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1 HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO Questionário para avaliação da aprendizagem e preparação para a AV1 1. Disserte sobre documentos jurídicos (tratados, cartas régias, forais, etc) e sobre a estrutura jurídica portuguesa trazida quando do período colonial. 2. A estrutura jurídica portuguesa não foi a única presente no Brasil colonial. Flávia Lages Castro descreveu algumas destas construções jurídicas alternativas à legalidade trazida pela Coroa Portuguesa. Descreva estas outras culturas jurídicas. 3. Observe a estrutura da organização judiciária do Brasil, no Século XVI, e escolha a alternativa que descreve CORRETAMENTE características pessoais e/ou funcionais do Juiz Ordinário: (a) Homem bom, nativo, que presidia também a Câmara Municipal. (b) Bacharel em direito indicado pelo Rei. (c) Apreciavam questões relativas aos interesses de menores, inventários e tutorias. (d) Apreciava demandas acerca de terras. 4. Como sabemos, o filme Desmundo é um significativo documentário sobre a formação da sociedade colonial da América portuguesa. Reveja as suas anotações, relacione o filme ao texto de Flávia Lages e disserte sobre como o filme permite refletirmos sobre a construção jurídica colonial. 5. Depois da leitura e da pesquisa procedida na bibliografia indicada, responda as questões abaixo: Nos textos que se seguem, encontramos, em primeiro lugar, alguns exemplos de leis que, durante séculos, regulamentaram a economia brasileira. Em seguida, temos fragmentos de um Decreto, a "Carta Régia" de janeiro de 1808. Texto 1 - As Leis: 1591: decreto fecha os portos do Brasil aos navios estrangeiros. 1603: o governo português decreta o monopólio real da pesca da baleia. 1642: a Coroa portuguesa estabelece o monopólio sobre o tabaco. 1658: é imposto pela Coroa o monopólio do sal. 1682: o governo português cria a Companhia de comércio do Maranhão. 1731: Carta Régia estabelece o monopólio sobre a extração de diamantes. 1785: o governo português proíbe as manufaturas de tecidos no Brasil. Texto 2: Carta Régia de 28 de janeiro de 1808, promulgada pelo príncipe regente D. João[...]”Primo: que sejam admissíveis nas Alfândegas do Brasil todos e quaisquer gêneros,fazendas e mercadorias transportadas, ou em navios estrangeiros das Potências, que se conservam em paz e harmonia com a minha leal Coroa, ou em navios dos meus vassalos, [...] Segundo: que não só os meus vassalos, mas também os sobreditos estrangeiros possam exportar para os Portos, que bem lhes parecer a benefício do comércio e agricultura, que tanto desejo promover, todos e quaisquer gêneros e produções coloniais, a exceção do pau-brasil, ou outros notoriamente estancados.[...]” A)- Que mudanças podemos identificar analisando as leis, elencadas no texto 1, e o Decreto de 1808? B)- Analise as situações políticas de Portugal e do Brasil que levaram à promulgação da Carta Régia de 1808. C)- Como podemos relacionar o Decreto de 1808 e os tratados com a Grã-Bretanha em 1810? 2 6. Reflita sobre as conseqüências para o Brasil e para sua estrutura jurídica da invasão napoleônica na península ibérica em 1807 e da transferência da família real portuguesa em 1808 7. A Assembléia Constituinte foi marcada por uma disputa entre D. Pedro I e a aristocracia rural. Nessa assembléia havia três grupos com idéias diferentes: o grupo português, que era composto por comerciantes militares e que defendia a monarquia absolutista para D. Pedro I; o grupo brasileiro (ala moderada),formado pela aristocracia rural que defendia a centralização e maior limitação aos poderes monárquicos; e, ainda, outro grupo brasileiro, mais radical que o anteriormente citado, que possuía facções da aristocracia rural - principalmente nordestina - menos privilegiada. A grande disputa ocorreu em torno da limitação do poder de D. Pedro I, já que este queria poderes absolutos, o que contrariava as idéias da aristocracia rural. Como