Buscar

Doenças oftalmologicas do segmento posterior

Prévia do material em texto

DOENÇAS OFTALMOLÓGICAS
 DO SEGMENTO POSTERIOR
Úvea
altamente vascularizada,
 é porta de entrada 
de infecções sistêmicas
CLÍNICA
Uveíte posterior
(coroide)
redução da acuidade visual
se uveíte na fóvea
retinite
coroidite
vasculite
Uveíte 
intermediária clínica mista de anterior e posterior
Uveíte anterior
(corpo ciliar e íris)
aguda
hiperemia perilimbar, miose, precipitados ceráticos (humor aquoso com céls inflamatórias), 
flare (humor aquoso opaco), hipópio (acúmulo de céls na câmara anterior), 
sinéquias (aderência da íris à cápsula anterior do cristalino).
crônica
≥ 3 meses
Nódulos de íris, precipitados ceráticos, 
sinéquias, céls no humor aquoso ⇢ catarata, glaucoma
ETIOLOGIAS
Uveítes infecciosas
TOXOPLASMOSE
lesão na retina que pode estar
cicatrizada ou ulcerada
tto: sulfadiazina + pirimetamina / 
sulfametoxazol + trimetoprim p/ 28d
corticoide
TOXOCARÍASE
Granuloma de retina que causa perda
visual em crianças que brincam em
caixas de areia (gato)
DUSN = difuse unilateral subacute neuroretinitis
neurorretinite
subaguda unilateral
tto: tiabendazol
HIV
vírus
microhemorragias
relacionadas à ⇣CD4
CITOMEGALOVÍRUS
vírus
pcte imunossuprimdo
retina "queijo com goiabada"
áreas brancas de necrose e vermelhas de hemorragia
HERPES
vírus
ARN: acute retinal necrosis
em imunocompetente
PORN: progressive outer retinal necroseis
em imunodeprimido
CRIPTOCOCOSE
fungo
imunodeprimido que faz uso de droga IV
coroidite multifocal
tto: anfotericina, fluconazole, itraconazol
TUBERCULOSE
bactéria
uveíte granulomatosa
tto: RIP + etambutol
SÍFILIS
bactéria
uveíte anterior, retinite, coroidite, vasculite, neurorretinite
tto: penicilina G cristalina
DOENÇA DE LYME
bactéria
Neurorretinite = acometimento
do nervo e da retina
tto: corticoide + doxiciclina
DOENÇA DA ARRANHADURA DO GATO
bactéria (Bartonella)
neurorretinite
tto: doxiciclina
HANSENÍASE
forma lepromatosa
uveíte anterior (invasão da íris)
tto: rifampicina, dapsona, clofazimina, corticoide
Uveítes reumatológicas
(gene HLA)
ESPONDILOARTROPATIAS
Espondilite anquilosante
Sd. Reiter
Artrite psoriática
uveíte anterior
tto: corticoide + colírio midriático (relaxa m. Ciliar)
ARTRITE JUVENIL
uveíte anterior, bilateral, crônica
tto: corticoide tópico + imunossupressor + colírio midriático
DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS
colite ulcerativa, doença de Chron e de Whipple
uveíte anterior + esclerite
tto: corticoide + colírio midriático
SARCOIDOSE
dç granulomatosa
retinite, vasculite, coroidite, uveíte anterior
tto: corticoide + imunossupressor + colírio midriático 
DOENÇA DE BEHÇET
uveíte aguda anterior e recorrente + vasculite
tto: corticoide + imunossupressor + colírio midriático
RetinaDoenças vasculares
Retinopatia diabética
Causas: anos de diagnóstico (DM1), 
mau controle da glicemia, colesterol,
gestante, hipertenso, obeso, neuropatia
Proliferativa: acometimento capilar ⇢ oclusão ⇢ isquemia ⇢ libera fatores de crescimento = neovascularização
fundoscopia: neovasos
complicações: hemorragia, descolamento de retina e glaucoma neovascular
tto: controle da glicemia e PA,
fotocoagulação à laser
Não proliferativa
fundoscopia: microaneurismas,
microhemorragias, pontos amarelos e
brancos (exsudato algodonoso),
ensalsichamento venoso (ingurgitamento)
