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Espécies Medicinais e Aromáticas - Resumo

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ESPÉCIES MEDICINAIS E AROMÁTICAS – RESUMO
· Uso: alimentação, fibras, utensílios diversos e tratamento de enfermidades.
· Transferência de conhecimento por gerações;
· Reconhecimento das espécies: empirismo e observação; 
Plantas medicinais: plantas que possuem propriedades reconhecidas de cura, prevenção ou tratamento sintomático de doenças, validadas em estudos.
Princípio ativo: Substância presente em determinada planta, que exerce algum efeito sobre o organismo humano. É produzido naturalmente em pequenas quantidades, não se encontrando em estado puro, mas sob a forma de complexos, que se completam e reforçam sua ação. 
Plantas Aromáticas: Plantas cujas folhas e outras partes verdes desprendem aromas.
Aroma: Essência odorífera de vários vegetais, devido à presença de substancias voláteis. 
Plantas Condimentares: Plantas que servem de tempero ou condimento, na forma seca ou natural, para o preparo e a conservação de alimentos.
Fitoterapia: Terapia que se utiliza apenas de fontes naturais, pesquisando os componentes ativos das plantas para prevenção e tratamento de doenças (alternativa terapêutica).
Os medicamentos fitoterápicos industrializados devem ser registrados no ANVISA/Ministério da Saúde antes de serem comercializados. Podem ou não necessitar de receita médica.
· Aumento no consumo: Alto custo de medicamentos, difícil acesso à assistência básica e preferência por produtos naturais.
· Importância Social: Recurso acessível no tratamento de doenças, aumento da disponibilidade de plantas medicinais pelo SUS, aumento da demanda, fitoterapia em substituição a química farmacêutica e geração de empregos diretos e indiretos.
· Importância econômica: Dependência de importações, possibilidade de geração de renda, custo de desenvolvimento 10x menor, aumento no mercado, 90 % dos medicamentos brasileiros e 95 % dos cosméticos e perfumarias
· Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos: Garantir acesso seguro e uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos 
12 plantas distribuídas: Guaco (Mikania glomerata Spreng.) Alcachofra (Cynara scolymus L.), babosa (Aloe vera (L.) Burm. f.), aroeira (Schinus terebinthifolia Raddi), Cáscara-sagrada (Rhamnus purshiana DC.), Espinheira-santa (Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek), Garra-do-diabo (Harpagophytum procumbens), Hortelã (Mentha x piperita L.), Isoflavona-de-soja (Glycine max (L.) Merr.), Plantago (Plantago ovata Forssk.), Salgueiro (Salix alba L.), Unha-de-gato (Uncaria tomentosa (Willd. DC.). 
· Vantagens: Medicamento barato, fácil de acesso, possibilidade de cultivo doméstico;
· Riscos: Comprovação dos efeitos, isolamento do princípio ativo;
· Pesquisas: restritas na área, 15% dos médicos BR prescrevem fitoterápicos, necessidade de estudos clínicos comprovando eficácia e segurança desses produtos, caracterização de plantas;
· Desenvolvimento sustentável das cadeias produtivas de plantas medicinais: Pesquisa sobre sistemas de produção, uso racional de recursos biodiversidade, agentes de saúde treinados para difusão do conhecimento sobre a utilização das plantas medicinais.
· Influência Indígena: Medicina da floresta, conhecimento das plantas nativas. 
Plantas indígenas: Barbatimão, Assa-Peixe, Jaborandi e Quebra-pedra
· Influência Africana: Uso de plantas em rituais religiosos e na culinária.
Plantas Africanas: Babosa, Alcachofra, Boldo da terra, 
· Influência Europeia: Plantas trazidas com os portugueses. 
Plantas europeias: Hortelã, Confrei, Erva cidreira, Calêndula, Cavalinha.
PRINCIPAIS ESPÉCIES EXÓTICAS
	Foto
	Nome popular (Nome científico)
	Uso terapêutico/tópico
	
	Alecrim (Rosmarinus officinalis L.)
	Diurético, contra hemorroidas, sedativo e atua contra o cansaço físico, distúrbios circulatórios, antisséptico e cicatrizante.
	
	Alho (Allium sativum L.)
	Digestivo, diurético, expectorante, antigripal, vermífugo, arteriosclerose. antinflamatório, antibiótico e antisséptico. 
	
