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Instalações Pecuárias - Resumo

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INSTALAÇÕES PECUÁRIAS – RESUMO
Ambiência: Conjunto de características sociais, culturais, emocionais que rodeiam um ser e influenciam o seu comportamento.
- Variáveis físicas (luz, som, equipamentos), químicas (gases, partículas sólidas), biológicas (espécie, alimentação), sociais (comportamento, dominância) e climáticas (temperatura, umidade, vento, radiação) que interagem com o animal. 
Bioclimatologia animal: ciência que busca entender as relações existentes entre os elementos climáticos e a fisiologia animal, tendo como meta o bom desempenho animal de acordo com o potencial genético. 
· Variáveis com maiores efeitos sobre a produção e o bem-estar animal:
· Temperatura;
· Umidade;
· Radiação;
· Vento.
· Materiais e características construtivas;
· Espécie e nº. de animais;
· Manejo;
· Equipamentos.
· Classificação dos animais quanto à temperatura corporal:
· Pecilotérmicos: temperatura corpórea varia de acordo com a temperatura do ambiente. Exs: peixes, répteis e anfíbios.
· Homeotérmicos: temperatura corpórea é constante com elevada taxa metabólica e elevada captação de energia. Exs: mamíferos e aves.
· Homeostase: capacidade que o animal possui em manter a sua temperatura interna constante resposta de adaptação ao ambiente externo.
· Zona de conforto térmico: limitada pelo máximo e mínimo de temperatura ótima para a produção. Depende de diversos fatores:
- Ligados ao animal: peso, idade, estado fisiológico, tamanho do grupo, nível de alimentação e genética;
- Ligados ao ambiente: temperatura, veloc. do vento, umidade relativa do ar, tipo de piso.
· Índices de conforto térmico: quantificam o estresse térmico sofrido pelos animais através das condições meteorológicas existentes em certa situação.
- Índice de temperatura e umidade -ITU/THI Thom(1959): 
ITU = 0,72 (ts+ tu) + 40,6
ts= temperatura de bulbo seco (°C); tu = temperatura de bulbo úmido (°C).
Limitações: não considera a radiação direta e usado para animais em confinamento (sombra).
- Índice de temperatura de globo negro e umidade–ITGU/BGHI Buffingtonet al. (1981):
ITGU = tgn+ 0,36 tpo+ 41,5
tgn= temperatura de globo negro (°C); tpo= temperatura de ponto de orvalho (°C).
- Entalpia (h) Rodrigues et al. (2010):
h = 1,006 t + UR/PB . 10(7,5 t/237,3 + t). (71,28 + 0,052 t)
h = entalpia (kJ kg-1ar seco); t = temperatura de bulbo seco (°C); UR = umidade relativa do ar (%); PB = pressão barométrica local (mmHg)
Estresse por frio: ↑ ritmo metabólico, ↑ ingestão alimentos, vasoconstrição e hemoconcentração, ereção dos pelos e tremores musculares.
Estresse por calor: ↑ frequência respiratória, ↑ sudorese, ↑ ingestão de água, ↓ ingestão de alimentos, ↓ ritmo metabólico, vasodilatação e hemodiluição.
Clima: Koeppen: somatório de condições atmosféricas que fazem um lugar da superfície terrestre ser mais ou menos habitável.
- Fatores climáticos: energia solar emitida, órbita terrestre e eixo de rotação, gases atmosféricos, altitude, latitude, relevo, tipo de solo, vegetação e mar;
- Elementos climáticos: temperatura, umidade, chuva, vento, nebulosidade e pressão atmosférica;
- Modificações ambientais: Primárias: protegem os animais durante os períodos de clima extremamente quente ou frio a fim de facilitar na perda ou ganho de calor corporal. Exs: coberturas, quebra-ventos, ventilação natural, orientação das instalações, pé direito.
· Orientação das instalações: depende do clima local, construída normalmente no sentido Leste-Oeste (↓ radiação solar no interior das instalações, face Norte com ótima insolação no inverno raios solares benéficos a saúde dos animais). 
· Sombreamento: reduz o efeito da radiação solar sobre os animais, ↓ 30% da carga térmica da radiação solar;
· Quebra-vento: proporciona adequada ventilação ao ambiente, impedindo efeitos danosos do vento, capacidade de reduzir até 50% da velocidade do vento, age como sombreamento parcial, absorção de água e nutrientes do solo, ↓ velocidade do vento.
