Historia da APAE

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INTRODUÇÃO
Neste relatório de caracterização é apresentada uma pesquisa detalhada da realidade da Federação Nacional das Apaes/ApaeBrasil, com endereço Sede/Local: SDS Ed. Venâncio IV – Cobertura CEP: 70393-90 – Brasília/DF.
Iniciamos com sua Identificação, Objetivo e âmbito institucional.
 Inclusa no rol das entidades sem fins lucrativos, e defendendo a bandeira das políticas públicas de Assistência Social, ela se destaca através das Apaes de todo Brasil, pela prestação de serviço de qualidade diariamente a 250.000 mil pessoas deficientes, na defesa de diretos já existentes, e na construção de novos direitos da pessoa com deficiência, prioritariamente a intelectual e múltipla.
Conhecer um pouco da história de luta e persistência dessa instituição, é comprovar que a política social é imprescindível numa associação beneficente e vital para uma grande parte da população. Sua aplicação é viável e podem serem efetivadas com qualidade, para todos quantos dela necessite, independente da unidade federativa que o beneficiário se encontre. É a presença das Apaes em todo território do Brasil, e seu alto nível de satisfação manifestada pela sociedade, foi o fator preponderante na sua escolha para esse relatório de caracterização.
1. - CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA INSTITUIÇÃO ESCOLHIDA.
0. Identificação da Instituição
 A Federação Nacional das Apaes/ApaeBrasil foi fundada no dia 13 de julho de 1963, na cidade de São Paulo. Hoje, tem sua sede em Brasília Distrito Federal. A Federação foi fundada para normatizar e disciplinar o Movimento de Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais nascida em 1954, no Rio de Janeiro. Essa organização social se caracteriza por ser uma organização cujo objetivo principal é promover a atenção integral à pessoa com deficiência, prioritariamente aquela com deficiência intelectual e múltipla. É uma associação civil, beneficente de assistência social, sem fins lucrativos e com duração indeterminada. Pela sua caracterização, vimos que é uma instituição idônea e que presta um serviço de qualidade a sociedade, no assessoramento, na defesa, na efetivação, na construção e garantia de direitos mantendo o foco no fortalecimento do movimento social da pessoa com deficiência. Atua ainda, na formação e capacitação de lideranças buscando a construção de novos direitos, para enfrentamento das desigualdades sociais visando o desenvolvimento da pessoa humana na promoção da cidadania. Hoje, tem sua sede em Brasília Distrito Federal, e é regulada por Estatuto e Regimento Interno e pela legislação civil em vigor. É um movimento forte que conta com o respeito e o apoio da sociedade na minimização dos problemas sociais.
0. – Estrutura Organizacional
A Apae Brasil se organiza através de Assembleia Geral, Diretoria executiva, Conselho de Administração, Conselho Fiscal, Conselho Consultivo, Autodefensoria e Equipe Técnica. Uma observação importante é que pra fazer parte desses conselhos e diretoria, seus membros deverão serem associados da Apae por no mínimo há dois anos. Os membros que tem funções nesses órgãos da organização não podem serem remunerados, sendo lhes vedada a distribuição de lucros, resultados, dividendos ou bonificações sobre qualquer forma de pretexto, conforme Estatuto da Federação Nacional das Apaes no Art. 42.
