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TUTORIA P R O B L E M A 1 : F U T U R O P R O F I S S I O N A L OBJETIVOS -Definir os princípios doutrinários e operacionais do SUS -Diferenciar um médico generalista de um médico especialista -Definir o que é um médico generalista -Identificar as especialidades médicas. Citar exemplos * -Discutir a escolha precoce das especialidades * -Definir o Programa Médicos pelo Brasil e suas funções * -Discutir sobre o papel do médico nos dias atuais -Definir o que é a metodologia ativa e Identificar os tipos de metodologia ativa * -Descrever os passos do PBL , Explicar o papel do tutor, secretario e alunos na sessão de tutorial * PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS E OPERACIONAIS DO SUS • O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo, abrangendo desde o simples atendimento para avaliação da pressão arterial, por meio da Atenção Primária, até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país Princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) • Universalização: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação ou outras características sociais ou pessoais. • Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas. Em outras palavras, equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior. • Integralidade: este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Juntamente, o princípio de integralidade pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos. PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS E OPERACIONAIS DO SUS Princípios Organizativos • Regionalização e Hierarquização: os serviços devem ser organizados em níveis crescentes de complexidade, circunscritos a uma determinada área geográfica, planejados a partir de critérios epidemiológicos e com definição e conhecimento da população a ser atendida. • A regionalização é um processo de articulação entre os serviços que já existem, visando o comando unificado dos mesmos. • Já a hierarquização deve proceder à divisão de níveis de atenção e garantir formas de acesso a serviços que façam parte da complexidade requerida pelo caso, nos limites dos recursos disponíveis numa dada região. • Descentralização e Comando Único: descentralizar é redistribuir poder e responsabilidade entre os três níveis de governo. Com relação à saúde, descentralização objetiva prestar serviços com maior qualidade e garantir o controle e a fiscalização por parte dos cidadãos. No SUS, a responsabilidade pela saúde deve ser descentralizada até o município, ou seja, devem ser fornecidas ao município condições gerenciais, técnicas, administrativas e financeiras para exercer esta função. Para que valha o princípio da descentralização, existe a concepção constitucional do mando único, onde cada esfera de governo é autônoma e soberana nas suas decisões e atividades, respeitando os princípios gerais e a participação da sociedade. • Participação Popular: a sociedade deve participar no dia-a-dia do sistema. Para isto, devem ser criados os Conselhos e as Conferências de Saúde, que visam formular estratégias, controlar e avaliar a execução da política de saúde. MÉDICO GENERALISTA E MÉDICO ESPECIALISTA • “médico especialista” é aquele que possui título oficial em uma das 53 especialidades médicas reconhecidas no Brasil. E “médico generalista” é todo aquele que não possui título formal de especialista. Existem duas formas de obtenção do título de especialista: após a conclusão de um programa de Residência Médica reconhecido pelo MEC ou mediante concurso da respectiva sociedade de especialidade médica vinculada à AMB. (Demografia Médica no Brasil - Cremesp e o Conselho Federal de Medicina ) • Em 2001, foram homologadas as Diretrizes Curriculares Nacionais que orientam as instituições de ensino superior a transformarem o processo de ensino-aprendizagem-avaliação, devendo contemplar os princípios adotados pelo SUS (AGUIAR; RIBEIRO, 2010). Percebem-se os generalistas como profissionais que contemplam ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde, considerando o indivíduo como um ser biopsicossocial, personalizando a relação médico-paciente. Devem fazer a utilização racional das tecnologias, levando em consideração o custo-benefício e ter a capacidade de liderança e interdisciplinaridade (CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 2001). NOS FORMAMOS COMO MÉDICOS • Em resumo pode-se afirmar que todo egresso de um curso médico devidamente reconhecido no país, o qual