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Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 1 Anatomi� � �siologi� d� esôfag� FISIOLOGIA Esôfago envolvido no processo de deglutição -> permitir passagem do alimento até que ele chegue no estômago. Fases da deglutição: 1. Fase oral da deglutição: única voluntária (língua empurra bolo alimentar -> palato duro) 2. Fase faríngea: informação retorna do TE, iniciando reflexo de deglutição 3. Fase esofágica: chegada do alimento Mecanorreceptores percebe a trituração e tamanho suficiente para deglutição -> pegar o bolo alimentar e empurrar em direção ao palato duro com a língua -> início dá fase oral -> e em seguida palato mole. Fase Oral - começa quando a língua empurra o bolo alimentar em direção ao palato duro. Depois que se encosta no palato mole -> outro grupo de mecanorreceptores -> informação vai na medula -> sobe por via aferente -> retorna do tronco encefálico (TE) trazendo informação -> reflexo (começa quando a via aferente é ativada) -> início da fase faríngea. No tronco encefálico -> temos um centro específico para deglutição. Fase Faríngea - a informação retorna do TE, iniciando o reflexo de deglutição. As pregas palatofaríngeas são puxadas para trás e juntam-se -> fechamento da cavidade nasal - evitam refluxo -> alimento se move para a faringe. Cordas vocais se aproximam -> A laringe sobe (abre o esôfago) e a epiglote desce -> fechamento vias Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 2 aéreas inferiores (evita que entre na traqueia) -> podemos impulsionar o alimento para baixo -> músculos constritores da faringe podem se contrair empurrando o alimento para baixo. Fase esofágica - Momento que o alimento entra no esôfago Gerando no esôfago uma onda peristáltica chamada de onda peristáltica primária -> acontece no sentido aboral (boca-ânus), movimento específico, unidirecional. Carrega o alimento. Essa onda é causada pelo estímulo extrínseco - nervo vago (vindo de fora do esôfago). Última parte de reflexo, da deglutição -> termina com o relaxamento receptivo do estômago (músculo que tá atrás do bolo alimentar contrai e o que tá na frente relaxa). Onda peristáltica secundária com estímulo intrínseco -> bolo alimentar não conseguiu ser carregado pela primária. Toda vez que liberam ACH m.liso do sistema contrai. Se liberamos NO e VIP (peptídeo vasoativo intestinal) -> relaxamento. Estômago -> fundo e uma parte do corpo fica relaxada para receber, acomodar o alimento. Esfíncter esofágica superior e inferior -> contraída quando normais -> pressões altas. Esôfago fica fechado em condições normais -> pressão zero. Quando a onda peristáltica passa no esfíncter -> pressão cai, esfíncter abre e esôfago têm sua pressão aumentada. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 3 BERNE Deglutição A deglutição pode ser iniciada voluntariamente, mas em seguida fica quase totalmente sob o controle reflexo. O reflexo da deglutição é sequência rigidamente ordenada de eventos, que levam o alimento da boca para a faringe e de lá para o estômago. Esse reflexo também inibe a respiração e impede a entrada do alimento na traqueia durante a deglutição. A via aferente do reflexo da deglutição começa quando os receptores de estira- mento, mais notadamente os próximos à abertura da faringe, são estimulados. Impulsos sensoriais desses receptores são transmitidos para uma área no bulbo e na ponte inferior, chamada centro da deglutição. Os impulsos motores passam do centro da deglutição para a musculatura da faringe e do esôfago superior, via vários nervos cranianos e para o restante do esôfago por neurônios motores vagais. A fase voluntária da deglutição é iniciada quando a ponta da língua separa um bolo da massa de alimento na boca. Primeiro, a ponta da língua, depois as partes posteriores da língua pressionam contra o palato duro. A ação da língua move o bolo para cima e, então, para trás da boca. O bolo é forçado para a faringe, que estimula receptores de tato, que iniciam o reflexo da deglutição. A fase faríngea da deglutição envolve a seguinte sequência de eventos, que ocorrem em menos de 1 segundo: (1) o palato mole é puxado para cima e as dobras palatofaríngeas movimentam-se para dentro, uma em direção à outra; esses movimentos evitam o refluxo do alimento para a nasofaringe e abrem uma estreita passagem pela qual o alimento se move para a faringe; (2) as cordas vocais se aproximam e a laringe é movida para trás e para cima, contra a epiglote; essas ações evitam que o alimento entre na traqueia e ajuda a abrir o esfíncter esofágico superior (EES); (3) O EES se relaxa para receber o bolo alimentar; e (4) os músculos constritores superiores da faringe se contraem fortemente para forçar o bolo profundamente na faringe. É iniciada uma onda peristáltica com a contração dos músculos constritores superiores faríngeos, e a onda se move em direção ao esôfago. Essa onda força o bolo de