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TECNOLOGIA TECNOLOGIA GRÁFICAGRÁFICA Me. Vanessa da S i lva Cardoso IN IC IAR introdução Introdução Esta unidade aborda saberes sobre a área do design que trabalha com a produção de materiais grá�cos impressos. Os produtos impressos fazem parte do cotidiano de designers de embalagem, da comunicação visual, do design editorial, entre outros. Conhecer o processo de produção desses artefatos grá�cos possibilitam ao designer garantir a qualidade do resultado de seu trabalho antes que suas criações entre em contato com o público. Nesse conteúdo, você conhecerá a história da invenção da imprensa e qual impacto essa inovação teve na sociedade. Também será apresentada a história do principal suporte de impressão, o papel, suas características e seus formatos, bem como características de outros substratos passíveis de receber impressão. Este tópico busca discutir a relação existente entre a produção grá�ca e as mudanças que acompanharam o design e a comunicação impressa em seus aspectos técnicos, culturais e sociais. O conteúdo tem por objetivo traçar um panorama que ajude a compreender o contexto e as forças responsáveis pelas mudanças ocorridas no design ao longo dos anos. De acordo com Newark (2009), assim como a maioria das atividades humanas, o design está diretamente ligado ao desenvolvimento da sociedade. O autor nos instiga a entender o que leva o design a evoluir e explica que “como tudo em uma cultura mais ampla, o design é formado por forças que o atraem e o estendem em formas novas” (NEWARK, 2009, p.34). A primeira dessas forças seria a mecânica, atrelando o design ao desenvolvimento tecnológico. Quando falamos em tecnologia, muitas vezes, pensamos em tecnologia de ponta, computadores, mobilidade etc., entretanto, toda a invenção de equipamentos ou modos de fazer, por mais rudimentares que sejam, Design e Produção Grá�caDesign e Produção Grá�ca con�guram-se como uma evolução tecnológica. Como explica Bonsiepe (2011), tecnologias abarcam uma série não só de artefatos, mas também de processos, criados a �m de produzir mercadorias físicas e/ou semióticas com fortes re�exos na nossa vida cotidiana. Um exemplo de tecnologia rudimentar foi a criação da litogra�a, que faz parte dos processos históricos da produção grá�ca: A litogra�a era um método de impressão trabalhoso baseado no princípio de repulsão entre água e gordura, utilizando-se lápis gorduroso e tintas à base d’água. Os desenhos eram feitos em tamanho natural sobre grandes superfícies de pedra ou placas de borracha, em etapas progressivas, uma chapa para cada cor. Muitas vezes utilizado para imprimir pôsteres de anúncios, este processo permitiu que imagens e textos aparecessem juntos. O texto era desenhado pelo artista e, por isso, esteticamente incorporado a todo o design. Lucian Bernhard, Eduard McKnight Kau�er e AM Cassandre produziram ótimos exemplos dessa técnica (NEWARK, 2009, p.34). O que se deve observar ao revisitar tal técnica é como os processos nos ajudam a compreender escolhas estéticas que moldam estilos de uma determinada época. Essa percepção histórica torna o trabalho do designer mais rico, abrindo possibilidades criativas para a ressigni�cação de artefatos visuais da nossa cultura. Ilustrando esse argumento, Newark (2009) a�rma que as possibilidades tecnológicas e materiais disponíveis aos pro�ssionais de design abrem caminho para a criação de um estilo próprio e pontua que: “meios físicos sugerem forma” (NEWARK, 2009, p.34). A segunda força que deu forma à área do design - da qual fala Newark (2009) e que está diretamente relacionada com a tecnologia – é o comércio. Reforçando essa ideia, Bonsiepe (2011) aponta que o desejo de fomentar a economia seria o principal motivo para agregar valor aos produtos. Um valor que é subjetivo e/ou emocional, além da simples funcionalidade. A própria evolução das embalagens, de acordo com Newark (2009), resulta da necessidade em desenvolver técnicas para preservar e acondicionar alimentos, tendo, porém, como motivação, a obtenção de lucro. Até mesmo o desenvolvimento dos meios digitais se deu, em grande parte, por interesses mercadológicos em produzir conteúdos e disseminar essas informações com intenção de gerar riqueza. As forças citadas até agora, a mecânica e o comércio, deram origem a uma terceira força, ou seja, a padronização. Esse termo, Conforme Newark (2009), não é visto com bons olhos pela área do design por causa da defesa de uma liberdade criativa, porém, a padronização propiciou o estabelecimento de muitos dos processos de produção, a massi�cação dos bens de consumo, o padrão de e�ciência e a qualidade na indústria de maneira geral. Como se