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Preparo químico mecânico

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Preparo Químico Mecânico   
  
INSTRUMENTAÇÃO MECÂNICA:  
Os meios mecânicos associados aos meios            
químicos e aos meios físicos constituem o              
processo chamado de “único, simultâneo e            
contínuo”.  
O preparo químico-mecânico refere-se a um            
conjunto de intervenções (limas e soluções            
irrigadoras) que pela limpeza e modelagem            
do canal, prepara o dente para a              
obturação. O preparo Q-M é por soluções              
irrigadoras (químico) e limas no interior            
do canal principal.    
Os instrumentos atuam no canal dentinário,            
antes do limite CDC, que apresenta maior              
diâmetro no sentido cervical e o preparo              
corta a dentina na parede do preparo e o que                    
está com ela (raspas, m-o.) gerando uma              
modelagem e limpeza.   
  
Preparo químico-mecânico:   
Os meios mecânicos devem ser associados            
aos meios químicos, que são associados aos              
meios físicos, que corresponde ao uso das              
soluções irrigadoras e aspiração junto com            
irrigação.  
As soluções são renovadas quando entramos            
com o processo de irrigação e aspiração              
dentro do canal radicular.  
No preparo não trabalhamos apenas no canal              
principal. Os instrumentos só trabalham no            
canal principal, mas as soluções irrigadoras            
atuam no canal principal complementando a            
ação de limpeza dos instrumentos e atuam              
também no sistema de canais radiculares. Ou              
seja, a instrumentação é responsável pela            
maior parte da limpeza do canal, ampliação e                
modelação, porém a limpeza é          
complementada através de soluções        
irrigadoras.   
As soluções irrigadoras são responsáveis pela            
parte química do preparo.  
  
OBJETIVOS DA INSTRUMENTAÇÃO      
MECÂNICA:  
Limpeza, desinfecção e modelagem: manter          
sua forma original sem alterar o trajeto, se                
tiver curvatura a trajetória original em            
relação a curvatura tem que ser mantida e                
essa área seja ampliada. Deve-se utilizar            
limas compatíveis com a anatomia do canal              
radicular.  
  
Confecção de um batente apical e obtenção              
de uma conformação final que permita sua              
completa obturação, com uso sequencial de            
instrumentos no CT e na região apical, com                
ampliação dessa região, de forma que o              
material obturador se encaixe e não            
ultrapasse pra região periapical.  
  
Diâmetro anatômico: quando ainda não          
foram utilizados instrumentos no interior do            
canal. Após a instrumentação com preparo            
das paredes do canal radicular, é chamado de                
diâmetro cirúrgico, sendo mais ampliado          
mas deve seguir a trajetória/curvatura do            
canal, sendo cônico progressivo com o            
afunilamento apical, ou seja, o terço cervical              
é mais amplo que o terço médio, que é mais                    
amplo que o terço apical. Assim, o preparo é                  
de forma que o terço cervical seja mais                
amplo e o apical menos amplo.  
O terço apical é uma zona crítica apical, com                  
anatomia complexa, os m-os mais          
virulentose mais ramificações, dificultando a          
instrumentação. Instrumentos com e menor          
calibre são mais apropriados. Nos terços            
cervical e médio, é possível usar de              
instrumentos mais calibrosos.   
O objetivo é criar um preparo            
cônico-progressivo de forma que a trajetória            
original seja respeitada.  
Recursos Utilizados: instrumentos manuais        
(limas)   
  
A região cervical é maior, consequentemente            
tem maior n°de m-o e de túbulos              
dentinários, com anatomia menos complexa          
comparada a região apical.   
O terço apical é menor que o cervical, então                  
mudanças durante o preparo são necessárias            
para limpeza e desinfecção adequada de cada              
região.   
Se o instrumento não seguir a anatomia,              
teremos alteração do trajeto do canal            
(perfuração, desvio, ZIP ou degrau) ou falta              
de eficiência do preparo (por ex, se o                
diâmetro for inadequado e não alcançar as              
paredes do canal).   
Perfuração: o instrumento sai do canal            
principal e tem contato com o tecido              
periodontal em qualquer extensão da raiz.            
Vedar antes de realizar a obturação.  
Desvio: antes da perfuração do canal,            
quando há desvio da trajetória original do              
canal, porém sem contato com o            
periodonto. Passível de reparo ao fazer            
um alargamento no lado do desvio.   
ZIP: alargamento da região apical, com            
modificação do forame apical.  
Degrau: maior que o desvio, quando há              
desvio da trajetória inicial e instrumenta-se            
na região, aumentando a parede dentinária.   
O preparo Q-M determina o preenchimento            
na obturação, se tiver alguma iatrogenia irá              
afetar o preenchimento.   
Canais com anatomia complexa, os          
instrumentos devem ter menor diâmetro,          
flexibilidade e menor conicidade.   
  