Secundárias: modificações sofisticadas do ambiente interno das instalações de maneira parcial ou total. Exs: ventilação, aquecimento e resfriamento artificial
· Ventilação negativa: exaustores em uma das extremidades do galpão para a sucção de ar (força a entrada de ar). O ar vai de dentro para fora.
· Ventilação positiva: o ar vai de fora para dentro, entrada por meio de aberturas (longitudinal ou transversal).
INSTALAÇÕES PARA AVES
Propiciar um ambiente confortável e higiênico de modo eficiente e econômico.
Planejamento técnico: ↑ produção, ↑ conversão alimentar, ↑ qualidade, ↑ lucros, ↓ doenças, ↓ mortalidade.
· Projeto de instalações: 
· Mecanização e automação: ↑ rentabilidade e ↑ nº. animal/área;
· Conforto térmico: melhorar índices zootécnicos e expressão do potencial genético;
Pintos de 1 dia: 35°C, decrescendo 3°C/semana; para melhor postura: 13-15°C; melhor produção de carcaça: 15-21°C; 13-25°C: autorregulação da temp corporal (40-41°C). Aves não possuem glândulas sudoríparas.
UR para aves: 40 –70%, ↓ UR, ↑ temperatura é tolerada pelas aves; UR constante >72%: cama passará de 32%, tornando-se úmida e causando problemas entéricos e respiratórios; UR constante <40%: cama seca e poeira (espirros e tosse); ↑temp. e ↑UR: preocupante.
· Boa ventilação e manejo correto das cortinas;
· Renovação do ar
- Ventilação natural: baixo custo e dispensa energia elétrica. Desvantagens: sem controle da renovação do ar e iluminação, grandes aberturas para a ventilação.
- Ventilação forçada: controle da renovação do ar e iluminação, construção de aviários mais largos, aproveitamento mais racional do terreno sem depender da orientação, ↑ capacidade aves/m2. Desvantagens: alto custo, dependência de energia elétrica.
· Fatores considerados na implantação de uma granja: 
· Localização e área; área da granja: 10 ha (10 a 30 mil frangos) e 20 ha (10 a 30 mil poedeiras); orientação Leste-Oeste, isolado de outras criações de aves e afastado da beira das estradas, preferencialmente quadradas com galpões instalados no centro e distanciados de 50 a 100 m um do outro, permitindo expansão
· Mercado produtor e potencial de consumo; próximo a abatedouros ou indústrias alimentícias. Potencial de consumo: de acordo com o poder aquisitivo e hábitos alimentares.
· Estradas e vias de acesso; permitir tráfego de caminhões de pelo menos 15 t e devem ser asfaltadas e trafegáveis o ano todo;
· Água e energia elétrica; Fontes água como poço artesiano ou rede municipal, obrigatório o tratamento de água não potável e energia elétrica de redes ou geradores de energia, programa de luz visando maior produção.
· Condições climáticas e topográficas; temperatura ideal para o crescimento normal:15-27°C; recomenda-se locais de clima seco com UR inferior a 70% e temperatura amena na maior parte do ano, sem ventos fortes, nevoeiros ou cerrações. A declividade deve ser levemente acentuada, distante de pântanos e águas paradas, evitar montanhas e fundo de vales.
· Componentes de uma granja:
· Setor de produção: galpões para aves de corte ou postura;
· Setor de preparo dos alimentos: Fábrica de ração e silos graneleiros;
· Setor administrativo: controle de entrada/saída, escritório e almoxarifado;
· Setor sanitário: fossa ou crematório, pedilúvio, rodolúvio e plataforma de desinfecção;
· Setor de apoio: galpão para oficina;
· Setor externo: pontos de vendas a abatedouros.
Avicultura de corte: criação de frangos sobre cama (piso de concreto sobre o qual é colocada uma cama de material absorvente: maravalha, casca de arroz, sabugo de milho triturado etc.)
