada 
PMBOK – Project Management Body of Knowledge. 
 
 
 
 
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IPB - Instituto Pedagógico Brasileiro 
Gestão do Projeto Politico Pedagogico Educacional (PPPE). 
 
 
Esta publicação contém inúmeros processos de trabalho, cada um com um 
conjunto de técnicas e ferramentas, para serem usadas ao longo das cinco fases de 
um projeto, que são: iniciação, planejamento, execução, controle e finalização. 
 
Este conjunto de processos e técnicas é mundialmente aceito como sendo 
um padrão bastante razoável para se aplicar em projetos de todos os tipos e 
tamanhos, e é considerado um conjunto de técnicas modernas de gerenciamento de 
projeto. 
 
O que se ganha ao aplicar estas técnicas? Aumenta-se significativamente a 
probabilidade de seu projeto atingir os objetivos para o qual ele foi criado, dentro do 
prazo estipulado, e dentro do custo esperado. E isso já é um grande benefício, uma 
vez que é fato que a maioria dos projetos é concluída em atraso e com custo acima 
do previsto. 
 
Os processos de trabalho foram organizados pelo PMI em nove áreas do 
conhecimento. 
 
Por exemplo, a gestão do escopo é uma destas áreas, e trata de todos os 
processos envolvidos para iniciar o projeto, planejar o escopo do projeto, definir 
como as alterações de escopo serão tratadas ao longo do projeto, controlar o 
escopo e assim por diante. 
 
De forma análoga, a gestão de custos é outra área de conhecimento, que 
trata da realização de estimativas de custos, da criação de orçamentos, de técnicas 
para se controlar os custos do projeto, etc. 
Outra área de conhecimento lida com o gerenciamento de riscos no projeto, 
e envolve a identificação, a classificação e priorização de riscos, assim como a 
definição de estratégias a serem adotadas para cada situação que envolve risco. 
 
As demais áreas de conhecimento são: gestão integrada do projeto, gestão 
de prazo, gestão de recursos humanos, gestão da qualidade, gestão da 
comunicação, e gestão das aquisições. 
 
Lembremos sempre que o gerenciamentode projetos envolve lidar com 
pessoas a todo o momento – a equipe do projeto, o cliente, quem financia o projeto, 
outras áreas envolvidas, fornecedores, entre outros, e isto requer habilidades que 
vão além do simples uso de softwares. 
 
 
 
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IPB - Instituto Pedagógico Brasileiro 
Gestão do Projeto Politico Pedagogico Educacional (PPPE). 
 
 
Estas breves explicações devem ter introduzido o assunto, esclarecido 
algumas dúvidas e apresentado o grande espaço existente nas organizações para 
se aplicar as técnicas modernas de gestão de projetos. 
 
É importante ter consciência de que muito há para se apresentar sobre o 
tema ainda, muitas são as técnicas de gerenciamento de projetos existentes e que 
podem ser utilizadas pelas empresas e mesmo pelas instituições públicas voltadas 
para a educação. 
 
E os benefícios de se utilizar os conceitos modernos de gestão de projetos 
vão da melhor utilização dos recursos da empresa, redução no tempo de colocação 
de novos produtos no mercado, melhor controle e consequente redução dos custos 
envolvidos nos projetos, e, culminam, obviamente, na maior satisfação do cliente do 
projeto e de todas as outras pessoas envolvidas com o projeto (PIETRO, 2002). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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IPB - Instituto Pedagógico Brasileiro 
Gestão do Projeto Politico Pedagogico Educacional (PPPE). 
 
 
2 O FORTALECIMENTO DA GESTÃO ESCOLAR 
 
Falar em fortalecimento da gestão escolar nos remete de imediato a 
participação, democracia e autonomia. 
 
E quando falamos em autonomia, logo nos vem a ideia de independência, de 
liberdade; logo pensamos na possibilidade de fazermos aquilo que queremos e que 
entendemos ser o melhor para nós, num determinado momento. Pois bem, 
apresentaremos e discutiremos alguns desses conceitos abordando aspectos 
relativos à autonomia da unidade escolar, às formas de autonomia e às suas 
dimensões na instituição educativa, além das outras duas condições de 
fortalecimento da gestão escolar: democracia e participação. 
2.1 Autonomia 
 
Autonomia é uma maneira de gerir, orientar as diversas dependências em 
que os indivíduos e os grupos se encontram no seu meio biológico ou social, de 
acordo com as suas próprias leis (BARROSO, 1998, p. 16). 
 
A autonomia é a possibilidade e a capacidade de a escola elaborar e 
implementar um projeto político-pedagógico que seja relevante à comunidade e à 
sociedade a que serve (NEVES, 1995, p. 113). 
 
Ao discutir a autonomia da escola, Veiga (1998) destaca quatro dimensões 
consideradas básicas para o bom funcionamento de uma instituição educativa e que, 
segundo ela, devem ser relacionadas e articuladas entre si: 
 
Autonomia administrativa que consiste na possibilidade de elaborar e gerir 
seus planos, programas e projetos. 
 
