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Casos práticos de Teoria Geral do Processo

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Exercícios com casos práticos: Teoria Geral do Processo 
 
 
 
 
1. Em um processo em que Joana litiga com Lúcio, o juiz proferiu sentença de 
procedência da ação em favor de Lúcio. Na sentença, apenas fez um relatório 
dos principais eventos do processo, limitando-se após reproduzir os pedidos 
que tinham sido apresentados por Lúcio, mas sem que apresentasse qualquer 
fundamentação. Questiona-se: tal sentença está correta? Haveria alguma 
norma violada? 
 
 
2. Em um determinado processo, a petição inicial foi regularmente apresentada 
por Maria, e João (réu) já havia apresentado sua defesa. Ambas as partes 
produziram as provas que entendiam pertinentes. Quando o processo estava 
apto a ser sentenciado pelo juiz Carlos Augusto, João peticionou apresentando 
um novo fundamento não discutido no processo. O juiz não deu oportunidade 
de oitiva ao autor. O Juiz Carlos Augusto, então, proferiu sentença julgando 
improcedentes os pedidos iniciais, baseado no fundamento alegado 
posteriormente por João. A atitude do juiz está correta? Ele poderia, sem ouvir 
Maria previamente, proferir sentença? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Caio, regularmente representado por Flávia (sua mãe), propôs ação de 
investigação de paternidade em face de Marcus. Foi produzida prova 
pericial(DNA), tendo sido apurada a paternidade de Marcus. O juiz ordenou a 
manifestação das partes quanto à conclusão do laudo pericial. Nesta 
oportunidade, Marcus requereu a oitiva de testemunhas para comprovar que o 
filho não era seu. O juiz indeferiu a produção da referida prova, alegando que a 
prova do fato constitutivo do direito do Autor (ou seja, a prova necessária à 
comprovação das alegações realizadas pelo Autor na sua petição inicial) já 
estava produzida por meio de irrefutável prova pericial e sentenciou dando 
ganho de causa para Caio. Está correta a atitude do juiz? Ele era obrigado a 
produzir a prova requerida por Marcus? 
 
 
 
4. Carlos propôs ação de separação litigiosa em face de sua esposa Clara. 
Para tomar ciência da íntegra do processo, Clara se dirigiu para o cartório onde 
tramitava o processo. No entanto, o cartorário impediu Clara de verificar o 
processo, alegando que este tramitava em segredo de justiça. O processo 
tramita mesmo em segredo de justiça? Está correta a atitude do cartorário? Ele 
pode limitar o acesso de Clara aos autos em que ela é ré? 
 
 
 
5. Elisângela propôs ação de divórcio em face de seu esposo Carlos, com pedido 
de partilha de bens. O juiz, após a regular realização das provas pelas partes, 
julgou procedentes os pedidos, deixando o imóvel do casal para Elisângela. Carlos 
não recorreu da decisão. Um ano após, Carlos viu-se em dificuldades financeiras e 
entendeu por bem propor ação em face de Elisângela requerendo a partilha do 
imóvel do casal, que já havia sido objeto da sentença anterior. O que poderá 
alegar Elisângela ao ser citada para responder a essa ação? 
GABARITO 
 
1º Questão - Sim, houve violação. A sentença viola o devido processo legal. 
Mediante a Constituição Federal Brasileira (artigo 5°, inciso LIV) “ninguém será 
privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”. Neste caso não 
acontece um processo com todas as etapas previstas na lei. 
 
2º Questão - Não, Maria tem seu direito salvo pelo Artigo 9 do Código de Processo 
Civil “Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente 
ouvida”. 
3º Questão - A atitude condiz com o que está previsto na lei, uma vez que o exame de 
DNA está feito, o juiz pode negar a aplicação inútil de mais uma prova que não possui 
qualificação comprovada. 
 
4º Questão - O processo de divórcio não corre em segredo de Justiça. A atitude do 
cartório não foi correta pois Clara tem direito de ter acesso e saber o que está 
proposto no divórcio. 
 
5º Questão - Não poderá ser rediscutido o caso da partilha de bens pois já houve 
sentença na qual Carlos concordou com o que foi proposto.

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