pode observar, as três forças explanadas aqui não serviram apenas como mote do desenvolvimento da área de produção grá�ca, mas também para o design como um todo, até porque, como diz Newark (2009), não se pode entender o design como algo separado da evolução cultural. No início do século XX, o design era visto como uma parte importante do mecanismo que transformaria a sociedade e ajudaria a construir uma utopia. A industrialização era vista como a criação do contexto no qual a liberdade para tudo poderia ser imaginada. O futurismo, o construtivismo, o suprematismo, a Bauhaus e suas escolas e professores associados eram outros. Os designers deveriam explorar a energia da máquina e usar suas qualidades para criar uma nova linguagem visual (NEWARK, 2009, p.42). Compreender os aspectos levantados acima como indissociáveis das disciplinas de design e produção grá�ca – bem como o desenvolvimento na área de substratos e processos – permite uma visão mais ampla sobre o papel do design na sociedade em constante mutação. Também nos ajuda a estabelecer a relevância da produção grá�ca como processo que fomentou mudanças na comunicação e na linguagem. Além disso, conhecer processos e técnicas da produção grá�ca nos permite manter a qualidade estética e comunicacional em peças físicas no contato direto com o público, levando as ideias e a mensagem que o designer deseja transmitir com mais e�ciência. praticar Vamos Praticar Tendo em vista as relações apresentadas entre design, tecnologia, processos grá�cos entre outros aspectos, qual seria a in�uência da criação e utilização do processo de litogra�a para o desenvolvimento de um estilo de design grá�co da época? NEWARK, Q. O que é Design Grá�co? 1. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. a) A utilização de tintas à base d’água permitiu novas nuances de cor para os cartazes, o que trouxe uma padronização cromática para a época. b) Foi a ascensão da carreira de Eduard McKnight Kau�er que revolucionou o design. c) O processo propiciou a junção da imagem com o texto que permitiu que os artistas incorporassem o texto ao design criando um estilo próprio. d) As grandes pedras ou placas de borracha permitiam que o artista criasse cartazes e pôsteres de anúncio com texturas nunca antes vistas. e) O desenho era feito à mão, o que permitia que o artista tivesse um estilo próprio. Observamos que a evolução da tecnologia grá�ca acompanha as mudanças e necessidades da sociedade, sendo motivadas por diversos fatores. A partir de agora, abordaremos alguns aspectos do desenvolvimento histórico das tecnologias grá�cas desde a invenção da imprensa até os processos atuais. História da Comunicação Impressa A comunicação impressa acompanha a necessidade do homem de transmitir conhecimento ou ideias. Esse processo acompanha a humanidade desde antes dos processos de produção em massa, quando os materiais eram feitos com técnicas rudimentares. Entretanto, o processo de reproduzir originais causou grandes mudanças a partir do marco histórico da invenção da imprensa. A Bíblia de Gutenberg Histórico da Tecnologia Grá�caHistórico da Tecnologia Grá�ca A história da comunicação impressa está diretamente ligada à �gura de Johannes Gutenberg. Segundo Collaro (2011), foi por volta do ano de 1439 que Gutenberg revolucionoua maneira como a informação circulava na sociedade a partir da criação dos chamados tipos móveis. Os tipos móveis consistiam da fabricação de letras de chumbo produzidas uma a uma. A composição com tipos móveis propiciava uma enorme economia de tempo em oposição à técnica anterior de xilogravura – na qual os textos eram esculpidos em uma única tábua maciça (COLLARO, 2011, p. 2). Outro re�exo dessa nova técnica de composição foi a padronização de alguns parâmetros métricos e formais para o design: A invenção múltipla de Gutenberg deu simultaneamente à luz o diagrama (uma vez que todos os elementos de tipos modulares tinham que ser localizados e �rmemente encaixados na armação) e as famílias de tipos – uma vez que as letras tinham de ser moldadas para a reprodução mecânica. Esses são os dois principais componentes do design grá�co cerca de 500 anos depois (NEWARK, 2009, p.15). A impressão tipográ�ca, como �cou conhecida, tornou-se bastante popular depois do ano de 1455, quando foi impresso o primeiro livro utilizando tipos móveis: a Bíblia de Gutenberg, que teve uma tiragem de 180 livros (COLLARO, 2011, p. 2). saiba mais Saiba mais Alguns jargões do design derivam de técnicas oriundas da história da tecnologia grá�ca. Um exemplo disso é a nomenclatura utilizada até hoje para caracteres maiúsculos e minúsculos. Segundo Newark (2009), a denominação de caixa alta para as letras maiúsculas e caixa