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ECO Contabilidade.Primeira parte.2011. doc

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1 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO 
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO 
PROGRAMA DE DISCIPLINA 
 
 
 
 
CURSO DE ECONOMIA 
 
Material didático 
 
Disciplina: Contabilidade Geral e Análise de 
Balanços 
 
 
 
Profa.: Msc. Marinette Santana Fraga 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A Contabilidade é uma ciência social com aplicabilidade para o controle do 
patrimônio das pessoas jurídicas e físicas.” 
 
 
 
 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ementa: “Estrutura das demonstrações contábeis. Estrutura do Balanço 
Patrimonial e da Demonstração de Resultado do Exercício. Conceitos e objetivos 
da análise de balanços. Sistema de Informação contábil. Expressões quantitativas, 
qualitativas, monetárias, econômicas e financeiras. Cálculo e interpretação dos 
principais quocientes ou índices de liquidez, endividamento, atividade e 
rentabilidade. Análise financeira e econômica. 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
 
 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO A CIÊNCIA CONTÁBIL 
 1.1. História contábil, objeto e objetivo da contabilidade 
 1.2. Principais elementos da contabilidade: Ativo e Passivo 
 1.3. Terminologias contábeis básicas 
 1.4. Primeira representação gráfica do balanço patrimonial 
 1.5. Mutações patrimoniais básicas: principais operações das empresas 
 
UNIDADE II – ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL (BP) 
 2.1. Fundamentação legal: Lei 11.638 de 2007 e Normas de 
pronunciamentos contábeis (NPC) 
 2.2. Grupos e subgrupos do ativo 
 2.3. Grupos e subgrupos do Passivo 
 2.4. Situações líquidas diversas 
 
 
UNIDADE III – ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO 
EXERCÍCIO (DRE) 
 3.1. Classificação das contas: patrimoniais e de resultado 
 3.2. Contas de receita 
 3.3. Contas de despesas 
 3.4. Fundamentação legal: Lei 11.638 de 2007 e Normas de 
pronunciamentos contábeis (NPC) 
 3.5. Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício 
 
 
UNIDADE IV – OUTRAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS, SUAS 
ESTRUTURAS E SISTEMAS 
 4.1. Demonstração das mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) 
 4.2. Demonstração do fluxo de caixa (DFC) 
 4.3. Demonstração do valor agregado (DVA) 
 
 3 
 
 
 
 
 
 4.4. Sistemas de informação contábil 
 
UNIDADE V - ANÁLISE E DECISÕES EMPRESARIAIS 
 5.1. Conceitos e objetivos da análise dos demonstrativos contábeis: BP 
e DRE 
 5.2. Principais aspectos para análise 
 5.3. Análise vertical e horizontal 
 5.4. Análise financeira e econômica: liquidez, endividamento, atividade e 
rentabilidade 
 
 
Aulas Práticas: - Exercícios empíricos em sala para fixação do conteúdo 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
Básica 
 
ASSAF, Alexandre Neto. Estrutura e análise de balanços: Um Enfoque Econômico-
Financeiro. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
 
 MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 10ª ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
 
PADOVEZE. Clóvis Luís. Manual de Contabilidade Básica, Contabilidade Introdutória e 
Intermediária. 6 ª ed. São Paulo: Atlas S.A, 2008. 
 
 
Complementar 
 
BRUNI Adriano Leal. A Análise contábil e Financeira. 1ed. São Paulo, Atlas, 2010. 
 
BRAGA, Hugo Rocha e CAVALCANTI. Marcelo Almeida. Mudanças na lei Societária: 
Lei n º 11.638, de 28-12-2007. São Paulo: Atlas S.A, 2008. 
 
IUDICIBUS, Sérgio. MARTINS, Eliseu. GELBCKE. Manual de Contabilidade das 
Sociedades por ações. 7ª ed. São Paulo, Atlas, 2010. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTABILIDADE PARA O CURSO DE ECONOMIA 
 4 
 
 
 
 
 
 
 
CAPITULO I – NOÇÕES GERAIS 
 
1.1- DESENVOLVIMENTO E EVOLUÇÃO DA HISTÓRIA CONTÁBIL 
 
A contabilidade tem sua origem nos tempos primórdios das civilizações. Surgiu para 
atender a necessidade de subsistência dos homens, o qual começou a exercer o controle dos 
bens essenciais a sua vida, assim, segundo diversos estudiosos há indícios do nascimento 
da Contabilidade, a alguns milhares de anos antes de Cristo. 
 
A Contabilidade, em seus primeiros momentos, não foi desenvolvida para atender a outros 
que não fossem os detentores do patrimônio. Não importava que fossem rudimentares os 
controles existentes, desde que eles atendessem àquele que precisava tomar as decisões. 
Antes do surgimento da escrita e dos números arábicos, a Contabilidade era realizada 
através de desenhos para registrar os rebanhos dos pastores, possibilitando o controle das 
ovelhas, escravos, instrumentos de caça e de pesca. 
 