Autonomia jurídica que diz respeito à possibilidade de a escola elaborar 
suas normas e orientações escolares em consonância com as legislações 
educacionais, como, por exemplo, matrícula, transferência de alunos, admissão de 
professores, concessão de grau. 
 
 
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IPB - Instituto Pedagógico Brasileiro 
Gestão do Projeto Politico Pedagogico Educacional (PPPE). 
 
 
Autonomia financeira que se refere à disponibilidade de recursos 
financeiros capazes de dar à instituição educativa condições de funcionamento 
efetivo. 
 
Autonomia pedagógica que consiste na liberdade de propor modalidades 
de ensino e pesquisa. 
 
Está estreitamente ligada à identidade, à função social, à clientela, à 
organização curricular, à avaliação, bem como aos resultados e, portanto, à 
essência do projeto pedagógico da escola (VEIGA, 1998, p. 16-19). 
 
2.2 Democracia 
 
A gestão democrática também é parte integrante do projeto político 
pedagógico da escola, como expressão de autonomia e de sua identidade própria, 
particular. 
 
Democracia é entendida como democratização do acesso, do saber e das 
relações. 
 
São características de uma gestão democrática: 
 
✓ Abrangente, envolvendo os diversos âmbitos previstos na LDB: pedagógica, 
administrativa e financeira; 
 
✓ Participativa, envolvendo os diversos segmentos que compõem a escola: dos 
diretores aos vigilantes, incluindo professores, técnicos, funcionários, pais, 
alunos; 
 
✓ Educativa, implica a consciência de que a aprendizagem para o exercício 
participativo e propositivo da cidadania passa, necessariamente, pela vivência 
democrática. Só se aprende democracia, sendo democrático; 
 
✓ Supõe a implantação e implementação de estruturas de reflexão e tomada de 
decisão coletivamente, como: forma comunitária de escolha dos diretores, 
assembleias gerais da comunidade escolar, conselhos deliberativos 
escolares, associações de pais e mestres, grêmios escolares; 

✓ Supõe a instituição de mecanismos de circulação de informações entre os 
diversos segmentos e de estímulo e incentivo à participação, como reuniões 
periódicas, murais, boletins informativos, divulgação de atas e relatórios; 
 
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IPB - Instituto Pedagógico Brasileiro 
Gestão do Projeto Politico Pedagogico Educacional (PPPE). 
 
 
 
✓ Administrar o pessoal lotado na escola é tarefa primordial, precisando criar-se 
um clima de convivência democrática; 
 
✓ Exige liderança da equipe gestora para estimular a participação, refletir e 
sistematizar o processo, dirimir conflitos, solucionar criativamente os 
problemas, contribuir para a geração de consensos internos por meio do 
diálogo sobre os diferentes olhares; 
 
✓ Exige o redesenho do poder na escola. As decisões passam a ser tomadas 
coletivamente e já não mais por uma pessoa ou pequeno grupo de pessoas; 
 
✓ Exige a consciência de que o que se pretende é a gestação de uma nova 
cultura fundamentada na participação e na democracia. Esse é um processo 
lento, o que exige, portanto, avaliação permanente do processo; 
 
✓ Exige processos sistemáticos de formação de todos os segmentos para a 
participação. Formação dos diretores, dos conselhos ou membros das 
associações para o conhecimento da legislação nacional e local. Muitas 
vezes impera o conhecimento como fator de poder, o que pode gerar inibição 
da voz dos pais, funcionários ou alunos; 
 
✓ É preciso cuidar para evitar a burocratização e a rotinização da gestão, 
priorizando prazos, procedimentos, atas e ofícios, em detrimento do pensar e 
do agir coletivo; 
 
✓ É preciso cuidar para que o critério central das decisões coletivas seja o da 
qualidade da escola pública e não o interesse elitista ou excludente ou 
descomprometido com a educação que ainda impera em determinadas 
escolas (AZEVEDO, 2010). 
 
A escola deve conquistar sua autonomia, mas ela não é uma entidade 
isolada. Ela articula-se ao sistema de ensino e por meio do processo de autorização 
de funcionamento pelos órgãos competentes, a escola garante a sua inserção legal 
no sistema. 
 
Dado o caráter público da instituição escolar, decorre a sua obrigação de 
interagir com as demais escolas da rede, com o órgão gestor central (em geral, as 
secretarias de educação), com os conselhos municipais ou estaduais (de educação, 
do FUNDEF, da merenda escolar, do programa bolsa-escola); 
 
 
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IPB - Instituto Pedagógico Brasileiro 
Gestão do Projeto Politico Pedagogico Educacional (PPPE). 
 
 
 
Decorre, ainda, a sua obrigação de prestar contas à sociedade do trabalho 
educativo realizado. 
 
Como se percebe, a autonomia da escola se dá de forma corresponsável 
dentro de um marco comum legal e de orientações político-pedagógicas extensivas 
ao sistema de ensino. 
 