baixa para as minúsculas deriva da divisão física das caixas, nas quais as famílias de tipos eram guardadas separadamente. Na parte de cima, as maiúsculas e, na parte de baixo, as minúsculas. Veja essa curiosidade descrita pela artista Keli Freitas no link abaixo: ACESSAR Fonte: Adaptado de Newark (2009, p. 68). Figura 1.1 -A bíblia de Gutemberg Fonte: UB Kassel / Wikimedia Commons. http://tvbrasil.ebc.com.br/artedoartista/post/conheca-a-origem-dos-termos-caixa-alta-caixa-baixa-e-entrelinhas Com o decorrer dos anos, o número de leitores e a demanda por impressão aumentava cada vez mais e novos sistemas de impressão foram criados para atender a essa procura (COLLARO, 2011, p. 2). A evolução dos Processos de Composição reflitaRe�ita Apesar da importância enorme de Gutemberg para os processos de produção grá�ca, seus inventos foram, em verdade, adaptações de diversas tecnologias que permitiram o salto para os tipos móveis funcionais: Perfuração, criação de moldes, ligas modelagens, mistura de tintas e prensas utilizadas na produção de queijos e vinhos: ao ajustar e integrar essas tecnologias, Gutemberg conseguiu criar um sistema que produzisse milhares de letras reutilizáveis, duráveis e extraordinariamente precisas, bem como uma forma de transferir suas imagens para papel a uma velocidade impressionante. Seu primeiro projeto, uma bíblia impressa em 1455, composta por duas colunas por página, com 42 linhas por coluna, foi um divisor de águas em tecnologia da comunicação; sua importância para a cultura moderna é comparável à da própria palavra escrita. A capacidade de disseminar enormes quantidades de informação, de forma rápida e acessível, signi�cava que ideias anteriormente conhecidas por poucos agora podiam ser disseminadas para milhares. A imprensa ajudou a padronizar as línguas e unir povos culturalmente semelhantes em regiões onde ,antes, os dialetos e o uso variavam muito, mesmo dentro de uma pequena faixa geográ�ca (SAMARA, 2011, p. 7). Fonte: Samara (2011, p. 7). Com o decorrer dos anos, o número de leitores e a demanda por impressão aumentavam cada vez mais e novos sistemas de impressão foram criados para atender a essa procura (COLLARO, 2011, p. 2). Como os processos de impressão, evoluíram também os processos de composição que iniciaram pela composição manual, passando pela composição mecânica que evoluiu, por sua vez, para a linotipia, evoluindo para os processos fotográ�cos, como veremos a seguir. Composição Manual No processo de composição manual, o operador (componedor) �xava a medida das linhas de composição, buscava cada letra e as colocava em sequência formando palavras e linhas para produzir a “chapa tipográ�ca”. O sistema utilizado para a separação entre letras, palavras e linhas era o Didot. A desvantagem desse tipo de composição era o tempo que se levava na montagem de cada chapa e as condições insalubres de trabalho por conta do contato direto com o chumbo dos quais os tipos móveis eram feitos (COLLARO, 2011). Composição Mecânica A invenção da imprensa impulsionou outros avanços na área de impressão como a fabricação de papéis em bobinas e a impressão mecanizada. Para acompanhar essa evolução, em 1886, o alemão Ottmar Mergenthales cria o processo de composição mecânica para automatizar a composição de textos em alto-relevo. Esse processo �cou conhecido como linotipo. A máquina de Mergenthales usava códigos dentados nas matrizes para obter um texto fundido com o mesmo material em chumbo só que compondo uma linha inteira por vez ao invés de letra por letra, como no sistema manual. Essa invenção agilizou o processo na ordem de dez vezes a velocidade do sistema anterior (COLLARO, 2011). Linotipia Em 1891, foi inventado o monotipo que usava matrizes de papel perfuradas de maneira codi�cada, aumentando a agilidade do processo. Entretanto, o processo - conhecido como linotipia - ganhou maior destaque na época, principalmente, na área de periódicos e jornais diários, tanto que a empresa Linotype Corporation se manteve no mercado com equipamentos grá�cos e softwares da área. A popularização do linotipo se deu pela simplicidade do processo que exigia apenas um operador para compor as linhas de texto com uma capacidade de produção de 8 a 10 mil toques por hora. Enquanto o linotipo era usado para textos mais longos com caracteres menores, os títulos eram feitos nas chamadas “tituladeiras” (COLLARO, 2011). Fotocomposição Os processos de impressão continuaram evoluindo após a Segunda Guerra Mundial até que em 1945 houve um marco na história da tecnologia grá�ca, o surgimento do sistema o�set. Esse processo se espalhou pelo mundo e houve uma evolução simultânea nas técnicas fotográ�cas. A composição foi o último