Buscar

GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA-INTERNATO: FISIOLOGIA DO CICLO MENSTRUAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AULA 3 - FISIOLOGIA DO CICLO MENSTRUAL
Eixo hipotalâmico-hipofisário-ovariano
- Estrutura que sustenta o funcionamento hormonal e regula a função ovariana;
- SNC exerce controle sobre as funções reprodutoras por meio de diversas substâncias;
O Sistema Nervoso Central é o responsável pelo controle das funções reprodutivas do nosso organismo.
Hipotálamo - estrutura nervosa com múltiplas conexões. O núcleo arqueado secreta de forma pulsátil o
GnRh (Hormônio estimulante das gonadotropinas) - age sobre as células basófilas da hipófise - produz
FSH e LH
FSH: HORMÔNIO FOLÍCULO ESTIMULANTE
LH: HORMÔNIO LUTEINIZANTE
Ovários: células tecais e da granulosa produzem - Estrogênio e Progesterona;
GNRH - HORMÔNIO LIBERADOR DE GONADOTROFINAS
- É secretado de forma pulsátil;
- Para cada pulso de GnRH temos um pulso de LH;
- Sua secreção é estimulada pela noradrenalina e inibida pela serotonina, dopamina, beta enforfina,
estradiol e melatonina;
- Controla a secreção de FSH e LH;
GONADOTROFO
- É a célula que produz FSH e LH;
- É regulado pela secreção do GnRH;
- Tanto o FSH como o LH tem secreção pulsátil e a frequência do pulso varia de acordo com a fase
do ciclo menstrual;
- As gonadotrofinas atual sobre os ovários através de receptores específicos;
- O FSH estimula a síntese de receptores para FSH, nas células da granulosa;
- O FSH estimula a síntese de receptores para LH, nas células da teca interna do folículo antral;
- O LH quando está aumentado, inibe os receptores para LH;
- Na metade do ciclo ocorre o pico ovulatório do LH e logo na fase luteal os níveis são mais baixos
do que na fase folicular até 4 dias antes da menstruação quando voltar a aumentar.
- A ciclicidade e o pico de LH-FSH que desencadeiam a ovulação são consequências das atividades
ovarianas;
PARTICULARIDADES SOBRE OS OVÁRIOS:
- Ao nascimento temos em média 2 milhões de oócitos.
- Menarca: 250 mil oócitos;
- 50 anos, com ciclo regulares: 5 mil a 8 mil folículos;
- Perda mensal de oócitos até a menopausa (nenhum oócito).
Apenas 400 folículos ovulam;
Menarca - primeira menstruação
Menopausa - última menstruação
Os receptores de FSH existem apenas das células da granulosa. Os receptores de LH existem apenas nas
células da teca.
QUAIS AS AÇÕES DOS ESTRÓGENOS?
- Funções do estrogênio;
- Determinar a distribuição da gordura no corpo (é capaz de diminuir o risco de desenvolver doença
cardiovascular), assim, aumenta a deposição de gordura nos quadris e reduz no abdômen.
Estimula o desenvolvimento mamário.
- Preparar o corpo feminino durante a gravidez (aumenta o tecido mamário, útero e vagina);
- O estrogênio também influencia o comportamento das mulheres, e seu excesso - como no caso de
mulheres que têm níveis maiores do hormônio - está relacionado com muheres que sofre mais de
TPM durante o ciclo menstrual;
QUAIS AS AÇÕES DOS PROGESTÁGENOS?
- Preparação do útero para implantação do embrião;
- Preparação das mamas para a secreção láctea;
- Aumenta o grau da atividade secretória das glândulas mamárias;
- Ativação das células que revestem a parede uterina, aumentando o espessamento do endométrio e
promovendo a “invasão” de vasos sanguíneos do mesmo;
- Determina o surgimento de diversas glândulas produtoras de glicogênio;
- Inibe as contrações do útero, impedindo a expulsão do embrião ou feto em desenvolvimento;
A aromatase é uma enzima da família do citocromo P-450, produto do gene CYP19, que catalisa a
conversão de androstenediona em estrona e de testosterona em estradiol, atuando como controladora
da taxa de biossíntese de estrogênios (OLIVEIRA et al., 2006a; LEAL et al., 2010).