A escola precisa participar ativamente dos órgãos e instâncias normativas e 
deliberativas da rede, como os Conselhos, o Fórum, bem como aliar-se ao Plano 
Municipal ou Estadual. Os órgãos gestores, por sua vez, têm a obrigação de agir 
com democracia,respeitando a autonomia das escolas. 
 
As chamadas “ordens de serviço” devem ser constituídas por documentos 
democraticamente discutidos, o que pode vir a assegurar um trabalho coletivo, 
garantindo qualidade à rede ou sistema como um todo e a cada uma das unidades 
escolares (AZEVEDO, 2010). 
2.3 Participação 
 
Aqui nos cabe lembrar da participação da família e da comunidade na 
escola. É preciso construir uma participação ativa da família e da comunidade na 
escola, superando as práticas ainda existentes de convidar as famílias apenas para 
as atividades festivas ou para informar o baixo desempenho ou mau comportamento 
do seu filho na escola. 
 
Ao relacionar-se com os pais e/ou responsáveis, a escola deve superar as 
idealizações ou os preconceitos ainda existentes, reconhecendo a diversidade de 
formas de organização familiar e, sobretudo, tratando pedagogicamente essa 
realidade. 
O objetivo é favorecer uma participação que gere compromisso da família 
com a aprendizagem e o sucesso escolar do seu filho e compromisso da escola com 
 
a inserção curricular do ambiente cultural da família e da comunidade. Essa parceria 
assegurará, em última instância, o pleno cumprimento da função social da escola. 
 
Isso exige incluir a voz dos pais ou responsáveis e da comunidade na 
construção, implementação e avaliação do projeto político-pedagógico da escola. A 
família e a comunidade precisam encontrar aí um espaço para apresentar suas 
necessidades e desejos em relação à escola, bem como para ouvir da escola suas 
 
 
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IPB - Instituto Pedagógico Brasileiro 
Gestão do Projeto Politico Pedagogico Educacional (PPPE). 
 
 
Necessidades e desejos em relação ao acompanhamento e envolvimento da família 
na vida escolar das crianças e dos adolescentes. É preciso ir definindo, no processo, 
responsabilidades de ambas as partes, a fim de se evitar a transferência de papéis. 
A construção do projeto político-pedagógico (que falaremos em detalhes 
mais adiante) e do regimento escolar é, também, um momento privilegiado para 
definir os canais institucionais de participação da família na vida escolar. Formas 
democráticas de escolha do dirigente escolar, conselho deliberativo escolar, reuniões 
de pais são formas significativas de participação. 
Outra forma de envolvimento com a escola poderá se dar por meio do 
incentivo ao uso educativo, cultural das dependências escolares, sobretudo no final 
de semana quando a escola está ociosa. A biblioteca escolar, a quadra de esportes, 
o aparelho de DVD, de vídeo cassete, o laboratório de informática, o auditório são 
alguns dos espaços que podem ser plenamente utilizados pela comunidade. Além 
de possibilitar o uso educacional do estabelecimento escolar, essa prática poderá 
fortalecer os vínculos comunitários, bem como a atitude de cuidado e zelo 
comunitário pelas instalações escolares. 
É importante garantir formas de informar a família sobre a frequência e o 
desempenho dos alunos, conforme disposto na LDB. Muitas vezes, a família só tem 
informação sobre a vida escolar no final do ano letivo, quando já não é mais possível 
reverter o processo. A família tem direito a informação sobre a vida escola do seu 
filho. 
Uma demanda da comunidade poderá ser a própria escolarização dos pais. 
O índice de analfabetismo e de baixa escolarização dos jovens e adultos ainda é 
bastante significativo no país. A ampliação do nível de escolarização dos adultos 
além de ser uma responsabilidade social e legal da escola pública, como resgate de 
uma dívida social histórica, é, também, uma maneira de ampliar os vínculos da 
 
família com a escola e de ampliar as possibilidades de uma contribuição mais 
significativa da família no processo de escolarização de seus filhos. 
Enfim, ao transpor as fronteiras dos muros da escola, poderá se identificar 
outros atores educacionais que atuam na comunidade, como Organizações Não 
Governamentais (ONGs), Igrejas, artistas locais (poetas, cantadores, pintores...), 
universidades, associações de bairro, empresas, dentre outros e com eles 
estabelecer parcerias que visem ao desenvolvimento escolar e cultural da 
comunidade. Uma ação privilegiada poderá ser a de tecer com eles um programa de 
 
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IPB - Instituto Pedagógico Brasileiro 
Gestão do Projeto Politico Pedagogico Educacional (PPPE). 
 
 
atividades complementares à escola a ser realizada no turno oposto ao da aula 
(AZEVEDO, 2010). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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www.institutoipb.com.br | atendimento@institutoipb.com.br | +55 (31) 3411-3143 
13 
 
 
IPB - Instituto Pedagógico Brasileiro 
Gestão de PPPE 
 
 
3 O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 
 
 
O Projeto Político Pedagógico propicia uma vivência democrática necessária 
à participação e ao envolvimento de todos os segmentos da comunidade escolar no 
exercício da cidadania. Desta forma o projeto precisa desenvolver-se de tal forma 
que supere conflitos, buscando eliminar as relações autoritárias e competitivas que 
reforçam as diferenças e hierarquias de poder dentro da escola (CARNEIRO et al, 
2007). 
 