estágio a evoluir no processo de impressão até chegar nos processos de fotocomposição, nos quais os blocos de texto eram obtidos por meios fotográ�cos. Essa inovação conferiu liberdade ao trabalho do designer para brincar com textos e imagens de maneira mais criativa e integrada (COLLARO, 2011). O processo fotográ�co de composição foi amplamente utilizado pelo mercado grá�co até ser gradativamente substituído pelos processos informatizados utilizados atualmente, os quais não apenas revolucionaram os processos de composição, como também de impressão e de editoração em todo o mundo (COLLARO, 2011). praticar Vamos Praticar A criação de tipos móveis trouxe uma série de mudanças para a sociedade e também para a área do design. Quais elementos sofreram um re�exo direto dessas mudanças e se tornaram fundamentos do design grá�co? NEWARK, Q. O que é Design Grá�co? 1 ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. a) A linotipia e a fotocomposição. b) A fotogra�a e o o�set. c) A composição manual e mecânica. d) O diagrama e as famílias de tipos. e) Os tipos móveis e a Bíblia de Gutenberg. Como vimos até agora, a evolução nos processos de impressão são sem dúvida um dos maiores avanços na história da humanidade. Porém, se não existissem suportes que recebessem essa impressão, não existiriam os livros e nem se desenvolveriam as artes grá�cas. Neste tópico, mostraremos as propriedades, os tipos e os formatos do substrato mais importantes para a produção grá�ca. De acordo com Bann (2010), o suporte principal para impressão é o papel. É nesse substrato que a maioria dos produtos grá�cos impressos são feitos. Além disso, o papel con�gura o maior peso no custo �nal de um produto impresso. A porcentagem nos custos totais de impressão se justi�ca pela complexidade que envolve o ciclo de vida desse substrato, queinclui vários cuidados com o meio ambiente: A energia envolvida na fabricação; A matéria-prima utilizada vir ou não de recursos re�orestáveis; Os recursos minerais envolvidos no processo; Substratos para ImpressãoSubstratos para Impressão O descarte adequado, ou neutralização de poluentes; Os processos de reciclagem e/ou reuso do produto �nal. Para além das preocupações ambientais e de custos, a correta escolha do papel determina o padrão de qualidade do produto impresso �nal. Segundo Villas-Boas (2010), são quatro os parâmetros norteadores para a escolha do papel, além do custo já citado: 1. O valor subjetivo: beleza, so�sticação, diferenciação etc.; 2. A disponibilidade no mercado: exceto no caso de tipos de uso mais frequentes, o mercado de papéis é instável. Por vezes, não é fácil encontrar papéis especiais no mercado ou, até mesmo, os de uso mais frequente podem passar por escassez dos formatos desejados. Sendo assim, orienta-se sempre entrar em contato com o fornecedor com certa antecedência; 3. As restrições técnicas: alguns processos não permitem o uso de determinados tipos de papel. Mesmo no caso do o�set – processo que aceita uma enorme variedade de papéis para impressão – há diferença de qualidade de acordo com as propriedades de cada tipo. Na dúvida, consulte a grá�ca (VILLAS-BOAS, 2010). Propriedades A escolha do tipo de papel ideal para qualquer projeto de design se baseia em alguns aspectos fundamentais que podem tornar o resultado do trabalho subjetivamente mais atraentes para o usuário e ter custos de produção mais baixos, ou ambos (VILLAS-BOAS, 2010). Tipo de Pasta A propriedade mais básica a ser observada, conforme Villas-Boas (2010), é a formação da pasta conforme o quadro: Quadro 1.1 – Tipo de fabricação de pastas Fonte: Adaptado de Villas-Boas (2010). Esses três tipos são classi�cações genéricas, pois existem uma série de variações obtidas pela supressão, alteração ou adição de insumos e/ou procedimentos durante a fabricação, bem como a combinação de etapas do processo de produção de uma com a de outro (VILLAS-BOAS, 2010). Tipo Descrição Pata mecânica Separação mecânica dos componentes de madeira; Baixo custo, grande capacidade de absorção, opacidade e espessura elevadas, baixa resistência, menor brilho, maior instabilidade, tendência ao escurecimento ou amarelamento. Pasta semiquímica Obtida a partir de diferentes processos, tem características mais mecânicas do que químicas; Características: �bras mais rígidas gerando basicamente papelões; Exigem processos de impressão especí�cos. Pasta química Resulta da extração de quase toda a lignina e hemicelulose da madeira por meio de agentes químicos e re�no das �bras; Características: alto custo e alvura. Revestimento Adição de substâncias em uma ou nas duas faces do papel com o objetivo de melhorar as condições ou resultado de impressão (VILLAS-BOAS, 