· Período de ocupação dos galpões: frangos criados no mesmo local desde o primeiro dia de vida até a época do abate (42 a 45dias com peso vivo 2,1 a 2,4kg) e 14 a 16 dias de limpeza e desinfecção; 
· Densidade de alojamento: 10 a13 aves/m2 (nacional), 14 a 22 aves/m2 (alta densidade). Alta densidade: aumenta a produção com o mínimo de investimento em construção, otimiza custos fixos (mão-de-obra, equipamentos, infraestrutura de apoio, transporte, assistência técnica).
· Detalhes construtivos dos galpões: 
· Lanternim: abertura mínimade 10% da largura, afastamento de 5% da largura ou mínimo de 40 cm, fechamento com tela de arame;
· Fundação: feita sob esteios ou pilares com concreto de traço 1:4:8 ou 1:10 + 40% de pedra de mão e 1 -1,2 m de profundidade.
· Muretas: construídas de tijolos ou concreto de traço1:3:6 e 0,2 a 0,6 m altura, 
· Pilares: localizados do lado de fora da instalação a fim de evitar formação de cantos no interior do balcão. Podem ser feitas com madeira (eucalipto ou peroba), tijolo ou concreto armado. 
· Cobertura: principal proteção contra a insolação direta, utilizar materiais de alta refletividade solar e emissividade térmica na parte superior e baixa absorvidade solar baixa emissividade na parte inferior. Mais usadas: telhas cerâmicas, telhas de amianto, chapas metálicas de alumínio e madeirite.
· Recursos para melhorar o comportamento térmico:
· Forros: barreira física ou poder isolantes (poliuretano, Eucatex);
· Pinturas: branco na face superior (reflexibilidade solar) e cinza na face inferior (baixa emissividade);
· Aspersão de água: sobre o telhado reduz a temperatura e a carga térmica de radiação sobre as aves;
· Beiral: influencia diretamente na ventilação natural;
· Pisos: de concreto simples (traço 1:3:6 ou 1:4:8), 5 a 6 cm espessura e revestido com argamassa (traço1:3); 
· Piso aquecido: placas removíveis pré-moldadas de argamassa armada aquecidas com resistência elétrica usadas dentro do círculo de proteção. Vantagens: melhores resultados de peso vivo, ganho de peso, consumo de ração, conversão alimentar e comportamento das aves, ↓ umidade da cama, ↓ consumo de energia elétrica;
· Instalações hidráulica: reservatórios com capacidade de armazenamento 24h;
· Iluminação artificial: aumentar o comprimento do dia maior ingestão de alimentos pelas aves e maior ganho de peso. Usar 22 lúmens/m2 de galpão;
· Pedilúvios e rodolúvio: Bandeja metálica ou de concreto com finalidade de desinfetar veículos e calçados das pessoas que entram e saem do galpão. Interior dos pedilúvios: esponja/capacho mergulhado em líquido desinfetante (amônia quaternária, iodo ou cloro).
· Fossa de putrefação: eliminação de aves mortas. distante pelo menos 100 m dos galpões e poços de água potável;
· Campânulas: usadas para o aquecimento de aves com 1 a 14 dias de idade;
· Círculo de criação dos pintos: estrutura com 40 cm de altura utilizada até os 14 dias de idade;
· Bebedouro: pressão: até 14 dias de idade, nipple: a partir da 3°semana:
· Comedouros: bandeja de madeira/alumínio: 1º semana, tubulares: 2º semana em diante
· Cortinas: material lavável, resistente e translucido que deve ser colocado em toda extensão do galpão do lado de fora e operada por roldanas. Abertura gradual até a 3° semana de idade. Após: abertura completa durante o dia.
· Ventiladores: 
Avicultura de postura: conduzida em galpões abertos com tendências à adoção de instalações totalmente climatizadas com conjunto de gaiolas sobrepostas.
- Criação em gaiolas: ↑ aves/m2, eliminação de canibalismo, ↓ doenças, maior aproveitamento da mão-de-obra, melhor ambiente em climas tropicais. 
· Sistema de criação: 
1ª fase (pinteiro): aves permanecem ate os 42 dias de vida com densidade de 20 aves/m2 em cama;
2º fase (recria): aves permanecem até 17º semana de vida em gaiolas metálicas;
3ª fase (postura): as aves são alojadas em outras gaiolas ate 72ª-74ª semana de vida.
OU
1ª fase: aves permanecem até o 30º dia de vida em bateria de gaiolas com capacidade média para 800 pintos em uma área de 3m2. Baterias: gaiolas sobrepostas em 2 a 4 andares afastadas 1m uma das outras, dispostas em fileiras paralelas com 2 m de largura.