O exercício das funções de membros dos órgãos indicados no artigo 40 não pode ser remunerado por qualquer forma ou título, sendo vedada a distribuição de lucros, resultados, dividendos, bonificações, participações ou parcela do seu patrimônio sob nenhuma forma ou pretexto ou de quaisquer outras vantagens ou benefícios por qualquer forma a diretores, sócios, conselheiros, instituidores, benfeitores ou equivalentes. (Estatuto da Federação Nacional das Apaes, ART. 42)
Esta poderá ter como filiada, qualquer pessoa jurídica de natureza filantrópica, cujos objetivos sociais sejam análogos aos das Apaes. Dentre suas finalidades destacamos:
· promover, assegurar e defender o progresso, o prestígio, a credibilidade e a unidade orgânica e filosófico do movimento Apaeano;
· atuar na definição da política pública nacional de atendimento a pessoa com deficiência, orientando e assessorando as entidades filiadas;
articular junto aos poderes públicos e entidades privadas políticas que assegurem o pleno exercício dos direitos das pessoas com deficiência;
· articular, junto aos poderes públicos entidades privadas políticas que assegurem o pleno exercício dos direito da pessoa com deficiência;
· estimular e apoiar o desenvolvimento permanente das entidades filiadas exercendo sua representatividade junto aos órgão públicos e entidades privadas;
· orientar e assessorar as Federações das Apaes dos Estados e as Apaes em geral, para o aprimoramento e funcionamento, exigindo o permanente exercício de conduta ética de foram a preservar e aumentar o conceito do movimento apaeano;
· produzir, reunir e divulgar informações e experiências sobre assuntos referentes à pessoas com deficiência, incentivando a publicação de trabalhos e obras especializadas;
· compilar e divulgar as normas legais à pessoas com deficiência provocando a ação dos órgão competentes no sentido do cumprimento e aperfeiçoamento da legislação;
· promover, produzir, estimular, divulgar artigos, normas legais e regulamentares, estatísticas, estudos e pesquisas em relação à causa da pessoa com deficiência;
· propor programas de atenção à pessoa com deficiência intelectual e múltipla, estimulando as filiadas quanto à realização de ações de atendimento à pessoa com deficiência desde a prevenção até o envelhecimento saudável;
· prestar, através das filiadas, serviços ou realizar ações assistenciais de forma deles necessitar, sem qualquer discriminação;
· desenvolver política de autodefensores garantindo a participação efetiva em todos os eventos e níveis do movimento apaeano;
· promover e articular programas de prevenção, saúde, educação, assistência social, esporte, cultura, lazer e formação para o trabalho, visando a inclusão da pessoa com deficiência. 
Sua missão é promover e articular ações de defesa dos direitos das pessoas com deficiência, e representar o movimento perante os organismos nacionais e internacionais, para melhoria da qualidade dos serviços prestados pelas as Apaes. Essa rede se destaca pelo pioneirismo e está presente em mais de 2.200 municípios em todo território nacional. Vimos que a instituição tem uma estrutura muito organizada e abrangente, seus membros trabalham de fato pela causa da pessoa com deficiência, que é sua finalidade maior.
2- OBJETIVO INSTITUCIONAL
2.1- Natureza dos programas e projetos
Todos os programas e projetos são de natureza social. Haja vista que se trata de uma instituição sem fins lucrativos de natureza social e seu objetivo, é à atenção integral a pessoa com deficiência, e com fins de criar mecanismo para que essa pessoa independente de sua limitação, seja incluída no meio social sem nenhuma restrição ou preconceito.
2.2- Política Social
A Apae tem uma política voltada a prestação de serviço no âmbito social. Ela se articula junto a órgãos públicos de defesa de direitos, dirigidos ao público que faz uso da política de assistência social, nas áreas da educação, saúde, formação para o trabalho, esporte cultura, estudo e pesquisa, com as regulamentações da política nacional de Assistência Social, pela qual se caracteriza
2.3- Recursos Financeiros
Os recursos elencados para sua manutenção, advém de fundo próprio, de Mensalidades de entidades filiadas; Campanhas de arrecadação; Recursos doados pela iniciativa privada, e pessoas físicas. Tem como parceiros o Ministério da Cidadania na concessão do CEBAS-Certificado de Entidades de Assistência Social PRONAS - Programa Nacional de Apoio a Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência, PDDE - Programa Dinheiro Direto na Escola
3 – ÂMBITO INSTITUCIONAL
3.1 Caracterização da População
Os beneficiários dos serviços da rede Apaena são o público da assistência social, todos a quem dela necessite,preferencialmente as pessoas com deficiência intelectual e múltipla, independente de sexo, raça, cor, religião, orientação sexual. A faixa etária é variada já que atendimento prestado a crianças menor de um ano, e vai até a população considerada idosa, mais de 60 anos. Fazemos uma observação que atendimento a clientela idosa, acontece mais ainda de forma deficitária, por que as políticas públicas, não são suficientes para as variadas necessidades dos beneficiários da terceira idade, ainda mais, se têm algum tipo de deficiência. A Apae Brasil através das Apaes, os atendem mas de forma iniciante.
Observa-se, que as pessoas que utilizam seus serviços pertencem a grupos sociais diversos. Porém, a grande demanda pertence ao grupo com nível socioeconômico baixo, com renda familiar inferior a dois salários mínimos, suas rendas são oriundos de trabalhos autônomos e na grande maioria vêm dos programas Bolsa Família, BPC e do benefício do INSS. 
As famílias são compostas por quatro a cinco membros. O número de atendimentos prestados no ano de 2018 foram 23.694.703, nas áreas de prevenção, saúde, educação, assistência social e inclusão no mercado de trabalho. 
Sobre o processo de inclusão no Brasil sabemos que este, aconteceu de forma lenta, porém tem conquistado um espaço significativo, isto é resultado das instituições que foram criadas no país. O caminho percorrido na implementação da deste processo é permeado por constantes transformações, tanto de cunho político, como social.
A APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais é hoje a maior rede de atenção à pessoa com deficiência, sendo, portanto uma Instituição de grande importância na evolução deste processo de inclusão. A APAE é resultado da busca incessante de direitos já adquiridos, assim também como a busca da quebra de paradigmas, preconceitos e discriminação.
Através da historiografia constatamos que o Movimento Apaeano é constituído por pais, amigos, pessoas com deficiência, voluntários, profissionais e, de forma especial destaca-se as instituições parceiras - públicas e privadas - para a promoção e defesa dos direitos de cidadania da pessoa com deficiência e a sua inclusão social. Vale ressaltar novamente que a APAE se caracteriza por ser uma sociedade civil, filantrópica, de caráter cultural, assistencial e educacional com duração indeterminada.
	
3.2 – Processo decisório
O processo de gestão é democrático e participativo. Suas decisões são tomadas com base no Estatuto Social, porém todas as decisões são antes pensadas e discutidas pela diretoria executiva e conselhos de administração, e Conselho Fiscal. Por ser uma associação, o presidente tem suas prerrogativas, porém como já enfatizamos, ele não decide sozinho.
A Assembléia Geral, é o órgão soberano da Federação Nacional das Apaes. A diretoria executiva é composta presidente e vice presidente, primeiro e segundo diretor secretário, e primeiro e segundo diretor financeiro. Os conselhos delegam ao presidente as tarefas do bom funcionamento da instituição, inclusive é o presidente que gere a entidade e é quem responde por ela perante o Tribunal de Contas.
3.3 – Relação demanda/cobertura do atendimento
A Apae dentro do que se propôs ela oferece de forma gratuita aos seus beneficiários os serviços de saúde, educação e assistência social, todos com atendimentos especializados. Na saúde essa oferta vai desde a atenção primária a terceária; teste do pezinho, atendimento odontológico, fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, equoterapia, psicologia, consultas e acompanhamentos médicos. 
Na educação ele se operacionaliza nos estímulo das potencialidades latentes para o desenvolvimento de habilidades que favoreçam a manifestação de competências; atendimento educacional especializado de orientação inclusiva oferecido nas escolas especiais, cujas classes são regidas por docentes qualificados. Essa educação escolar especial é oferecida desde a educação infantil, abrangendo ainda as modalidades de educação profissional. Já na assistência, destacamos o apoio de que a família necessite para o enfrentamento das dificuldades cotidianas, e ainda, oferece a pessoa com deficiência a oportunidade de conquistar o máximo de autonomia e independência. Mas tendo como base o relatório de atividadespublicado, vê se que a quantidade de pessoas atendidas dentro do público alvo é grande, mas descobrimos que essa demanda vai além dos que já são atendidos pela rede das Apaes. Quando olhamos para o último censo do IBGE 2010, constatamos que a demanda é de 45,6 milhões de pessoas com deficiência intelectual, o que perfaz um total de 23,9 % da população. É nesta lacuna deixada pelo poder público na prestação de serviço para esta população, que a Federação Nacional das Apaes/ApaeBrasil se ergue para dar atenção e proteção na garantia de direitos. Hoje, essa associação está presente em todo território nacional por meio das Apaes. E não são poucos, os que usufruem dos seus serviços que são ofertados em formas de atendimentos gratuitos, realizados por todos os profissionais da equipe técnica das áreas de saúde, educação e assistência social. É através de suas ações interventivas que tem garantido a todos os sujeitos beneficiários, o desenvolvimento de suas potencialidades, para uma vida com maior independência e autonomia.
3.4 – Serviço Social na Instituição
A inserção do Serviço Social na instituição se deu desde sua criação ela representa a coluna dorsal de uma entidade beneficente. E sua presença pode ser vista através de sua atuação multiforme, e das quais destacamos algumas, como a criação das Coordenadorias Estaduais de Assistência Social de todos os Estados, dando publicidade ao diagnóstico das ofertas de política pública de assistência social realizado nas Apaes do Brasil, está inserido nos Conselho, na participação nas Conferências, nos Fóruns, nos Comitês e demais espaços democráticos da Rede da Federação. Ele está inserido como instrumento de implementação e reivindicações de ações sociais nas esferas de Governos Municipal, Estadual e Federal. Também se insere na instituição como elemento articulador junto aos Órgãos e Entidades de Assistência Social governamental e da sociedade civil, na busca da efetivação de direitos já estabelecidos, na construção de novos direitos dos beneficiários, e fortalecimento da Rede Apae Brasil.