2010). Segundo Bann (2010), o papel couchê recebe revestimento nas duas faces, utilizando elementos como o caulim e o giz e é calandrado para obter alto- brilho; o couchê fosco recebe o mesmo tratamento com caulim ou giz, porém, não passa pelo processo de calandragem, mas ambos melhoram a qualidade de detalhamento do produto impresso. O papel cartucho é um intermediário entre o papel couchê e o não revestido – tem como característica a boa reprodução de meios-tons. O papel cromo recebe revestimento em apenas uma das faces e essa fase é a que recebe impressão – por esse motivo é indicado para capas e embalagens. Lisura e Textura Em processos, como o o�set, quanto mais liso o papel, mais nítida e viva será a impressão. Já os papéis que apresentam textura em suas faces conferem personalidade ao impresso, porém, pedem qualidade em projetos com detalhes muito pequenos (VILLAS-BOAS, 2010). Segundo Villas-Boas (2010), para obter uma superfície lisa, é utilizado o processo de calandragem. A calandragem recebe esse nome pelas calandras (conjunto de cilindros aquecidos que pressionam o papel). A forma mais simples de diminuir a aspereza do papel é por meio da calandragem. O processo de super calandragem segue a mesma lógica, porém, usa cilindros de coberturas metálicas e outros revestidos de materiais mais macios, tais como feltro, algodão, �bras sintéticas, papel etc. Gramatura Diz respeito ao peso do papel, isto é, à quantidade de gramas de papel por metro quadrado (BANN, 2010). Sentido da Fibra Direção na qual o papel passa pela máquina no momento da fabricação. A direção da �bra in�uencia na facilidade de abrir livros encadernados, suavidade de manuseio e bordas de encadernação mais lisas se a �bra for paralela à lombada. Para a grá�ca, se a �bra acompanha o sentido da impressão, pode evitar o estriamento provocado pela pressão ou modi�cação no teor de umidade, facilitando a manutenção do registro de cor (BANN, 2010). Especi�icação da Fibra Pode entrar em con�ito com o sentido da �bra. No geral, os requisitos de impressão têm prioridade. Para especi�car a �bra, veri�que se a folha está no sentido da máquina ou no sentido transversal, dependendo do tamanho da folha pode estar paralela à �bra mais longa ou mais curta. Nas rotativas que trabalham com bobinas, a �bra estará sempre em sentido longitudinal em relação à bobina (BANN, 2010). Espessura Medida do calibre do papel. É utilizada, principalmente, na produção de livros. Para alcançar maior calibre, nem sempre é necessário aumentar a gramatura. Certos tipos de papéis são mais aerados. A espessura é medida como um valor volumétrico medido em milímetros de 200 páginas de um papel com 100g/m2 (BANN, 2010). Tonalidade Os fabricantes de papel oferecem padrões de cor ou tonalidade (a variedade vai do natural ao branco-azulado). Alguns papéis podem apresentar variação tonal conforme a luminosidade se e são chamados de “metamétricos”. Isso ocorre porque o branco é a tonalidade mais difícil de especi�car e corresponder (BANN, 2010). Alvura Quanto maior a alvura do papel, mais ele tende a valorizar o produto �nal (ao passo que tons amarelados ou caramelados tendem a ser associados à baixa qualidade). Os papéis de alta alvura, em geral, mais caros, são obtidos, principalmente, por meio de elementos químicos denominados agentes branqueadores (VILLAS-BOAS, 2010). Opacidade Grau de transparência da folha. Papéis �nos têm baixa opacidade. A opacidade é medida em opacímetro e a maioria varia entre 90 e 95%. Papéis muito �nos podem causar problemas na visualização do layout quando são impressos dos dois lados (BANN, 2010). Tipos de papel A tabela a seguir apresenta os principais tipos de papel, suas composições, características e indicações de uso de cada um. Tipo de papel Composição Características Indicação Papel livre de ácido (acid-free). PH 7. Tem alta duração contra deterioração e amarelamentos. Livros e outras publicações que precisam durar. Papel-jornal. - Feito principalmente de pasta mecânica ou �bra reciclada; - Apresenta lignina (impurezas) não removidas no processo de extração da pasta. - Recebe acabamento direto na máquina; - Quando exposto à luz perde coloração e �ca quebradiço, devido às impurezas. Usado na impressão de jornais, folheteria barata e livros de capa mole para o mercado de massa. Papel com alta quantidade de pasta mecânica. - Contém grande quantidade de pasta de madeira mecânica e pouco de pasta química; - Superfície mais lisa (supercalandrado ou acetinado). - Folhetos e revistas de baixo custo – retícula de meio-tons com até 120 linhas por - Recebe cola na fabricação. polegada ou mais. Papel de pasta química (woodfree paper – WF). Feito da polpa de madeira, porém, produzido