Assim o projeto deve buscar a organização do trabalho pedagógico na 
escola em sua totalidade. 
 
O projeto pedagógico parte sempre do que a escola já tem e propõe outros 
significados à sua realidade. Em função disto, ele se torna ao mesmo tempo, um 
dever e um direito da escola: 
 
✓ Um dever por se tratar do elemento responsável pela vida da escola em 
seu tempo institucional. 
 
✓ Um direito porque, por meio dele, a escola consolida sua autonomia e 
seus vários atores podem pensar, executar e avaliar o próprio trabalho. 
 
Partindo desta concepção o Projeto não pode ser elaborado apenas por uma 
pessoa, ou pelos gestores escolares e tão pouco deve ser feito de uma só vez. 
Deve, antes de tudo, ser elaborado por todos os segmentos da escola de forma 
processual, reflexiva, com ações a curto, médio e longo prazo. 
 
3.1 Conceito de projeto pedagógico 
 
 
Segundo Gadotti (1994) o projeto da escola depende da ousadia dos seus 
agentes, da ousadia de cada escola em assumir-se como tal, partindo da “cara” que 
tem, com seu cotidiano e seu tempo-espaço, isto é, o contexto histórico em que ela 
se insere. Projetar significa “lançar-se para frente”, antever um futuro diferente do 
presente. Projeto pressupõe uma ação intencionada com um sentido definido, 
explícito, sobre o que se quer inovar. 
www.institutoipb.com.br | atendimento@institutoipb.com.br | +55 (31) 3411-3143 
14 
 
 
IPB - Instituto Pedagógico Brasileiro 
Gestão de PPPE 
 
 
O termo projeto vem do latim do verbo projicere que significa lançar-se para 
frente, para o futuro. O projeto pedagógico deve ser compreendido como um 
instrumento teórico metodológico que a escola elabora com a participação de todos 
os seus segmentos, com a finalidade de apontar a direção e o caminho que vai 
percorrer para realizar da melhor forma possível a sua função educativa. 
 
Nesta perspectiva, já sabemos que o projeto pedagógico não é algo que vai 
ser construído e logo depois arquivado ou encaminhado às autoridades para 
simplesmente cumprir uma função burocrática. Ele é um instrumento que possibilita 
à escola inovar sua prática pedagógica, na medida em que apresenta novos 
caminhos para situações que necessitam se modificadas. 
 
Até o momento já percebemos que o projeto pedagógico é uma ação 
intencional com sentido explícito e compromisso definido no coletivo, certo? 
 
Por isso, todo projeto pedagógico é também um projeto político por estar 
ligado ao compromisso sociopolítico. É político no sentido do tipo de cidadão que se 
deseja formar e na sociedade que se deseja ter. Na dimensão pedagógica reside a 
possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola com a formação do 
cidadão crítico, participativo, compromissado, com sua formação enquantosujeito de 
uma sociedade. 
 
3.2 Como construir - o diagnóstico da realidade 
 
Fundamentados na certeza de que cada escola é única, com suas 
peculiaridades, clima organizacional, cultura, perfil socioeconômico, não existe uma 
“receita pronta” para se construir o projeto político pedagógico. 
 
O que existe na realidade são princípios gerais que devem ser discutidos na 
escola em função de sua própria identidade. Tendo esta ideia em mente, cada 
escola necessita olhar para si mesma, refletir sobre suas práticas, seus limites e 
potencialidades e de maneira autônoma e coletivamente, construir seu projeto 
pedagógico. 
 
Vamos ver no quadro abaixo três grandes movimentos no diagnóstico e 
construção do PPP: 
www.institutoipb.com.br | atendimento@institutoipb.com.br | +55 (31) 3411-3143 
15 
 
 
IPB - Instituto Pedagógico Brasileiro 
Gestão de PPPE 
 
 
 
 
Movimentos de 
construção do PPP 
Preocupações dos vários 
segmentos da escola 
Perguntas orientadoras 
do trabalho coletivo 
 
1º Diagnóstico da realidade 
da escola 
 
Analisar a realidade da 
escola em suas dimensões: 
pedagógica, administrativa, 
financeira e jurídica. 
 
Como é nossa escola? 
 
2º Levantamento das 
concepções do coletivo da 
escola 
 
Discutir as concepções no 
coletivo da escola em 
relação ao trabalho 
pedagógico. 
 
Que identidade a nossa 
escola quer construir? 
 
3º Definição de estratégias 
de pessoas ou de grupos, 
assegurando ações 
definidas no coletivo da 
escola 
 
Definir as ações da escola, 
os responsáveis por sua 
execução e os recursos 
necessários para o projeto. 
 
Como executar as ações 
definidas no coletivo? 
 
