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NERVOS CRANIANOS

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UNIFACS - SALVADOR - CURSO: ENFERMAGEM 
DISCENTE: CELSIUS PALMEIRA 
 
TEMA: NERVOS CRANIANOS 
 
 
 
Nervos cranianos: domine o assunto 
Os nervos cranianos são distribuídos em 12 pares que se originam do tronco 
encefálico, com exceção dos dois primeiros (I e II) – que são, na verdade, parte 
do sistema nervoso central (SNC) e, dessa forma, não têm características 
morfológicas de nervo, e sim de tecido cerebral – e do ramo externo do XI, que 
se origina na medula cervical. [1,2] 
Figura 1: Nervos Cranianos 
 
Fonte: Neurociência: desvendando o sistema nervoso, 2017 
Cada par de nervo craniano possui um nome e um número romano 
correspondente. Alguns fazem parte do SNC, outros fazem parte do sistema 
nervoso periférico (SNP) somático e outros, ainda, são do SNP visceral. Além 
disso, é importante saber que os nervos cranianos possuem núcleos no 
mesencéfalo, na ponte e no bulbo. 
Muitos nervos cranianos contêm uma mistura complexa de axônios que realizam 
diferentes funções. O conhecimento dos nervos e de suas diversas funções é 
extremamente importante e tem muito valor como auxílio no diagnóstico de 
diferentes distúrbios neurológicos. 
Figura 2 – Características dos nervos cranianos (I – IV) 
Fonte: Anatomia orientada para clínica, 2014 
 
Figura 3 – Características dos nervos cranianos (V – VIII) 
 
Fonte: Anatomia orientada para clínica, 2014 
Figura 4 – Característica dos nervos cranianos (IX – XII) 
 
Fonte: Anatomia orientada para clínica, 2014 
Tipos de lesões dos nervos cranianos e achados clínicos 
Figura 5 – Lesões dos nervos cranianos (I – VI) 
Fonte: Anatomia orientada para clínica, 2014 
 
Figura 6 – Lesões dos nervos cranianos (VII – XII) 
Fonte: Anatomia orientada para clínica, 2014 
Como dito anteriormente, conhecer as características dos nervos cranianos é 
extremamente importante, principalmente para a formação acadêmica do 
profissional de saúde, pois é essencial para auxiliar em diversos diagnósticos 
neurológicos. 
Agora, me diga, depois de conhecer suas principais características, funções, 
tipos de lesões e achados anormais, ficará bem mais fácil entender como eles 
podem ser avaliados durante o exame físico neurológico dos pares cranianos, 
não é mesmo? Então vamos nessa, pois é isso que você irá dominar agora! 
Avaliação neurológicas dos nervos cranianos 
Nervo olfatório (I) 
É avaliado a partir da obstrução de uma narina por vez do paciente e da 
solicitação para que ele feche os olhos. A partir disso, o olfato é testado por meio 
de substâncias não irritativas e com odor familiar, como café, alho e cravo. Você 
deve perguntar ao paciente se ele sente algum cheiro e repetir o procedimento 
do outro lado. O esperado é que o paciente sinta odores proporcionalmente dos 
dois lados e identifique a substância. Lembrando que, antes da realização do 
exame, deve-se conferir se as narinas estão previamente desobstruídas. A perda 
do olfato pode ser devido ao processo de envelhecimento, tabagismo ou indicar 
condições relacionadas com os seios da face, traumatismo cranioencefálico 
(TCE), uso de cocaína e doença de Parkinson. 
Nervo óptico (II) 
O exame do II par craniano busca avaliar a acuidade visual. Deve-se avaliar o 
fundo o olho por meio do uso do oftalmoscópio, analisando cuidadosamente o 
disco óptico em busca de papiledema (protrusão e borramento das margens), 
atrofia óptica (palidez) e glaucoma (aumento das dimensões da escavação 
fisiológica). Nesse exame também busca-se avaliar os campos visuais, o que é 
realizado por confrontação. Essa técnica pode ser executada solicitando que o 
paciente fixe o olhar no seu olho ou nariz. Você deve movimentar algum objeto, 
ou até mesmo o dedo, trazendo-o do campo periférico para o central, 
abordando quadrante superior, inferior, direito e esquerdo em tempo adequado 
para que o paciente consiga informar o primeiro momento em que identifica o 
objeto no campo periférico ou solicitar que o paciente diga quantos dedos ele 
vê. Vale ressaltar que cada olho deve ser testado separadamente. 
 