com pasta química de pelo menos de 90%. As folhas produzidas são fortes, têm alto grau de alvura e aceitam cor, mas o resultado é inferior aos papéis revestidos. São utilizadas, em geral, na produção de papéis para escrita,impressão ou cópias, formulários e revistas; Papel bonde (originalmente o papel usado nas dívidas públicas nos EUA) com uma formação re�nada (materiais de escritórios) e papel-moeda. Papel cartucho (cartridge). - - São papéis densos, de superfície áspera; - Rígido e resistente. - Normalmente usados para pintura e desenho; - Originalmente usado para a produção de cartuchos de munição. Papel-cartão - Cartões mais grossos podem ser produzidos por laminação, ou seja, união de duas ou mais camadas de papel. - Gramatura que apresenta variação de 200 a 300 g/m3. Geralmente, usado em capas de catálogos e brochuras, embalagens acartonadas, livros infantis, livros de capa dura ou em estojos. Papel antique - - Papel encorpado; - Acabamento naturalmente áspero semelhante ao papel feito à mão não calandrado. - Usado na confecção de livros. Papel vergê - - Possui marcas e linhas - Não é adequado decorrentes do rolo �ligranador na sua superfície. para meios- tons ou trabalho a traço com grandes áreas de cor sólida ou detalhes re�nados. Papel com acabamento inglês e calandrado e acabamento liso ou supercalandrado. - Não revestido. - Publicações que contêm meios-tons de preto e branco e trabalhos coloridos; - Reprodução de fotogra�as e ilustrações a traço detalhadas. Couchê ou alto brilho. - Os mais baratos podem conter pasta mecânica ou �bra reciclada. - Revestido dos dois lados, com caulim ou giz, e calandrado para alcançar alta lisura e brilho. - Trabalhos em meios- tons e cores, revistas em alta qualidade e material equivalente. Couchê fosco (mate) ou acetinado. - Produzido de modo semelhante ao alto brilho, no entanto, o processo de calandragem só é utilizado para consolidar a superfície e não produzir alto brilho. Acabamento fosco ou acetinado. - Excelente impressão de meios-tons e coloridos sem que o brilho inter�ra na visualização dos elementos. Papel cromo. - Revestido somente em um dos lados. Cartazes, provas, sobrecapas de livros e etiquetas. Couchê monolúcido de alto brilho (esmaltados ou couchê cote). - - Empregados na produção de embalagens especiais ou capas para materiais de apresentação, relatórios anuais corporativos etc. Papéis plásticos. - Produzidos inteiramente a partir de plástico ou revestimentos plásticos ou de látex sobre um papel-base. Resistentes, laváveis e requerem tintas e técnicas de impressão especiais. - Ideais para a produção de mapas impermeáveis, manuais de o�cinas e livros infantis. Papéis autocopiativos (sem carbono). Recebem um revestimento de microcápsulas. As microcápsulas se rompem sob pressão. Liberam uma solução de tinta incolor que é transferida à superfície reativa da folha de baixo, na qual a tintura é convertida para sua forma colorida. Papéis para impressão digital. - Uma vez revestidos, funcionam como um isolante. - Impressão eletográ�ca. Papéis técnicos Produzidos por meio da - Cédulas monetárias, Quadro 1.2 – Tipos de papel Fonte: Adaptado de Bann (2010). Formatos A importância de se conhecer os formatos de papel está na correta escolha do designer em relação ao aproveitamento, tendo em vista a redução dos custos de produção e a maior qualidade dos resultados de projeto. Veja a seguir como esses formatos surgiram e qual a padronização vigente. No início da industrialização, ainda não existiam normas para a fabricação do papel. De acordo com Collaro (2011), a de�nição dos formatos foi realizada pelo Instituto Alemão de Normatização (Deutsches Institut für Normung) em 1922. Esse instituto foi responsável pela normatização da série DIN de tamanho de papéis (COLLARO, 2011). modi�cação do processo básico de fabricação, da mistura da pasta e do uso de aditivos pós- processamento. fotográ�cas, �ltros, aplicações de segurança, autoadesivos e selos postais. Série A Série B Série C A0 841 x 1.189 mm B0 1.000 x 1.414 mm C0 917 x 1.297 mm A1 594 x 841 mm B1 707 x 1.000 mm C1 648 x 917 mm A2 420 x 594 mm B2 500 x 707 mm C2 458 x 648 mm A3 297 x 420 mm B3 353 x 500 mm C3 324 x 458 mm A4 210 x 297 mm B4 250 x 353 mm C4 229 x 324 mm A5 148 x 210 mm B5 176 x 250 mm C5 162 x 229 mm A6 105 x 148 mm B6 125 x 176 mm C6 114 x 162 mm A7 74 x 105 mm B7 88 x 125 mm C7 81 x 114 mm A8 52 x 74 mm B8 62 x 88 mm C8 57 x 81 mm Tabela 1.1 - Tamanho de papéis Fonte: Adaptada de Collaro (2011, p.162). Partindo de 1m² de papel, usaram áurea para de�nir as séries que compõem a normatização DIN. A série DIN é formada por três formatos especí�cos, como mostra a Figura 3.1 (COLLARO, 2011). A