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Neuro_Paralisia Facial_2021

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Fisioterapia aplicada às disfunções neurológicas 
Paralisia Facial Periférica / de Bell / PFP idiopática, 
mononeuropatia craniana 
Profª Dra. Maria Luiza Rangel 
 
Nervo Facial – VII par craniano 
 Possui função primordalmente motora, para a expressão facial 
 
 Motores (amarelo): 
 Temporal 
 Zigomático 
 Bucal 
 Marginal da mandíbula 
 Cervical 
 
 Vicerais (vermelho) 
 
 Gustativo (verde) 
 
 Tatil (azul) 
Paralisia Facial Periférica 
 É uma síndrome de diagnóstico essencialmente clínico resultante 
de lesão do nervo facial localizada para além dos núcleos do nervo 
facial na ponte, ou seja, é uma lesão nervosa periférica. 
 
 
 Uma lesão do nervo facial causa paralisia ou paresia dos músculos 
da expressão facial ipsilaterais ao nervo afetado. 
 
 É uma lesão do neurônio motor inferior - Paralisia flácida 
 
Quadro clínico na Paralisia Facial Periférica 
 As dificuldades e alterações apresentadas pelo paciente variam de 
acordo com forma de lesão do nervo. 
 Desvio dos traços fisionômicos para o lado não afetado; 
 Piscamento ausente, ou menos evidente, no lado afetado; 
 Sulcos da pele menos pronunciados no lado paralisado; 
 Fenda palpebral mais aberta no lado paralisado com incapacidade 
de fechar o olho (lagoftalmo); 
 Perda ou alteração da drenagem lacrimal, pode resultar em 
lacrimejamento excessivo no lado paralisado (epífora); 
 Alteração da sensibilidade auditiva – hiperacusia; 
 Perda/diminuição da sensibilidade gustativa no terço anterior da 
língua; 
 
Quadro clínico na Paralisia Facial Periférica 
 Paresia ou Paralisia dos músculos da mímica facial - dificuldade de 
movimentação da face (mímica facial) 
 Dificuldade na alimentação. Não afeta músculos da mastigação 
especificamente – masseter, temporal, mas afeta músculos que 
fazem o fechamento da boca e auxiliam a manter o alimento dentro 
da boca, e a movimentar o bolo alimentar 
 Lacrimejamento após um estímulo salivatório - conhecido como 
síndrome das lágrimas de crocodilo. 
 Dor retroauricular 
Dor na hemiface contralateral a lesão – uso excessivo, espasmos 
musculares 
 
 
Imagem de ttp://fisioterapiaquintana.blogspot.com/ 
Idiopática Paralisia Facial de Bell - PFB (65%) 
Infecciosa 
Inflamatória 
Imune pós-infecciosa 
Herpes Zoster Ótico - ZOE (12%) 
Rubéola; Parotidite Sarampo 
Doença de Lyme – Borrelia burgdorferi 
Mycoplasma pneumoniae 
Otopatias agudas e crônicas 
Meningite e encefalite 
Vacinas 
Síndrome de Guillain-Barré 
Traumática Fraturas do osso temporal 
Iatrogênica Cirurgia na região do nervo facial 
Neoplásica Parótida; Leucemias; Schwanomas 
Outras Hipertensão Arterial Severa 
Etiologia 
Paralisia Facial periférica 
 A causa mais comum de PFP é a forma idiopática, também conhecida por 
paralisia de Bell 
 Esta tem incidência é de 20 a 30 casos por 100 mil habitantes por ano e 
que responde por cerca de 70% de todos os casos de PFP. 
 O prognóstico é geralmente bom, havendo recuperação completa em 
torno de 80% dos casos. Fatores de mau prognóstico são conhecidos e 
podem ocasionar sequelas graves. 
Paralisia de Bell – Fatores de mau prognóstico 
 Idade maior que 60 anos 
 Hipertensão arterial sistêmica (HAS) 
 Alteração do paladar 
 Dor difusa, além da região retroauricular do lado acometido 
 Fraqueza hemifacial total (força muscular grau zero) 
 
 
Anamnese 
A forma de instalação dos sintomas 
 
1° ASPECTO DE DIFERENCIAÇÃO ENTRE 
- PFB (IDIOPÁTICA) 
 
