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Diagnostico por Imagem: Coluna Vertebral

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O estudo da coluna envolve as vértebras, discos, meniscos, e medula espinhal. As vértebras em cães
e gatos são divididas em 7 cervicais, 13 torácicas, 7 lombares, 3 sacrais e variável número de
coccígeas. Qualquer vértebra típica possui um corpo, um arco e um número variável de processos,
que se articulam por facetas articulares intravertebrais (articulações diartroidais) e possui um disco
entre elas, com exceção de C1 e C2 (articulação sindesmética).
 
As vértebras cervicais são variadas, a 1ª é o atlas, com um arco cervical e duas amplas asas
horizontais, cada asa possui o “forame transverso”, visível no RX. O Áxis, 2ª vértebra, possui uma
espinha dorsal que pende sobre o arco da 1º vértebra e o processo odontóide que se estende ao
longo do assoalho do Atlas. Possui processos transversos voltados caudalmente com forame
tranverso. Da 3ª à 5ª vértebra os processos são bífidos, o processo da 6ª possui um tubérculo na
ponta e o corpo da 7ª é mais curto, o processo espinhoso torna-se mais proeminente a partir da 4ª.
As vértebras torácicas são mais curtas que as cervicais, os processos espinhosos são caudais até a
“vértebra anticlinal” o disco entre T10 e T11 é mais estreito. As semifacetas articulam com as
costelas e existem processos acessórios nas últimas 4 ou 5 vértebras.
 As vértebras lombares são longas em relação as torácicas, com processos espinhosos direcionados
cranialmente, assim como os transversos. Os processos acessórios estão presentes da 1ª à 4ª
vértebra. As vértebras sacrais são fusionadas e os processos formam uma crista. E por último, as
caudais variam de 6 a 23 sendo as mais craniais maiores.
Os forames intervertebrais são recobertos pelo processo acessório em parte da coluna. Já os discos
intervertebrais possuem um anel fibroso periférico e laminado e um núcleo pulposo, o ligamento
longitudinal dorsal recobre os discos no assoalho do canal medular, reforçado na região torácica
pelos ligamentos intercapitais, os discos são mais largos entre C4 e C5 e L2 e L3 e os mais
estreitos C2 e C3, T10 e T11, L4 e L5, L7 e S1.
Coluna VertebralColuna Vertebral@railanyvet@railanyvet
Diagnostico por Imagem
@railan
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@railan
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Raio-X Normal
As meninges são membranas que revestem a medula espinhal e raiz dos nervos. Duramáter externa
(resistente e fibrosa), o lado externo é o espaço epidural. As demais são denominadas
leptomeninges, aracnoide e pia-máter, entre elas o espaço subaracnóide, com Liquido
Cefalorraquidiano (LCR), produzido pelos plexos coroides dos ventrículos. O espaço epidural fica
entre o periósteo e a dura-máter, tem vasos e gordura. O Atlas não possui o espaço epidural.
 A medula espinhal é um núcleo de substância cinza e um córtex de substância branca. Estende-se
da “medula oblonga” ao “cone terminal medular”, geralmente entre a 6ª e 7ª lombar. Em gatos
tende a ser um pouco mais caudal. Possui áreas denominadas “intumescências” origem dos plexos
braquial e lombossacro. 
O exame é feito em sessões de 4 a 5 vértebras com ponto central, para boa avaliação dos discos. 
Para as vértebras cervicais a anestesia é recomendada. Em LL a coluna deve estar totalmente
paralela a mesa, pode utilizar um apoio radiotransparente no pescoço para alinhar as vértebras
torácicas e cervicais, os membros torácicos devem ser tracionados caudalmente pra evitar
sobreposição da escápula. Não tracionar o pescoço, a boa radiografia tem processos transversos
sobrepostos. O feixe é centralizado na região cervical media, em VD em decúbito dorsal e muito
tracionados caudalmente laterais ao tórax. 
Para as vértebras torácicas, em LL com tração cranial com tração cranial dos MT em VD em
decúbito dorsal, também recomenda-se sedação. Para as vértebras lombares em LL, as VL devem
estar alinhadas às vértebras torácicas, com processos transversos sobrepostos, pode apoiar-se os
MP com uma almofada entre eles e uma outra almofada apoiando a coluna lombar. Em VD na
posição perna de sapo ou relaxada.
 As vértebras sacrais são avaliadas conjuntamente
Mielografia
Exame utilizando contraste para avaliação da medula e do canal medular. Consiste na introdução de
meio no espaço subaracnóide. É indicada para intervenções cirúrgicas em disco e contraindicada em
caso de infecções e se o LCR estiver turvo. É feita sob anestesia geral. É indicado o iopamirol e
iohexol em 50mg/kg na cisterna magna ou em região lombar.
@railan
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@railan
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etMielografia
a) Extradural – Desvia a coluna de contraste no local da lesão e elevação posterior devido a
compressão. Quando lateral o contraste tende a formar duas linhas na posição LL. 
b) Intramedular – Ocorre divergências das colunas ventrais e dorsais e inibição do fluxo posterior.
