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Análise do poema

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Análise do poema “Pássaro engaiolado”
O poema descreve as experiências opostas entre dois pássaros: um pássaro é capaz de viver na natureza como quiser, enquanto o outro pássaro engaiolado sofre em cativeiro.
Conhecendo a biografia da autora, percebe-se que ela usa a metáfora dos pássaros para retratar o privilégio e direitos dos “não oprimidos” e o sofrimento físico e emocional dos oprimidos.
O pássaro livre seria os colonizadores europeus e americanos brancos, e o pássaro engaiolado seria a comunidade afro-americana.
Este pássaro livre não só pode ir aonde quiser, mas sua sensação de liberdade também o faz sentir-se poderoso: ele "ousa reivindicar o céu"(linha 7). O pássaro livre acredita que sua liberdade lhe dá permissão para reivindicar a propriedade de algo que não pertence a ele. Essa ideia (que é repetida mais tarde no poema) é provavelmente uma alusão ao colonialismo branco e ao conceito americano de Destino Manifesto, no qual os colonizadores europeus e americanos brancos se sentiam livres para assumir o controle de terras que pertenciam a outros.
O ponto do poema sobre o canto do pássaro surgindo da tristeza é criticamente importante, porque, historicamente, muitos defensores da escravidão e outras formas de opressão dos afro-americanos argumentaram que o canto e a dança que faziam parte da cultura afro-americana indicavam que os negros eram de fato alegre e contente com sua situação. A ideia de que tal música pudesse ser uma expressão de dor cultural ou emocional foi ignorada.

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