3.5 – Cotidiano do exercício profissional
O fazer cotidiano da Assistência Social é muito dinâmico. Sua atuação é ampla e contribui como serviço e corroborador para os profissionais das demais áreas na prestação de serviço na esfera social. Suas ações são desenvolvidas através de visitas domiciliares, plantão social, reuniões, orientação e apoio as famílias dos beneficiários e a programas de cunho social e educativo para as pessoas com deficiência. Observamos que faz parte de sua prática profissional dentro da Federação, a participação de reuniões para discutir com o Ministério do Desenvolvimento Social, buscando possibilidades de financiamento de novos projetos em cooperação com as Apaes. E ainda, participa de audiências públicas na Câmara dos Deputados para definição do orçamento da Assistência Social.
3.6 – Relação profissional de trabalho com os demais atores institucionais.
O relacionamento profissional do Assistente Social com os demais profissionais é de interação e parceria. Percebe-se que o Assistente Social realiza seu trabalho de modo interdisciplinar, e através dos seus conhecimentos ele contribui com todas as áreas nas relações sociais de atendimento. 
Para uma prestação de serviço de qualidade a um público especial como os portadores de deficiência intelectual e múltipla, o engajamento de todos os profissionais independente da área só logra êxito se forem multidisciplinar e interdisiciplinar, porque os usuários dos serviços dependem desse tipo de atendimento particularizado dentro de sua necessidade, e é assim que cada profissional faz sua análise, mas trabalham para o mesmo resultado que é o alcance de um objetivo comum o bem estar da pessoa humana.Esse compromisso por parte de todos, é o distintivo de uma política de assistência social de qualidade e trazido a Federação por meio das Apaes o reconhecimento e a confiabilidade da sociedade.
3.7 – Dimensão Ético Política
Todo projeto social acontece em uma dimensão política. E como via de regra, o exercício profissional ao acontecer deve levar em conta essa política e as regras que a orientam. Quando falamos do Assistente Social independente do espaço social em que atua, sabe-se que ele não pode executar suas tarefas de modo aleatório, pois existem normas que o disciplina, que norteia essa prática e isso, corrobora para que esses projetos se ajustem ao interesse coletivo. E essa forma torna sua pratica ética.
Notamos que o realizar do profissional de Assistente Social está inter-relacionado com o projeto ético político da classe profissional. O campo da Assistência Social é vasto para o exercício profissional, oportunidades essas, de alinhar conhecimento e ações que ao serem articuladas e implementadas tenha em foco a política social para proporcionar ao beneficiário o bem estar que ele necessita
Vimos por meio dos relatórios e plano de ação da entidade que o exercício profissional dentro da assistência social, fora desempenhado com qualidade, equidade, como versa o código de ética. 
Então conclui-se, que o fazer profissional, estar intrinsicamente ligado ao projeto ético-político, e conduzido pelo saber teórico-metodológico possibilitou traçar metas e conquistar resultados positivos para instituição e consequentemente para os profissionais e beneficiários de direito abarcados pela política de assistência social.
E é nessa dimensão de respeito e compromisso profissional, que é possível uma prestação de serviço de qualidade, e assegurar direitos
CONCLUSÃO
A realização dessa primeira fase de estágio por meio da caracterização institucional, possibilitou em parte conhecer um campo de atuação do Assistente Social. Ao adentrar nesse campo de pesquisa nos foi possível conhecer instituição através desde sua fundação, sua história, personalidade jurídica, sua missão, finalidades, público alvo e sua importância no seio da sociedade.
O presente relatório foi instrumento de aprendizagem e de reflexão do que é ser Assistente Social, de sua prática e responsabilidade para com o outrem, que depende do atendimento desse profissional, para acessar ou não direitos que lhes são garantidos na lei. Compreende-se, que é essencial um profissional preparado com uma visão macro no conhecimento das leis de garantias de direito, civis, da lei que regulamenta o código de ética e das diretrizes curriculares da profissão, por que são elas, ferramentas de base para tomadas de decisões. Não podemos mensurar a importância de um profissional que sabe alinhar o projeto ético-político e prática profissional.
Ao concluir essa pesquisa institucional através de sua plataforma virtual, foi de suma importância e não diminui em nada no conhecimento de sua realidade e abrangência de seus serviços.
REFERENCIA
http://apaebrasil.org.br/ Acesso em 30.06.2020.
ESTATUTO DA FEDERAÇÃO NACIONAL DAS APAES.
GENEROSO, Claudiney. Ética profissional em serviço social. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A.2017.
https://www.ibge.gov.br/ Acesso em 30.06.2020.