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Paralisia Facial - fisioterapia

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Paralisia facial
Definição
Descrita pela primeira vez em 1821 pelo britânico Sir Charles Bell (paralisia de Bell).
É caracterizada pela paralisia ou paresia dos músculos da expressão facial, em um lado da face, causada por uma lesão do nervo facial (VII nervo craniano).
Pode ser precedida por dor na região mastoidiana e estar associada a distúrbios da gustação, salivação e lacrimejamento, além de hiperacusia.
Epidemiologia
Corresponde de 60% a 75% de todas as causas de paralisia facial
Incidência
20 a 30 pessoas em 100.000 por ano
Maior	em	pessoas com mais	de 70	anos (53	por 100.000)	e menor	em indivíduos com menos de 10 anos (4 por 100.000)
Afeta	ambos	os	sexos,	no	entanto	a	incidência	é	maior	em	mulheres grávidas (45 casos por 100.000)*
Epidemiologia
As hemifaces são acometidas com a mesma frequência
Cerca de 85% dos pacientes apresentam recuperação total ou próxima
disso após 5 meses de evolução do quadro
1/6 dos pacientes permanecem com déficits moderados a severos
Dos	que	apresentam	lesão	parcial	inicialmente,	94%	recuperam	a
motricidade da face por completo
Etiologia
Os estudos sugerem que o quadro pode estar correlacionado com uma infecção por bactérias (Doença de Lyme) ou vírus que atingem o nervo facial, tais como o vírus do herpes simples (labial e genital), do herpes zoster (varicela/catapora), o Epstein-Barr (mononucleose), o citomegalovírus, o adenovírus e os vírus da rubéola e da gripe.
Estresse, fadiga extrema, mudanças bruscas de temperatura, baixa da imunidade, tumores e traumas, distúrbios na glândula parótida e otite média podem também estar envolvidos no aparecimento da doença.
Biblioteca virtual da Saúde
Etiologia
Riordan M., 2001
Etiologia
Até pouco tempo, a paralisia de Bell era tida como idiopática.
Atualmente,	porém,	parece	haver	evidências	de	que	se	trata de	uma
lesão de origem infecciosa, causada pelo vírus da herpes.
Holland N.J., Weiner G.M., 2004; Pietersen E., 2002
Sintomas
O sintoma que mais chama atenção é a perda súbita, parcial ou total, dos movimentos de um lado da face;
Dificuldade, em maior ou menor grau, para realizar movimentos simples, como franzir a testa, erguer a sobrancelha, piscar ou fechar os olhos, sorrir e mostrar os dentes, pois a boca se move apenas no lado não paralisado do rosto.
Sintomas
De acordo com a gravidade da lesão, pode haver: dor nas proximidades da orelha e na mandíbula, comprometimento do paladar em parte da língua, hipersensibilidade auditiva, dor de cabeça e de ouvido, menor produção de lágrimas (olho seco) e de saliva (boca seca), ou lacrimejamento e salivação abundantes, flacidez facial responsável pela dificuldade para soprar, assobiar e conter líquidos dentro da boca.
Tipos de paralisia facial
Central
Causada por lesões supranucleares, levando a um maior acometimento da hemiface inferior e contralateral à lesão.
O	local	e	a	extensão	da	lesão	produzem	diferentes	graus	de
acometimento.
Os detalhes da lesão proporcionam variados graus de acometimento e quadros clínicos.
As	possíveis	causas	são	diversas,	incluindo	acidentes	vasculares,
abcessos, edemas, tumores, entre outras.
Tipos de paralisia facial
Periférica
São infranucleares, isto é, as que acometem o nervo facial. Em razão de acometer o nervo, o déficit observado é de toda a hemiface, homolateral à lesão.
As possíveis causas são fraturas, ferimentos corto-contusos e por arma de fogo, trauma no momento do parto, iatrogenias, doenças infecciosas, tumores, entre outras.