 
- DIAGNÓSTICOS 
DIFERENCIAIS 
PFPeriférica 
 Inicio Súbito 
 Paralisia máxima ao terceiro dia de doença 
 Infecção viral recente 
 Sem outras queixas 
OUTRAS 
 Instalação Progressiva (Causas neoplásicas) 
 Dor, erupção vesicular, ect (HZO) 
 Eritema migrans, mal-estar, fadiga, dor etc (Doença 
de Lyme) 
http://www.scielo.mec.pt/pdf/nas/v19n3/v19n3a05.pdf 
http://www.scielo.mec.pt/pdf/nas/v19n3/v19n3a05.pdf
Grau 1 
Função Normal 
Função Normal 
Grau 2 
Disfunção Leve 
Paresia leve só detectável com inspeção cuidadosa 
Fecha olho completamente com mínimo esforço 
Assimetria no sorrisso forçado 
Sem complicações 
Grau 3 
Disfunção Moderada 
Paresia evidente, mas não desfigurante 
Fecha o olho, mas com grande esforço 
Boca com desvio evidente 
Podem surgir espamos, contraturas 
Grau 4 
Disfunção moderada/severa 
Paresia evidente e desfigurante 
Não fecha o olho. Sinal de Bell 
Assimetria em repouso 
Espamos e contraturas graves 
Escala de House- Brackmann 
Grau 5 
Disfunção Severa 
Quase sem movimento do lado afetado 
Assimetria em repouso 
Geralmente sem espasmos ou contraturas. 
Assimentria no sorriso forçado 
Grau 6 
Paralisia Total 
Sem qualquer tipo de movimento 
Sem espamos, contraturas. 
Escala de House- Brackmann 
Paralisia Facial Periférica x Paralisia Facial Central 
P.F. PERIFÉRICA P.F. CENTRAL 
Paralisia Facial Periférica x Paralisia Facial Central 
Tratamento 
Avaliação 
https://www.youtube.com/watch?v=nI-kv3S5NU0 
 
Músculos avaliados 
FRONTAL 
CORRUGADOR 
 DO SUPERCILIO 
ORBICULAR DO OLHO ORBICULAR DA BOCA ZIGOMÁTICO MAIOR 
https://www.auladeanatomia.com/novosite/pt/sistemas/sistema-muscular/musculos-da-face/ 
PROCERO 
https://www.auladeanatomia.com/novosite/pt/sistemas/sistema-muscular/musculos-da-face/
https://www.auladeanatomia.com/novosite/pt/sistemas/sistema-muscular/musculos-da-face/
https://www.auladeanatomia.com/novosite/pt/sistemas/sistema-muscular/musculos-da-face/
https://www.auladeanatomia.com/novosite/pt/sistemas/sistema-muscular/musculos-da-face/
https://www.auladeanatomia.com/novosite/pt/sistemas/sistema-muscular/musculos-da-face/
https://www.auladeanatomia.com/novosite/pt/sistemas/sistema-muscular/musculos-da-face/
https://www.auladeanatomia.com/novosite/pt/sistemas/sistema-muscular/musculos-da-face/
Músculos avaliados 
 
RISÓRIO BUCINADOR 
DEPRESSOR DO LÁBIO INFERIOR 
Tratamento clínico – É RECOMENDADO 
 Tratamento medicamentoso: No caso da paralisia facial idiopática 
(ou de Bell), nos primeiros dias é recomendado o uso de 
corticosteroides, ao longo das primeiras semanas, pois aumenta a 
probabilidade de recuperação completa da função motora facial; 
Medicamentos Antivirais podem ser utilizados em associação com 
corticosteroides, mas não isoladamente (OBS: A prescrição do 
medicamento é competência do profissional médico (neurologista 
se possível) e não do fisioterapeuta); 
 
 Proteção ocular se o fechamento ocular for incompleto, que pode 
incluir lubrificação com colírio, por exemplo e tampão ocular; 
 
NÃO UTILIZAR 
 GELO 
 ELETROTERAPIA 
 MASTIGAR CHICLETE 
 ENXER BEXIGA 
Tratamento fisioterapeutico 
 É necessário avaliar o grau de comprometimento das funções 
relacionadas com o nervo facial. 
 
 Avaliar a simetria facial ao repouso, a simetria facial durante os 
movimentos e a existência ou não de sincinesia (movimentos 
involuntários associados a movimentos voluntário) ou contratura 
facial (“dureza/tensão” dos músculos). O registro em foto ou vídeos 
é aconselhável. 
 
 Exercícios faciais personalizados podem ajudar com a melhora da 
recuperação funcional em pacientes com paralisia facial, 
principalmente nos casos mais grave e em casos crônicos; 
 https://abrafin.org.br/nota-de-esclarecimento-a-populacao/ 
Sobre o tratamento: 
 Se há retorno gradativo dos movimentos nas primeiras 3 semanas: 
 orientações sobre o problema e sua recuperação espontânea 
devem ser fornecidas e só um acompanhamento 
fisioterapêutico semanal é recomendado, até o retorno 
completo da função motora e simetria da face. 
 
 Orientações domiciliares sobre o relaxamento e estimulação da 
face 
 
 Exercícios faciais e acompanhamento intensivo não estão 
indicados para estes indivíduos com disfunção leve e 
recuperação espontânea; 
Sobre o tratamento: 
 Indivíduos sem indícios de recuperação nos primeiros dias até 3 
semanas: devem ser acompanhadosmais de perto. 
 