 
Nervos óptico e oculomotor (II e III) 
Deve-se avaliar as dimensões e o formato das pupilas, sempre comparando 
um olho com o outro. É necessário testar as reações pupilares à luz. Além 
disso, deve-se inspecionar a resposta à aproximação de objetos. Nessa 
avaliação, observa-se a constrição pupilar, a convergência e a acomodação do 
cristalino ou lente. 
Nervos oculomotor, troclear e abducente (III, IV e VI) 
Deve-se testar movimentos extraoculares nas seis direções do olhar, buscando 
se há desvio assimétrico do movimento e perda dos movimentos conjugados. 
Caso haja diplopia, deve-se perguntar ao paciente onde se exacerba. Vale 
lembrar que a análise deve ser feita pedindo para o paciente cobrir um olho 
para classificar a diplopia em monocular ou binocular. Além disso, deve-se 
avaliar a presença de nistagmo, solicitando ao paciente que fixe o olhar em um 
objeto distante e avaliando se o nistagmo se acentua ou diminui, e de ptose. 
Nervo trigêmeo (V) 
Para avaliar a parte motora, pede-se ao paciente que cerre e depois mova a 
mandíbula e analisa-se força e contração muscular enquanto o examinador 
realiza a palpação dos músculos temporal e masseter. Já para avaliação da 
parte sensorial, pede-se que o paciente feche os olhos e utiliza-se um objeto de 
ponta fina, alternadamente com um de ponta romba, buscando avaliar a 
sensibilidade dolorosa da testa, regiões malares e mandíbula. O exame deve 
ser realizado bilateralmente. Caso encontre alguma anormalidade, avalia-se a 
sensibilidade térmica usando um tubo de ensaio contendo água quente e o 
outro com água gelada e pede-se ao paciente que identifique se está frio ou 
quente. Além disso, deve-se pesquisar o tato leve e, para isso, utiliza-se um 
chumaço de algodão pedindo ao paciente que informe quando sentir o algodão 
tocar a pele. Ainda usando um chumaço de algodão, deve-se avaliar o reflexo 
corneano. Peça ao paciente que olhe para cima e para o lado oposto ao seu. 
Encoste o chumaço de algodão suavemente na córnea e verifique se ele pisca 
(reação esperada a esse estímulo). 
Nervo facial (VII) 
Examina-se a face em busca de assimetria e movimentos anormais. Podem ser 
solicitados ao paciente alguns movimentos para teste, como que franza a testa, 
eleve as sobrancelhas, feche os olhos com força (tente abri-los para analisar a 
força muscular) e também que ele sorria e encha as bochechas de ar. 
Nervo vestibulococlear (VIII) 
Deve-se avaliar a capacidade auditiva pelo teste do sussurro e determinar se a 
perda, caso haja, é de condução ou sensorineural. A condução aérea e a 
condução óssea devem ser pesquisadas com o uso do diapasão, em ambiente 
silencioso, a partir do teste de Rinne, e a lateralização, usando o teste de 
Weber. Para a realização do teste de Weber, apoie a base do diapasão no 
vértice da cabeça do paciente ou no meio da fronte e pergunte em que lado ele 
escuta o som. É esperado que a vibração seja percebida na linha média ou de 
maneira igual nas duas orelhas. Vale ressaltar que indivíduos com audição 
normal podem apresentar lateralização e pacientes com déficits de condução 
ou sensorineural bilaterais não apresentam lateralização. Logo, esse teste é 
indicado para pacientes com perda auditiva. Já no teste de Rinne, deve-se 
comparar a condução aérea com a condução óssea. Para isso, apoie a base 
do diapasão em vibração no processo mastoide e, quando o paciente deixar de 
escutar o som, aproxime rapidamente o diapasão do meato acústico e verifique 
se o paciente volta a escutar o som. De um modo geral, o som é escutado mais 
tempo quando conduzido pelo ar do que pelo osso. 
 