divisão proporcional dos formatos internacionais gera tamanhos que tenham o melhor aproveitamento da folha inicial, independentemente da série originada, como mostra a Tabela 1.2 (COLLARO, 2011). A9 37 x 52 mm B9 44 x 62 mm C9 40 x 58 mm Formato 66 x 96 cm Formato 76 x 112 cm 1 folha 64 x 94 cm - - ½ de folha 64 x 46 cm ½ de folha 74 x 54 cm 1/3 de folha 64 x 30 cm 1/3 de folha 74 x 35 cm ¼ de folha 31 x 46 cm ¼ de folha 54 x 36 cm 1/8 de folha 31 x 22 cm - - 1/9 de folha 31 x 20 cm - - 1/6 de folha 20 x 46 cm 1/6 de folha 54 x 23 cm - - 1/6 de folha 36 x 35 cm 1/16 de folha 15 x 22 cm 1/16 de folha 17,5 x 26 cm Tabela 1.2 - Formatos de papel para grá�ca Fonte: Adaptada de Collaro (2011, p.163). praticar Vamos Praticar A calandragem recebe esse nome pelas calandras (conjunto de cilindros aquecidos que pressionam o papel) (VILLAS-BOAS, 2010). Esse processo tem re�exos no resultado de impressão. Qual vantagem pode ser observada em um papel calandrado? VILLAS-BOAS, A. Produção Grá�ca para Designers. Rio de Janeiro: 2AB, 2010. a) Os papéis não revestidos promovem maior aderência da tinta e um resultado mais brilhoso. b) Os papéis calandrados absorvem mais a luz do sol e não interferem nas cores. c) Papéis calandrados são texturados e conferem conforto visual que facilitam a leitura. d) Os cilindros pelos quais passam o papel na calandragem mudam o sentido das �bras, o que facilita a impressão e) Os papéis calandrados proporcionam impressão mais nítidas e detalhes mais vivos. Apesar de o papel ser o principal substrato utilizado para impressão, existe uma série de outros materiais que podem ser impressos e que são utilizados na comunicação impressa. Este tópico se debruça sobre alguns desses materiais, em especial, aqueles usados na área de embalagens de grande importância para a construção de saberes de um designer. Substratos para Impressão -Substratos para Impressão - OutrosOutros São quatro os tipos principais de substratos para uso em embalagens para além do papel: o vidro, o metal, o plástico e a madeira. Sendo essa categorização bastante genérica, pois cada uma dessas classi�cações têm uma ampla gama de variações e, por vezes, sofrem combinações – como é o caso de materiais metálicos e polímeros, vidros com materiais metálicos ou vidro com polímeros, ou ainda, têxteis e polímeros – sempre no sentido de melhorar suas performances em alguma característica especí�ca (TWEDE; GODDARD, 2009). Vidro O vidro é um material muito antigo, porém, o seu uso para embalagem se deu somente há cerca de 200 anos, para embalagens comerciais, como as garrafas de vinho. As vantagens desse tipo de material são: força, durabilidade e transparência. É quimicamente inerte e é barreira absoluta para umidade e gás. Os recipientes de vidro podem ser esterilizados e suportam o processamento de alimentos a altas temperaturas. É fácil de reciclar e passam uma imagem de qualidade a produtos, como alimentos, saiba mais Saiba mais Existe uma série de outros materiais para utilização na área da comunicação impressa. Neste artigo, Cassio Arrizabalaga Rodrigues, consultor técnico da Associação Brasileira de Tecnologia Grá�ca(ABTG), fala sobre quatro tipos de substratos e as possibilidades de personalização de cada um deles. ACESSAR https://digital.feirafutureprint.com.br/especialista-revela-possibilidades-de-personalizacao-de-4-substratos/ vinho, cervejas, perfumes e condimentos. Tem como desvantagem seu peso e fragilidade (TWEDE; GODDARD, 2009). Metais Os metais mais populares no setor de embalagens são o aço, o estanho e o alumínio, normalmente, com aplicação para o ramo alimentício e de bebidas. O aço foi originalmente usado como embalagem de chá e tabaco. Latas também podem ser feitas de chapas de aço sem estanho e alumínio. Em alguns países, a maioria das latas de bebidas são feitas de alumínio. O Alumínio é um dos materiais de embalagem mais cara, sendo essa uma das razões para sua alta taxa de reciclagem (TWEDE; GODDARD, 2009). Plásticos As propriedades dos plásticos têm progredido muito desde que o primeiro plástico foi desenvolvido há cerca de 100 anos. Atualmente, eles podem ser encontrados com a mesma resistência do aço, tendo a resistência térmica do alumínio, a facilidade de impressão do papel e as propriedades de barreira que se aproximam do vidro. Existe uma in�nidade de materiais que fazem parte da classi�cação de plásticos ou polímeros. O poliéster, por exemplo, cobre uma grande família de materiais. Ele foi o primeiro utilizado para �bras têxteis. Roupas, carpetes e garrafas para bebidas não alcoólicas são todos feitos de PET. O copoliéster (PETG) é um poliéster modi�cado com glicol. Ele pode ser usado em placas, garrafas e �lmes. Seus