	Arruda (Ruta graveolens L.)
	Tratamento de verminoses, desordens menstruais e abortivo, dermatites e inflamações de pele. 
	
	Babosa (Aloe vera L.)
	Purgativo, laxante, vermífugo, cicatrizante, emoliente antiparasitária, anti-inflamatório e antisséptico. 
	
	Bálsamo (Sedum dendroideum)
	Auxilia na digestão, tratamento de gastrite e ulceras, analgésico, cicatrizante, anti-inflamatório, emoliente. 
	
	Boldo (Plectranthus barbatus Andrews)
	Dispepsias, azia, hepática, ressaca alcoólica, hipotensora arterial. 
	
	Boldo da Bahia (Vernonia condensata Backer.)
	Analgésico, desintoxicante do fígado, diurético e antidiarrético
	
	Calêndula (Calendula officinalis L.)
	Anti-inflamatória, anti-hemorrágica, tratamento de queimaduras e feridas na pele, hidratação e nutrição da pele.
	
	Canela
(Cinnamomum aromaticum Nees.)
	Digestiva, adstringente, estimulante e febrífuga. Indicada para tosses, resfriados e gripes.
	
	Camomila (Matricaria retutita L.)
	Estomático, calmante, insônia, inflamações cutâneas, como eczemas e erupções. 
	
	Capim Cidreira (Cymbopogon citratus Stapf.)
	Calmante, analgésico suave, carminativo, estomáquico, digestivo, diurético, sudorífico, hipotensor, anti-reumático.
	
	Cavalinha (Equisetum arvense L.)
	Diurético, facilitando a remineralizarão do organismo depauperado, principalmente tratando-se de tuberculosos, Anti-inflamatória e cicatrizante. 
	
	Citronela (Cymbopogon winterianos L.)
	Repelentes para insetos e aromatizantes. 
	
	Confrei (Symphytum officinale L.)
	Cicatrizante, hemostático, anti-inflamatório, anti-irritante. Consolidação de fraturas ósseas.
	
	Erva Doce (Pimpinella anisum L.)
	Tosse, resfriados, bronquite e febre. Digestivas, aliviam dores de estômago e diminuem a excitação nervosa.
	
	Gengibre (Zingiber officinale Roscoe)
	Dor de garganta, bactericida, rouquidão, resfriados, antioxidante. Evitar náusea, e desconfortos abdominais.
	
	Hortelã (Mentha spp.)
	Antiespasmódico, calmante, estomacal, estimulante, vermífugo. Expectorante e digestivo. 
	
	Melissa (Melissa officinalis L.)
	 Calmante, digestiva, diurético, sedativo. 
Diferenciação prática entre Citronela x Capim Limão: o capim-limão apresenta um cheiro mais suave, que lembra o limão; enquanto o aroma da citronela é bem intenso (lembra eucalipto).
PRINCIPAIS ESPÉCIES NATIVAS
	Foto
	Nome popular (Nome científico)
	Uso terapêutico/tópico
	
	Arnica (Solidago chilensis Meyen)
	Anginas pectoris, nas contusões, como litagogo e em banhos contra o reumatismo. Contusões, inchaços, anti-inflamatória, usada em hematomas e edemas. 
	
	Barbatimão (Stryphnodendron adstringens Mart.)
	Tratamento de úlceras e feridas de pele, afecções garganta, hemorroidas, diarréia, escorbuto, anemias. Adstringente, cicatrizante, bactericida e fungicida 
	
	Carqueja (Baccharis genistelloides Person)
	Diurético, depurativo, colagogo, hipotensor. Excelente ação anti-inflamatória e laxativa. 
	
	Embaúba (Cecropia spp.)
	Os brotos recentes usados para as afecções das vias respiratórias, tais como bronquite e tosse. Cardiotônico, diurético, expectorante e cicatrizante. Hipotensor e analgésico. 
	
	Erva baleeira (Varronia verbenacea (DC.) Borhidi)
	Cefaleia, coqueluche, artrite, contusão, dor muscular e da coluna, ferimento, inflamação, reumatismo e infecção. 
	
	Erva cidreira brasileira (Lippia alba Mill)
	Estomático, dispepsia, antiespásmodica e calmante. 
	
	Espinheira santa (Maytenus ilicifolia Reissek.)
	Analgésico, desinfectante e cicatrizante. Usada como antiinflamatório nas úlceras estomacais, azia e dores de estômago. 
	
