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RESENHA CRÍTICA DO LIVRO PEDAGOGIA DA AUTONOMIA

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Faculdade de Educação de Santa Catarina 
Curso: Pedagogia 
Acadêmica: Francine da Silveira Martins – 1ª fase 
Professora: Adriana 
Disciplina: Ética, estética e ludicidade na educação 
 
RESENHA CRÍTICA DO LIVRO PEDAGOGIA DA AUTONOMIA 
 
 Saberes necessários à prática educativa, na visão de Paulo Freire. 
 
 
 
 Contextualização 
 
 
Paulo Freire aborda, de forma simples e elucidativa, a prática educativa no cotidiano da sala de 
aula sala e fora dela, devendo-se levar em conta, que os procedimentos abordados no livro, 
podem e devem ser aplicados, desde o Ensino fundamental à Pós-graduação. Discorre sobre o 
desenvolvimento da formação docente e o que constitui o universo educacional, mantendo 
sempre uma visão crítica e democrática. 
Na construção e troca de saberes, o conflito e as tensões decorrentes das interações sociais, 
devem ser instrumentos essenciais para a prática pedagógica desde quando, a realidade do 
educando, o seu conhecimento prévio e de mundo, são motores móveis para a organização 
dos conteúdos programáticos, que por sua, vez, necessitam de discussão quanto a sua 
importância, no contexto do qual o aluno se insere e precisará dele, no momento especifico, 
dentro e fora da escola. Os conflitos servem também de provocação para que os alunos se 
assumam como sujeitos sócio-históricos, co-condutores de sua própria formação. 
As menções ao desenvolvimento afetivo, entre professores e alunos, são constantes. E, 
fundamenta essa posição, com base no equilíbrio entre a competência, a autoridade e a 
amorosidade. Essa trilogia vem acompanhada implicitamente de uma constante necessidade 
de atualização e abertura para a construção de novos paradigmas, caso haja resistência para o 
novo, o discurso da competência não tem significação. 
Ainda faz parte do fazer pedagógica, a simplicidade que deve nortear todo os outros 
procedimentos do professor progressista comprometido com a troca de saberes, assim como, 
a alegria proporciona um estado de bem-estar no decorrer do processo de educação. 
O autor defende com veemência a autonomia do educando e sugere a reflexão sobre a prática 
educativa-reflexiva, afirmando que formar é muito mais puramente treinar o educando no 
desempenho de destrezas. Faz severa crítica a ideologia neoliberal e ao fatalismo que se 
recusa enfaticamente ao sonho. Comenta a sua raiva contra as injustiças as quais, são 
submetidos aos que consideram como esfarrapados do mundo. 
A responsabilidade dos professores e dos que estão em formação é muito grande, desde 
quando, se faz necessário o processo de mudança, as lutas, a criticidade e o exercício da 
cidadania, para a efetivação da prática docente. A ética é um ponto, o qual o autor considera 
primordial para a construção e aquisição do conhecimento. Refere-se a ética universal do ser 
humano e não a ética de mercado, a qual, deve ser combatida, afrontada. 
A reflexão crítica sobre a prática pedagógica e\ ou educativa para o docente, se torna de fato, 
uma exigência da relação teoria prática. Talvez por essa razão, Paulo Freire se preocupe tanto, 
com a formação dos professores e, sobretudo, com a organização dos conteúdos 
programáticos. As suas palavras conduzem o leitor a reconhecer entre outros objetivos, a 
necessidade de oportunizar para o formando desde o começo da sua vida acadêmica, o direito 
de assumir-se como sujeito da produção do saber. E, enfatiza de que ensinar, não é transferir 
conhecimento, mas criar possibilidades para sua produção ou a sua construção. 
O autor chega à conclusão de ser necessário um pouco de radicalidade nas ações e diz 
continuar atento a advertência de Marx quanto a esse aspecto, pois graças a ela, continua 
alerto a tudo o que diz respeito a defesa dos direitos humanos e afirma ser imoral que os 
interesses de mercado se sobreponham aos interesses humanos. 
 O livro é dividido em tópicos referentes ao processo de ensino; observa-se em 
determinados trechos, um pouco do perfil político e ideológico do autor; a sua veemente 
defesa em favor dos interesses humanos,; do ensino progressivo e democrático; da rejeição á 
política neoliberal e fatalista; a preocupação com os valores étnicos e sociais ,entre outros. 
 confirma ser necessário um certo radicalismo e rebeldia como normas para a construção de 
novos paradigmas e se posiciona contra a supremacia dos valores de mercado aos valores 
humanos, esse último, sua principal causa e primeiro objetivo de sua carreira na educação. 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários a à Prática Educativa. -São Paulo: 
Paz e Terra. 1996.

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