Há ampliação medular difusa pode ser edema ou hemorragia.
 c) Intradural extramedular – Desloca a coluna de contraste em VD e com a medula ampliada em LL.
Na mielografia cisternal o animal é posicionado em decúbito lateral ou esternal com elevação cranial mais
ou menos 15º, com flexão de 90º do pescoço, o posicionamento da agulha é feito até o espaço
subaracnóide com extravasamento de LCR, ou LCR e sangue, ou em caso de apenas sangue deve-se
reposicionar a agulha. O meio é lentamente administrado. Na mielografia lombar o animal é posicionado em
decúbito lateral ou esternal com o dorso arqueado, membros pélvicos tracionados cranialmente, entre a 5
e 6 vértebras lombar, a agulha avança até o assoalho da medula e haverá extravasamento de LCR, um RX
pode ser feito para confirmar o local da agulha. O acesso dorsal da aracnoide é possível, porém mais difícil.
A mielografia lombar é mais segura e útil nas avaliações toracolombares. 
Em uma má administração do contraste, no espaço epidural, a coluna de contraste terá ondulações dorsais
e ventrais. No espaço dural a coluna estará apenas dorsal, lisa dorsalmente e ovalada ventralmente. Na
medula espinhal será evidenciado um traço fino linear no corno da medula e deve levar a paresia. E se a
administração for na medula na altura da cintura pode levar a morte.
Uma administração bem-sucedida deve delimitá-la dorsal e ventralmente. A região da cauda equina é
disposta com rabo de peixe. O espaço subaracnóide possui variações de amplitude. 
Tipos de Lesões 
@railan
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etAnomalias
a) Subluxação Atlantoaxial Associada a má formação do processo odontóide ou dente do áxis ou
faturas. Em LL observa-se deslocamento dorsal do corpo do áxis
b) Hemivértebra Falha no desenvolvimento do corpo vertebral em diversas formas: fissuras, formato
de cunha em LL. São mais comuns em vertebras torácicas e geralmente não interferem no disco, por
isso podem ser assintomáticas. Comum em condrodistróficos.
 c) Vértebras em Bloco Fusão de 2 ou mais corpos vertebrais, por falha no desenvolvimento, gerando
angulação diferenciada, sem sintomas clínicos.
 d) Vértebra de Transição Possuem características comuns aos dois tipos de vértebras. 
e) Espinha bífida Falha no fechamento do arco neural é vista melhor em VD, em comparação com
vértebras neurais. O processo espinhoso é duplo, por falta de fusão. Pode associar-se a menigocele e
mielocele. TC e RM são mais indicados para diagnóstico.
 f) Disgenesia sacrococcígea Ausência de corpos vertebrais do sacro ou coccígeas em gatos manx,
associado em vértebra em bloco, hemivértebras ou vértebras de transição.
 g) Escoliose, cifose e lordose São desvios angulares da coluna de causa congênita ou adquirida. 
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h) Siringomielia ou Hidromielia Cavitação ou dilatação da medula espinhal, melhor
demonstradas em RM e TC. Obstrução do fluxo de LCR e causas genéticas são as causas mais
comuns.
 i) Síndrome lombossacra (síndrome cauda equina) A cauda equina são as raízes do cone
medular que deixam o canal medular. Quando ocorre estenose, instabilidade, espondilose,
hérnia tipo II, discoespondilite ou deformidades congênitas lombossacra, ocorre a
sintomatologia de síndrome de cauda equina. A radiografia trás informações não conclusivas, e
deve-se utilizar a TC ou REM se disponíveis,pois são técnicas superiores, inclusive a
radiografia, meilografia e discografia. Outros sinais podem estar associados e ajudar no
diagnóstico, espondilose lombossacra, diminuição do espaço intervetebral entre L7 e o sacro.
Esclerose vertebral na junção lombossacra, estreitamento do canal vertebral na região,
osteófitos, DAD nas facetas articulares, subluxação sacral, a mielografia pode evidenciar
deslocamento da cauda equina, a epidurografia deslocamento da cauda e protusão de disco em
L7 e S1 e a discografia protusão L7/S1.
Discos Intervertebrais
São menos avaliados em LL, como lacunas radiotransparentes entre os corpos vertebrais, os discos
nas transições tendem a ser mais simétricos, assim como T10/T11. Os mais são C4/C5/C6 e L2/L3
e os menos C2/C3 e L4/L5. A técnica é excepcionalmente importante para avaliação dos discos.
Degeneração
 a) Hansen tipo I: Comum em raças condrodistróficas, ocorrem alterações condróides no
núcleo pulposo com degeneração do núcleo seguida por degeneração do anel fibroso, o
rompimento do anel e extravasamento do núcleo gera compressão medular.
 b) Hansen tipo II: Comum a senilidade, ocorrem alterações fibroides que levam a hérnia do
anel fibroso com rompimento, o que também promove pressão medular.