A Contabilidade surgiu como recurso desenvolvido pelo detentor de um rebanho que 
necessitava controlar, inicialmente, a evolução de seu patrimônio; o usuário interno. 
Apareceu, na ocasião, o que se pode chamar de primeiro relatório contábil: o inventário. Os 
primeiros demonstrativos apareceram por meio de desenhos traçados de forma rudimentar 
em interiores de cavernas onde eram esboçadas as cabeças de rebanhos existentes em 
invernos distintos. Estes registros, segundo os historiadores e pesquisadores contábeis, 
datam de mais de 4.000 anos antes de Cristo e teriam sido utilizados para que os pastores 
pudessem comparar a evolução ou involução de seus rebanhos em diferentes momentos de 
suas passagem por aquelas cavernas durante rigorosos invernos. Iudícibus (2000) corrobora 
com o assunto: 
 
[...] é possível localizar os primeiros exemplos completos de contabilidade 
seguramente no quarto milênio antes de Cristo, entre a civilização sumério 
babilônica. Mas é possível que algumas formas rudimentares de contagem de 
bens tenham sido realizados bem antes disto, talvez por volta do sexto milênio 
antes de Cristo. É claro que a contabilidade teve evolução relativamente lenta 
até o aparecimento da moeda. Na época da troca pura e simples de 
mercadorias, os negociantes anotavam as obrigações, os direitos e os bens 
perante terceiros, porém obviamente, tratava-se de um mero elenco de 
inventário físico, sem avaliação monetária. 
 
Algumas condições indispensáveis para o surgimento e o desenvolvimento da 
contabilidade foram a escrita, os algarismos e a moeda. A escrita foi indispensável aos 
registros contábeis, pois antes dela os homens pré-históricos recorriam aos símbolos e 
desenhos (aspecto qualitativo). Os algarismos contribuíram para o aspecto quantitativo, 
como expressão gráfica dos números, pois antes deles a noção de aumento de patrimônio 
era dada pela pratica do entalhe: método mais primitivo. Conforme Silva (2003) este 
método: 
 
 5 
 
 
 
 
 
Oferece iqualmente um sistema de “contabilidade silenciosa” que não 
exige nenhuma memória nem conhecimento abstrato dos números, fazendo 
intervir unicamente o principio de correspondência um a um... Este método 
desempenhou um papel importante na história da aritmética na medida que 
foram as pedras que permitiram verdadeiramente ao homem iniciar-se na “arte do 
calculo”. 
 
Para Ifrah (1996) o método primitivo baseava na equiparação entre os entalhes feitos 
num pedaço de osso e o numero de ovelhas. Outros materiais utilizados foram as conchas, 
frutos duros, pauzinhos, dentes de elefante, cocos, bolinhas de argila, e até 
excrementos secos, organizados em montinhos ou em fileiras correspondentes à 
quantidade de seres ou objetos que queriam enumerar. Outra maneira era o alinhamento 
de riscos na areia, nós em pequenas cordas, bem como usavam os dedos das mãos ou os 
membros das diferentes partes do corpo humano. 
 
Antes da criação da moeda, as relações de troca baseavam-se na troca direta e imediata de 
bens, o chamado escambo, e os primeiros registros contábeis foram feitos com base num 
padrão de equivalência. Alguns produtos ficaram conhecidos como moedas-mercadorias; 
veja alguns exemplos: 
 
Tabela I – principais mercadorias utilizadas como moeda em diferente época 
 e regiões 
ÉPOCAS E 
REGIÕES 
 PRINCIPAIS MOEDAS-MERCADORIASANTIGUIDADE 
Egito Cobre, Anéis de cobre como subdivisão da unidade de peso 
Índia Animais domésticos, arroz, dentes de elefante e metais preciosos. 
China Conchas, sedas, metais, instrumentos agrícolas e cereais, cascas de 
tartarugas, chifres, peles de animais, semente, couro, armas e 
ferramentas de pedra. 
 IDADE MÉDIA 
Alemanha Gado, aveia, centeio, mel, moedas cunhadas em ouro e prata. 
China Arroz (instrumento de troca e unidade de conta), chá, sal e peças 
metálicas com valor inter-relacionado. 
Japão Arroz, pérola, ágatas e anéis de cobre cobertos com ouro e prata. 
 IDADE MODERNA 
Estados Unidos Época Colonial: fumo, cereais, carnes secas, manteiga e gado. 
Austrália Rum, trigo e carne. 
França Metais preciosos e cereais. 
Alemanha, Áustria 
e Japão 
Terra com denominador comum de valores e gado com instrumento de 
troca Wamants emitidos por depósito deste cereal, ocorreram até século 
XVII. 
Brasil Açúcar, fumo, escravos, aguardente, peças de ouro, prata e pedras 
preciosas. 
 Fonte: adaptado pelo autor de Lopes e Rosseti, 1983. 
 
Dessa forma, o nascimento e uso do dinheiro nas operações com mercadorias incentivou o 
comércio e as transações financeiras. Assim, surgiu uma economia de muitos mercados, 
uma economia de dinheiro propiciando uma grande expansão entre os territórios. 
 6 
 
 
 
 
 
 
Sendo assim, o marco para o desenvolvimento da história contábil foi o estabelecimento do 
padrão monetário. Todas as formas de riqueza material eram convertidas por um 
denominador comum para uma única forma de riqueza, no caso a forma numerária. 
 
Segundo a história, as monarquias nacionais interessadas na unificação e fortalecimento de 
seus poderes e, conseqüentemente, do poder da burguesia que as financiava recorreram a 
padronização nacional das unidades monetárias com o objetivo de garantir o monopólio na 
cunhagem e emissão de moedas, de homogeneizar o valor dos impostos, de facilitar as 
atividades de cambio e de possibilitar o fluxo do comércio. Houve necessidade da criação e 
manutenção de registros para se estabelecerem controles sobre as riquezas públicas. 
 