	Guaco (Mikania laevigata Spreng)
	Expectorante, tosse e dificuldade respiratória causada por gripe, asma ou bronquite. Antisséptico e cicatrizante. 
	
	Jaborandi (Pilocarpus microphyllus Stapf)
	Tônico capilar, expectorante, sudorífico, anti-reumático, tratamento de artrite e glaucoma. 
	
	Pata de vaca (Bauhinia forficata Link)
	Diurética e tratamento de diabetes. 
	
	Picão preto (Bidens pilosa L.)
	Emoliente, usado no ingurgitamento das glândulas mamárias, icterícia, hepatite e problemas de fígado, ação antimicrobiana em abscessos e furúnculose nas hemorroidas. 
	
	Quebra pedra (Phyllanthus niruri L.)
	Auxiliar na eliminação dos cálculos renais, nefrites, cistites e hidropsia. Antiespasmódico e relaxante muscular. 
Cuidados no uso de planta medicinal:
· Identificação errônea da planta (comerciante e/ou fornecedor); 
· Possibilidades de adulteração; 
· Interações entre plantas medicinais e medicamentos; 
· Efeitos de superdosagens, reações alérgicas ou tóxicas. 
Formas de Uso: Depende da planta a ser utilizada, de seus princípios ativos, da doença a ser tratada e da forma de preparo (Necessário alguns cuidados na escolha do método mais eficiente). Cuidados na Manipulação: Higiene, plantas a serem utilizadas, manipulador, local e utensílios.
· Formas sem estabilidade 
· Cataplasma: Utilizada para plantas medicinais ricas em componente voláteis/ princípios ativos que se degradam pela ação combinada da água e calor prolongados. Aplicação sobre a parte afetada da pele de uma mistura de farinha e água ou chá da planta ou a própria planta sem mistura. 
· Compressa: Preparação de uso local (tópica) que atua pela penetração dos princípios ativos através da pele. Pode ser feita embebendo-se panos, chumaços de algodão ou gazes no infuso ou sumo da planta dissolvidos em água (quente ou fria). 
· Chá: Constituído de uma ou mais partes de espécie vegetal inteira, fragmentada ou moída, com ou sem fermentação, tostada ou não, utilizados para preparo de bebida alimentícia por infusão ou decocção em água potável Sem função farmacoterapêutica.
- Decocção: ebulição da droga vegetal por tempo determinado. Utilizado para ervas não aromáticas (princípios estáveis ao calor). Partes como rizomas, raízes, caules, cascas e sementes. Droga vegetal: Partes que possuem substâncias ou classes de substâncias com ação terapêutica. 
- Infusão: Indicada para plantas ricas em componentes voláteis, aromas e princípios ativos que se degradam pela ação combinada de água e calor. Partes como folhas, botões e flores. 
· Banho: Infusão ou decocção mais concentrada coada e misturada a água do banho. 
· Gargarejo: Infusão ou decocção concentrada. 
· Inalação: Ação combinada de vapor de água com aromas voláteis de plantas aromáticas. 
· Formas com estabilidade 
· Óleos: Feitos na impossibilidade de se obter pomadas ou compressas. As ervas, secas ou frescas, devem ser finamente picadas ou moídas, colocadas em frascos com óleo de oliva, girassol ou de milho. 
· Pó: Planta seca até que se possa tritura-la com as mãos ou em moinhos. O pó é peneirado e mantido em frascos bem secos e fechados, evitando a exposição à luz. 
Soluções extrativas: 
· Maceração: Extração realizada à temperatura ambiente, na presença de um líquido extrator (água, álcool, cachaça, vinho, óleos). 
· Percolação: Aperfeiçoamento da maceração. No percolador, o líquido extrator está em constante movimento vertical dentro da massa de planta. 
· Alcoolatura: Maceração de plantas frescas em álcool ou mistura hidroalcoólica. 
· Tintura: Colocam-se as partes da planta trituradas junto ao álcool (de cereais) em recipiente escuro (ao abrigo da luz) por 10 a 15 dias, agitando-se diariamente. Posteriormente, filtra-se o resíduo, que deve ser conservado também em um frasco escuro.
· Extrato: Solução muito concentrada, utilizando-se plantas frescas ou secas. Pode ser utilizado na forma liquida, pastosa ou solida. 
· Água Aromatizada: Produtos odoríferos obtidos pela destilação, em presença de água, de plantas frescas que contêm óleos essenciais. 
· Unguento e Pomada: Preparação farmacêutica que possui consistência semissólida sendo destinada ao uso externo. 