2º fase (recria): as frangas permanecem até 17º semana de vida em gaiolas metálicas;
3ª fase (postura): as galinhas poedeiras são alojadas em outras gaiolas até 72ª-74ª semana de vida.
· Detalhes construtivos do galpão: 
· Pilares de concreto armado, metálico ou madeira;
· Corredor central de 1m de largura entre as fileiras de gaiolas com piso de concreto;
· Piso de terra sob as gaiolas;
· Calçada ao redor do galpão em concreto;
· Beiral pode atingir até 2m;
· Gaiolas fixadas nos pilares a 0,7 m acima do piso;
· Afastamento entre galpões: 30 a 40 m (criações de mesma idade) e 200 m ou mais (criações de diferentes idades).
· Gaiolas: conjunto de 4 repartições de 25x40x40 cm com cada repartição destinada a 2 aves.
INSTALAÇÕES PARA BOVINOS DE CORTE
Extensivo: criação em grandes extensões de terra.
- Pastoreio racional Voisin (PRV): divisão racional do pasto em parcelas com fornecimento de água e sal mineral.
Semi-intensivo: suplementação à pasto realizada em época de seca.
Intensivo: confinamento de animais, aumento da produção de carne no período da entressafra, ↑ produtividade/área, custo elevado e melhor controle sanitário.
· Currais: destinados à alimentação e manejo do gado. Devem ser construídos em terrenos planos, firmes e secos e bem posicionados em relação à sede das pastagens;
· Curral de manobra: de aparte: área para separar animais de diferentes categorias. Seringa: conduz os animais até o tronco de contenção;
· Tronco de contenção: marcação, vacinação, vermifugação e cura;
· Apartador: recinto para o animal com acesso para os curraletes/rampa de embarque;
· Curral circular: presa não foge em linha reta. 
· Curral de alimentação: também usado para o descanso dos animais; cocho para volumoso e minerais e bebedouros;
- Construção dos currais: cercas de mourões de madeira ou pré-moldados de concreto;
- Piso de concreto com ranhuras de no máximo 1 cm para apoio firme sobre a superfície;
- Resistente ao peso e desgaste pelos animais.
· Cochos para volumosos: superfície lisa, cantos arredondados e drenos no fundo para a limpeza simples ou duplo.
· Cochos para minerais: semelhante ao dos volumosos com acabamento de concreto;
· Bebedouros: projetado de acordo com a quantidade de animais; comprimento e largura dependem do formato e volume de água necessário:
· Bebedouro para curral: Volume constante de água controlado por uma boia protegida por uma cobertura e dreno para facilitar a limpeza;
· Bebedouro para pasto: retangular ou circular; piso de concreto de no mínimo ao redor dos bebedouros para evitar lamas e atoleiros.
· Reservatório de água: dimensões dependem da necessidade da propriedade e do manejo sanitário. Reserva de emergência de 3 dias (para picos de consumo, estiagens, aumento do rebanho, interrupção de água).
· Reservatórios enterrados ou semi-enterrados: mantém a água mais fresca;
· Reservatório elevado: maior pressão d’água, depende das características do terreno e necessidades técnicas.
· Cercas: arame liso ou farpado, mourões de madeira ou concreto, esticadas ou comuns, ranhuras para amarração do farpado;
· Cerca elétrica: não machuca os animais como arame farpado, uso do eletrificador para alterar a energia de alimentação.
· Mourões para currais de alimentação e espera: intermediários e de canto;
· Mourões para curral de manobra: distância depende de cada parte do corredor de serviço;
Uso de tábuas de madeira parafusadas na face interna dos mourões;
· Seringa e tronco coletivo: construção de uma plataforma lateral para facilitar tarefas.
· Instalações para Bovinos Leiteiros
· Amplas;
· Arejadas;
· Fácil higienização;
· Maior conforto possível para o animal;
· Atender às legislações federal, estadual e municipal (meio ambiente, controle sanitário e segurança).
· O que não pode faltar no planejamento das instalações?
· Espaço adequado;
· Área de descanso seca e ventilada;
· Sombra;
· Espaço de cocho apropriado para alimento (e para reduzir competição);
· Grupos homogêneos;
· Ambiente saudável.