Em 1494, um pesquisador italiano, frei Luca Paccioli (matemático, filósofo e pensador), 
emitiu um tratado de escrituração que acabou por instituir mundialmente o método das 
partidas dobradas – a todo débito(s) corresponde (m) outro crédito(s) de igual valor, deu 
origem a Escola Italiana de Contabilidade. O referido frade era assessor do papa para 
assuntos financeiros, e desenvolveu uma forma para que a instituição religiosa controlasse 
o seu patrimônio. Publicou um tratado de matemática, denominado Summa de Aritmétic, 
Geometria, proportioni ed proporcionalità (Suma de aritimética, geometria, proporções e 
proporcionalidades), contendo uma seção de escrituração sobre partidas dobradas; a regra 
básica contábil: cada débito corresponde a outro crédito de igual valor. Porém, é importante 
salientar que o método das partidas dobradas não foi criação de Pacioli, pois já era usado 
pelos comerciantes de Veneza. Coube a ele a sua sistematização (site da Dimer: 
contabilidade. http:/www.dimer.com.br). Como cita Hendriksen (1999): 
 
Não se sabe quem inventou o método das partidas dobradas, marco inicial da 
Contabilidade Moderna. Sabe-se somente que este sistema de 
escrituração surgiu gradativamente, ao longo dos séculos XIII e XIV, em 
diversos centros de comércio no norte da Itália, sendo que o primeiro registro 
de um sistema completo de escrituração por partidas dobradas encontra-se nos 
arquivos municipais da cidade de Gênova, na Itália, referente ao ano de 
1340. Isso não significa que a contabilidade surgiu apenas no século XIII, 
mas sim que já vinha sendo praticada há muitos anos de forma mais 
rudimentar e diferente daquela por nós conhecida na realidade. 
 
À medida que os patrimônios foram evoluindo de rebanhos para produções agrícolas e 
industriais, surgiram novos instrumentos que possibilitaram um jeito mais adequado de 
registrar os bens, direitos e as obrigações dos novos detentores da riqueza patrimonial. 
Outras entidades foram surgindo, os homens organizavam-se em grupos de maiores 
estruturas para conduzir e ampliar os negócios. Vieram as casas bancárias e estas 
solicitavam dos pretendentes a empréstimos a apresentação formal, e de modo simplificado, 
do que possuíam. Nesta ocasião, já com a ajuda do papel, da escrita e dos números na 
forma que temos hoje, surgiram os primeiros Balanços Patrimoniais – relatórios aos quais 
cabe a missão de retratar qualitativa e quantitativamente o patrimônio de uma entidade em 
uma determinada data. 
 
 7 
 
 
 
 
 
Pode-se dizer, então, que a Contabilidade nasceu com foco gerencial e foi, ao longo de sua 
trajetória, incorporando avanços como a escrita e os números de modo a impor-se ao 
mundo exterior à entidade. O respeito e a credibilidade vieram por parte de usuários 
externos quando perceberam ser a Contabilidade um poderoso instrumento para facilitar os 
processos de concessão de crédito, de fiscalização e de escolha das alternativas de 
investimento, por isto, afirma-se , sob este enfoque, que a contabilidade é feita para atender 
os usuários externos. 
 
Dentre estes novos usuários destaca-se aquele com poder de ditar regras para que os 
relatórios melhor atendam aos seus interesses: o Governo. Este usuário contábil tinha como 
finalidade maior aumentar e fiscalizar os impostos que lhe são devidos, para isso 
necessitava de demonstrativos que retratassem a correta apuração dos resultados. Era 
necessário estabelecer comparações entre contribuintes de mesmas atividades, porém esses 
demonstravam, de modo diferente, tanto o conjunto patrimonial como o desempenho 
durante determinado período de tempo. Surgiram, em conseqüência, regras emanadas do 
fisco de modo a exigir que as demonstrações elaboradas pela Contabilidade fossem 
estruturadas dentro de padrões uniformes que possibilitassem a comparabilidade não só da 
evolução patrimonial, mas também da lucratividade de determinadas atividades. 
 
A evolução da história econômica permitiu e exigiu maior necessidade de utilização da 
contabilidade, que deixou de ser vista com certo descaso pelos que a enxergam apenas de 
forma pragmática, estática e imposta, para exercer a sua função de informação gerencial e 
característica dinâmica. Em Paris, no ano de 1836, a contabilidade foi classificada uma 
ciência social. Ë impossível administrar eficientemente uma empresa sem mergulhar na 
contabilidade e extrair dela informações suficientes para conhecer profundamente o seu 
funcionamento, levando a maior eficiência nas tomadas de decisões. 
 
Quesitos: 
 
1) Como era realizada a contabilidade nos tempos primórdios? 
 
 2) No seu surgimento, a contabilidade era voltada para tender as necessidades 
do usuário externo. Você concorda? Explique. 
 
3) Quais fatores que foram importantes para o desenvolvimento da contabilidade? 
Explique os mesmos identificando suas ligações com a contabilidade? 
 
4) Qual é o método básico da contabilidade? Quem inventou este método? 
Explique o mesmo. 
 
5) Como surgiram os usuários externos da contabilidade? Explique o porquê eles 
interessam pela contabilidade. 
 
6) A contabilidade é uma ciência exata? Você concorda? Explique. 
 