 
 
É o diagnóstico que irá situar a comunidade em relação à distância que a 
escola está em relação ao que se busca na formação dos educandos. Sua 
importância é, portanto, muito grande. Com ele a comunidade enxerga suas 
fraquezas e forças, suas potencialidades, oportunidades e necessidades, frente ao 
que foi definido no Marco Referencial2 (os ideais desejados). Há autores que 
preferem em termos metodológicos que o Diagnóstico anteceda ao Marco 
Referencial. Cabe à comunidade escolar definir como é mais adequada essa 
dinâmica, considerando sua cultura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Levantando os dados para o diagnóstico 
 
O que e como fazer? 
 
É importante que sejam levantados dados que permitam uma visão sucinta 
da escola, podendo ser de natureza legal, histórica, ou administrativa. Aqui a escola 
irá descrever a sua própria realidade, através da visão que seus vários segmentos 
têm da escola. 
 
 
 
como: 
Para identificar estes dados a escola poderá adotar algumas ações tais 
 
Pesquisar nos arquivos da secretaria escolar dados de natureza legal e 
 
administrativa; 
 
Verificar a que está relacionado o surgimento da escola, entrevistando 
 
moradores mais antigos; 
 
Buscar informações com os primeiros professores, funcionários e alunos que 
 
já estudaram na escola; 
 
Ler atas e registros da escola buscando dados fidedignos para o projeto. 
 
 
 
 
Que indicadores buscar? 
 
▪ Nome da escola 
 
▪ Localização 
 
▪ Aspectos legais de sua criação 
 
▪ Níveis e modalidades de ensino que oferece 
 
▪ Número de alunos, divididos por série, e ou ciclo e turno 
 
▪ Dados de abandono, evasão, repetência e aprovação escolar 
 
▪ Origem da clientela atendida e sua situação socioeconômica 
 
▪ Contexto em que a escola está inserida 
 
▪ Histórico da escola, fatos importantes de sua história. 
 
▪ Município/Estado 
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▪ Nosso atual currículo e organização didática 
 
▪ Nossa atual organização do ensino 
 
▪ Nossas atuais metodologias de ensino 
 
▪ Nossas atuais linhas de ação 
 
▪ Nossas atuais normas 
 
▪ Nossas atuais relações com a comunidade de pais e amigos da escola 
 
▪ Nossos atuais parceiros 
 
▪ O atual clima organizacional da escola 
 
▪ Nosso estilo gerencial. 
 
 
 
 
Para levantar as necessidades da escola, é necessário que todos estejam 
envolvidos. Pode-se montar um questionário para diagnosticar as necessidades da 
comunidade, suas aspirações em relação à escola desejada para seus filhos, 
reuniões, discussões, debates e filmagens da escola no sentido de aproximar as 
pessoas para buscar as reais necessidades. 
 
No levantamento da realidade da escola devem participar gestores, 
professores, pais, alunos, pessoais técnicos administrativos e de apoio - segmentos 
organizados da comunidade escolar. É o momento do levantamento global, onde a 
escola deve indagar-se acerca das atividades que desenvolve, de como está sua 
realidade nas dimensões pedagógicas, administrativa, comunitária. 
 
O que fazer? 
 
Coletar os dados e analisá-los cuidadosamente, tanto nos aspectos 
qualitativos quanto quantitativos. As informações devem voltar-se para os aspectos 
internos e externos à realidade educativa, detectando suas fragilidades e fortalezas. 
 
Como fazer? 
 
Para realizar o diagnóstico a escola precisa levantar questionamentos de 
nível amplo, que relacione sua realidade aos aspectos sociais, políticos e 
econômicos da comunidade e outro de nível mais específico, voltado para a 
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organização de seu próprio trabalho pedagógico. 
 
3.3 Os marcos referenciais 
 
 
É a expressão do rumo que a escola escolhe para seguir, do horizonte que 
tem em relação à formação de seus educandos, fundamentada em aspectos 
filosóficos, biopsicológicos, pedagógicos. Nessa parte a comunidade escolar toma 
posição em relação à sua identidade, visão de mundo que tem valores, objetivos, 
compromissos. 
 
Ao definir o marco que vai referenciar a ação educativa de toda a 
comunidade está definindo a essência da existência daquela escola. Para tanto 
busca responder a questionamentos básicos: 
 
▪ O que fundamenta o nosso querer enquanto escola? 
 
▪ Em que medida podemos colaborar na construção do homem novo – ético, 
solidário, investigador, proativo, ecológico, passeador, crítico, dialógico - que a 
sociedade atual necessita? 
 
É no Marco Referencial que a comunidade procura expressar o sentido do 
trabalho educativo da escola e as perspectivas para o percurso educacional. Ele 
impulsiona a comunidade para superação da realidade e fornece os parâmetros para 
a realização do Diagnóstico. O Marco Referencial compõe-se de três partes: 
 
 Marco Situacional (onde estamos, como vemos a realidade) 
 
 Marco Filosófico (para onde queremos ir) 
 
 Marco Operativo (que horizonte queremos para nossa ação) 
 
 
No Marco Situacional o grupo analisa a realidade mais ampla na qual se 
insere a escola, situando-a no contexto. Perguntas que podem facilitar a análise e as 
respostas da comunidade que planeja: 
 
Como compreendemos/vemos/sentimos o mundo atual? 
Quais os sinais de vida? E de morte? 
Quais são as causas? 
 