usos abrangem embalagens para cosméticos, claras e transparentes, que se assemelham ao vidro. Tem excelente resistência a óleos e aromas, com alto brilho e são fáceis de imprimir com alta qualidade grá�ca. O grupo das poliamidas ou náilon engloba uma classe de produtos químicos desenvolvida nos anos de 1940. Como o poliéster, foram inicialmente utilizadas para produtos têxteis. Suas propriedades mais signi�cativas são sua tenacidade e resistência mecânica em uma grande variação de temperatura, resistência à perfuração e ao ataque de gorduras e barreiras de gases, óleos e aromas. Por essas características, são usadas para embalagens a vácuo. Quando moldadas, como a camada mais externa de garrafas por extrusão a sopro, criam uma superfície brilhante altamente atrativa que pode ser pigmentada (TWEDE; GODDARD, 2009). Têxteis De acordo com Cassio Arrizabalaga Rodrigues, consultor técnico da ABTG (Associação Brasileira de Tecnologia Grá�ca), em matéria publicada no site Futureprint, quando se fala em impressão para tecidos, o limite é a imaginação do design, especialmente, pelo advento das tintas especiais, tais como tintas reativas, pigmentadas, ácidas e dispersas. Além das tintas, há uma evolução grande nos processos de impressão que incluem impressão direta ou sublimação, impressão com equipamentos do tipo “rolo a rolo” ou com tapete especial com cola permanente (FUTUREPRINT, 2016). praticar Vamos Praticar O copoliéster (PETG) é um poliéster modi�cado com a adição do produto químico glicol. Qual a vantagem obtida por essa modi�cação do poliéster? TWEDE, D.; GODDARD, R. Materiais para embalagens. 2. ed. São Paulo: Editora Blucher, 2009. a) Torna o composto resistente a óleos e aromas, com alto brilho e são fáceis de imprimir com alta qualidade. b) Confere cor e textura ao material protegendo contra a umidade. c) Torna o plástico resistente ao calor intenso, podendo ser usados para embalagens a vácuo. d) Torna o plástico inodoro e permeável. e) Confere uma superfície super calandrada com ótima qualidade de impressão. indicações Material Complementar LIVRO Produção Grá�ica BAER, L. Editora: SENACSP ISBN: 978-8573590050 Comentário: O livro aborda tecnologias utilizadas na produção grá�ca, bem como técnicas utilizadas na área. Apresenta de maneira fácil a produção grá�ca para iniciantes no setor, designers e o público em geral. Nessa leitura, o estudante pode �xar os conhecimentos aqui colocados e complementar os conhecimentos sobre os processos de impressão. FILME A história da tipogra�ia - Animated Short Ano: 2015 Comentário: O vídeo mostra de maneira divertida e ilustrada parte da história e da evolução da tipogra�a com a criação das famílias tipográ�cas mais importantes na história do design. Para assistir ao vídeo, acesse. TRA ILER conclusão Conclusão Ao fechar essa unidade, esperamos que você tenha conhecido melhor a área de produção grá�ca, seu valor histórico e sua importância para o design. A partir do contexto histórico apresentado sobre a invenção da imprensa e dos processos de composição, buscamos reforçar as relações com a construção da cultura da comunicação impressa. Ao conhecer os processos de fabricação, as características físicas e a adequação aos usos dos diferentes tipos de papel, reunimos saberes que lhe ajudarão nas escolhas de substratos para cada tipo de projeto. Por �m, ao trazermos as características de substratos menos usuais, abrimos o leque de possibilidades para que você possa explorar outras possibilidades em impressos. Esperamos que os vídeos, livros, �lmes, artigos recomendados e o conteúdo como um todo sirvam de referências para sua prática pro�ssional futura. referências Referências Bibliográ�cas BANN, D. Novo Manual de Produção Grá�ca. Porto Alegre: Bookman, 2010. BONSIEPE, G. Design, Cultura e Sociedade. São Paulo: Blucher, 2011. COLLARO, A. C. Produção Grá�ca: arte e técnica da direção de arte. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012. ESPECIALISTA revela possibilidades de personalização de 4 substratos. Futureprint. 2016. Disponível em: <https://digital.feirafutureprint.com.br/especialista-revela-possibilidades- de-personalizacao-de-4-substratos/> Acesso em: 4 de jul 2019. NEWARK, Q. O que é design grá�co? Porto Alegre: Bookman, 2009. SAMARA, T. Guia de design editorial: manual prático para o design de publicações. Porto Alegre: Bookman, 2011. TWEDE, D.; GODDARD, R. Materiais para embalagens. 2. ed. São Paulo: Editora Blucher, 2009. VILLAS-BOAS, A. Produção Grá�ca para Designers. Rio de Janeiro: 2AB, 2010. IMPRIMIR https://digital.feirafutureprint.com.br/especialista-revela-possibilidades-de-personalizacao-de-4-substratos/
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