 8 
 
 
 
 
 
7) Destaque do texto os fatos referentes ao desenvolvimento econômico e faça 
uma ligação com a contabilidade.(mínimo de 10 linhas- atividade para entregar – 
2 alunos). 
 
1.2 CONCEITO, OBJETO E OBJETIVO 
 
A Contabilidade é uma ciência social que estuda o patrimônio das entidades, sob os 
aspectos qualitativo e quantitativo, com o objetivo de extrair dele informações que 
contribuam para a tomada de decisões. A Contabilidade Geral é conhecida também como a 
Contabilidade Financeira. É obrigatória para todas as empresas para fins de comprovação 
dos registros dos fatos contábeis escriturados em decorrência de exigências fiscais. Recebenomes diferentes a partir dos segmentos aos quais é aplicada: Contabilidade Pública, 
Contabilidade Bancária, Contabilidade Comercial, Contabilidade Agro-Pecuária etc. 
Existem vários conceitos de contabilidade: 
 
“O propósito central da contabilidade é tornar possível o confronto periódico dos custos e 
receitas” (LITTLETON, 1953). 
 
“Contabilidade é a arte de registrar, classificar e sumarizar , de forma significativa e em 
termos monetários, transações e eventos que são, em parte ao menos, de caráter financeiro e 
interpretar o resultado obtido” (Comitê sobre terminologia do Instituto Americano de 
Contadores, AICPA, 1961). 
 
“Contabilidade é o processo de identificação, mensuração e comunicação de informações 
econômicas para permitir julgamentos e decisões pelos usuários da informação” (AAA, 
Associação Americana de Contadores , 1966). 
 
“É a ciência que estuda e prática as funções de orientação, de controle e de registro 
relativas à administração econômica” (Primeiro Congresso Brasileiro de Contabilistas, 
1924). 
 
“A contabilidade é objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a prover 
seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de 
produtividade, com relação a entidade objeto de contabilização “( IBRACON, CVM n.º 
29/86 ). 
 
“É a ciência que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das 
entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos, com o 
fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o 
resultado econômico , decorrente da gestão da riqueza patrimonial” (Hilário Franco, 
Contabilidade Geral, editora Atlas). 
 
“A contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio à disposição das entidades 
econômico-administrativa, em seus aspectos estáticos e em suas variações, para enunciar, 
por meio de fórmulas racionalmente deduzidas, os efeitos da administração sobre a 
formação e a distribuição dos créditos” (Prof: Frederico Hermann Jr.). 
 9 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO: CONSTRUÇÃO DE UM CONCEITO. 
 
A função da contabilidade é registrar, classificar, demonstrar, auditar e analisar os 
fenômenos que ocorrem no Patrimônio das entidades, objetivando fornecer informações, 
interpretações e orientação sobre a composição e as variações desse patrimônio, para a 
tomada de decisões de seus administradores. 
 
Seu objeto de estudo é, pois, o patrimônio das entidades econômicas-administrativas, que 
são as que utilizam bens patrimoniais e necessita de um órgão administrativo, que pratica 
os atos de natureza econômicas e financeiras necessários a obtenção de seus objetivos. 
 
O objetivo da contabilidade é permitir o estudo e o controle dos fatos decorrentes da gestão 
do patrimônio, levando à sua finalidade, que é a de assegurar o controle do patrimônio 
administrado, através do fornecimento, de informações e orientação necessárias a tomada 
de decisões sobre a composição e as variações patrimoniais, bem como sobre o resultado 
das atividades econômicas desenvolvidas pela entidade para alcançar seus fins, que podem 
ser lucrativos ou meramente ideais. 
 
 
1.3 - TÉCNICAS CONTÁBEIS, CAMPO DE APLICAÇÃO E USUÁRIOS 
 
Para atingir a sua finalidade de orientação e informação, a contabilidade utiliza-se de 
técnicas próprias, as quais, os administradores e demais gestores, como de Recursos 
humanos, da produção, da comunicação, devem ter conhecimento, para poderem tomar 
decisões mais eficientes , que aliadas ao feeling, complementarão as habilidades 
necessárias a uma boa gestão. As técnicas utilizadas são: 
- Escrituração contábil: registro dos fatos; 
- Demonstrações Contábeis: Demonstração expositiva dos fatos; 
- Auditoria: verificação e confirmação dos registros e das demonstrações; 
- Análise de Balanços: análise, comparação e interpretação das demonstrações. 
 
Os usuários da contabilidade não são apenas sócios/acionistas ou proprietários, outras 
pessoas também têm interesse em saber como é que a entidade estar, como os investidores, 
fornecedores, financiadores, autoridades fiscais e demais pessoas ou entidades que mantêm 
relações econômicas ou financeiras com a entidade administrada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO 
 
1- QUAIS DAS TÉCNICAS CONTÁBEIS SÃO MAIS IMPORTANTES? 
 
2- DEFINA OS USUÁRIOS CONTÁBEIS E AS INFORMAÇÕES DE INTERESSE: 
1- Governo 
2- Contador com vínculo na empresa 
3- Administrador 
4- Funcionários 
5- IBGE 
6- Contador sem vínculo com a 
empresa. 
 