· Outras formas: Xarope, garrafadas, cosméticos, alimentos 
ETNOBOTÂNICA
Etnobotânica: ramo da botânica que estuda o uso das plantas pelos povos.
Etnofarmacologia: Exploração científica interdisciplinar de agentes biologicamente ativos, tradicionalmente empregados ou observados pelo homem. 
· São importantes ferramentas na busca por substâncias naturais de ação terapêutica. 
Existem limitações: 
· Dificuldade de coletar informações fidedignas; 
· Uso de plantas componentes mágico-religiosos; 
· Questões éticas ligadas a biodiversidade e conhecimentos tradicionais. 
Aplicações da Etnobotânica: 
· Valorização da biodiversidade vegetal;
· Resgate e entendimento do conhecimento tradicional sobre utilização das plantas; 
· Conservação da flora; 
· Desenvolvimento científico e tecnológico baseado na diversidade e potencialidade vegetal.
Levantamento Etnobotânico: Levantamento de todas as espécies vegetais utilizadas pela população de uma determinada localidade aplicado a qualquer localidade, região ou comunidade. Para isso são necessárias:
· Técnicas de abordagem: Coleta de Dados (Sobre o entrevistado, espécie vegetal, utilização Terapêutica da Planta, identificação Organoléptica de Plantas).
- Usos terapêuticos e não terapêuticos (parte usada, formas de preparo, quantidade utilizada, efeitos colaterais). 
· Identificação científica (Registro, material propagativo, propágulos vegetais); 
· Pesquisa bibliográfica (Propriedades da planta, possíveis substancias uteis);
· Reunião comunitária periódicas; 
· Apresentação de resultados (Artigos, boletins técnicos, agrupamento de dados). 
EXTRATIVISMO E MANEJO SUSTENTÁVEL DE PLANTAS MEDICINAIS
Extrativismo: Atividade que consiste em extrair ou coletar da natureza quaisquer produtos que possam ser comercializados para fins comerciais ou industriais.
· Aumento de alternativas naturais;
· Muito disseminado, pouco reconhecido 
· Explora muitas espécies da biodiversidade (acesso ao recurso varia muito); 
· Importância social, econômica, cultural e ambiental; 
· Vital para as vivências das comunidades, fixando o homem no campo;
· Baixa emissão de Carbono; 
· Importante alternativa de renda.
Mitos: Sem importância, atividade ligado ao atraso, associada à pobreza.
Reservas extrativistas: unidades de conservação criadas por demanda de comunidades extrativistas interessadas em manter seu modo de vida tradicional. Oficializadas via decreto federal. Coleta: não danifica a planta matriz, Aniquilamento: implica a destruição da planta matriz.
Manejo Sustentável: Modelo que permite a exploração racional com técnicas de mínimo impacto ambiental sobre os elementos da natureza. Uma floresta manejada continuará oferecendo suas riquezas para as gerações futuras não ultrapassa a capacidade de regeneração da espécie.
Produtos Florestais Não Madeireiros: Produtos de origem vegetal e animal obtidos dos recursos naturais, bem como serviços sociais e ambientais Reservas extrativistas, sequestro de carbono, conservação genética, etc.
Plano de Manejo: Documento técnico que, por meio do diagnóstico da área, estabelece o zoneamento, regramento e normas dos usos previstos para esta unidade de conservação, manejo dos recursos naturais, infraestrutura necessárias à boa gestão da reserva. 
· Tipos de Plano de Manejo 
· Contínuo: Constante conhecimentos para manter atualizadas a propostas de manejo visando ações desenvolvidas na realidade local e regional junto com políticas públicas de conservação e uso sustentável dos recursos naturais.
· Gradativo: Manejo com menor grau de intervenção permitindo a observação da resposta biológica ao extrativismo. 
· Flexível: Necessidade de atualizações ou ajustes de segmentos específicos e mudanças no perfil sócio econômico 
· Participativo: Busca o envolvimento da sociedade no planejamento e em ações específicas de conservação, visando o comprometimento da comunidade. 
· Objetivos do plano de Manejo: 
· Desenvolver o manejo de produtos florestais não-madeireiros em escala industrial e/ou junto às comunidades;