Tipos de paralisia facial
Central
Periférica
Correia T., 2010
Diagnóstico
O diagnóstico da paralisia de Bell é essencialmente clínico, porém é um diagnóstico de exclusão. O exame físico do paciente deve demonstrar um envolvimento difuso do nervo facial, exame otoscópio normal com ausência de vesículas ou outras anormalidades na pele ou massas tumorais nas glândulas parótidas
Alguns pacientes com paralisia de Bell, quando examinados pela ressonância magnética, apresentam captação de contraste pelo nervo facial afetado.
Escala de House-Brackmann
Foi introduzida pela primeira vez em 1983 e selecionada como padrão pelo Comitê de Desordens do Nervo Facial nos Estados Unidos em 1985.
Fornece uma impressão grosseira ao classificar a função motora facial em 6 graus ao diagnosticar um paciente com paralisia facial.
Devido à conveniência e simplicidade da escala HB, ela continua sendo o sistema de graduação do nervo facial mais usado.
Prognóstico
Depende em grande parte do tempo em que a recuperação começa.
O início precoce da recuperação está associado a um bom prognóstico e
recuperação tardia a um mau prognóstico.
Se a recuperação começar dentro de uma semana, 88% obterão recuperação completa, dentro de uma a duas semanas 83% e dentro de duas a três semanas 61%.
Outros	fatores	de	mau	prognóstico	incluem	hipertensão	e	diabetes
mellitus.
Tratamento
Paralisia facial periférica
Corticosteroides
Antibióticos
Colírios e tampões oculares são essenciais para evitar o desenvolvimento de úlcera de córnea por falta de lubrificação decorrente da ausência do piscar.
Procedimentos cirúrgicos, técnicas de reconstrução do nervo e transposição de inervação.
Tratamento fisioterapêutico
Objetivos
Manter a percepção corporal facial, para não prejudicar a programação e a execução dos movimentos à medida que a recuperação avança com a evolução do quadro;
Melhorar a movimentação ativa dos músculos acometidos;
Tentar evitar que assimetrias e atrofias musculares sejam instaladas;
Acelerar o tempo de recuperação, visando à melhora tanto estética quanto funcional.
Tratamento fisioterapêutico
Estimulação sensorial
Propicia o aumento de aferências corticais, o que facilita a despolarização dos grupos musculares que se quer trabalhar, e gera manutenção das representações corticais da região acometida, preservando as condições neurofisiológicas para o retorno de suas atividades.
Tratamento fisioterapêutico
Cinesioterapia
Consiste na execução de exercícios ativos dos músculos da mímica facial, visando ao ganho de força e ao controle motor.
Essa	conduta	pode	ser	realizada	por	meio	de	contrações	musculares voluntárias dos músculos que se deseja trabalhar de forma ativa livre.
Tratamento fisioterapêutico
Cinesioterapia
realizados
Também	podem	ser
hemiface	contralateral,
para
manipulando	a
evitar	o
desenvolvimento de assimetrias e contraturas e para
promover a irradiação para a hemiface acometida.
Massagem e alongamento
Uso de espelho (retroalimentação visual) potencializa
os movimentos em execução
Tratamento fisioterapêutico
Biofeedback
Recurso utilizado para o reaprendizado motor por meio de retroalimentação auditivas e/ou visuais, nas quais o paciente desenvolve o controle motor.
Tratamento fisioterapêutico
Estimulação elétrica
Trata-se da aplicação de corrente elétrica para auxiliar a contração dos músculos paréticos, contribuindo como um recurso a mais para o ganho de força, além de proporcionar aferências sensoriais que colaboram para a programação motora mais eficaz.
Objetivo: avaliar a eficácia de fisioterapia para a paralisia de Bell (paralisia facial
idiopática).
Resultados: os estudos avaliaram eficácia da estimulação elétrica, cinesioterapia e a
combinação de alguma forma de fisioterapia com a acupuntura.