 
 
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O Marco Filosófico corresponde ao ideal geral da escola. É a proposta de 
sociedade, pessoa e educação que o grupo assume. A comunidade escolar faz aqui 
um acerto em torno de um núcleo mínimo de ideais e valores que deverão nortear 
sua ação educativa. Pelo debate das questões, busca-se um consenso mínimo 
sobre a sociedade que se quer construir, a pessoa que se quer formar e a educação 
que se queroferecer. Isto porque toda educação se baseia numa visão de homem e 
de sociedade, concorda? 
 
Perguntas chave para a elaboração do Marco Filosófico: 
Que tipo de sociedade queremos construir? 
Que tipo de pessoa humana queremos colaborar na formação? 
 
Que finalidade queremos para a Escola? Que papel desejamos para a 
 
Escola em nossa realidade? 
 
O Marco Operativo é a proposta dos critérios de ação para os diversos 
aspectos relevantes da escola – pedagógico, comunitário, administrativo - 
considerando aquilo que queremos ser. Em sua elaboração o grupo precisa estar 
atento ao que foi definido no Marco Situacional e no Marco Filosófico para que os 
três se articulem entre si. 
 
O Marco Operativo trata de três dimensões fundamentais no trabalho 
escolar: Dimensão Pedagógica, Dimensão Comunitária e Dimensão Administrativa. 
Veja que perguntas chave podem facilitar o trabalho do grupo na definição desse 
Marco: 
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POSSÍVEIS PERGUNTAS PARA ELABORAR O MARCO OPERATIVO 
 
Dimensão 
 
Pedagógica 
Dimensão 
 
Comunitária 
Dimensão 
 
Administrativa 
Como 
 
desejamos... 
Como desejamos... Como desejamos... 
-O processo de 
 
Planejamento? 
 
-O Currículo? 
 
-Os objetivos? 
 
-Os conteúdos? 
 
-A metodologia de 
ensino? 
-A avaliação da 
aprendizagem? 
-A disciplina? 
 
-A relação 
professor-aluno? 
-Nossa relação 
com o vestibular? 
-Nossas reuniões 
pedagógicas 
semanais, 
quinzenais, 
mensais? 
-O ensino em 
nossa rede? 
-etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
-Os relacionamentos na escola? 
 
-O professor? 
 
-O relacionamento com a família? 
 
-O relacionamento com a 
comunidade? 
-A participação e organização 
dos alunos? 
-As atividades esportivas e 
culturais? 
-A orientação vocacional? 
 
-Os relacionamentos com os 
meios de comunicação social? 
-etc. 
 
 
 
 
 
 
-A estrutura e a 
organização da escola? 
-Os dirigentes (Direção e 
equipe técnica)? 
-Os serviços (Secretaria, 
Limpeza, Mecanografia, 
Audiovisuais, etc)? 
-As formas de participação 
dos trabalhadores? 
-As condições objetivas de 
trabalho? 
A obtenção e 
gerenciamento dos 
recursos financeiros? 
-etc. 
 
 
Fonte: Vasconcelos (2006) 
 
Os questionamentos vão possibilitando as respostas e as discussões para o 
grupo chegar aos consensos mínimos. 
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A metodologia sugerida para a construção do Marco Referencial (nas suas 
três partes), assim como para todo o Projeto Político-Pedagógico, envolve 
basicamente três dinâmicas: momento individual, momento grupal e plenário. 
 
Momento individual: cada participante responde aos questionamentos por 
escrito, de modo claro, direto, simples e sintético. 
 
Momento grupal: é a sistematização das ideias expressas individualmente 
por uma ou mais comissão de redação. O grupo faz uma primeira redação, 
agrupando inteligentemente as ideias individuais. É uma tarefa técnica de 
construção de um texto, não de um julgamento. Verificam-se as tendências 
dominantes, as contradições surgidas. O grupo procura dar um corpo à redação de 
modo dissertativo. 
 
Plenário: é o momento da comunicação do trabalho redigido em versão 
preliminar pela (s) comissão (ões) de redação, para o debate coletivo, as decisões e 
os encaminhamentos. Uma comissão geral de redação encarrega-se da 
sistematização final, a partir dos debates e consensos. 
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 4 O PPPE E A ORGANIZAÇÃO CURRICULAR - DESAFIOS DE UM NOVO 
MODELO 
Um dos maiores desafios é transformar a escola em uma Escola Eficaz, e 
mesmo nos ambientes mais pobres e difíceis, ela pode existir, sendo necessário que 
se tenha: 
 
❖ Bons profissionais: A escola boa é aquela que atrai, mantém e desenvolve 
bons profissionais. 
 