· Buscar parcerias com as instituições de pesquisa nacionais e internacionais para desenvolvimento de pesquisas ligadas ao manejo florestal 
· Justificativa Técnica e econômica: Sintetizar as técnicas de manejo utilizadas no plano e a análise econômica do produto ou dos produtos obtidos do manejo florestal. 
PROPAGAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS
· Reprodução ou Propagação: tem como objetivo aumentar o númerode plantas mantendo as características agronômicas essenciais. Grande influência na produção e na qualidade do produto.
Propagação Sexuada: União de gametas, gerando a semente (estrutura dará origem a nova planta). 
· Viabilidade por longo período; 
· Tolera armazenamento; 
· Menor volume (armazenamento, transporte e plantio);
· Maior quantidade de indivíduos por planta matriz; 
· Desenvolvimento da parte aérea e sistema radicular mais vigoroso; 
· Menor custo de produção de mudas; 
Apomixia: clonagem natural por sementes
· Imediata fixação de um genótipo superior selecionado no melhoramento; 
· Produção rápida de genótipos superiores geneticamente estáveis; 
· Biotecnologia: marcadores moleculares associados a genes de apomixia; 
Ortodoxa: Apresentam protetores de membrana, tolerando secagem e congelamento. Podem ser desidratadas até 5~7% de umidade. Recalcitrante: Não apresentam protetores de membrana e não toleram secagem e congelamento. Não podem ser desidratadas.
Propagação Assexuada: Regeneração de plantas a partir de órgãos, tecidos ou células possibilitando a produção de plantas geneticamente idênticas (clones). Clones: material geneticamente uniforme, derivado de um único indivíduo (planta-matriz), e que se propaga de modo exclusivo por meios vegetativos.
· Estruturas vegetativas utilizadas: Estacas de parte aérea ou raiz, gemas, estolões, rizomas, rebentos, meristemas, ápices caulinares, calos e embriões.
· Produção de mudas mais rápida
· Redução da juvenilidade (período improdutivo);
· Permite a produção de plantas idênticas à planta-mãe; 
· Manutenção das características agronômicas desejável; 
· Homogeneidade das plantas (facilidade do manejo fitotécnico) 
· Combinação de características agronômicas favoráveis 
Escolha do tipo de propagação: 
· Facilidade de produção das mudas;
· Número de mudas que podem ser produzidas; 
· Importância da preservação dos caracteres agronômicos das plantas-matrizes 
· Perda das características agronômicas com a propagação sexuada.
· Estaquia: indução ao enraizamento adventício em segmentos destacados da planta-mãe, que ao ser submetido às condições favoráveis originam uma muda. Preserva as características de interesse.
· Estacas: Qualquer segmento da planta capaz de formar raízes adventícias e de originar uma nova planta. Auxinas: promove enraizamento (AIA, ANA, AIB); Giberelinas: inibem enraizamento (estimulam crescimento do caule); Citocininas: inibem enraizamento.
· Fatores que interferem no enraizamento: Condição fisiológica da planta-matriz, Idade da planta-matriz, época do ano, tipo de estaca, sanidade, potencial genético de enraizamento, balanço hormonal e oxidação de compostos fenólicos, temperatura, luz, umidade e substrato.
CULTIVO DE PLANTAS MEDICINAIS E AROMÁTICAS
O aumento no cultivo de plantas medicinais e aromáticas se deve ao:
· Mercado crescente e exigente;
· Cultivo tem que priorizar a qualidade;
· Alternativa de renda para propriedades rurais.
· Objetivos do cultivo: 
· Minimizar extrativismo predatório; 
· Qualidade material e microbiológica satisfatória;
· Minimizar variações e uniformizar oferta; 
· Máxima produção de biomassa e de substâncias ativas.
	Extrativismo
	Cultivo
	Maior variabilidade
	Menor variabilidade (melhor qualidade)
	Risco de extinção com intensa coleta
	Conhecer e determinar melhor condição de cultivo
	Falta de constante oferta e necessidade de grandes estoques
	Planejamento: escalonamento do plantio e da colheita (produto em diferentes épocas do ano)
	Possibilidade de erro, troca ou misturas de espécies (menor qualidade do material)
	Menor risco de erros pela identificação correta
	Obtenção de plantas de diferentes locais
	Seleção da área de plantio de acordo com as demandas