tenha atendido plenamente o disposto nas diretrizes curriculares nacionais pode ser designado como MÉDICO COM FORMAÇÃO GERAL, capaz, segundo estudos, resolver 85% dos problemas apresentados pela população no nível da atenção primária. Recomenda-se que esse médico permaneça algum tempo sob supervisão, a fim de adquirir experiência que admita prática segura para o paciente. O clínico geral é um especialista em clínica médica geral (clínica de adultos) credenciado por meio de um programa de Residência Médica devidamente credenciada pelo Ministério da Educação ou pela sociedade de especialidade. • (PARECER Número: 60960 - Órgão: Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo - Data Emissão: 23-11-2010 ) ESPECIALIDADES MÉDICAS • O conselho federal de medicina (CFM) reconhece 53 especialidades médicas • De acordo com o convênio firmado entre o Conselho Federal de Medicina, a Associação Médica Brasileira e a Comissão Nacional de Residência Médica, em 11 de abril de 2002, nos termos da Resolução CFM nº 1.634/02, a Comissão Mista de Especialidades foi instituída com a finalidade de reconhecer as especialidades médicas e as áreas de atuação. Ficou também estabelecido que outras especialidades e áreas de atuação médica poderão vir a ser reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina mediante proposta da Comissão Mista de Especialidades. Assim sendo, atendendo as solicitações de Sociedades de Especialidade e em conformidade com a deliberação da comissão mista, é anualmente realizada a revisão das especialidades médicas reconhecidas, bem como das áreas de atuação, podendo ser reconhecidas novas especialidades/áreas de atuação ou excluídas outras. • EXEMPLOS DE ESPECIALIDADES : Acupuntura, Cirurgia de Mão, Clínica Médica, Medicina de Família e Comunidade, Endoscopia, Pediatria, Cancerologia, Medicina de Tráfego • EXEMPLOS DE ÁREAS DE ATUAÇÃO : Administração em Saúde, Atendimento ao queimado, Dor, Ecografia Vascular com Doppler, Medicina do Sono, Sexologia, Transplante de Medula Óssea DEBATE: ESCOLHA PRECOCE DAS ESPECIALIDADES • O grupo de fatores considerado mais importante foi “Afinidade com a especialidade, satisfação pessoal/profissional, gratificação”, avaliado como ‘muito importante’ por 91% dos alunos entrevistados, e como ‘importante’ por 8,3%. Em segundo lugar, ficou o fator “Estilo de vida médico, qualidade de vida”, classificado como ‘muito importante’ (52,6%) ou ‘importante’ (42,1%) em 94,7% dos casos. Menor importância foi atribuída a “Urgência em ganhar dinheiro rápido, tempo curto de residência, alto rendimento inicial” e “Influência familiar, parente próximo”, avaliados como ‘pouco importante’ ou ‘não importante’ por 86,4% e 82,9% dos respondentes, respectivamente. PROGRAMA MÉDICOS PELO BRASIL "LEI Nº 13.958, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2019 O Mais Médicos (criadoem julho de 2013 pelo governo federal, com o intuito de fixar profissionais em regiões mal atendidas) e o Médicos Pelo Brasil funcionarão de forma paralela, até os contratos do antigo modelo vigente serem encerrados O Médicos Pelo Brasil se concentrará na atenção primária e continuará com foco na interiorização de médicos pelo país, especialmente nas regiões mais remotas e desassistidas. O governo federal vai ampliar em pouco mais de 7,3 mil o número de médicos nas áreas mais carentes do país, sendo quase 60% dos profissionais serão contratados para atender as regiões Norte e Nordeste. Ao todo, cerca de 4.823 cidades devem fazer parte do novo programa. Os municípios foram classificados por meio da metodologia do IBGE conforme o nível de vulnerabilidade, baseado no estudo da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), sendo divididos em 5 categorias: rurais remotos, rurais adjacentes, intermediários remotos, intermediários adjacentes e urbanos Metas do Programa Médicos pelo Brasil : Ampliar a quantidade de atendimentos Proporcionar maior resolutividade à Atenção Primária, evitando encaminhamentos desnecessários para hospitais Ampliar a qualidade do pré-natal e do acompanhamento de crianças até os cinco anos de idade, acompanhamento de pacientes portadores de hipertensão arterial e diabetes, acompanhamento preventivo do câncer de mama e de colo do útero e de pacientes portadores de HIV Ampliar a taxa de cura do paciente com diagnóstico de tuberculose https://soulmedicina.com.br/noticia/111/a-falta-de-medicos-nos-hospitais-publicos-do-interior-do-brasil/ DISCUTIR PAPEL DO MÉDICO NOS DIAS