❖ Senso de missão: A escola eficaz define com clareza sua proposta de 
ensino, e os participantes do processo sabem quais valores são ensinados e 
praticados nessa escola. 
 
❖ Autonomia Pedagógica: Na escola eficaz os professores e dirigentes 
sentem-se responsáveis e se responsabilizam pelas decisões pedagógicas, 
sempre enfatizando o desempenho acadêmico do aluno. 
 
❖ Liderança: Ao entrar em uma escola onde o Gestor é bom, percebe-se, no 
primeiro instante, que há uma diferença no ar. 
 
❖ Clima Escolar: A escola eficaz tem e mantém um ambiente agradável. 
 
❖ Utilização do tempo: O tempo é valorizado e isto se reflete no calendário, no 
ritmo das atividades, no rigoroso cumprimento do ano letivo e das horas-aula. 
 
❖ Participação da comunidade: Os pais compartilham a visão e as 
expectativas da escola a respeito do sucesso dos filhos. 
 
❖ Administração dos recursos: A escola eficaz sabe fazer com que os 
recursos recebidos rendam mais e é capaz de buscar recursos adicionais. 
 
❖ Agenda 21: É um plano de desenvolvimento e manejo ambiental que 
identifica os problemas e os meios para enfrentá-los, propondo ações para 
reduzir os impactos negativos decorrentes da nossa interação com o meio 
(ARAÚJO; PEDROSA NETO; SOUZA, 2009). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GLOSSSÁRIO BÁSICO PARA PPPE 
 
 
AÇÃO EDUCATIVA - A proposta de ação educativa de cunho interdisciplinar 
na escola, tem como base um processo de interação comunicativa, em que os 
professores buscam conjuntamente coordenar e justificar ações pedagógicas, a 
partir da troca de conhecimentos e enfoques, inerentes a cada disciplina, partilhando 
e planejando experiências integradas. 
 
Nesse contexto, uma ação educativa de cunho interdisciplinar se constitui no 
esforço conjunto de professores de uma série do currículo escolar no sentido de 
estabelecer diálogo na busca de um eixo de articulação entre suas disciplinas, de 
modo a possibilitar aos alunos experiências em que eles possam integrar os 
diferentes enfoques disciplinares, enriquecendo sua compreensão da realidade 
concreta. 
 
AUTONOMIA - A autonomia da escola está prevista na legislação e no 
referencial teórico que afirmam que as escolas terão que construir sua identidade 
para gerir o ensino. Torna-se necessário passar do discurso à ação. Em Educação, 
um grande problema tem sido o fato de a escola não ter nem os instrumentos, nem a 
autoridade necessários para resolver seus problemas. Dar à comunidade escolar a 
autoridade e os meios para realizar sua gestão e crescer é o começo da 
transformação. 
 
BASES FILOSÓFICAS - Todo conhecimento que serve como fundamento, 
ou apoio, para a compreensão de uma realidade. 
COMUNIDADE ESCOLAR - A comunidade escolar é constituída por pais, 
mães, diretores, alunos, professores e demais funcionários da escola. Pode incluir 
ainda conselheiros tutelares, de educação, dos direitos da criança, ONGs, 
universidades e outras organizações interessadas e diretamente envolvidas com os 
problemas da escola e com sua melhoria. 
 
DIAGNÓSTICO - Na etapa do diagnóstico, confronta-se a realidade 
existente com o ideal traçado da escola desejada (marco referencial). O resultado 
dessa comparação deve ser o mais claro possível, de modo que aponte as 
necessidades fundamentais da escola. O diagnóstico começa por traçar o retrato da 
realidade a partir do levantamento das forças e fraquezas da escola, dos potenciais 
e dificuldades existentes. Em seguida, confronta esta realidade com a que se 
deseja. Para tal, devemser problematizados diferentes aspectos do trabalho 
escolar, ou seja, identificadas as dificuldades e entendidas as suas causas e 
mecanismos. Parte-se, então para delinear os desafios que terão de ser superados 
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para se atingir a escola desejada pela comunidade escolar. Quanto maior a 
consistência entre a problematização e as ações planejadas, melhor e mais útil será 
o diagnóstico. Se essa etapa for conduzida pelo grupo de maneira competente, 
estará preparado campo seguro para se traçar uma boa programação. 
 
ESTRUTURA - Todo estudo baseado no pressuposto metodológico de que 
qualquer ciência deve optar pela observação rigorosa do maior número possível de 
fatos com vista a bem fundamentar suas proposições e generalizações, viabilizando 
assim a descoberta da estrutura. Sistema que compreende elementos ordenados e 
relacionados entre si de forma dinâmica. 
 
FUNÇÃO EDUCATIVA - Constitui, hoje, a essência do trabalho docente: a 
aprendizagem é sempre mudança; no ensino há que se considerar o conhecimento 
experiencial do aluno e, por último, o trabalho docente supõe sólida identidade 
profissional do professor. 
 