 
 
1.4 – SISTEMA DE INFORMAÇOES: VISÃO SISTÊMICA DA EMPRESA 
 
PROCESSO DECISÓRIO E SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL 
 
Por sistema entende-se o conjunto de elementos (subsistemas) dinamicamente inter-
relacionados, desenvolvendo uma atividade ou função para atingir um ou mais objetivos. 
Conforme ANA MARIA MELO (profª da Universidade Federal do Maranhão) , a empresa 
vista sob o enfoque sistêmico possibilita a análise do todo em partes menores e da interação 
entre elas . 
 
A empresa é um sistema aberto, social e dinâmico, é uma unidade produtora com objetivo 
de riquezas, onde temos um mercado consumidor e outro fornecedor. A Resolução 
nº750/93 do CFC, define: “a empresa é um sistema aberto à medida que é uma unidade 
identificada”, logo, interage com o meio ambiente, e é afetado por fatores externos e pelas 
interações de seus elementos internos. 
 
Nos sistemas teremos os inputs (recursos materiais, humanos e tecnológicos) que serão 
processados e transformados em outputs (bens e serviços, riqueza e emprego). Assim a 
empresa desenvolve várias atividades: compras, estoques, produção, distribuição, vendas, 
pós-venda, etc. para alcançar seu objetivo. 
 
Toda empresa tem sua missão, isto é seu objetivo, sua finalidade, seu propósito básico para 
atender as necessidades dos clientes.Durante a sua existência, não é comum mudar 
freqüentemente essa missão, porém as atividades podem e deve ser flexíveis e mutáveis em 
sua estrutura, para propiciar melhor análise, para poder atingir a meta. Quando os gerentes 
 11 
 
 
 
 
 
através dos controles conseguem que os planos traçados sejam concretizados, estaremos 
adotando uma visão sistêmica. Assim dentro dessa visão, teremos: 
 
1. Subsistema Institucional: é o conjunto de crenças e valores dos empresários que 
definem a missão da empresa e as diretrizes que irão orientar os demais subsistema 
da empresa. Define a identidade da empresa como instituição, caracterizando as 
finalidades externas e internas que ela se propõe atender. 
 
2. Subsistema Operacional (físico): abrange todos os elementos que define quais são 
as operações da empresa e como estas devem ser executadas. Envolve a definição 
de processos, métodos, instalações físicas, nível de automação e demais 
instrumentos necessários à execução das tarefas ou atividades empresariais. 
 
3. Subsistema organizacional: contempla a forma pela qual a empresa subdivide a 
tarefa empresarial em funções especificas (departamentos), o grau de 
descentralização, as relações de autoridade e os níveis de responsabilidade de cada 
uma destas funções. Também chamado de sistema formal ou estrutural. 
 
4. Subsistema social: diz respeito ao conjunto de instrumentos utilizados pela 
organização para conduzir o esforço do trabalho humano para a consecução dos 
objetivos empresariais, levando-se em conta as características inerentes ao ser 
humano tais como necessidades físicas, econômicas, psicossociais, que se 
materializam nas políticas de recursos humanos (contratação, promoção, 
remuneração) e nos processos de regulação dos conflitos do trabalho. 
 
5. Subsistema de gestão: é o processo que permite aos administradores, através de 
decisões, atingirem os objetivos da empresa. Este processo é subdividido em 
planejamento, direção (execução) e controle das ações. Ë o sistema que produz a 
dinamicidade da empresa. 
 
6. Subsistemade informação: é o sistema que contempla o recebimento de dados da 
empresa (internos e externos) que, depois de processados serão convertidos em 
informações que permitam o encaminhamento de determinadas atividades 
(informação operacional) ou a tomada de decisões (informações gerenciais). Ë o 
sistema que dá suporte ao processo decisório (gestão) da empresa. 
 
Em síntese, pode-se destacar alguns termos: 
 
1. Objetivos/meta: situação futura que se pretende alcançar. 
 
2. Eficiência: é a preocupação em se fazer corretamente a coisa. Ë definida pela 
relação entre volumes produzidos/recursos consumidos. 
 
3. Eficácia: é a preocupação em se fazer às coisas corretas de forma a atender às 
necessidades da empresa, trata-se da relação entre resultados pretendidos X 
resultados obtidos. 
 12 
 
 
 
 
 
 
4. Planejamento: planejar é decidir, entre alternativas de ação, o que fazer, como fazer, 
quando fazer, onde fazer e quem deve fazer para se atingir um objetivo. 
 
5. Controle: é o processo de medir e avaliar o resultado e o desempenho de 
determinadas ações executadas fornecendo informações para se tomar decisões 
corretivas, quando necessário, com o propósito de se atingir os objetivos. 
 
1.5 - TERMINOLOGIAS BÁSICAS DA CONTABILIDADE: ATIVO E PASSIVO 
 
O estudo da contabilidade necessita do conhecimento de duas terminologias básicas para o 
seu desenvolvimento. São elas: 
 
a) Ativo: Conforme, Marion (2004), é o conjunto de bens e direitos de propriedade da 
empresa. São itens positivos do patrimônio (Proporcionam ganho para a empresa). 
Exemplos: Contas a Receber, Estoque de Produtos Acabados, Máquinas e Equipamentos, 
Prédios próprios. 
 
b) Passivo: conforme Marion (2004) o passivo é o conjunto de obrigações exigíveis e não 
exigíveis da empresa As primeiras são as dívidas que serão reclamadas a partir da data do 
seu vencimento É o PASSIVO EXIGÍVEL (CAPITAL DE TERCEIROS) Recursos de 
Terceiros (dinheiro); Capital de Terceiros;Fornecedores (de mercadorias); Funcionários 
(salários); Governo (impostos); Bancos (empréstimos) etc. 
 
