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A Importância do Diálogo Diário de Segurança

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Universidade Candido Mendes 
 
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
 
JOSÉ APARECIDO SOARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO DIÁLOGO DIÁRIO DE SEGURANÇA - 
DDS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Taboão da Serra 
2016 
 
 
 
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JOSÉ APARECIDO SOARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO DIÁLOGO DIÁRIO DE SEGURANÇA - 
DDS 
 
 
Monografia apresentada à Universidade 
Candido Mendes como exigência parcial à 
obtenção do título de Especialista em 
Engenharia de Segurança do Trabalho. 
 
Orientador: Professor Luiz Roberto Pires 
Domingues Junior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Taboão da Serra 
2016 
 
 
 
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JOSÉ APARECIDO SOARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO DIÁLOGO DIÁRIO DE SEGURANÇA - 
DDS 
 
 
Monografia apresentada à Universidade 
Candido Mendes como exigência parcial à 
obtenção do título de Especialista em 
Engenharia de Segurança do Trabalho. 
 
Orientador: Professor Luiz Roberto Pires 
Domingues Junior. 
 
 
Aprovado pelos membros da banca examinadora em 
___/___/___, com menção ___ (______________) 
 
Banca Examinadora 
 
_________________________________________________ 
_________________________________________________ 
 
Taboão da Serra 
2016 
 
 
 
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Dedico a presente pesquisa à minha 
esposa pela paciência e incentivo 
 em todos os momentos. 
 
 
 
 
 
iv 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço primeiramente a Deus por sempre estar ao meu lado me dando forças 
para seguir a minha caminhada. 
Agradeço á minha companheira, amiga, e esposa pela compreensão, pois muitas 
vezes me ausentava por motivos acadêmicos. 
Agradeço à equipe docente da Universidade Candido Mendes - UCAM, e todos os 
seus tutores que me auxiliaram sanando as minhas dúvidas para a realização deste 
trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A percepção do desconhecido é 
a mais fascinante das experiências. 
O homem que não tem os olhos abertos 
para o misterioso passará pela vida sem ver nada. 
 
Albert Einstein 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Resumo 
 
O presente trabalho foi realizado com o objetivo de encontrar os benefícios que a 
comunicação de relatos de acidentes, seus meios de proteção e a importância que 
pode trazer para os trabalhadores. A pesquisa buscou a opinião de empresas e 
profissionais a respeito da ferramenta DDS. Foi utilizada a pesquisa qualitativa em 
forma de estudo de caso onde se buscou responder ao problema de pesquisa sobre 
como os diálogos podem proteger e evitar que algum trabalhador que está em risco 
ou que está próximo a alguém que pode estar em risco de sofrer acidente. O Diálogo 
Diário de Segurança é uma reunião entre os trabalhadores onde é feita a 
conscientização, informação e compartilhamento de experiências de possíveis 
causas que poderiam levar algum colaborador a algum tipo de acidente. Foi exposto 
neste trabalho temas, locais de apresentação, métodos de apresentação das 
reuniões de DDS. 
 
 
Palavras-chave: Comunicação de acidentes; Conscientização; Compartilhamento de 
experiências. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
vii 
 
Abstract 
 
This work was carried out in order to find the benefits those reporting accidents 
reports, their means of protection and the importance it can bring to the workers. The 
survey sought the opinion of businesses and professionals about the DDS tool. It 
used qualitative research in the form of case study where we attempted to answer 
the problem of research on how the dialogue can protect and prevent any worker 
who is at risk or is close to someone who may be at risk of accident. The Daily Safety 
Dialogue is a meeting between workers which is made awareness, information and 
sharing of experiences possible causes that could take a contributor to some kind of 
accident. It was exposed in this work themes, presentation venues, presentation 
methods of DDS meetings. 
 