· Planejamento das instalações em função de fatores ambientais
· Localização e orientação; Orientação Leste-Oeste, terreno com boas características de drenagem, levemente inclinado, proteção contra ventos, permitir expansão, aproveitar circulação natural do ar. 
· Dimensões das instalações; Pé direito: varia com o tipo de instalação, ambiente e o material utilizado.
· Cobertura; telhado cerâmica e telhado fibrocimento.
· Área circundante;· Sombreamento.
· Instalações conforme o sistema de criação:
· Sistema Extensivo: quase não há instalações, apenas cochos e bebedouros, gado mestiço, rústico e de dupla aptidão criado à pasto; ordenha feita 1x/dia em instalação precária, pode ter bezerreiro.
· Sistema Semi-Intensivo: gado mais especializado na produção de leite;
· Ordenha manual ou mecânica 2 a3x/dia;
· Higienização dos animais antes e depois da ordenha e dos equipamentos; 
· sala de ordenha com sistema de resfriamento e conservação do leite; 
· Alimento concentrado durante ou após a ordenha; 
· Vacinações e controle de endo e ectoparasitos;
· Controle de cobertura: melhorar/manter a produção ao longo do ano;
· Uso de inseminação artificial;
· Descarte ou venda de bezerros machos após o nascimento; 
· Criação de bezerras separada das demais categorias.
Instalações: sala de ordenha, curral de espera, curral de manobra, cochos para alimentos e minerais, bebedouros, reservatórios de água, cercas, esterqueira, baias individuais e coletivas.
· Sistema Intensivo: criação de animais de elevada produção;
· Animais confinados no próprio estábulo de ordenha ou em galpões;
· Manejo extremamente controlado;
· Uso de inseminação artificial; 
Instalações: estábulo de ordenha, galpões de estabulação livre, curral de espera, curral de manobra, curral de alimentação com bebedouros, cochos para alimentos e minerais, bebedouros, salão/depósito de ração, sala de máquinas, galpão/depósito para máquinas, veículos e equipamentos, reservatórios de água, silos, fenis, esterqueiras, cercas.
Vantagens: eficiência do manejo, aumento da produtividade, animais em instalações próprias, facilita a produção de leite. 
· Modo de Estabulação Livre: confinamento mais moderno no sistema intensivo. Os animais são alojados em galpões onde pode circular pelos corredores para se alimentar, beber água ou descansar. O concentrado e as fontes de minerais são misturados de forma balanceada ao volumoso. São 3 modelos: Loose housing, Compost barn, Free stall.
O sistema de estabulação livre consiste, geralmente, de cinco unidades:
· Área de alimentação e confinamento;
· Área de repouso;
· Área de exercício;
· Área de ordenha;
· Área de isolamento (maternidade e tratamento).
Loose Housing: curral de alimentação com local coberto para abrigo dos animais (maior controle ambiental);
· Declividade para escoamento de água;
· Incidência de pisadura de úbere e rabo pode ser alto;
· Controle a competição pelo alimento por semi-contenção;
· Mais barato que o free stall;
· Muito difundido nos EUA.
Compost Barn: área mínima de 10m2 por vaca, 
· Revolvimento da cama no mínimo 2 x ao dia (camas de 15 a 20 cm de espessura); 
· Cama de 30 cm de espessura, repor a cada 15 dias → compactação; 
· Ventilação; 
· Paredes de 1,2 m, separando posta de trato de no mínimo 3,5m de comprimento de cocho. 
Free Stall: baias individuais nas quais os animais entram e saem espontaneamente para repouso em um piso coberto por cama.
Vantagens: redução da área coberta, menor área de repouso necessária, reduz em 75% a quantidade de cama necessária, vacas permanecem mais limpas, mais utilizado nos EUA, requer menos baias, menor mão-de-obra, um só galpão (alimentação, baias individuais de repouso, circulação dos animais, camas e cocho paralelos) facilita expansão, limpeza e alimentação são fáceis, alto custo, alta densidade animal em ambiente confortável, rebanhos com mais de 60 vacas
- Camas: Orgânicas: palha, serragem, feno, capim picado, jornal, esterco; Inorgânicas: areia, calcário, gesso agrícola, colchão diminuem mastite; orgânica com alta sílica: palha de arroz;
Características: seca, confortável, durável, ventilada, sem causar injúrias, proteção do animal, baixo custo e fácil manejo, atrativa ao animal e manutenção diária.