As obrigações não exigíveis são conhecidas como Patrimônio Líquido. Corresponde ao 
total de aplicações dos proprietários na empresa. Os proprietários (sócios, acionistas) 
fornecem meios para o início do negócio. A quantia inicial é PASSIVO NÃO 
EXIGÍVEL conhecido como Recurso próprio ou Capital próprio. Em caso de falência da 
empresa, o sócio perde o dinheiro investido (Investimento de risco). Suas contas são capital 
social, reservas e prejuízos acumulados. 
 
 
CAPITULO II – PATRIMÔNIO 
 
2.1- CONCEITO 
 
O patrimônio é um conjunto de bens, direitos e obrigações. O patrimônio é o objeto da 
Contabilidade, e é em torno dele que são desenvolvidas as funções contábeis, como meio 
para atingir a sua finalidade orientadora e informativa, utilizadas pelos gestores para 
tomada de decisões. 
 
Os bens são as coisas capazes de satisfazer às necessidades humanas e suscetíveis de 
avaliação econômica. Contabilmente, os bens podem ser materiais (corpóreos ou tangíveis), 
como por exemplo: computadores, máquinas, mercadoria, dinheiro, material de limpeza, 
embalagem, etc. Temos também os bens imateriais (incorpóreos, intangíveis), como por 
 13 
 
 
 
 
 
exemplo: gastos com organização, reorganização, benfeitorias em bens de terceiros 
(reformas, piscinas em imóveis alugados), uso de marcas, patentes de invenção, etc. 
 
Direitos são todos os valores que a empresa tem para receber de terceiros. Exemplo: 
duplicatas a receber, clientes, impostos a recuperar, promissórias a receber. 
 
Obrigações abrangem os valores que a empresa tem de pagar a terceiros como: duplicatas a 
pagar, salários a pagar, fornecedores, impostos a recolher. E também as obrigações da 
empresa com os sócios. 
 
Ao conjunto dos bens, direitos e obrigações, avaliáveis em moeda e pertencente a uma 
pessoa física ou jurídica, é que denominamos de PATRIMÔNIO. 
 
2.2- PRIMEIRA ABORDAGEM DA ESTUTURA DO BALANÇO 
 PATRIMONIAL : DISPOSIÇÃO GRÁFICA DOS COMPONENTES 
 PATRIMONIAIS – ATIVO E PASSIVO 
 
INTRODUÇÃO 
 
A contabilidade demonstra o patrimônio da empresa, através de um relatório 
(demonstração) denominado de Balanço Patrimonial, que sintetiza os bens, direitos e 
obrigações das pessoas jurídicas ou físicas. 
 
O Balanço patrimonial significa equilíbrio, entre os bens, direitos e as obrigações. Está 
dividido em duas partes: a primeira é a parte positiva chamada de ATIVO, que é formada 
pelos bens e direitos, podemos dizer que são as aplicações de recursos da empresa, as 
fontes de investimentos; a segunda é a parte negativa que é denominada de PASSIVO 
(propriamente dito), formado pelas obrigações; são as origens de recursos, as fontes de 
financiamentos. 
 
As obrigações (passivo), podem ser de terceiros (exigíveis) ou próprias (não exigíveis). As 
obrigações com terceiros, são as dívidas contraídas com pessoas externas, e são conhecidas 
como capital de terceiros, já as obrigações próprias, são obrigações da empresa com seus 
sócios ou acionistas, e são conhecidas por capital próprio ou patrimônio líquido. A 
estrutura do balanço patrimonial apresenta como ativo, o lado esquerdo e como passivo o 
lado direito. 
 
ATIVO PASSIVO 
 
BENS 
+ 
DIREITOS 
 
 
OBRIGAÇÒES COM TERCEIROS 
+ 
OBRIGAÇÒES PRÓPRIAS (PL) 
 
 
 14 
 
 
 
 
 
Pela dinâmica contábil, sabemos que o Ativo tem que ser igual ao Passivo, o que explica o 
equilíbrio patrimonial, evidenciando assim a terminologia do balanço patrimonial. 
 
 
 
 
 
 
 
   
 
 ATIVO = PASSIVO 
 
 APLICAÇÕES DE RECURSOS = ORIGENS DE RECURSOS 
 FONTES DE INVESTIMENTOS = FONTES DE FINANCIAMENTOS 
 BENS + DIREITOS = OBRIGAÇÕES 
 BENS + DIREITOS = OBRIGAÇÒES COM TERCEIROS (CT) 
 + 
 OBRIGAÇÒES PRÓPRIAS (PL) 
 
Como foi descrito, anteriormente, o ativo é conhecido como aplicações de recursos e o 
passivo, como origens de recursos, logicamente as origens e as aplicações terão o mesmo 
valor, pois sem origem não haverá aplicação. 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
1. Entende-se por Patrimônio: 
 
 
 
 
 
 
2. Classificar os elementos em Bem, Direito, Obrigação, Ativo ou Passivo 
 
 
ELEMENTOS 
BEM, 
DIREITO, 
OBRIGAÇÃO 
ATIVO, 
PASSIVO 
1. Aluguéis a Pagar 
2. Aluguéis a Receber 
3. Clientes 
4. Computador 
5. Dinheiro em Bancos 
6. Dinheiro em caixa 
 15 
 