Conclusão: não há evidências de alta qualidade para apoiar benefícios ou danos significativos de qualquer terapia física para paralisia facial idiopática. Há evidências de baixa qualidade de que exercícios faciais podem ajudar a melhorar a função facial e reduz as sequelas em casos agudos.
Objetivo:	examinar	a
acupuntura	em
acelerar
eficácia	da
a
recuperação e reduzir a morbidade a
longo prazo na paralisia de Bell.
Principais	resultados:	seis
ECRs
cinco
foram	incluídos.	Destes, usaram		acupuntura,	enquanto
o
outro usou acupuntura combinada
com medicamentos.
Conclusão:a qualidade dos estudos incluídos foi inadequada para permitir qualquer conclusão sobre a
eficácia pesquisas
da	acupuntura. com		ensaios	de
Mais alta
qualidade são necessárias.
Tratamento quiroprático da paralisia de Bell com laser de baixa intensidade e manipulação: relato de caso
Objetivo:	descrever
o	tratamento
quiroprático, incluindo o uso de laser frio e manipulação quiroprática no tratamento de um paciente com paralisia de Bell.
Resultados: O paciente percebeu uma melhora de 70% a 80% no movimento facial após o primeiro
tratamento.	Após	o
tratamento,	o	paciente
segundo
relatou
controle total de seus movimentos
faciais.
Referências
CHEN, Ning et al. Acupuncture for Bell's palsy. Cochrane Database Of Systematic Reviews, [s.l.], p.1-29, 4 ago. 2010.
CORREIA, Tiago et al . Paralisia Facial Periférica Diagnóstico, Tratamento e Orientação.Nascer e Crescer, Porto , v. 19, n. 3, p. 155-160, set. 2010 .
HOLLAND, N Julian; WEINER, Graeme M. Recent developments in Bell's palsy. Bmj, [s.l.], v. 329, n. 7465, p.553-557, 2 set. 2004.
KENDALL, Florence Peterson et al. Músculos: provas e funções. 5. ed. Barueri, Sp: Manole, 2007.
KOPCZYNSKI, Marcos Cammarosano. Fisioterapia em neurologia. Barueri, Sp: Manole, 2012.
LEE, Ho Yun et al. Agreement between the Facial Nerve Grading System 2.0 and the House- Brackmann Grading System in Patients with Bell Palsy. Clinical And Experimental Otorhinolaryngology, [s.l.], v. 6, n. 3, p.135-139, 2013.
Referências
LUNDY-EKMAN, Laurie. Neurociência Fundamentos para Reabilitação. 3. ed. Elsevier Brasil, 2004.
Ministério	da	saúde.	Biblioteca	virtual	em	saúde.	Paralisia	facial.	Disponível	em:
http://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/2571-paralisia-facial
PEITERSEN, Erik. Bell's Palsy: The Spontaneous Course of 2,500 Peripheral Facial Nerve
Palsies of Different Etiologies. Acta Oto-laryngologica, [s.l.], v. 122, n. 7, p.4-30, jan. 2002.
RUBIS,	Lisa	M..	Chiropractic	management	of	Bell	palsy	with	low	level	laser	and
manipulation: a case report. J Chiropr Med., [s.i], v. 4, n. 12, p.288-291, 2013.
TEIXEIRA, Lázaro J; VALBUZA, Juliana S; PRADO, Gilmar F. Physical therapy for Bell's palsy (idiopathic facial paralysis). Cochrane Database Of Systematic Reviews, [s.l.], p.1-74, 7 dez. 2011.
VALENÇA, Marcelo Moraes; VALENÇA, Luciana Patrízia A. de Andrade; LIMA, Maria Carolina Martins. Paralisia facial periférica idiopática de Bell: a propósito de 180 pacientes. Arquivos de Neuro-psiquiatria, [s.l.], v. 59, n. 3, p.733-739, set. 2001.

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