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Rebeca Woset Avaliação dos Eletrólitos 
SÓDIO 
O sódio desempenha várias funções importantes, 
incluindo a manutenção da pressão e do volume 
sanguíneos normais e a manutenção da função 
normal dos músculos e nervos. 
 A concentração de sódio sérica não 
necessariamente reflete a concentração 
corporal. 
Quando a avaliação da concentração sérica do 
sódio é realizada, a água corpórea total do animal 
deve ser levada em consideração. Deve-se 
perguntar: existe evidência clínica ou bioquímica 
de diminuição da água corpórea, ela se apresenta 
normal ou, possivelmente, aumentada? O 
aumento na concentração de sódio sérico pode 
ocorrer devido a mais sódio, a menos água ou 
pela combinação de causas. A diminuição na 
concentração de sódio sérico pode ocorrer 
devido a menos sódio, a mais água ou pela 
combinação de causas. 
HIPERNATREMIA 
É mais comumente associada a um desequilíbrio 
na água corpórea. Isso pode ocorrer devido à 
diminuição da ingestão ou à perda de água que 
exceda a perda de eletrólitos. 
Para o desenvolvimento da hipernatremia é 
necessário que se perca mais água do que 
eletrólitos. Os animais que perdem eletrólitos 
com água ficarão hipovolêmicos. Com a perda de 
água pura ou ingestão inadequada, a quantidade 
de sódio total no corpo é normal e a água 
intracelular é puxada para os espaços 
extracelulares, mantendo o volume plasmático 
(hipernatremia isovolêmica). 
O excesso de sódio é causa incomum de 
hipernatremia e a concomitante restrição à água 
ou a baixa concentração na urina está em geral 
presente. A hipernatremia pode ocorrer pela 
ingestão excessiva de sal ou iatrogenicamente 
com a administração de líquidos hipertônicos. 
HIPONATREMIA 
Ocorre tanto devido à perda de sódio que exceda 
a perda de água quanto ao aumento da água 
corpórea. A hiponatremia está associada à hipo-
osmolalidade, exceto em casos de pseudo-
hiponatremia ou de hiponatremia 
translocacional, em que alto número de osmoles 
alternativos está presente. 
A pseudo-hiponatremia pode ocorrer quando a 
concentração de sódio é mensurada no plasma 
total e não somente na água do plasma, pois o 
sódio está dissolvido somente no componente 
aquoso do plasma. 
A hiponatremia translocacional ocorre devido à 
presença de outras substâncias no plasma que 
causam hiperosmolalidade. Substâncias que 
atravessam facilmente as membranas celulares, 
como a ureia, não causarão hiponatremia 
translocacional. Substâncias tônicas e substâncias 
osmolares que não conseguem atravessar 
facilmente as membranas celulares retirarão 
água do LIC para o LEC hiperosmótico, diluindo o 
sódio presente. 
A hiponatremia hipo-osmolar ocorre devido ao 
aumento no teor de água ou à diminuição no teor 
de sódio. O aumento do teor de água ocorre se a 
excreção renal de água livre ou urina diluída 
estiver prejudicada ou se a água ingerida exceder 
a capacidade máxima de excreção renal. 
A hipovolemia normalmente acompanha a perda 
de sódio corporal. O sódio é raramente perdido 
pelo corpo sem água, mas, para tornar-se 
hiponatrêmico, ou se perde líquido hipertônico 
(mais sódio perdido do que água) ou se perdem 
líquidos iso ou hipotônicos, resultando em 
depleção de volume que estimula a ingestão e a 
retenção de água pelos rins, diluindo os líquidos 
corporais restantes. A hiponatremia hipovolêmica 
e a hipo-osmolar podem ser resultado de perda 
gastrintestinal (vômito ou diarreia), perda renal 
(hipoadrenocorticismo ou diurese prolongada), 
perda para o terceiro espaço (efusões em 
cavidades corpóreas) ou suor em equinos. 
POTÁSSIO 
 
 
Rebeca Woset Avaliação dos Eletrólitos 
HIPERPOTASSEMIA 
A hiperpotassemia ocorre quando há aumento na 
carga de potássio, diminuição da excreção de 
potássio, ou mudança de potássio do LIC para o 
LEC. 
A diminuição da excreção renal de potássio é a 
causa comum de hiperpotassemia e pode resultar 
de doenças no trato urinário, renais ou pós-
renais. Na insuficiência renal anúrica ou oligúrica, 
o rim não tem a capacidade de remover o 
excesso de potássio corpóreo. Processos pós-
renais que resultam em diminuição da excreção 
de urina, como a obstrução uretral ou a bexiga 
rompida, também podem resultar em 
hiperpotassemia. A excreção renal de potássio 
diminui quando há redução na taxa de fluxo 
tubular, que pode ocorrer na hipovolemia. 
A translocação entre o LEC e o LIC desempenha 
grande papel na manutenção da concentração 
sérica de potássio. A condição que move o 
potássio do LIC para o LEC, causando 
hiperpotassemia, é o movimento de ácidos para o 
interior da célula na acidose metabólica. 
HIPOPOTASSEMIA 
A hipopotassemia é um dos distúrbios 
eletrolíticos mais comuns em pacientes 
veterinários em estado crítico, apesar de nem 
sempre ser possível identificar sua causa 
definitiva. A hipopotassemia pode ocorrer devido 
à diminuição da ingestão, ao aumento da 
excreção ou a perdas, a mudanças entre o LEC e o 
LIC ou, frequentemente, a uma combinação 
dessas. 
A perda de potássio ocorre pelos sistemas 
gastrintestinal ou renal. Vômito e diarreia do 
intestino delgado podem resultar em 
hipopotassemias. Perdas renais podem ocorrer 
por diversas razões. A hipopotassemia associada 
à insuficiência renal crônica ocorre 
frequentemente em gatos. Acidose tubular renal 
distal, diurese pós-obstrutiva, cetoacidose 
diabética e administração de diuréticos podem 
levar ao aumento na excreção de potássio e à 
hipopotassemia. 
O aumento no movimento de potássio do LEC 
para o LIC pode causar hipopotassemia. Isso pode 
ocorrer devido a excesso de insulina, infusão de 
glicose ou alcalose. As catecolaminas também 
podem causar desvio do potássio do LEC para o 
LIC na presença de dor, sepse ou traumatismo. 
CÁLCIO E FÓSFORO E MAGNÉSIO 
Como o potássio, e em contraste ao sódio e ao 
cloro, a concentração intracelular de cálcio, 
fósforo e magnésio é mais alta do que a 
concentração extracelular. Sua regulação no 
sangue envolve os rins e o TGI. 
O osso é outro elemento essencial na regulação, 
já que a maior parte do cálcio, do fósforo e do 
magnésio totais corpóreos é armazenada no 
osso. Manter a concentração circulatória 
apropriada desses eletrólitos depende em grande 
parte do controle hormonal. Os hormônios que 
participam da regulação são a calcitonina, 
paratormônio, e vitamina D. 
 
