Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Matheus JS Mota Angina Estável A Doença Arterial Coronariana (DAC) pode se apresentar como angina estável ou instável (ie. angina não é a doença em si!!)¹. A angina estável pode ocorrer de forma típica da doença arterial coronariana ou de forma atípica². Angina típica -> segue as três características³ - Desconforto constritivo no tórax anterior ou pescoço, mandíbula, ombro ou braço - Precipitada por exercício físico (fator de piora) - Aliviada por repouso ou nitrato em 5 minutos (fatores de melhora) Angina atípica -> segue apenas duas (mulheres e idosos)³ Dor torácica Não-anginosa -> segue somente uma ou nenhuma das características³ Angina instável (uma das três formas)³ - angina em repouso por > 20 minutos - novo início de angina recente (2 meses) de intensidade moderada a grave (CCS II ou III) - angina crescendo (angina prévia, que aumentou progressivamente a severidade e intensidade) Etiologia¹ - Aumento na demanda de oxigênio (taquicardia, pressão arterial sistólica, tensão da parede miocárdica e contratilidade miocárdica) - Redução da oferta de oxigênio (estenose arterial coronariana, fluxo colateral, pressão de perfusão e frequência cardíaca) Anamnese¹ - HDA: caracterizar bem a evolução da dor (qualidade, localização, fatores de melhora e piora, duração, irradiação, toma medicação? nitroglicerina? consegue caminhar, fazer esforço físico?) - IS: dispneia, náusea, fadiga, dor em aperto - Hábitos (etilismo, tabagismo, drogas ilícitas, exercício) Classificação canadense (CCS)³ Grau I -> angina somente durante forte esforço físico Grau II -> angina aos moderados esforços (após refeição, estresse emocional) Grau III -> angina ao esforço suave (caminhar um ou dois quarteirões) Grau IV -> angina em repouso Probabilidade pré-teste de DAC³ Exame físico¹ - normal ou inespecífico Investigação¹³ Para diagnóstico e avaliação do prognóstico de doença arterial coronariana significativa¹² - Testes de estresse farmacológico e/ou físico com ECG, Eco, angiotomografia, RNM, PET ou radionuclídeos Para explicar causas não-cardíacas¹ - Radiografia de tórax (infecção, trauma, pneumotórax) - HMG (anemia, doença renal) Diagnóstico diferencial¹ - CV: síndrome coronariana aguda, miocardite, pericardite - TGI-> espasmo esofágico, doença do refluxo gastroesofágico - Pulmonar -> asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, tromboembolismo pulmonar - Musculoesqueléticas -> costocondrite, trauma Manejo da angina estável¹²³ - Avaliar frequência cardíaca e pressão arterial² - Individualizar o tratamento² - Iniciar terapia preventiva com aspirina¹² - Meta pressórica < 120/85 mmHg² - Iniciar estatina moderada-alta intensidade¹² - Orientar mudanças estilo de vida¹² - Iniciar terapia antianginosa (opções: BB, BCC, nitratos, ranolazina, ivabradina, alopurinol)¹²³ - Reavaliar em 2 semanas -> considerar cateterismo!² - Estratégia invasiva -> intervenção coronária percutânea ou revascularização miocárdica -> SYNTAX score (http://syntaxscore.org/)² Referências 1. GILLEN, Caitlin; GOYAL, Amandeep. Stable Angina. StatPearls, 2020. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK559016/. Acesso: 09 out 2021. 2. OHMAN, E. Magnus. Chronic stable angina. New England Journal of Medicine, v. 374, n. 12, p. 1167-1176, 2016. 3. KNUUTI, Juhani et al. 2019 ESC Guidelines for the diagnosis and management of chronic coronary syndromes: the Task Force for the diagnosis and management of chronic coronary syndromes of the European Society of Cardiology (ESC). European heart journal, v. 41, n. 3, p. 407-477, 2020. 4. WALTERS, Michele Ann. Management of Chronic Stable Angina. Critical care nursing clinics of North America, v. 29, n. 4, p. 487-493, 2017. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK559016/
Compartilhar