- A enzima aromatase é a responsável pela conversão da testosterona em Estrona/ Estriol/
Beta-estradiol;
A ovulação ocorre 14 dias antes da menstruação - o método da tabelinha só funciona para pacientes com
ciclos regulares de 28 dias. Quem realiza o uso de contraceptivos - inibe a ovulação, faz feedback negativo
na produção de FSH e LH. Anticoncepcionais inibem 99,7% e existe 0,3% de risco de ovulação mesmo em
mulheres que fazem o uso de anticoncepcionais. O uso em horário inadequado ou concomitante a
antibióticos que “cortam” o efeito do anticoncepcional aumenta em 8% o risco de engravidar. Durante a
ovulação ocorre o aumento da temperatura em 0,5ºC , pico de FSH e LH, pico de Estradiol e aumento da
produção de progesterona;
CICLO UTERINO
- A produção cíclica de hormônios produz mudanças significativas no útero;
- A mudança mais importante no útero se produz no revestimento endometrial, porém ocorrem
mudanças também na camada muscular e no colo uterino, de forma cíclica.
Sob a influência dos hormônios ovarianos (estrógenos e progesterona), o endométrio mostra uma série de
mudanças cíclicas características. Morfologicamente o endométrio se divide em duas camadas:
1. CAMADA BASAL: é a encarregada da regeneração pós menstrual do endométrio;
2. CAMADA FUNCIONAL: é a que sofre as mudanças cíclicas e se descama ao final de cada ciclo se
não houver fecundação;
O CICLO MENSTRUAL DIVIDE-SE EM DOIS PERÍODOS:
A. Fase folicular, ou primeira fase, ou proliferativa: do início da menstruação até o pico ovulatório de
LH (ação estrogênica);
B. Fase luteal ou lútea, segunda fase ou secretória: do pico de LH até o início da menstruação (ação
progestagênica);
OVULAÇÃO
- É o conjunto de fenômenos que acontecem periodicamente na mulher, levando a seleção e
preparação de um folículo (dominante) para a ovulação;
- O processo de ovulação permite a obtenção de um ovócito maduro apto para ser fecundado e a
formação do corpo lúteo na segunda fase do ciclo;
- Dor no meio do ciclo;
FASE FOLICULAR: ENDOMÉTRIO PROLIFERATIVO
1. Fase inicial do endométrio;
2. Aumento de espessura por hiperplasia glandular e aumento do componente basal estromal;
3. Glândulas separadas na superfície;
FASE LÚTEA: ENDOMÉTRIO SECRETOR
1. 5 - 6 mm de espessura;
2. Bem vascularizado e rico em glicogênio;
3. Glândulas tortuosas com atividade secretora máxima;
4. Desenvolvimento das artérias espiraladas;
APTO PARA IMPLANTAÇÃO DO BLASTOCISTO
Menstruação precoce e menopausa tardia - aumenta o risco de câncer de endométrio, a gravidez é um
fator protetor.
FASE MENSTRUAL
Na ausência de fertilização e implantação, produz-se a involução do corpo lúteo e diminuem os níveis de
estrógenos e progesterona.
Esta queda hormonal determina o aparecimento de 3 fenômenos endometriais:
1. Reação vasomotora;
2. Perda tissular;
3. Menstruação (ausência de gestação);
CONCEITOS:
MENORRAGIA: fluxo sanguíneo maior que 80 ml ou sangramento uterino excessivo em quantidade e
duração, ocorrendo em intervalos regulares.