O Movimento dos instrumentos deve          
alcançar todas as regiões e paredes.   
1. Remoção da polpa e detritos -            
movimento de remoção.   
a. A lima é levada no interior do              
canal radicular (avanço),      
rotação a direita 1/2x e tração            
do instrumento para fora do          
canal radicular levando, junto        
com o instrumento, a polpa.   
2. Exploração do canal radicular -          
cateterismo -> verificar como é a            
anatomia interna pela sensibilidade        
tátil.   
a. Leva o instrumento no interior          
do canal radicular em pequenos          
avanços, reconhecendo a      
anatomia, com giros à direita e            
à esquerda com pequenos        
retrocessos.   
b. O diâmetro deve ser menor que            
o do canal radicular.   
3. Desgaste da dentina - limagem e            
alargamento   
a. O alargamento parcial a        
direita : avanço, giro à direita e            
tração.   
b. Alargamento parcial    
alternador/oscilatório/recipro 
cante: avanço, giro à direita,          
giro à esquerda, retrocesso 1-2          
mm e avanço. MAIS UTILIZADO  
c. Limagem/Raspagem: avanço e      
tração com pressão lateral na          
parede do canal radicular, com          
movimentos curtos e diâmetro        
do instrumento maior que o do            
canal.   
d. Alargamento e limagem:      
avanço, giro a direita e          
tração/retrocesso curto com      
pressão lateral na parede do          
canal radicular.   
(3A) (3B) 
(3C) (3D)  
  
Técnicas de Preparo  
1. Técnica seriada  
2. Técnica escalonada2.1 Ápice-Coroa  
2.2 Coroa-Ápice  
  
Técnica Seriada: os instrumentos são          
utilizados em todo o comprimento de            
trabalho e tem-se o aumento do diâmetro              
das limas em toda extensão do CT.   
Informações: CT e instrumento inicial. Tem            
que saber o CT e usar instrumento que se                  
ajuste nas paredes do canal, de forma              
sequencial há o aumento do diâmetro dos              
instrumentos, mantendo o CT.    
A odontometria é a etapa inicial, pois as                
limas têm que alcançar todo CT.   
Se for feito de forma direta, empurra-os m-o                
para a região apical e gera um processo                
inflamatório. Em casos de necrose, faz-se a              
neutralização com solução irrigadora, e os            
instrumentos são levados de forma parcial            
de terço a terço.   
Para dentes curvos a técnica não é indicada                
devido a possibilidade de iatrogenia pelos            
canais estreitos e curvos, como exemplo o              
degrau na parede do canal radicular.    
  
Técnica escalonada  
Os instrumentos não alcançam o canal no              
mesmo CT. É realizado em diferentes            
regiões do canal radicular, trabalham o terço              
cervical e médio.   
Etapas prévias: diagnóstico, abertura,        
odontometria.   
  
Ápice-Coroa: o preparo é iniciado pelo terço              
apical do canal radicular, seguido do médio e                
cervical.   
A odontometria é a primeira parte do              
preparo químico-mecânico da técnica        
ápice-coroa.   
A primeira etapa é saber o comprimento              
máximo (CT) que a lima deve alcançar no                
canal radicular para não ultrapassar o limite              
do CRD e afetar os tecidos periodontais.   
É na região apical que terá a parada apical do                    
material obturador evitando seu        
extravasamento para o tecido periodontal.          
Assim, com essas limas haverá a criação do                
batente apical. O diâmetro/alargamento deve          
ser adequado.   
O batente apical é apenas para desobstruir,              
então não tem problema ultrapassar, mas a              
instrumentação tem objetivo de alargar,          
então não deve ultrapassar o CRD.   
Conhecer qual será o instrumento apical            
inicial (comprimento e diâmetro) que irá            
tocar as paredes para remover a dentina e ter                  
alargamento necessário para efetiva        
instrumentação.   
No preparo apical a progressão é sempre no                
mesmo comprimento para o batente, com o              
escalonamento o preparo se direciona para a              
região média e cervical com aumento            
gradual do diâmetro e pequenos recuos do              
CT (diminuindo) para criar a conicidade do              
canal radicular até até alcançar o preparo              
cervical. Recua mm a mm com a lima. 30-                  
20mm, 35- 19mm.   
  
  
  
Técnica coroa-ápice ou caudal: tem início            
na região cervical e os instrumentos são              
direcionados progressivamente para a região          
apical.    
Técnica crown-down e Técnica de Oregon:            
houve mudanças mas mantém os princípios            
de iniciar cervical e médio e depois apical.    
Etapas prévias: diagnóstico, abertura        
coronária, irrigação/aspiração, preparo terço        
cervical e médio e odontometria.   
A odontometria é feita após o preparo dos                
terços cervical e médio do canal.   
A medida que direciona a região apical,              
progride em CT mas regride o            
tamanho/diâmetro dos instrumentos para        
alcançarem a região apical sem causar            
iatrogenia.  
O preparo cervical pode ser acionado a motor                
(brocas de gates-glidden em baixa rotação)            
ou limas manuais. Tem objetivo de aumentar              
a região de dentina na região para alcançar                
as outras regiões de forma mais facilitada.   
Vantagens do preparo:   
- Favorece a instrumentação de canais            
curvos e atresiados   
- Permite menor interferência da dentina            
permitindo acesso mais retilíneo e facilitado            
pela conicidade  
- Remove m-o do terço coronário            
previamente ao terço apical e permite acesso              
direto do instrumento  
- Favorece irrigação e odontometria   
  
