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Resumo - Cameron, Rondo. O despertar da indústria moderna

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
FACULDADE DE ECONÔMIA
Moisés Bernardo da Conceição
RESUMO DO TEXTO: “O DESPONTAR DA INSDÚSTRIA MODERNA” - RONDO CAMERON
NITERÓI
2019
O despontar da indústria moderna
Rondo Cameron inicia seu texto dissertando sobre o que era a indústria no começo do século XVIII na Europa. O autor mostra que nesse momento havia uma forte indústria rural na Europa Ocidental. Essas indústrias se encontravam em casas de campo de cidades mercantis. O trabalho nelas era desenvolvido e organizado sob a lógica do núcleo familiar, ou seja, entre o marido, a mulher e os filhos. Essa indústria era sobretudo a têxtil (de linho e tecidos).
Pré-requisitos e concomitantes da industrialização
O autor defende que, em meados do século XVIII, com o desenvolvimento científico e tecnológico, foi possível aplicar a ciência na indústria, o que lançou as bases para o florescimento de novas indústrias. Nesse período, um forte espírito de inovação inundou a sociedade, o que possibilitou a criação das mais diversas inovações tecnológicas. Essas invenções não eram desenvolvidas apenas por indivíduos com algum nível de formação científica, mas também por mecânicos e pessoas autodidatas.
O emprego de novas técnicas e métodos na agricultura possibilitou um grande aumento de produtividade agrícola. Técnicas como a rotação de cultura e plantio de nabos, trevos e outras culturas forrageiras, passaram a serem muito difundidas e empregadas por toda Inglaterra. Tais técnicas possibilitavam a restauração do solo. O plantio de leguminosas fez com que fosse possível criar um maior número de animais e assim gerar mais estrume para a fertilização do solo. 
Para o autor, a vedação dos campos foi importante para o desenvolvimento das rotações de cultura e para a criação de animais. A antiga estrutura de organização da terra dificultava a aplicação dessas inovações, pois com os campos abertos não era possível se chegar a um consenso, entre todos os que utilizavam as terras, de que seria melhor desenvolver a rotação de cultura e uma cultura forrageira. O autor coloca que os campos, ao serem vedados, não acabaram por consequência sofrendo um despovoamento, mas muito pelo contrário, as novas técnicas neles implementadas após a vedação, fez com que se aumentasse a procura por mão-de-obra. Em meados do século XIX que a situação no campo inglês se alterou, pois passaram a serem implementadas máquinas agrícolas como: debulhadoras, segadeiras, e arados a vapor, fazendo com que houvesse uma substituição da mão-de-obra humana por máquinas. Logo, todas essas mudanças possibilitaram níveis cada vez melhores de alimentação para a crescente população da Inglaterra. 
O desenvolvimento da agricultura inglesa se deu de tal forma que gerou uma produção agrícola excedente, essa produção excedente passou a ser exportada de modo que impulsionou o comércio da Inglaterra. Assim, Londres se tornou um grande polo para a economia inglesa. Logo, as novas organizações comerciais e financeiras de Londres passaram a rivalizar com as de Amsterdã.
Tecnologia e inovações industriais
No século XVIII, foram desenvolvidas duas grandes invenções tecnológicas que tiveram muito impacto no processo de industrialização. Embora esse impacto tenha levado uns anos para ser sentido. Assim, essas inovações possibilitaram a fundição do minério de ferro com coque, que rompeu com a dependência da indústria de ferro para com o carvão vegetal, e a invenção do motor atmosférico a favor, uma nova máquina motriz que acabou por substituir os moinhos de vento e água como fontes de energia. 
Em 1709, o industrial siderúrgico, Abraham Darby, obteve combustível de carvão ao aquecer o carvão num contendor fechado para retirar dele as impurezas na forma de gás. Com o aquecimento do carvão no contendor, foi possível obter o coque, uma forma quase pura de carbono, em seguida, o coque foi utilizado como combustível no alto forno para fazer ferro-gusa. No entanto, apenas na década de 1750, devido ao aumento no seu preço, o carvão vegetal foi sendo substituído pelo combustível de coque. Logo, a produção de ferro foi deixando de ser dependente do carvão vegetal. Assim, no final do século XVIII, a produção de ferro da Inglaterra tinha aumentado em mais de 200 mil toneladas, o que tornou a Grã-Bretanha uma grande exportadora de ferro. 
O autor evidência que um grande problema do setor de mineração na Inglaterra do século XVIII eram as inundações nas minas. Então, foram inventados diversos dispositivos para evitar que esse problema ocorresse. Em 1698, o engenheiro Thomas Savery criou uma bomba a vapor para contornar a situação, no entanto, a bomba apresentava uma série defeitos, dentre eles estava a tendência de explodir. Assim, em 1712, o ferreiro Thomas Newcomen desenvolveu uma bomba corrigindo alguns problemas das bombas até então utilizadas. 