POLIMENORRÉIA: ciclo menstrual curto, sangramento que ocorre em intervalo inferior a 24 ou a 21 dias
(ciclo normal possui 28 dias);
AMENORRÉIA: ausência da menstruação por mais de 6 meses, ou ausência de menstruação em mulher
na fase reprodutiva da vida, podendo ser primária (sem menarca até os 16 anos de idade) ou secundária
(ausência de menstruação por mais de 6 meses em uma mulher que previamente tenha ciclos menstruais
normais)
MENSTRUAÇÃO PROLONGADA: perda sanguínea durante período superior a 10 dias.
SANGRAMENTO INTERMENSTRUAL: entre os ciclos menstruais ou entre a retirada hormonal em
mulheres usuárias de anticoncepcional oral ou terapia hormonal. Outra causa - escape, ocorre mais no
verão devido a vasodilatação provocada pelo calor.
SANGRAMENTO PÓS-COITAL: sangramento fora do período menstrual, dentro das primeiras 24 horas
do ato sexual;
Anticoncepcional - diminui o risco de câncer de endométrio e ovário.
DISMENORRÉIA: também conhecida como algomenorreia, menalgia ou odinomenorreia, é uma condição
caracterizada pela cólica menstrual acentuada. A palabra vem do grego e significa “menstruação difícil ou
dolorosa”. Cerca de 50 a 90% das mulheres já sofreram desse mal em algum momento do seu período
fértil. Contração do músculo liso a gente chama de cólica, porém quando ela tem uma cólica que chega
cedo e é incapacitante ao ponto de tirar ela da escola para ir para o pronto-socorro,ao ponto de tirá-la do
trabalho para ir a um pronto atendimento nós chamamos de dismenorréia que significa menstruação difícil
ou dolorosa, esse termo dismenorreia refere-se a uma menstruação difícil, muito dolorosa de tamanha dor
que ela é incapacitante.
DISMENORREIA PRIMÁRIA:
A dismenorreia primária geralmente aparece devido a oscilação de algum componente no organismo.,
sendo prostaglandina a mais comum. Produzida a partir da progesterona, o nível aumentado de
prostaglandina provoca fortes espasmos no útero, o que comprime os vasos sanguíneos ao redos,
dificultando o repasse de oxigênio para os tecidos uterinos, ocasionando a dor abdominal;
DISMENORREIA SECUNDÁRIA:
A dismenorreia secundária, por sua vez, decorre de alterações na prostaglandina em conjunto a problemas
médicos no sistema reprodutor.
ENDOMETRIOSE:
- Cerca de 6 milhões de mulheres brasileiras na faixa etária de 30 anos portam a doença. A
endometriose causa crescimento atípico do endométrio fora do útero. Quando não expelido pela
menstruação, o tecido pode deslocar-se até os ovários ou na cavidade abdominal acarretando em
ferimentos. Os sintomas consistem em dores intensas e infertilidade. não há causa definida, mas as
chances aumentam se houver diagnóstico na mãe ou irmã.
ADENOMIOSE:
- A adenomiose é uma variação da endometriose, porém, neste caso, o aumento do endométrio
ocorre dentro da musculatura uterina. Ela pode ser focal (quando encontra-se em uma parte
específica do útero) ou difusa (quando recobre toda a parede do útero, tornando-o mais pesado e
encorpado). Normalmente, os sintomas iniciais da adenomiose aparecem 2 a 3 anos depois do
parto, mesmo naquelas que já apresentam o quadro desde a infância. A mulher é acometida por
dor, sangramento e cólicas intensas. Devido a inexistência da menstruação após a menopausa, o
problema desaparece.
ESTENOSE CERVICAL:
Causada pela compressão do orifício cervical interno, a estenose cervical pode desencadear hematometra
(acúmulo sanguíneo no útero), piometria (acúmulo de pus no útero, principalmente em mulheres que têm
câncer cervical e uterino) e fluxo menstrual atrasado em mulheres na menopausa, o que pode resultar em
endometriose. A dismenorreia é um dos sintomas, além da amenorreia, sangramento incomum e
infertilidade. Dilatação do útero e vagina nao são descartados.