UFES: técnica de oregon modificada          
(coroa-ápice)  
1. Preparo do terço cervical  
2. Progressão em direção ao CTP  
3. Odontometria  
4. Preparo Apical  
5. Escalonamento Regressivo  
  
Organizar os instrumentos : na técnica          
usamos limas manuais   
- Canais retos: limas tipo K  
- Canais curvos: limas flexofile e nitiflex   
Preparo do terço cervical: pensar a que              
comprimento vou utilizar o instrumento no            
interior do canal radicular?   
- Deve-se mensurar CAD através da            
radiografia  
- Descontar o comprimento apical do canal              
pois o preparo será apenas nos terços              
cervical e médio. Assim, o instrumento deve              
ser CAD-4mm   
- Preencher o canal com solução irrigadora  
- LK 08 ou 10 (CAD-4mm): verificar a                
extensão e anatomia do canal radicular.   
- Lima de maior diâmetro (25) até alcançar                
todo CAD-4mm (porção cervical e média).            
Ela fará o preparo prévio do canal no                
CAD-4mm (porção cervical e média) para            
posteriormente usar as brocas        
Gates-Glidden.   
- Brocas de Gates-Glidden (1, 2, 3 -                
sequencialmente) na baixa rotação +          
Irrigação. À medida que aumenta o diâmetro              
da broca, faz-se um recuo de 2mm. Se tiver                  
curvatura a broca não deve ultrapassar essa              
curvatura. Assim:   
● 1: CAD-4mm  
● 2: CAD-6mm  
● 3: CAD-8mm   
- Riscos do uso da Gates:  
- Fratura da broca ao tentar          
forçar apicalmente e fazer        
movimento de alavanca  
- Desgaste excessivo pela broca        
incompatível com o diâmetro        
do canal  
- Obstrução por partículas pela        
falta ou pouco volume de          
irrigação.   
  
Progressão em direção ao CTP (coroa ápice)   
- Pegar a RG inicial para mensurar o CAD e                    
retirar 2mm ( CRI=CAD-2mm ) como medida          
de segurança para determinar o CT            
(Odontometria).   
- Transfere o CRI para a lima e faz uma nova                      
RG para medir o DAI.   
- Determinar o CRD=CRI+DAI  
- Nova RG confirmando o CT=CRD-0,5mm  
- Patência: instrumento de menor diâmetro            
e CRD+0,5mm  
  
Preparo Apical: qual instrumento estará          
ajustado para iniciar o preparo apical inicial              
(IAI) + Irrigação.   
- A escolha é através da sensibilidade tátil do                  
instrumento que não deve estar folgado, tem              
que dar sensação deajuste no CT.   
- O diâmetro dos instrumentos é aumentado              
progressivamente em todo CT até alcançar o              
IAF ou IM (instrumento de memória).   
- A cada lima tem que usar o instrumento de                    
patência para desobstrução do forame apical            
0,5mm além do CRD.   
Em dentes com curvatura tem-se uma            
limitação em relação a flexibilidade dos            
instrumentos, quanto mais flexíveis maior a            
possibilidade de extensão do preparo.   
Em manuais menos flexíveis a          
instrumentação do canal curvo será até o              
instrumento 25 para evitar iatrogenias          
(perfuração)  
  
  
  
Escalonamento Regressivo (programado):      
aumentar a conicidade do canal a partir da                
região apical unindo os preparos até a região                
cervical.   
Instrumentos maiores que o IFA          
progressivamente em direção cervical        
reduzindo o comprimento a partir do CT. O                
instrumento de patência também deve ser            
usado a cada troca de instrumento.   
A cada lima do escalonamento também            
retorno com o IAF ou IM para regularizar os                  
degraus formados nas paredes da dentina            
para uniformizar as paredes.   
IAF -> LK> 0,5Diâmetro em CT-1mm > IM e                  
Instrumento de patência > LK> 1diametro            
em CT-2mm.   
Em canais curvos não pode ser previamente              
determinado pois o instrumento pode não            
conseguir alcançar a curvatura 1mm aquém            
do CT. O escalonamento deve ser feito de                
forma anatômica, ou seja, levar o            
instrumento até a resistência que a lima              
oferece alcance ao canal. Vai até onde a lima                  
oferece resistência.   
O Anatômico é limitado a lima 25 e não é                    
programado.   
Os IM e IP retornam sempre no mesmo CT                  
apenas para regularizar as paredes.

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