 Orientações sobre as chances de recuperação nos primeiros três 
meses, treinamento para a simetria facial ao repouso, massoterapia 
facial (principalmente para o lado oposto a lesão) e exercícios de 
facilitação e controle do movimento na medida da recuperação 
gradativa são estratégias possíveis para este subgrupo de 
pacientes; 
 
 Casos crônicos: desfechos buscados: Simetria ao repouso, ao 
movimento e a inibição de sincinesia. Com muita orientação sobre 
a influência da tensão na funcionalidade da face 
 
Exercícios de iniciação e mobilização dos tecidos moles 
 Na fase inicial/aguda os pacientes experimentam a paralisia da face, com 
frequente sinal de Bell e incompetência oral 
 
 O relaxamento através de técnicas de massoteria e estimulação sensorial 
leve, sem dor, sem excessos é indicado em todas as fases da recuperação. 
 
 Alongamento e massagem no lado não afetado – muitos pacientes 
experimentam fadiga e tensão aumentada pela falta de atividade oposta 
da musculatura parética ou paralisada. 
 Os alongamentos e massagens também melhoraram a circulação e 
saúde muscular 
 Alongamento da pálpebra (figura seguinte) – este músculo está sem ação 
oposta devido a paresia/paralisia do orbicular do olho. 
 Alongamento da m usculatura do pescoço e ombro – platisma, ECOM, 
trapézio 
 
 Alongamento da pálpebra 
 importante alongar para auxiliar a mobilizar o músculo 
levantador da pálpebra, e evitar formação de pontes cruzadas 
de actina-miosina que dificultam a ativação do orbicular do olho 
 Alongamento por 30 s 
 
Facilitação 
 Em geral utilizado em pacientes com quadro recente, 
quando a paralisia não é completa, e não há sincinesias 
evidentes. 
 o objetivo é facilitar/assisitir o retorno do movimento 
 Pode ser associado aos alongamentos 
 Os pacientes são ensinados a iniciar os movimentos da 
mímica facial de forma passiva, com a ajuda das mãos 
 Movimento passivo feito pelo terapeuta e o paciente 
aprender a manter o movimento 
 Movimentos simétricos devem ser preconizados. Sem 
excesso de ativação muscular desequilibrada 
 
 
 
Exercícios de reeducação neuromuscular 
 Exercícios da mímica facial – quando há nível moderado de 
contração/movimentos da face 
 Importante que sejam movimentos lentos e controlados e que 
se evite movimentos em massa 
 Os pacientes são ensinados também a “diminuir” a ativação do 
lado não afetado, para minimizar as forças opostas, em um 
esforço para ganhar movimento do lado afetado 
 Ex. Ao sorrir, fazer uma amplitude do sorriso que seja igual 
dos dois lados, levando em conta o que é possivel fazer sem 
dor e sem sincinesias, do lado mais afetado. 
 
 Utilizar feedback visual 
Movimentos Controlados 
 Tratamento inicial para pacientes com sincinesias 
 Estratégias de controle dos movimentos são pensadas para ensinar o 
paciente a ativar os musculos da expressão facial enquanto inibem 
ativamente a contração da sincinesia , que prejudicam o movimento 
desejado. 
 Educar o paciente com relação ao fenomeno 
 Ensinar a relaxar de forma consciente os músculos ativados de forma 
involuntária 
 Ex. O paciente é ensinado a fazer um sorriso pequeno, simétrico, 
enquanto controla a sincinesia periocular (figura seguinte). 
 Manter o olho aberto enquanto sorri 
 Os movimentos controlados são desafiadores e requerem muita 
concentração 
 É importante que haja repetição e que a estratégia de controle sejja 
utilizada na vida diária para favorecer a plasticidade 
Movimentos controlados e desnervação quimica (procedimento 
médico) 
Robinson & Baiungo, 2018 
DOI: 10.1016/j.otc.2018.07.011 
https://doi.org/10.1016/j.otc.2018.07.011
https://doi.org/10.1016/j.otc.2018.07.011
 Sincinesias são movimentos 
involuntários que ocorrem ao 
mesmo tempo que um 
movimento voluntário 
 são resultados de um processo 
de reinervação anormal 
 Em geral não estão presentes 
em fase aguda da PFP, mas 
pode ocorrer em fase crônica 
 O sucesso na fase aguda da 
reabilitação é importante para 
evitar que ocorra 
Paralisia facial crônica da hemiface esquerda. 
Com presença de sincinesia ao sorrir e ao 
contrair os labios (fazer biquinho) 
 
Na avaliação inicial e após 3 meses de 
reabilitação facial 
Robinson & Baiungo, 2018 
DOI: 10.1016/j.otc.2018.07.011 
https://doi.org/10.1016/j.otc.2018.07.011
https://doi.org/10.1016/j.otc.2018.07.011

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