- Sala de Ordenha: O tipo depende de: capital inicial, mão-de-obra, número de vacas.
· quanto a posição da vaca em relação ao ordenha:
-Elevação da vaca, salas com fosso, laterais (tandem), emângulo (espinha de peixe, polígono, rotatória), lado a lado (paralela e rotatória). 
- Salas ao nível do solo: face a face, costa a costa, californiana.
· quanto à altura da linha de leite: linha alta e linha baixa
· quanto a entrada e saída dos animais: Saída individual sem ordem (todas ao nível do solo), saída individual em ordem (rotatória), saída em grupo (espinha de peixe, paralela).
INSTALAÇÕES PARA CAPRINOS E OVINOS
· Importância da instalação:
· Conforto e proteção;
· Funcionalidade;
· Durabilidade; 
· Acessibilidade;
· Ambiência.
Sistema Extensivo: mais simples, baixa lotação animal, baixo investimento, alimentação em pastagens e menos práticas de manejo. 
- Tela Campestre®: fácil instalação e manutenção, alta durabilidade e alto custo
- Cercas elétricas: custo inicial mais baixo, não ferem os animais e utilizam menos madeiras.
Sistema Intensivo: alta lotação animal, alto investimento por área, alimentação em pastagem adubada, ração fornecida totalmente no cocho.
- Instalações: baia de reprodutores, baia de ovelhas/cabras em lactação, baias para cabras/ovelhas secas, baias coletivas de crias, maternidade, sala de ordenha, esterqueira e centro de manejo.
· Localização das Instalações:
· Relevo; livre de umidade, fácil acesso, próximo a pastagens e sede do estabelecimento.
· Solo; bem drenado, sem pedras, coberto por vegetação rasteira/arbustiva.
· Clima e orientação; clima frio, com chuvas e ou excesso: abrigos. Orientação norte-sul
· Material dos abrigos; variados, desde a madeira até a alvenaria. 
– áreas de currais: piso concretado, podendo ter cama sobreposta (região Centro-Sul), piso ripado e/ou elevado, chão batido (região Nordeste).
· Baias individuais para Reprodutores: afastado da ordenha e da manipulação do leite (odor hircino);
· Baia coletiva para Cabras/Ovelhas: 6-12 animais/baia;
· Baia coletiva para crias: em função ao nº fêmeas e fertilidade (considerar 80% e prolicificidade 1,5 crias/parto), 30-40 animais/baia;
· Baia coletiva para Cabras/Ovelhas secas: 10-20 animais/baia;
· Baias Maternidade: localizada no inicio do cabril (mais protegico), com subdivisões para cabritos recém-nascidos;
· Sala de Ordenha: Anexa/próxima as baias de lactação;
· Rebanhos com mais de 40 animais em lactação;
· Plataforma de ordenha: rebanhos com menos de 40 animais em lactação;
Tipo de ordenha: depende do capital para investimento e planejar possibilidade de ampliações.
· Solário: permitindo a desocupação das instalações para limpeza e desinfestação. O piso cimentado ou impermeável para facilitar o escoamento e limpeza das fezes.
· Saleiros: campo coberto (1,20 -1,50 m de pé-direito); 
· Esterqueira: em boas condições, a fermentação do material ocorre entre 60-90 dias.
· Armazéns Convencionais: adapta-se para manuseio e comercio em pequena escala.
Vantagens: condições para manipular quantidades e tipos variáveis de produtos, formação de lotes pertencentes ao mesmo depositante, ocorrendo fermentação em sacos de grãos, pode ser retirado sem que haja necessidade de remoção de todo bloco. 
Desvantagens: elevado preço da sacaria, movimentação dispendiosa, ocupa grande espaço por unidade de peso de grãos armazenados, manejo de pragas e roedores.