A partir da década de 1770, grandes inovações tecnológicas revolucionaram a indústria têxtil. A primeira dessas grandes inovações foi a “máquina de fiar Jenny”, ela era uma roda de fiar de vários fusos, e não apenas um. Sua utilização não necessitava de energia mecânica e ela podia ser operada na residência do fiadeiro. A máquina de fiar Jenny permitia que uma só pessoa realizasse o trabalho de várias outras. Nesse mesmo período, foi inventado o fuso hidráulico ou “water frame”, que era uma máquina de fiar que funcionava com a força da água. As fábricas que utilizaram a water frame se encontravam em pequenas vilas e aldeias próximas a cursos de água. Rondo Cameron defende que a mais importante das invenções no setor de fiação foi a máquina de fiar de Samuel Crompton. Essa máquina combinava elementos da “Jenny” e da “water frame”. A máquina produzia fios delicados e resistentes como nenhuma outra. Em 1790, ao ser adaptada à energia a vapor, se tornou a preferida pela indústria do algodão. 
O desenvolvimento das inovações técnicas na indústria têxtil veio acompanhado de um grande aumento da importação de algodão, tendo em vista que a Inglaterra não o produzia internamente. Ao colocar em números o crescimento da importação de algodão da Grã-Bretanha, o autor evidência o desenvolvimento da indústria têxtil de algodão inglesa. No início do século XVIII a Inglaterra importou cerca de 500 toneladas de algodão, na década de 1770, a importação do mesmo subiu para 2500 toneladas e, em 1800, para mais de 25 mil toneladas. 
Em meados do século XVIII, a indústria química passou por um grande processo de desenvolvimento por consequência dos avanços científicos. Diversos produtos químicos foram desenvolvidos no período. Em 1746, John Roebuck, industrial inglês que estudava química, iniciou um processo de produção utilizando câmaras de chumbo. Assim, ele passou a produzir ácido sulfúrico para comercializar. O produto passou a ser empregado nas indústrias têxteis para branquear tecidos.
Uma das maiores invenções do século XIX foi a ferrovia. Em 1813, George Stephenson, autodidata que trabalhava no setor mecânico, construiu uma máquina a vapor fixa para içar vagões da mina de carvão para a área de embarque no cais. Com isso, foram surgindo as primeiras linhas férreas para atender a demanda do carvão e por conseguinte surgiram as linhas ferroviárias públicas.
Variação regional
Nesse tema, o autor aborda a variação do processo de industrialização nas diferentes áreas do Reino-Unido. Na região Nordeste da Inglaterra, o processo de industrialização foi orientado pela proximidade das áreas carboníferas. A cidade de Lancashire concentrou a indústria do algodão e a indústria química. O Centro-Oeste, era marcado pela indústria química. A indústria de lanifícios se concentrou nas cidades de Bradford e Leeds, substituindo os centros mais antigos dessa indústria, que era a região da East Anglia e da parte Ocidental da Inglaterra. O condado de Stanfford tinha o monopólio da indústria de cerâmica, além de ter uma forte indústria siderúrgica. O Sul da Inglaterra se manteve agrícola.
O País de Gales, sempre foi tratado pelos ingleses como “um agregado pobre”. Aregião sul do País de Gales, por concentrar uma importante reserva carbonífera, teve base para desenvolver a indústria do ferro. Por volta de 1800, o País de Gales passou a ser responsável por cerca de um quarto do ferro britânico. Assim, até mesmo regiões da Inglaterra mais próximas do País de Gales foram beneficiadas. 
O processo de industrialização da Escócia foi marcado por suas especificidades. Em meados do século XVIII, a Escócia era um país agrário e pobre. Sua população vivia em condições precárias. No entanto, em poucos anos a Escócia passou por uma forte industrialização, chegando a competir com a Inglaterra no quesito inovação. A Escócia também tinha um sistema de educação muito superior ao da Inglaterra, tendo uma população mais letrada e a presença de Universidades. A não regulamentação do sistema bancário da Escócia, diferentemente da regulamentação que havia na Inglaterra, para Rondo Cameron, possibilitou um relativo fácil acesso ao crédito pelos empreendedores. O autor coloca que muito tem se debatido o processo de industrialização da Escócia, mas não aprofunda o tema. 
A Irlanda não teve êxito no processo de industrialização. A Inglaterra tratava a Irlanda como uma província conquistada. Ao longo dos séculos XVIII e XIX, a população da Irlanda mais que duplicou, no entanto, esse crescimento não foi acompanhado de um processo de industrialização e urbanização. Na década de 1840, com a grande fome, devido a carestia de batata, a Irlanda perdeu um quarto de sua população. Assim, nesse período muitos irlandeses morreram de fome e outros emigraram para os EUA, Austrália e Nova Zelândia em busca de uma vida mais digna. 
Bibliografia:
 Cameron, Rondo; Neal, Larry. História econômica do mundo. In: O despontar da indústria moderna. 2014.

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