	Atenção na coleta a fim de evitar coleta de plantas diferentes (ou plantas doentes)
	Práticas para o controle de pragas e doenças
· Aspectos Pré-Cultivo: 
· Correta identificação botânica; 
· Conhecimento da espécie a ser cultivada favorecer sua produção;
· Adoção de princípios e técnicas agroecológicas no cultivo dessas plantas. 
· Fatores Climáticos 
· Temperatura: Cada planta possui uma temperatura ótima de crescimento (em torno de 25ºC para as plantas tropicais); 
· Luz: Fotoperíodo responsável pela germinação, desenvolvimento e formação de flores e bulbos;
· Umidade: Estresse hídrico aumentar/diminuir os princípios ativos;
· Altitude: Plantas produtoras de alcaloides em baixas altitudes maior teor de princípios ativos. 
· Latitude: Floração e teor de princípios ativos 
· Escolha do local 
· Número de horas de sol e proteção de ventos fortes;
· Boa disponibilidade de água 
· Pouca inclinação 
· Distante de fontes de poluição, culturas que usam agrotóxicos, estradas poeirentas 
· Cuidados na Propagação: 
· Aquisição de sementes de empresas idôneas (sementes sadias); 
· Coleta de sementes completamente formadas e secas;
· Obtenção de propágulos de plantas sadias.
· Solo e Adubação: Boa drenagem, solo fértil, leves e arejados
· Análise de solo e calagem (pH 6 a 6,5) e adubação Corrigir acidez e fornecer nutrientes
· Adubação químico: restrito a suprir deficiências de nutrientes no solo. 
· Adubação orgânica: proveniente da decomposição de resíduos vegetais, animais, urbano e industrial (alto teor de componentes orgânicos). Ex: estercos animais, restos de cultura, húmus de minhoca, composto orgânico.
· Opção pela adubação orgânica (evitar excesso).
· Plantio:
· Bandejas, copinhos e sementeiras (formação de mudas);
· Utilizar canteiros ou não com espaçamento adequado;
· Efeito alelopatia (uma planta inibe o desenvolvimento da outra).
· Época de Plantio: Região Centro-Sul do Brasil 
 Região Centro-Sul do Brasil 
· Tratos Culturais 
· Capinas 
· Adubações de cobertura 
· Cobertura morta 
· Fatores que interferem na concentração de princípios ativos: 
· Fatores ambientais: Temperatura, luz, umidade, latitude e altitude; 
- Temperatura: amplitude térmica deve ser mínima pois variações interferem no desenvolvimento da planta;
- Luz: Proporção de luz em 24 horas → plantas sofrem modificação;
- Umidade: ↑ umidade maior produção de biomassa = maior produção de princípios ativos; 
- Altitude: interferência no desenvolvimento das plantas e produção de princípios ativos. Alcaloides: ↓ altitude = ↑ teor de princípios ativos = ↑ atividade metabólica. Outras plantas: ↑ altitudes = maior produção de carboidratos e glicosídeos = ↑ intensidade luminosa. 
 - Latitude: plantas cultivadas em latitudes equivalentes (norte e sul) mesmo comportamento em relação ao desenvolvimento, floração e teor de princípios ativos. Já as plantas cultivadas no Sul possuem maior quantidade de alcaloides (relação com a inclinação da Terra e influência das correntes marítimas). 
· Fatores da planta: Idade fisiológica, solo, nutrição, crescimento e desenvolvimento; 
· Fatores de Manejo: Tratos culturais, colheita e armazenamento.
- Colheita: Feita no estágio de maior teor de princípios ativos. Ex: Menta, a colheita deve ser feita em plena floração (concentração de óleos essenciais é maior). Hora do dia influi na qualidade do material. Ex: teor de alcaloides e óleos essenciais é maior no período da manhã, já o teor de glicosídeos é maior no período da tarde.
Colheita: sempre em tempo seco. Após período de chuvas: teor de princípios ativos pode diminuir, dificuldade de secagem e aparecimento de fungos.
Após colheita: transportado para local de beneficiamento, protegido do sol. 
· Pragas e Doenças: Pragas: ácaros, besouros, cochonilhas, pulgões, formigas e lagartas, fungos (Antracnoses), carvões, ferrugens, bactérias, vírus e nematoides. 
· Controle de Pragas e Doenças 
· Evitar uso de agroquímicos 
· Inspeções frequentes para evitar infestações 
· Buscar alternativas naturais para controle 
Colheita: É momento crítico do cultivo (Melhor qualidade e rendimento da planta).
	Causas da má qualidade