 
 
 
 
7. Duplicatas a Pagar 
8. Duplicatas a Receber 
9. Empréstimos Bancários 
10. Fornecedores 
11. Imóveis 
12. Impostos a Recolher 
13. Impostos a Recuperar 
14. Instalações 
15. Matéria – Prima 
16. Mercadorias 
17. Móveis 
18. Promissórias a Pagar 
19. Promissórias a Receber 
20. Salários a Pagar 
21. Terrenos 
22. Veículos 
 
 
 
3. Sabendo que o total dos bens de uma empresa é de R$ 850.000 e que os direitos são 
de R$500.00 e, tendo a informação que as obrigações com terceiros é de 65% das 
aplicações de recursos, pede-se: qual é situação líquida? (apresentar memória 
de cálculo e utilizar o gráfico patrimonial) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. A seguir, são apresentadas, as transações da Empresa Mariyoshi Ltda. cujos 
valores foram em mil R$: 
 
1/2– Investimento inicial de capital, em dinheiro, no valor de R$ 1.950.000, seno 
R$ 1.000.000 em dinheiro e o restante em Imóveis. 
 16 
 
 
 
 
 
5/2 – Aquisição de veículos por R$ 275.000 com pagamento de 60% a vista e o 
restante a prazo. 
3/2- Depósito bancário de 90% docaixa. 
15/2 – Compra a vista de mercadorias, por R$ 66.000, pago com cheque. 
25/2 – Pagamento de 50% da compra a prazo referente aos veículos. 
Pede-se : Representar graficamente e cronologicamente, cada transação. 
 
 
5. Identifique e complete as operações que dão origem às situações patrimoniais 
apresentadas a seguir : 
 
A ) 
Ativo Passivo 
Caixa 240.000 
Máquinas 100.000 
Capital Social 340.000 
 
 
 
 
B) 
Ativo Passivo 
Caixa 40.000 
Máquinas 100.000 
Bancos c/mov. 
200.000 
Capital Social 340.000 
 
 
 
 
C) 
Ativo Passivo 
Caixa 40.000 
Máquinas 100.000 
Bancos c/mov. 200.000 
Mercadorias 80.000 
 
Fornecedores 80.000 
Capital Social 340.000 
 Total do Passivo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 17 
 
 
 
 
 
2.3- PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL) 
 
 
CONCEITO: O patrimônio líquido, representado pela sigla PL, é um grupo de contas que 
faz parte do passivo no balanço patrimonial da empresa. Ë conhecido como capital próprio, 
recursos próprios, obrigações próprias, obrigações não exigíveis, passivo não exigível. É 
formado por várias contas, as quais serão conhecidas futuramente. 
 
EQUAÇÀO FUNDAMENTAL: Conhecendo o total do ativo e do passivo exigível, 
podemos calcular o valor do Patrimônio líquido, e posteriormente o total do passivo da 
empresa, atingindo assim o equilíbrio patrimonial. 
 
 
 
 
 
Exemplo: 
 
ATIVO PASSIVO 
 
BENS 90 
DIREITOS 70 
 
PASSIVO EXIGÍVEL 100 
PL ? 
 
 
TOTAL DO ATIVO 160 TOTAL DO PASSIVO ? 
 
Aplicando a equação fundamental, encontraremos o PL: 
 
PL= A - PE ; PL= 160-100 ; PL= 60 
 
 
Logicamente, o total do Passivo será a soma do passivo exigível com o PL, cujo resultado 
será de 160. 
 
P = PE + PL ; P = 100+60 ; P =160 
 
Logo: Ativo = Passivo 
160 = 160 
 
 
 
SITUAÇOES LÍQUÍDAS DIVERSAS: é a situação em que o patrimônio da empresa se 
encontra. A situação líquida é o mesmo que patrimônio líquido, e as empresa podem 
apresentar três formas diferentes do seu estado patrimonial: 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO = ATIVO – PASSIVO EXIGÍVEL 
 PL= A - PE 
 
 
 18 
 
 
 
 
 
O ATIVO FOR MAIOR QUE O PASSIVO EXIGÍVEL: essa situação é a mais real na 
prática, pois apresenta uma situação de equilíbrio patrimonial na empresa, uma vez que o 
conjunto de bens e direitos é suficientemente superior para saldar os compromissos da 
empresa com terceiros. Ë também conhecida como situação líquida ativa, positiva, 
superavitária ou favorável. 
 
ATIVO PASSIVO 
BENS 90 
DIREITOS 70 
 
TOTAL DO ATIVO 160 
PASSIVO EXIGÍVEL 100 
PL 60 
 
TOTAL DO PASSIVO 160 
 
ATIVO > PASSIVO EXIGÍVEL (PC+ELP) , logo, 
ATIVO >0, PASSIVO EXIGÍVEL > 0 E PL > 0 
 
2- O ATIVO FOR IGUAL AO PASSIVO EXIGÍVEL: apresenta uma posição muito 
difícil de acontecer, pois representa que toda a parte do proprietário já foi consumida pelas 
obrigações. O ativo deverá ser maior que o passivo exigível, no mínimo pela soma dos bens 
de uso da empresa, pois caso contrário, é bem provável que a empresa tenha que alienar 
esses bens, para poder solver seus compromissos, logo todo o patrimônio foi absorvido por 
terceiros. 
 