IDENTIDADE - Significa explicitar com clareza sua missão social, seus 
princípios, valores e compromisso com resultados educacionais dos alunos. 
Significa, também, organizar-se administrativa, pedagógica e financeiramente, de 
forma a alcançar os material e metas com eficiência e eficácia (racionalidade interna) 
 
e definir linhas de trabalho que sejam aceitas e legitimadas pela comunidade 
 
(racionalidade externa). 
 
MARCO REFERENCIAL - É a visão de futuro que a comunidade escolar 
define para a escola. Tem vital importância porque é esta visão que contagia as 
pessoas, fornece a direção e alimenta a participação de todos nas demais etapas do 
Projeto Pedagógico. Ao longo deste processo, são construídos princípios, valores e 
aspirações que definem os objetivos e a identidade da escola. 
MEDIAÇÃO - Ato ou efeito de mediar; intervenção com que se busca 
produzir um acordo. 
OBJETIVOS - É um processo de entendimento de uma organização, de 
maneira que a administração e funcionários desempenhem as suas funções em 
função desses objetivos e que os compreendam. 
PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO - É o processo de organização do 
trabalho coletivo da unidade escolar. Podemos identificar três fases desse processo: 
a preparação do Plano Escolar, entendido como o registro sistematizado e 
justificado das decisões tomadas pelos agentes educacionais que vivenciam o dia-a- 
dia da escola; o acompanhamento da execução das operações pensadas no Plano 
Escolar, de forma a fazer, caso seja necessário, as alterações nas operações de 
forma que essas alcancem os objetivos propostos; e a revisão de todo o caminhar, 
 
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avaliando as operações que favoreceram o alcance dos objetivos e aquelas 
operações que pouca influência tiveram sobre o mesmo, iniciando-se assim um novo 
planejamento. 
PLANO - Diz respeito à execução decorrente, de um desejo coletivo, ou 
seja, obra de todos os que militam nessa escola, mormente, os educadores. É algo 
que se vai construindo aos poucos. Para a consecução desse desejo coletivo, será 
preciso que a comunidade docente assuma realmente o seu papel interagindo para 
alcançar as metas que estabeleceu e pretende alcançar. 
 
PROGRAMAÇÃO - É a proposta de ação, segundo Gandin (1995), para 
satisfazer as necessidades identificadas no diagnóstico, ou melhor, para diminuir a 
distância entre a realidade da escola desejada e a realidade existente. Usualmente, 
esta etapa é também chamada de implementação ou de execução. 
 
PROJETO - O Projeto político-Pedagógico é um instrumento de trabalho que 
ilumina princípios filosóficos, define políticas, harmoniza as diretrizes da educação 
nacional com a realidade da escola, racionaliza e organiza ações, dá voz aos atores 
educacionais, otimiza recursos materiais e financeiros, facilita a continuidade 
administrativa, mobiliza diferentes setores na busca de objetivos comuns e, por ser 
de domínio público, permite constante acompanhamento e avaliação. 
 
QUALIDADE DA EDUCAÇÃO - É um fenômeno complexo, abrangente e 
que envolve múltiplas dimensões, não podendo ser apreendido apenas por um 
reconhecimento da variedade e das quantidades mínimas de insumos considerados 
indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, e muito 
menos, pode ser apreendido sem tais insumos, ressaltando que a qualidade deve 
ser mediada por fatores e dimensões extra e intra-escolares. 
 
 
RECURSOS METODOLÓGICOS - São encaminhamentos que podem 
favorecer a construção de linhas de ações e planejamento didático, oferecendo 
orientações, sem, entretanto, estabelecer regras fixas a serem seguidas. 
SISTEMATIZAÇÃO - É construir a memória de uma experiência de 
desenvolvimento local, divulgar saberes relacionados a práticas (lições e 
ensinamentos), estimular o intercâmbio e a confrontação de ideias, bem como 
contribuir a reconstituir visões integradas dos processos de intervenção social. 
 
UTOPIA - Algo irrealizável, inatingível, que representa uma situação ou lugar 
ideais onde as instituições são extremamente aperfeiçoadas. 
 
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VALORES - Diremos que o valor é uma maneira de ser ou de agir que uma 
pessoa ou uma coletividade reconhecem como ideal e faz com que os seres ou as 
condutas aos quais é atribuído sejam desejáveis ou estimáveis. 
VISÃO DE MUNDO - Visão de mundo é a forma como entendemos a 
sociedade em que vivemos. São as crenças que orientam nossa ação. É constituída 
pela leitura que fazemos do mundo onde vivemos pelas formas como organizamos 
nossa ação no mundo em que vivemos e pelos ideais que temos em relação ao 
como o mundo deveria ser. Tem, portanto, elementos de juízo e de vontade, ambas 
nas mais diferentes graduações e profundidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CARNEIRO, Rúbia Marluza et al. Curso de Formação Continuada de Equipes 
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Pedagógico da Escola. Salvador: PROGED, Ufba, 2007. 
 
GADOTTI, M. Pressupostos do projeto pedagógico. In: Conferência Nacional de 
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