comida através do EES relaxado. Durante o estágio faríngeo da deglutição, a respiração também é reflexamente inibida. Após o bolo alimentar passar pelo EES, uma ação reflexa faz com que o esfíncter se contraia. FASE ESOFÁGICA Primeiro, impulsionam o alimento da boca para o estômago. Segunda, os esfíncteres protegem as vias aéreas, durante a deglutição, e protegem o esôfago das secreções gás- tricas ácidas. Anatomia Funcional do Esôfago e Estruturas Associadas O esôfago, como o restante do trato GI, tem duas cama- das de músculo — circular e longitudinal —, mas o esôfago é um dos dois locais, no trato GI, onde ocorre músculo estriado, o outro local é o esfíncter anal externo. O EES e EEI são forma-dos pelo espessamento do músculo estriado ou liso circular, respectivamente. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 4 ANATOMIA DO ESÔFAGO E DISFAGIA Tubo, músculo membranoso que conduz alimento da faringe até o estômago e tem cerca de 25cm. Abaixo da cricóide a nível de C6. Dividido em 3 partes: cervical (cursa através do pescoço), torácico (porção mais longa, ocupa primeiro o mediastino superior, depois posterior), nível de T10 atravessa diafragma -> abdominal (porção Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 5 mais curta) terminando a nível de T11 terminando no estômago. Ele não é retilíneo no seu trajeto. Cerca de 2cm de diâmetro. Luz colabado se não tiver alimento passando. RELAÇÃO ANATÔMICA CERVICAL -> traquéia e tireóide (na frente), coluna, músculos do pescoço, carótida comum, nervo laríngeo recorrente e ducto torácico. Principalmente na parte lateral. Esfíncter esofagiano superior (EES) -> mais estreito, abaixo da cricóide Quando desce pro tórax/mediastino -> contato com todas as estruturas do mediastino TORÁCICA -> Superior: traquéia e coluna. Posterior: atrás e à direita da aorta, coração >> à frente e à esquerda da traquéia, brônquio E, pericárdio, coluna, musculatura, pleuras, vasculatura, ducto torácico. Desce entre a via aérea e a coluna. quando a aorta curva -> compressão do esôfago acima do brônquio fonte. EEI -> mais ou menos na transição em que o esôfago atravessa o diafragma, não ponto anatômico, é um ponto fisiológico, não músculo extra. Ponto de hipertonia muscular, onde o esôfago está mais fechado por que têm aumento do tônus muscular nessa área, não por causa do músculo extra. Esse tônus muscular coincide onde o esôfago Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 6 atravessa o diafragma -> trabalhar juntos como continência -> impedindo o refluxo gastroesofágico. Hérnia de hiato -> ponto de hipertonia sobe e não conseguem mais trabalhar juntos -> refluxo Epitélio do esôfago e epitélio do estômago -> linha visível macroscópicamente e têm que estar no local certo. Essa linha é chamada de linha Z. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 7 M. Constritor Inferior da Faríngeo -> músculo cricofaríngeo como uma porção -> EES é onde ocorre o divertículo de Zenker. Camada triangular - zona de fibras musculares espaças -> triângulo de Killian que é comparativamente mais fraco Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 8 Toda irrigação do esôfago vemdireta ou indiretamente da aorta. Ramos esofágicos da artéria tireóidea inferior que é ramo do tronco tireocervical, artéria subclávia. Lado direito mais longe da aorta -> passe primeiro pelo tronco braquiocefálico Esofago torácico é irrigado pelos ramos esofagicos e brônquicos da aorta torácica descendente. Esôfago abdominal -> relação com diafragma, estômago e com os vasos, principalmente a aorta e os vasos de drenagem. Irrigado pela aorta abdominal que têm vários ramos: parietais (músculos, ossos, tecido celular subcutâneo), viscerais. Logo abaixo do diafragma -> artéria frênica inferior (1o ramo parietal). Tronco celíaco (1o ramo visceral) que têm 3 ramos, sendo o menor deles a artéria gástrica esquerda (final do esôfago abdominal). Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 9 A maior parte do esôfago drena para a veia cava. Esôfago cervical -> ramos esofágicos das veia tireóidea inferiores que por sua vez drenam ou para a braquiocefálica ou diretamente para a subclávia. Esôfago torácico -> veia ázigo, hemiázigo e hemiázigo acessória que drenam e caem, são tributárias da cava. Esôfago abdominal -> veia frênica inferior (abaixo do diafragma) que também drena para a veia cava. Caiu na veia cava, caiu no coração D, pulmão, coração E, circulação sistêmica. V. Gástrica Esquerda -> drena o fim do esôfago abdominal, não drena para cava, para circulação sistêmica, drena para a veia porta-hepática que está indo para o fígado -> CIRCULAÇÃO PORTA. Anastomose portossistêmica Aumento de pressão no sistema porta -> se distribuir na veia gástrica esquerda -> veia podem ficar ingurgitadas, cheias de sangue -> varizes esofágicas. Todo sistema de alta pressão, procura uma válvula de escape -> foge pela gástrica esquerda, pega vênulas da frênica inferior e chega na cava. Podendo chegar na cabeça -> encefalopatia hepática por bypass. Por que o sangue que vem das tripas, têm que passar no fígado primeiro -> para que haja filtração. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 10 Tronco vagal anterior e posterior que faz a inervação PARA do esôfago. Inervação SIM -> nervo laríngeo cervical e recorrente. DISFAGIA - Sensação subjetiva de dificuldade ou anormalidade na deglutição. É um sintoma e não um sinal - dificuldade no início da deglutição >> entalo Disfagia, odinofagia (dor na garganta que piora ao deglutir) e bolus (bolo na garganta, psicossomática e que geralmente não está relacionado com o momento da deglutição) Disfagia 2 tipos: Orofaríngea: incoordenação dos fenômenos neuromusculares (mastigação e início da deglutição). De transferência/alta, engasgo, esôfago proximal, orofaríngea (m.estriada), início da deglutição, tosse, regurgitação nasal, aspiração. Distúrbios neuromusculares e obstruções Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 11 Esofágica: alteração na peristalse esofágica ou de relaxamento do EEI. M. Lisa, entalo, segundos após a deglutição, doenças intraluminais, extrínsecas, distúrbios de motilidade. Esôfago médio e esôfago distal. Já passou da boca e da orofaringe História - Anamnese Determinar se orofaríngea e esofageana Tipos de alimento (sócios, líquidos ou ambos) Progressão temporal Sintomas associados Disfagia Orofaríngea - divertículo de Zenker: protusão da mucosa na junção do músculo cricofaríngeo com o constritor inferior da faríngeo (triângulo de killian) Disfagia esofageana (baixa) anéis de Schatzki ou membrana saca rolha Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 12 Câncer de esôfago acalasia chagásica com megaesofago Causas intrínsecas e intraluminais - corpo estranho (súbita) - estenose esofágica (fibrose, complicações do refluxo gastroesofágico não tratado) - esofagites - anéis e membrana - câncer de esôfago Endoscopia, a parte branca no meio do caminho, na luz do esôfago -> membrana de mucosa que surge no contexto da anemia ferropriva. Causa extrínseca - anormalidades cardíacas e vasculares - aterosclerose grave - anormalidade em tireoide Distúrbios motores • Primários - Acalásia: EEI não abre -> hipertonia do EEI e aperistalse do esôfago distal. Têm como consequência o megaesofago. A principal causa no Br é a doença de chagas. - Espasmo esofagiano difuso (esôfago em saca rolhas) - dor retroesternal em aperto. Saca rolha. - Esôfago em quebra nozes (não onda peristaltica) Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 13 • Secundários - Doença de Chagas - Colagenoses - Amiloidose - Doenças endocrinológicas (DM,tireoidopatias) Plexo mioentérico do esôfago distal destruído -> distúrbio motor chamado acalasia Alimento que fica preso -> casca de tartaruga -> dilatando esôfago -> megaesofago saca rolha megaesofago EXTRA De forma bem simplificada, o esôfago é um tubo fibromuscular de 25 cm que se estende da faringe (ao nível de C6) até o estômago (ao nível de T11). Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 14 Junção faringoesofágica, localizada posteriormente à cartilagem cricoide e formada pela união entre a faringe e o esôfago. Cercada pelo esfíncter esofágica superior. Músculo cricofaríngeo. Junção gastroesofágica, localizada no ponto de encontro entre o esôfago e o estômago.Envolvida pelo esfíncter esofágico inferior, também conhecido como cárdia. Quando alimentos ou líquidos são transportados por ondas peristálticas e se aproximam dos esfíncteres, vias reflexas causam relaxamento temporário dos músculos, permitindo que o bolo passe. Em todos os outros momentos esses esfíncteres ficam completamente contraídos para impedir o refluxo de partículas de alimento ou ácido gástrico para os segmentos a montante no sistema digestório. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 15 FISIOLOGIA DO ESÔFAGO - pH esôfago: 6-7 -Peristalse 1ª: inicia na orofaringe + 1ª parte do esôfago -Peristalse 2ª: inicia no corpo esofáfico - Ondas peristálticas: 1ª onda: onda inibitória → RELAXAMENTO - Ajustar o bolo alimentar!- Neurotransmissor: óxido nítrico (onda nitrérgica) 2ª onda: onda excitatória → CONTRAÇÃO - Empurrar o bolo alimentar - Neurotransmissor: acetilcolina(onda colinérgica) - Atividade inibitória durante a deglutição: Single Swallow (SS) - deglutição única: após uma deglutição, uma onda nitrérgica relaxa o esôfago e em seguida uma onda colinérgica contrai, empurrando o alimento para baixo. Multiple Rapid Swallow (MRS): ao engolirmos repetida e rapidamente, com ondas de um intervalo menor que 4s, o esôfago fica totalmente inibido pois não dá tempo de liberar uma onda colinérgica (há inibição devido às ondas nitrérgicas seguidas) e só há atividade peristáltica no fim. Em seguida, vem uma onda colinérgica compensatória, com uma amplitude maior.
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