É comum em cães senis, mas podem trazer problemas em evoluções degenerativas rápidas. A
degeneração tem dois tipos:
Os achados radiológicos geralmente estão associados a sinais clínicos. Pode haver: calcificação de
discos, o que pode não necessariamente levar a hérnia e deslocamento do disco. Abaixo do espaço
intervertebral, mineralização do disco, na área lombar perda do aspecto de “cabeça de cavalo” do
espaço intervetebral, esclerose de placa terminal, compressão medular extradural na mielografia. A
TC e a RM são mais elucidativas. 
Osteopenia: Também ocorre nas vértebras associada a doenças/distúrbios metabólicos de
cálcio/fósforo, como hiperparatireoidismo secundário renal, nutricional, primário, hiperadreno
e neoplasia. Ocorre menor opacidade generalizada, placas terminais escleróticas, padrão
trabecular mais evidente, menor contraste como em superexposição.
Espondilose: Degeneração das vértebras e neoformação ou pontes ósseas nos aspectos
ventrais ou osteófitos, acomete principalmente vértebras torácicas e lombares, acomete raças
condrodistróficas sem sinais clínicos.
Hiperostose: Esquelética Idiopática Difusa Proliferação óssea em tendões e inserções
ligamentares vertebrais. Ocorre mineralização ventral e lateral de três ou mais corpos
vertebrais adjacentes e em tecidos moles adjacentes, hiperostose entre processos espinhosos
é conhecida como “síndrome de Baastrup”.
Espondilopatia Cervical (Síndrome de Wobbler): Comum em Dobermans, os animais tendem a
ataxia de membros pélvicos, tem várias anormalidades vertebrais, deformidades, má formação,
subluxação, osteocondrose, cistos sinoviais nas facetas articulares, hiperostose da lâmina e
hiperplasia do ligamento amarelo. É mais comum entre as vértebras 5, 6 e 7. Pode haver
hérnia associada e compressão medular dorsolateral extradural. Rx em distração podem
revelar um mal alinhamento vertebral. A vértebra tende a afunilar no aspecto cranial. O
“fenômeno de vácuo” pode ser induzido por esse movimento.
Infecção:
 a) Espondilite É a osteomielite das vértebras, com todos os sinais de reação periosteal,
destruição óssea, esclerose marginal. As vértebras lombares são mais atingidas, por
doença sistêmica ou adjacente à coluna. 
b) Discoespondilose Infecção da placa terminal e do disco. Brucella canis,
Staphylococus aureus e Aspergilus, pode discernir as meninges e estar envolvida com
falha na imunidade ou complicação cirúrgica.
Outras alterações:
a) Nódulos de Schmorl: Como sinal de osteopenia, são depressões semicirculares na
placa terminal. 
b) Osteocondrose Sacral: S1 em aspecto marginal ou arredondado com esclerose,
síndrome de causa equina. 
c) Paquimeningite: Opacidade óssea formando linha ventral ao assoalho do canal
vertebral
 Observa-se colapso do espaço discal, aumento inicial e diminuição gradativa do espaço
intervertrebral, lise e esclerose dos corpos vertebrais, corpos mais curtos, fusão dos corpos pelo
colapso do espaço, proliferação óssea. 
Fraturas: Podem ser traumáticas ou patológicas e encurtam o corpo vertebral, maior opacidade
e deformidades. Faturas patológicas compressivas são menos radiopacas e associadas a
neoplasias, osteomielite (espondilite) e hiperparatireoidismo. Fratura de facetas articulares
são de difícil identificação. Deve verificar ainda processos espinhosos e transversos.
 Luxações e Subluxações: As luxações são geralmente óbvias, sendo as subluxações o desafio,
pode haver discreta diminuição do espaço intervertebral.
 Neoplasia: Na coluna são descritos os osteocondroma e sarcoma e lesões metastáticas. Além
disso, é local de eleição do mieloma múltiplo. TC e RM são mais uteis para diagnóstico.
Hipervitaminose A: Geralmente ocorre em gatos alimentados excessivamente com fígado, o
excesso de vitamina A leva a proliferação óssea subperiosteal, levando a exostose cervical e
torácica, costelas e articulações de membros. A exostose forma pontes ósseas principalmente
no aspecto ventral da vértebra, são mais exuberantes que as formadas em espondilose. Pode
haver fusão do processo espinhoso.
Mucopolissacaridiose: Nas vértebras, produz o encurtamento e engrossamento e displasia
epifisária e anormalidade do dente do áxis. Espondilose, osteopenia, pode haver nanismo. É
semelhante a hipervitaminose A.
Doença de Medula Espinhal Isquêmica: São atribuídas a êmbolos fibrocartilaginosos que
ocorrem pelas artérias na medula. A mielografia pode revelar edema segmentar leve, mas
geralmente é triagem pra descartar compressão medular. A RM também pode revelar em T2
lesão focal hiperintensa.
Cisto Aracnoide Espinhal: Estrutura cística ou pseudocisto no espaço subaracnóide dorsal em
região cervical ou torácica. A mielografia pode revelar alargamento da coluna de contraste em
forma de lágrima (radiotrasnparente). A RM é recomendada.
Exostose Cartilaginosa Múltipla: Sem significância clínica são visibilizadas nas áreas torácica
e lombar como lesões expansivas, proliferativas ou císticas com exostose entre cartilagens
niveladas das vértebras.