· Recomendações Gerais:
· Armazenar sobre pallets/estrados de madeira; 
· Pé direito mínimo: 5 m e altura máxima de empilhamento: 4,5 m; 
· Distância: 0,5 m entre as pilhas e as paredes, 0,6 m entre pilhas e 1-1,5 m do pé-direito;
· Piso impermeável (barreira contra a infiltração de vapor d’água); 
· Isolamento térmico do teto; 
· Preferencialmente somente uma porta; 
· Estocagem e beneficiamento separados: evitar a entrada de pó, ar úmido e insetos; 
· Possibilitar vedação de todas as aberturas, para o expurgo completo do armazém; 
· Anteparos contra ratos de 25cm de largura e 1m do solo; 
· Ventiladores e persianas: parte superior e protegidos com tela. 
· Armazéns de pequena capacidade: custo operacional elevado/ton. armazenada;
· Área de um armazém: área de estocagem (80%) e área de circulação e movimentação de mercadorias.
- Organização das sacarias: aproveitamentomáximo dos espaços e racionalidade de uso nas operações, sacos: 90x60 cm (tradicional), variando de acordo com o produto, costura da “boca” deve ficar voltada para o interior da pilha.
- Armazenamento: Bloco, conjunto de pilhas, corte, lote.
· Silos Graneleiros: Divide-se em: torre: encontram-se secadores, exaustores, máquinas de limpeza, elevadores, distribuidores; células: variando em tamanho, altura e número, segundo a capacidade desejada e estimativa do índice de rotatividade.
· Podem possuir fundo em forma de cone: facilitar a descarga dos grãos;
· Feitos na própria fazenda;
· Podem ser utilizados silos com telas revestidos de lona;
· Altura: depende da área disponível, volume de armazenagem, custo de operações, elevadores, secagem, etc. Comuns de 25 a 40 m. 
· Capacidade de armazenamento > 5.000 ton.: altura de 6 a 8x o diâmetro do silo; 
· Diâmetro: depende dos produtos a serem estocados;
· Projetá-los prevendo uma possível expansão; 
- Transporte dos Grãos: qualquer sentido (gravidade, correia, corrente, rosca sem fim, elevador caneca ou pneumático).
 Silos para forrageiras:
· Silo Trincheira: custo inicial moderado (sem revestimento), inclinação lateral de 25%, inclinação da base (1 a 2%), menores perdas de MS, fácil descarga e compactação, mais frequentemente usado, aproveitamento da lona, local fixo (estático), carregamento manual ou mecânico. 
· Silo Superfície: baixíssimo custo inicial (lona plástica), feito em qualquer local, problemas de compactação (laterais), solo bem compactado, aproveitamento de lona, maiores perdas de M, camada de capim seco no terreno (terra), lona plástica mais grossa, carregamento manual ou mecânico. 
· Silo poço ou cisterna ou aéreo: elevado custo inicial, boas condições de armazenamento, compactação, desvantagem de descarga e problemas de drenagem (material úmido), problemas na abertura (falta de oxigênio em profundidade e enchimento lento). 
· Silo Bag: custo inicial elevado, maquinário específico, perda significante de MS, colocado em qualquer lugar, perda do bag após abertura, problemas de carregamento, utilização restrita (R$). 
INSTALAÇÕES PARA SUÍNOS
Extensivo: animais criados à solta sem práticas de higiene ou uso de instalações.
- Alimentação: simples, apenas milho, tubérculos, descarte de alimentos
Semi-intensivo: controle parcial da alimentação e da higiene. 
- Instalações para as fêmeas durante a fase de gestação e amamentação em gramados.
Intensivo: animais em confinamento, ração balanceada, práticas sanitárias e instalações apropriadas com a possibilidade de controle da ventilação, temperatura e umidade do ar.
- Instalações bem planejadas + manejo adequado = ↓ custos de produção; ↑ eficiência de mão-de-obra; ↑ conforto dos animais; ↑ sanidade ↑ produtividade $.
· Objetivos das instalações:
· Amenizar as adversidades climáticas do ambiente;
· Maior conforto aos animais e controle em todas as fases da produção;
· Otimiza mão-de-obra;
· Aumenta a renda da propriedade; 
· Permiti a estocagem de alimentos.
· Princípios básicos para as instalações:
· Localização; área de possível expansão de acordo com as exigências do projeto, da biossegurança e da proteção ambiental, declividade suave voltada para o norte (boa ventilação), terreno plano ou levemente ondulado, afastamento adequado entre as instalações: não atuar como barreira à ventilação natural. 