tto: controle da glicemia e PA
Retinopatia
hipertensiva crônica
fundoscopia: estreitamento e tortuosidade arteriolar, 
parede arterial pálida (artéria em fio de prata),
 hemorragias em chama de vela, exsudamos algodonoso,
cruzamento arterio-venoso patológico
Oclusão venosa da retina
Causas: aterosclerose, DM,
 glaucoma, hipercoagulabilidade sg
Fundoscopia
se oclusão da veia central = microhemorragias acompanhando a veia
se oclusão de ramo venoso = hemorragia regional
Clínica: perda súbita
da visão, sem dor
Tratamento:
fotocoagulação à laser
controlar comorbidades
Oclusão arterial da retina
Causas: tromboembolismo, 
colesterol, calcificações, 
arterite de céls gigantes, 
trombofilias
Clínica: perda súbita
da visão, sem dor
Fundoscopia
se oclusão da artéria central = retina pálida e mácula vermelha (mácula em cereja)
se oclusão de ramo arterial = isquemia regional (palidez)
Tratamento: não há,
apenas evitar eventos futuros 
tratando o fator causal
Doença macular adquirida
Causas: > 50a, história
familiar, fator de risco cardíaco,
drusas (depósito de material
amorfo na retina)
Clínica: escotoma central, 
perda da visão,
metamorfoseias 
(vê torto coisas retas)
Tratamento profilático: 
reposição de vitaminas C/E/ß caroteno/ Zn / Cobre
reposição de luteína
Tratamento da hemorragia: injeção intravítrea 
de fatores inibidores do crescimento neovascular
Nervo óptico
Glaucoma primário
restrição da drenagem do humor aquoso por alteração do ângulo 
da câmara anterior e da malha trabecular, ocasionando um 
acúmulo e consequente aumento da pressão intraocular (>20mmHg)
É bilateral e tem componente genético, tendo maior
 incidência acima dos 40 anos, pacientes negros,
 com DM ou HAS, miopia ou hipermetropia
De ângulo aberto
- fluxo da drenagem lenificado
Quadro clínico: reduzida acuidade visual e
defeito de campo visual nos casos mais avançados
(é a 2ª principal causa de cegueira)
Avaliação clínica
Tonometria (aumento da PIO)
Fundoscopia (aumento da escavação do N. óptico)
Gonioscopia (ângulo da câmara anterior anormal)
Avaliar segmento anterior e acuidade visual
Tratamento
- controle das comorbidades
- ß bloqueador: ⇣ PIO
- análogo de prostaglandina: ⇡ drenagem
- trabeculoplastia com laser de argônio: ⇡ drenagem
- trabeculectomia: ⇡ drenagem
De ângulo fechado
- fluxo obstruído
Neuropatias
isquêmicas anteriores
(NOIA) perda súbita da visão por isquemia
da cabeça do nervo óptico
Fundoscopia: edema de papila
Clínica: perda visual
Arterítica
NOIA - A
> 65a, perda ponderal, 
claudicação mandibular, 
dor no couro cabeludo, 
perda visual grave, 
VHS e PCR elevados
Conduta
- corticoide EV ou VO
- biópsia artéria temporal
Não arterítica
NOIA - NA
55-65a, 
perda visual moderada, 
sem sintomas sistêmicos,
 VHS e PCR normais
relacionado com hipoperfusão do 
nervo óptico pela artéria oftálmica
durante a noite (queda fisiológica da PA)
Conduta: controle dos fatores 
de risco cardiovasculares + AAS
Neurites ópticas
- mulher jovem
- associado com esclerose múltipla
- redução aguda da visão
- fundoscopia com edema difuso da papila
- RM de crânio com hipersinal do N. óptico
Neuropatias
ópticas infecciosas
Virais: adenovírus, citomegalovírus, herpes,
hepatite A, HIV, sarampo, rubéola, varicela
Bactérias: toxoplasmose, sífilis, dç Lyme,
dç da arranhadura do gato

Continue navegando