CISTOS E TUMORES NO OVÁRIOS:
Cistos e tumores nos ovários dificultam a circulação do sangue. Fora a cólica menstrual, ocorre em
algumas situações, sangramento vaginal anormal. Para paciente com câncer avançado, a indigestão,
excesso de gases intestinais e dor nas costas também se fazem presente.
MIOMA UTERINO:
Conhecido como leiomioma uterino, fibroma ou fibromioma, o mioma uterino é um tumor benigno que
aparece tanto na parte interna quanto externa do útero, provocando alterações na fisionomia do órgão.
Sua origem é desconhecida, mas está relacionada à progesterona e ao estrogênio. Por conta disso, é
comum mulheres que entraram na menopausa, entre 40 e 50 anos de idade, sofrerem com o problema,
visto que neste período o nível desses hormônios são mais baixos. Em 75% dos casos de mulheres
acometidas pelo mioma, metade delas não manifestam os sintomas, que consistem na menstruação
irregular, disfunções urinárias e dores abdominal, pélvicas e durante o sexo.
INFLAMAÇÃO PÉLVICA:
Doença inflamatória pélvica (DIP) é causada por bactérias, como Chlamydia trachomatis e Gonococo,
presentes em doenças sexualmente transmissíveis (DST’s) que se infiltram no colo do útero e ocasionam
infecção nos órgãos reprodutores. A transmissão é feita através de contato sexual, aborto ou tratamento
cirúrgico (raspagem e dilatação vaginal). A mulher pode sentir dor na parte inferior do abdômen, corrimento
vaginal com coloração amarelada e menstruação irregular.
SÍNDROME DE CONGESTÃO PÉLVICA:
Síndrome de congestão pélvica é uma dor crônica (há mais de seis meses) na pelve - área abaixo do
abdômen, tendo como causa o aglomeramento de sangue nas veias da pelve, devido a sua dilatação e
enroscamento (varizes). A dor é variável, podendo ser prolongada e imprecisa, aguda ou latejante. A dor
pode aumentar ao final do dia, quando a mulher fica deitada e durante ou após relação sexual. Fadiga,
oscilações de humor, dores de cabeça e inchaço são outros sintomas apresentados.
PÓLIPOS NO COLO DO ÚTERO:
O excesso de células na parede interna do útero gera lesões parecidas com verrugas, mas formadas por
epitélio. Este distúrbio é conhecido como pólipo uterino. Alteração hormonal ou infecção em volta de vasos
endometriais são os principais fatores para o surgimento do problema. Como consequência, a mulher sofre
com sangramentos fora do período menstrual e com fluxo maior.
EXAME COMPLEMENTARES
- ULTRASSONOGRAFIA
O método consiste na visualização de certos órgãos por meio de ondas ultrassônicas de alta frequência.
neste caso, o intuito é detectar possíveis distúrbios, como miomas, endometriose e cistos nos ovários.
- HISTEROSSALPINGOGRAFIA E HISTEROSSONOGRAFIA
Ambos os procedimentos consistem na injeção de um líquido através do colo do útero com a finalidade de
averiguar o surgimento de pólipos (crescimento demasiado de células que revestem a parte interna
uterina), miomas e deformidades congênitas
- HISTEROSCOPIA E LAPAROSCOPIA
Os exames possibilitam que o médico veja a área pélvica. Na histeroscopia, uma mcrocâmera é colocada
por meio da vagina e colo do útero; na laparoscopia, a microcâmera é inserida através de um pequeno
corte abaixo do umbigo.
DISMENORREIA TEM CURA?
Por se tratar de uma condição natural e atingir a maior parte do grupo feminino, a dismenorreia não tem
cura, mas pode ser amenizada se receber tratamento adequado.

Continue navegando