· Orientação e dimensões das instalações; sol é imprescindível, eixo longitudinal no sentido Leste-Oeste. Largura: influencia o acondicionamento térmico interior, dependendo do clima da região, número de animais alojados e dimensões e disposições das baias (clima quente úmido: até 10m e clima quente e seco: 10 a 14m). Pé direito: 3-3,5 m, favorece a ventilação e reduz a energia radiante vinda da cobertura. ↑ distância da cobertura =↓ energia. 
· Cobertura; Material com grande resistência térmica como a telha cerâmica. Pode-se utilizar estrutura de madeira, metálica ou pré-fabricada de concreto. Pintura da parte superior na cor branca e na face inferior na cor preta. Lavagem do telhado para retirar o limo/crostas que estiverem aderidos à telha. Forro atua como segunda barreira física ao formar uma camada de ar junto à cobertura e ↓ a transferência de calor para o interior da construção. Lanternim: abertura do telhado para a renovação contínua do ar, telhado de 2 águas, abertura mínima: 10% da largura da instalação, sobreposição de telhados com afastamento de 5% da largura da instalação ou 40 cm no mínimo, sistema de fácil fechamento e tela para evitar a entrada de pássaros.
Área circundante; Plantio de grama ao redor das instalações: reduzir a quant. de luz refletida e evitar erosões; rede de esgoto.
Sombreamento; árvores altas para projeção de sombra sobre o telhado, plantadas na face norte e oeste da instalação e desgalhadas na região do tronco: permitir ventilação natural, verificar calhas para não entupir com folhas; regiões de inverno intenso: árvores caducifólias.
· Instalações por fase: 
· Pré-cobrição e gestação: baias coletivas: fêmeas de reposição até o primeiro parto; por casa partir de 28 dias de gestação piso compacto ou 2/3 compacto e 1/3 ripado;
- Boxes individuais: fêmeas desmamadas até 28 dias de gestação piso parcialmente ripado;
- Baias individuais: machos/cachaços, em frente ou ao lado das fêmeas reprodutoras.
- Baias coletivascompisocompactoou2/3compactoe1/3ripado;
- Boxes dos machos e fêmeas reposição: piso compacto, parcialmente ripado.
- Comedouros e bebedouros instalados na parte frontal;
- Coletor de dejetos atrás;
- Canaleta externa ou interna à baia.
· Maternidade: Instalação para o parto e a fase de lactação (fase mais delicada da produção). Atenção: poça de fezes e urina e esmagamento de leitões e excesso de calor ou frio.
- 2 ambientes distintos: matrizes e leitões;
· Salas de partos múltiplos:
- Forro: isolante térmico e cortinas laterais: melhores condições de conforto;
- Celas parideiras instaladas ao nível do piso; dividido em 3 partes: local onde fica alojada a porca, local onde ficam alojados os leitões (escamoteador), laterais da baia onde os leitões ficam para se amamentar.
- Baias convencionais ou em celas parideiras;
- Baias com protetor lateral contra o esmagamento dos leitões;
- Escamoteador: fonte de aquecimento; Nascimento: 30 a 35ºC, 1ª semana: 28ºC, 2ª semana: 26ºC, 3ª semana: 24ºC, 4ª semana: 22ºC.
- Instalações abertas com controle da ventilação por meio de cortinas;
- Baias das porcas.
· Creche: destinada aos leitões desmamados;
- Cortinas nas laterais para permitir o manejo adequado da ventilação;
- Piso ripado ou parcialmente ripado (1/3);
- Sistema de aquecimento: manter a temperatura ambiente ideal para os leitões;
- Construção de baias para 4 a 5 leitegadas;
- Salas com ventilação natural. 
· Crescimento e terminação:
- Piso ripado ou parcialmente ripado (1/3);
- Manejo dos dejetos do lado de fora e por baia: maior higiene e limpeza;
- Declividade do piso entre 3% e 5%;
- Pouca proteção contra o frio e controle do calor excessivo;
- ↑ produção de calor, gases e dejetos;
- Cortinas, ventilação positiva ou negativa. 
Temperatura ideal: Leitões desmamados -22 a 26°C
Leitões em crescimento –18 a 20°C
Suínos em terminação –12 a 21°C
Fêmeas gestante –16 a 19°C
Fêmeas em lactação –12 a 16°C
Fêmeas vazias e machos –17 a 21°C

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