 
ATIVO PASSIVO 
BENS 90 
DIREITOS 70 
 
 
TOTAL DO ATIVO 160 
PASSIVO EXIGÍVEL 160 
PL 0 
 
 
TOTAL DO PASSIVO 160 
 
ATIVO = PASSIVO EXIGÍVEL (PC+ELP); logo, 
ATIVO > 0 , PASSIVO EXIGÍVEL > 0 e PL = 0 
 
3- ATIVO MENOR QUE O PASSIVO EXIGÍVEL: apresenta o patrimônio numa 
situação muito difícil de ser encontrada, uma vez que sendo as obrigações exigíveis 
superiores ao ativo, demonstra que a empresa não tem como sobreviver, mesmo 
transformando todos os seus bens e direitos em numerários, este é insuficiente para cobrir 
as obrigações exigíveis. 
 
Daí chamam esta situação de Passivo a Descoberto, pelo fato que todo o patrimônio já foi 
consumido por terceiros, havendo ainda um déficit patrimonial. Por diversos autores é 
apresentado no lado do passivo como PL negativo,porém , a Resolução CFC 847/99 
determina que seja demonstrado no Ativo, após todas as suas contas, com seu valor final 
denominado de Passivo a Descoberto. 
 
 
 19 
 
 
 
 
 
ATIVO PASSIVO 
BENS 90 
DIREITOS 70 
 
TOTAL DO ATIVO 160 
PASSIVO EXIGÍVEL 170 
PL (10) 
 
TOTAL DO PASSIVO 160 
ATIVO < PASSIVO EXIGÍVEL; logo, 
PASSIVO EXIGÍVEL > 0, ativo >0 e PL < 0 
 
 
 
 Ou pela Resolução do CFC 847/99 
 
ATIVO PASSIVO 
BENS 90 
DIREITOS 70 
PASSIVO A DESCOBERTO 10 
TOTAL DO ATIVO 
170 
PASSIVO EXIGÍVEL 170 
 
 
TOTAL DO PASSIVO 170 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – CONTINUIDADE 
 
6. Represente graficamente, apure a situação e analise (Vr.: R$): 
 
QUADRO 1 
Caixa 400.000 
Duplicatas a Pagar 230.000 
Salários a Pagar 50.000 
Móveis e utensílios 300.000 
Veículos 70.000 
Duplicatas a Receber 300.000 
 
QUADRO 2 
Veículos 85.000 
Máquinas 300.000 
Promissórias a Pg 50.000 
Duplicatas a Pagar 5.000 
Aluguéis a receber 3.000 
Móveis e Utensílios 90.000 
Bancos 130.000 
Impostos a Recolher 23.000 
Títulos a receber 60.500 
 
 
 
 20 
 
 
 
 
 
QUADRO 3 
Imóveis 76.000 
Títulos a Pagar 65.000 
Aluguéis a pagar 25.320 
Veículos 95.000 
Títulos a receber 40.000 
Empréstimos bancários 190.990 
Impostos a Recuperar 30.500 
 
 
7. Representar graficamente, apurar a situação líquida e analisar (Vr: em Reais) 
 
Bancos c/ movimento 220.000 Máquinas e equipamentos 180.000 
Fornecedor 920.000 Mercadorias 18.800 
Salários a Pagar 65.000 Empréstimos bancários 95.000 
Encargos Sociais a 
recolher 
25.000 Duplicatas a Receber 61.400 
Veículos 98.800 Móveis e Utensílios 150.000 
Promissórias a Pg 35.000 Duplicatas a Pagar 47.000 
 
8. Com base no exercício anterior, informe os valores: 
 
Capital de terceiros 
Capital Próprio 
Aplicações 
 
 
9. Identifique dentro dos parênteses abaixo, o que é ATIVO (A), PASSIVO 
EXIGÍVEL (PE) E O QUE É PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL): 
 
( ) reservas 
( ) salários a pagar 
( ) depósitos em bancos 
( ) capital de terceiros 
( ) empréstimos bancários 
( ) duplicatas a receber 
( ) origens de recursos de terceiros 
( ) capital próprio 
( ) caixa 
( ) estoques 
( ) capital social 
( ) aplicações de recursos 
( ) duplicatas a pagar 
( ) veículos 
( ) fornecedores 
( ) origens de recursos 
próprios 
( ) prejuízos acumulados 
 
 
REFERÊNCIAS DESTE MATERIAL 
 
MARION , José Carlos . Contabilidade Básica. 7ª ed. São Paulo: Atlas S.A, 2004. 
 
 21 
 
 
 
 
 
HENDRIKSEN, Eldon S. ; MICHAEL, F. Van Breda. Teoria da Contabilidade.São 
Paulo: Atlas, 1999. 
 
IUDÍCIBUS, Introdução à Teoria da Contabilidade. 2 ed. Atlas.SP. 2000. 
 
IFRAH, Georges. Os números: a história de uma grande invenção. 8. ed . São Paulo: 
Globo, 1996. 
 
LOPES, João do Carmo; ROSSETI, José Paschoal. Moedas e bancos: uma introdução. 
3.ed. São Paulo: Atlas, 1993. 
 
SILVA Benedito Albuquerque. Contabilidade e meio ambiente – considerações teóricas 
e práticas sobre o controle dos gastos ambientais., 1ª ed São Paulo: Annablume, 2003. 
 
 
 
 
 
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