 
Nervos glossofaríngeo e vago (IX e X) 
Deve-se avaliar a voz do paciente, se existe dificuldade na deglutição, observar 
os movimentos do palato mole e da faringe ao solicitar que o paciente que diga 
“ah”. É esperado que o palatosuba simetricamente e a úvula permaneça na 
linha média, e cada lado da parte posterior da faringe se mova medialmente. A 
seguir, após aviso prévio ao paciente, deve-se testar o reflexo faríngeo (reflexo 
do vômito) a partir da estimulação sutil da parte posterior da garganta. 
Nervo acessório (XI) 
Avalie se há atrofia e fasciculações nos músculos trapézio. Ofereça resistência 
aos ombros do paciente com as mãos e solicite que ele eleve os ombros, a fim 
de verificar a força e a contração dos músculos trapézios. Além disso, ofereça 
resistência à cabeça do paciente e solicite que ele gire a cabeça para um lado 
e para o outro, buscando observar a contração do músculo 
esternocleidomastóideo. 
Nervo hipoglosso (XII) 
Observe a língua no assoalho da boca e solicite ao paciente que coloque a 
língua para fora, além de movê-la para direita e esquerda, e verifique se há 
assimetria, atrofia ou desvio da linha média. Pode-se solicitar também ao 
paciente que pressione a língua contra a parte interna de cada bochecha 
enquanto você as palpa externamente. Além disso, vale a pena prestar atenção 
na pronúncia do paciente. 
 
 
Vamos praticar um pouco? Questões de residência com gabarito! 
Para facilitar a fixação desse conteúdo, selecionamos algumas questões para 
você! 
 Ano: 2018 Estado: RJ Instituição: RESIDÊNCIA INCA 
O exame dos pares dos nervos cranianos deve ser realizado na suspeita das 
lesões no cérebro, tronco encefálico ou coluna cervical. Quando se observa 
uma disfunção no controle do movimento dos olhos e do olhar conjugado, 
pode-se suspeitar de uma lesão de quais pares de nervos cranianos? 
a. I Óptico, III Oculomotor e IV Troclear. 
b. I Óptico, IV Troclear e VI Abducente. 
c. I Óptico, III Oculomotor e VI Abducente. 
d. II Oculomotor, IV Troclear e VI Abducente. 
 Ano: 2018 Estado: RJ Instituição: RESIDÊNCIA UNIRIO 
Classifique as afirmações abaixo sobre o nervo trigêmeo em verdadeiras (V) ou 
falsas (F). 
( ) É o sexto par craniano. 
( ) Conduz a maior parte das informações somestésicas e proprioceptivas 
originadas da face, cavidade oral, conjuntiva e dura máter. 
( ) Conduz a inervação motora destinada à musculatura mastigatória. 
( ) Tem três ramos principais: oftálmico, maxilar e occipital. 
( ) Conduz informações aferentes detectadas por mecanoceptores, 
termoceptores e nociceptores. 
 
A sequência CORRETA é a seguinte: 
a. V, V, V, V, V 
b. V, F, V, F, F 
c. F, V, V, F, V 
d. F, F, F, V, V 
e. V, F, V, V, F 
 Ano: 2018 Estado: PR Instituição: ISCMC/HUC/HMSB 
Com relação aos forames da base do crânio, o forame que transmite a divisão 
maxilar do nervo trigêmeo é o: 
a. oval. 
b. lacerado. 
c. espinhoso. 
d. jugular. 
e. redondo. 
 ● Ano: 2015 Estado: SP Instituição: UNIFESP, CONSESP 
Sobre o exame dos nervos cranianos, qual a alternativa incorreta? 
a. A paralisia facial periférica cursa com comprometimento do andar inferior 
e superior da face. 
b. A gustação do terço posterior da língua é dada pelo nervo trigêmeo. 
c. A lesão de nervo hipoglosso cursa com desvio da língua para o lado 
parético à protrusão. 
d. O nistagmo de origem periférica tem direção fixa e é suprimido pela 
fixação visual. 
e. Paralisia completa do terceiro nervo cursa com midríase, ptose e 
oftalmoparesia. 
Gabarito: 
D – C – E – B 
Autora: Daiane Lima 
Instagram: @daianelds 
Referências: 
1. PORTO, C. C Semiologia Médica. 7ª ed. Editora Guanabara Koogan 
S.A, 2013. 
2. BEAR, M. F.; CONNORS, B. W.; PARADISO, M. A. Neurociência: 
desvendando o sistema nervoso. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. 
3. MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F. Anatomia orientada para a 
clínica. 7 ed. Rio De Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.A., 2014. 
4. BICKLEY, L.S. Bates – Propedêutica Médica.11ª ed. Editora 
Guanabara Koogan S.A., 2015

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