resultado, surgiu o projeto de “Constituição da Mandioca” cujas características fundamentais eram: uma monarquia constitucional com 3 poderes; limite ao poder do imperador; valorização do parlamento que não podia ser vetado pelo próprio imperador. Porém, esse projeto não vingou, já que a Assembléia foi dissolvida e uma nova Constituição foi elaborada por um Conselho de confiança escolhido por D. Pedro I. Com a Assembléia Constituinte dissolvida, D. Pedro I nomeou um Conselho de Estado formado por 10 membros, que redigiu a Primeira Constituição brasileira. Após ser apreciada pelas Câmaras Municipais, ela foi outorgada em 25 de março de 1824. Analise as assertivas abaixo e marque a opção que apresenta com correção as características da Constituição de 1824: I. a centralização do poder e um governo monárquico e hereditário. II. o catolicismo como religião oficial do país. III. o estabelecimento do sufrágio universal. IV. a existência de quatro poderes: executivo, legislativo, judicial e moderador. (a) apenas as assertivas I, II e IV são corretas. (b) apenas as assertivas I, III e IV são corretas. (c) apenas as assertivas II, III e IV são corretas. (d) todas as assertivas são corretas. 8. Numa aula sobre a estrutura política do Império brasileiro, o professor apresentou a seus alunos o trecho da Constituição de 1824 e a charge reproduzidos abaixo. Constituição Política do Império do Brasil (1824) (Adaptado de: Constituição Política do Império do Brasil, de 25 de março de 1824) CAPITULO I. Do Poder Moderador. Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização Política, e é delegado privativamente ao Imperador, como Chefe Supremo da Nação, e seu Primeiro Representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da Independência, equilíbrio, e harmonia dos mais Poderes Políticos. Art. 99. A Pessoa do Imperador é inviolável, e Sagrada: Ele não está sujeito a responsabilidade alguma. (...) Art. 101. O Imperador exerce o Poder Moderador I. Nomeando os Senadores (...) V. Prorrogando ou adiando a Assembléia Geral, e dissolvendo a Câmara dos Deputados, nos casos em que o exigir a salvação do Estado; convocando imediatamente outra, que a substitua. VI. Nomeando e demitindo livremente os Ministros de Estado. VII. Suspendendo os Magistrados (...). 3 NOVAES, Carlos Eduardo; LOBO, César. História do Brasil para principiantes: de Cabral a Cardoso, 500 anos de novela. São Paulo: Ática, 1997. p. 150. Depois de pedir aos alunos que lessem os artigos da Constituição selecionados, o professor apresentou a charge acima, com as devidas ressalvas quanto ao anacronismo presente na caricatura. A seguir, sugeriu à turma que relacionasse a Constituição de 1824 à interpretação da charge. Ao final da aula, os alunos resumiram suas discussões às quatro afirmações apresentadas abaixo. I - A charge confirma a Constituição de 1824, que garante amplos poderes ao Imperador. II - A charge contesta o texto da Constituição, que estabelece a submissão do Estado à Igreja. III - A charge contraria o texto da Constituição, que afirma o caráter Sagrado da pessoa do Imperador. IV - A charge ratifica o texto da Constituição de 1824, que assegura a supremacia do Poder Moderador sobre os demais poderes. Estão corretas APENAS as afirmativas: (a) I e II (b) I e III (c) I e IV (d) II e III (e) III e IV 9. Disserte sobre as características do regime político instaurado através da Constituição de 1824 comentando as seguintes questões: a) Regime político b) Divisão de poderes c) O poder moderador d) direito ao voto no Império do Brasil. 10. Do ponto de vista das punições, quais as mudanças existentes entre as penas previstas pelas Ordenações Filipinas (castigo exemplar) e as penas previstas pelo código criminal de 1830. 11. Nos códigos comercial e penal, a figura do escravo aparece como “coisa” e como “pessoa”. Disserte sobre estes usosjurídicos que aparecem na ordem constitucional imperial.
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