	Solução
	Falsificação e misturas de outras espécies
	Cultivo com material propagativo com Identificação botânica segura
	Quantidade inadequadade princípio 
ativo
	Cuidados no processo de cultivo, embasado em tecnologias agroecológicas, na colheita e na pós-colheita 
	Presença de elementos estranhos, como mistura com plantas de outras 
espécies, poeira, parte de insetos, fungos 
	Cuidados na colheita e pós-colheita (seleção, limpeza de materiais, secagem, acondicionamento e armazenamento)
	Presença de resíduos de agroquímicos 
	Cultivo orgânico com base em tecnologias agroecológicas 
PÓS-COLHEITA DE PLANTAS MEDICINAIS E AROMÁTICAS
· Fatores que influenciam na qualidade: 
· Características herdáveis; 
· Estádio de desenvolvimento da planta; 
· Fatores edafoclimáticos;
· Condições de secagem e armazenamento.
· Boas práticas de colheita 
· Manter limpas as ferramentas e as instalações de apoio; 
· Utilizar equipamentos e embalagens de transporte adequadas;
· Mão de obra qualificada; 
· Eliminar partes danificadas e doentes; 
· Evitar danos mecânico, biológico, químico e físico;
· Controlar a contaminação a todo momento; 
· Menor tempo possível entre a colheita e secagem;
· Processamento Pós-colheita: Uso direto da planta fresca, extração de substâncias ativas ou aromáticas, secagem. 
· Beneficiamento primário: 
· Limpeza: Aumentar a eficiência da secagem retirada de plantas indesejáveis e partes desnecessárias;
- Seleção: Retirada plantas ou partes com manchas, doentes, deformadas, rompidas, fora do padrão e sem as características organolépticas desejadas;
- Lavagem: Apenas para raízes e rizomas, as demais partes não devem ser lavadas;
- Preparo: Uniformização dos lotes, corte e tamanho apropriado para secar; 
· Secagem: Processo comum a maioria das plantas medicinais e aromáticas secagem até atingir 8% a 12% de água. Iniciar o quanto antes e deve ser realizada corretamente para preservar as características de cor, aroma e sabor. 
· Importância da secagem 
· Comercialização é preferencialmente sob a forma seca; 
· Redução de volume para armazenagem; 
· Maior tempo de conservação; 
· Menor infestação microbiana. 
Cuidados: Secar separadamente por espécies e/ou partes, camadas finas de secagem, pelo menos 30 cm entre bandejas/ripados. 
· Fatores que influenciam a secagem 
· Temperatura e velocidade do ar 
· Tamanho do produto (facilidade de secagem, aumento da superfície de contato);
· Altura de camada do produto (evitar gradiente dentro no secador, sempre camadas finas e uniformes).
· Secagem Natural 
· Secagem ao sol: Método mais antigo e bastante simples. Não é recomendado por riscos de perda devido às condições climáticas adversas e redução/degradação compostos ativos, pela ação do sol. 
· Secagem a sombra: Alternativa de baixo custo e pouco utilizado em grandes cultivos comerciais. Não recomendado par regiões de alta umidade do ar.
- Cuidados: Local bem ventilado com boa circulação de ar, telado e protegido de animais e poeira, utilizar estrados de madeira ou bandejas sobrepostas, camadas finas. 
· Secagem Artificial: Mais utilizados em produções comerciais pois apresenta maior uniformidade e eficiência de secagem em menor tempo. São utilizados secadores com ventilação forçada e aquecimento de ar. 
· Aquecimento: Lenha, gás e eletricidade;
· Fragmentação: Moagem tamanho da partícula de acordo com o produto. 
· Formas mais comuns utilização:
· Sólidos orais: cápsulas e comprimidos 
· Semi-sólidos: cremes, pomadas, géis, pastas, unguentos, etc. 
· Líquidos: Xaropes, elixires, tinturas, extratos.
· Embalagem: 
· Embalar imediatamente o material seco; 
· Utilizar embalagens que preservem as características do produto; 
· Armazenar em local seco, arejado e ao abrigo da luz;
· Etiquetar adequadamente todo o material; 
· Transportar evitando contato com contaminantes.
· Armazenamento:
· Local escuro, sem umidade e limpo; 
· As plantas devem ficar sobre estrados e não sobre o chão; 
· Plantas aromáticas devem ficar armazenadas separadas em embalagens herméticas, para evitar contaminação cruzada.

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