ATUAIS • “Na profissão médica, o conhecimento técnico, a sensibilidade e o respeito ao ser humano andam juntos, são indissociáveis. O médico formado sem uma importante reflexão sobre si e sobre o outro sabe medicina, mas não é, necessariamente, um bom profissional médico. A sustentação desses valores durante os seis anos de graduação deve ser planejada para que dure pela vida inteira. Essa é a grande responsabilidade das universidades contemporâneas que formam médicos”, afirma Nêmora Tregnago Barcellos, doutora em Ciências Médicas (revistagalileu.globo.com) • O desenvolvimento e aprimoramento da ética aplicada à medicina tornou as relações mais estáveis e niveladas. Isso, de um certo modo, permitiu que os interesses do paciente ganhassem luz frente aos interesses médicos. Entre os principais princípios éticos discorridos nos últimos tempos, citam-se: beneficência, não-maleficência, sigilo, autonomia e justiça. Sendo assim, esperasse que o médico faça e pretenda o bem (beneficência), sem acarretar o mal, mesmo sem intenção (não-maleficência), de forma a respeitar o sigilo e autonomia do paciente – tudo isso em um contexto buscando justiça. (BAEROE, 2017) • A eficiência dos resultados passa a depender não apenas da técnica e da experiência, mas de um entendimento pleno entre o doente e o médico, valorizando não somente o restabelecimento da saúde física e mental, mas o encaixe social de ambos dentro de suas funções. (ARDIGÓ, 1999; MACHADO, 1997). METODOLOGIA ATIVA E SEUS TIPOS Bastos (2006) nos proporciona uma conceituação de Metodologias Ativas como “processos interativos de conhecimento, análise, estudos, pesquisas e decisões individuais ou coletivas, com a finalidade de encontrar soluções para um problema”. Tendo como base essas definições dos autores citados, entende-se que as metodologias ativas baseiam-se em formas de desenvolver o processo de aprender, utilizando experiências reais ou simuladas, visando às condições de solucionar, com sucesso, desafios advindos das atividades essenciais da prática social, em diferentes contextos. (ANÁLISE DO USO DA METODOLOGIA ATIVA PROBLEM BASED LEARNING (PBL) NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL Glaucemária da Silva Rodrigues) EXEMPLOS DE METODOLOGIA ATIVA : Project-based learning (PBL), Gamificação, Sala de aula invertida, Aprendizagem entre pares, Cultura Maker, Storytelling, Estudos do meio PBL PBL - Aprendizagem Baseada em Problema, que segundo Mitre et al (2008), consiste em desenvolver no aluno por meio da problematização, o contato com as informações e a construção do seu conhecimento. Segundo Borhan (2014), tal abordagem estimula o aluno a desenvolver o seu pensamento crítico, habilidades de resolução de problemas, adaptabilidade às mudanças de trabalho em equipe, segurança e iniciativa – aspectos importantes para a tomada de decisão na sua vida profissional. O grupo tutorial desenvolve suas atividades obedecendo uma dinâmica própria, denominada 9 passos, que consiste em: • 1. Leitura atenta do problema; • 2. Esclarecer termos pouco conhecidos ou dúvidas sobre o problema; • 3. Definição e resumo do problema com levantamento dos pontos principais/chaves; • 4. Identificação das questões propostas pelo problema; • 5. Análise do problema utilizando conhecimentos prévios e formular hipóteses (brainstorm); • 6. Identificar as lacunas do conhecimento, definir os objetivos e identificação dos recursos de aprendizagem apropriados; • 7. Busca de informação e estudo individual; • 8. Compartilhamento da informação obtida e aplicação na compreensão do problema; • 9. Avaliação do trabalho do grupo e dos seus membros. PBL – O PAPEL DE CADA UM • O papel do tutor é de incentivar, estimular, facilitar e instigar o “grupo” como um todo na compreensão e discussão daquele caso proposto, não o de um professor – expositor, nem de alguém que está ali para ensinar; até porque não estão em sala de aula. • O secretário, como podemos perceber, será um “tradutor” alguém que organizará as informações do grupo de uma forma clara, objetiva durante a sessão tutorial. • Os estudantes devem usar a experiência de grupo para estimular a sua curiosidade e encorajar o estudo independente, realizar os passos do raciocínio clínico da identificação do problema à geração de hipóteses, assim como identificar e utilizar-se das fontes disponíveis e apropriadas de conhecimento. Desenvolver habilidades de comunicação e Auto avaliação
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