CÁLCIO 
Quando as concentrações séricas de cálcio forem 
mensuradas, é importante entender a diferença 
entre a medida de cálcio total e o cálcio livre, 
ionizado. Cálcio livre (não ligado) ionizado (iCa) é 
a fração regulada por hormônios, biologicamente 
ativa, que compreende aproximadamente 50% 
do cálcio total. 
HIPERCALCEMIA 
 
 
Rebeca Woset Avaliação dos Eletrólitos 
A hipercalcemia, se ignorada, pode levar a sérias 
consequências, como lesão renal aguda e 
insuficiência renal. 
A doença renal pode estar associada à 
hipercalcemia, mas deve somente ser atribuída 
como causa após outros diagnósticos diferenciais 
serem excluídos, já que a hipercalcemia pode 
resultar em doença renal. A hipercalcemia é um 
achado comum na insuficiência renal crônica em 
cavalos, pois os rins do cavalo têm papel mais 
importante na excreção do excesso de cálcio do 
que em outras espécies. Na insuficiência renal 
crônica equina, iCa está frequentemente alto, o 
fósforo baixo e PTH apropriadamente baixo. 
Somente cerca de 10% dos cães com insuficiência 
renal crônica são hipercalcêmicos e, dentro 
desses 10%, cães com doenças hereditárias são 
os mais comuns. 
Pode haver razões não patológicas para a 
hipercalcemia. Aumentos transitórios e leves 
podem ocorrer pós-prandialmente. A 
desidratação concentra proteínas no sangue, o 
que pode resultar em leves elevações na 
concentração de cálcio. Animais jovens ou em 
crescimento normalmente têm concentrações de 
cálcio mais elevadas. 
HIPOCALCEMIA 
É incomum que a hipocalcemia seja grave o 
suficiente para causar sinais clínicos; porém, a 
hipocalcemia leve é detectada frequentemente 
no painel bioquímico sérico quando o cálcio total 
é mensurado. Arazão mais comum para a 
hipercalcemia é a diminuição da fração ligada à 
proteína quando a hipoalbuminemia estiver 
presente. Quando essa for a causa, a 
concentração de iCa estará normal. 
Desequilíbrios nos outros eletrólitos podem levar 
à hipocalcemia. A hipomagnesemia diminui a 
secreção e a ação do PTH, resultando em 
hipocalcemia. Essa é uma ocorrência comum da 
tetania das pastagens nos bovinos, mas também 
ocorre em outras espécies. 
FÓSFORO 
O fósforo é necessário para o metabolismo 
energético, a síntese de ácidos nucleicos e a 
sinalização celular. É um importante tamponante 
no sangue e na urina e um importante 
componente dos fosfolipídios e de fosfoproteínas 
estruturais da membrana plasmática e do osso. 
Anormalidades na concentração sérica de fósforo 
podem ocorrer devido a anormalidades no 
equilíbrio hormonal, absorção intestinal, 
excreção renal ou distribuições celular e tecidual. 
HIPERFOSFATEMIA 
A hiperfosfatemia tipicamente ocorre quando o 
teor de fósforo (da absorção gastrintestinal, 
liberação celular ou administração exógena) 
excede a excreção e a absorção tecidual. Na 
maioria das espécies, a rota primária da excreção 
do fósforo dá-se pelo rim; mas, em ruminantes, 
dá-se pelo TGI. A causa mais comum de 
hiperfosfatemia é a diminuição da excreção renal 
associada à diminuição na taxa de filtração 
glomerular. A insuficiência renal crônica é a causa 
mais comum de hiperfosfatemia nos cães e em 
gatos adultos. Em ruminantes, a obstrução 
gastrintestinal superior pode levar à 
hiperfosfatemia devido à diminuição da excreção 
pelo trato gastrintestinal. 
HIPOFOSFATEMIA 
Ocorre devido a desequilíbrios hormonais, 
reabsorção renal diminuída, absorção intestinal 
diminuída ou redistribuição do LEC para o LIC. 
Desequilíbrios hormonais tipicamente incluem 
concomitantes anormalidades no cálcio. 
A concentração baixa de fósforo com a 
concentração elevada de cálcio é o padrão visto 
no hiperparatireoidismo primário ou no pseudo-
hiperparatireoidismo. A diminuição em ambos, 
fósforo e cálcio, é o padrão observado na 
hipovitaminose D. A hipofosfatemia também 
pode ocorrer devido à elevação no PTH, em 
resposta à hipocalcemia puerperal 
(hiperparatireoidismo fisiológico).

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