 
Keywords: Accident Reporting; Awareness; sharing experiences 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
viii 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................... 11 
2. OBJETIVOS........................................................................................................... 13 
2.1. OBJETIVO GERAL.............................................................................................. 13 
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................................... 13 
3. JUSTIFICATIVA..................................................................................................... 14 
4. REVISÃO DA LITERATURA.................................................................................. 15 
5. METODOLOGIA..................................................................................................... 17 
6. O ACIDENTE A PREVENÇÃO E AS CONSEQUÊNCIAS DE ACIDENTES DO 
TRABALHO................................................................................................................ 19 
6.1. O QUE É ACIDENTE DE TRABALHO?.............................................................. 19 
6.1.1. As Causas do Acidente.................................................................................... 20 
6.2. FORMAS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO.......................... 21 
6.3. CONSEQUÊNCIAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO.................................... 22 
7. O DIÁLOGO DIÁRIO DE SEGURANÇA................................................................ 24 
7.1 TEMAS PARA DDS............................................................................................. 30 
7.2 LOCAIS PARA REALIZAÇÃO DAS REUNIÕES................................................. 30 
7.3 QUESTIONAMENTOS PARA OS PARTICIPANTES.......................................... 31 
7.4 METODOS DE APRESENTAÇÃO...................................................................... 32 
8. NORMAS REGULAMENTADORAS...................................................................... 33 
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... 35 
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................... . 39 
11. ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ix 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1: Imagens de ato inseguro........................................................................ 20 
Figura 2: Imagens de condições inseguras........................................................... 21 
Figura 3. Performance de DDS..............................................................................29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
x 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1: Relação de DDS x Acidentes................................................................. 29 
Tabela 2: Empresas que fazem o DDS.................................................................. 36 
Tabela 3: Autores que defendem a implantação do DDS...................................... 37 
11 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O Diálogo Diário de Segurança é o nome dado a uma reunião realizada 
diariamente entre os trabalhadores e nas reuniões deve haver a comunicação de 
possíveis áreas ou equipamentos que podem colocar o trabalhador em risco de 
sofrer algum tipo de acidente. Em todas as atividades que envolvam trabalhadores, 
de qualquer segmento ou de qualquer ramo, há uma grande necessidade de se 
comunicar. Uma comunicação é eficiente quando se atinge os objetivos do conteúdo 
que na comunicação deve estar explícita para que todos os interessados fiquembem informados sobre o que se quer comunicar. 
A comunicação entre os trabalhadores sobre a forma que algum trabalhador 
se acidentou pode evitar que o acidente se repita com outro trabalhador. 
Esse estudo foi realizado para responder se através de avisos, alertas e dos 
desafios do dia a dia é possível evitar que os colaboradores mais próximos e os 
demais colaboradores sofram acidentes e também mostrar a importância do DDS no 
dia a dia do trabalhador que está correndo riscos e pode ser conscientizado sobre o 
que ele deve fazer se ele se vir em uma situação onde o coloque ou outro 
colaborador em risco. 
Neste estudo foram abordados os tipos de acidentes, suas causas, formas de 
prevenção e suas consequências para o trabalhador, para o empregador e para o 
país. 
Ao presenciar um colega fazendo um ato ou sendo colocado em um ato de 
risco, sem ter a intenção que isso aconteça, é claro, você deve pedir para que ele 
pare de fazer o que está fazendo e explicar o que pode acontecer caso ele continue, 
para que não ocorra um acidente, você estará apto a fazer isto porque você ouviu 
em um DDS que aquela situação já pode ter acontecido antes e houve um acidente. 
Assim como a conscientização e a comunicação sobre os ambientes ou os 
equipamentos com possíveis riscos de causar acidentes que em resumo será o DDS 
são poderosas ferramentas na prevenção de acidentes dos trabalhadores. E 
também outros objetivos deste trabalho é o de sugerir temas, locais, reflexões dos 
trabalhadores e a forma de apresentação dos DDS. 
O presente estudo é uma pesquisa que apresenta que se o DDS for bem 
aplicado poderá salvar a integridade e até mesmo a vida de trabalhadores de 
qualquer área de atuação. Entende se que se o trabalhador não se acidentar ele terá 
12 
 
uma vida mais feliz, sua família não será prejudicada, ele não se aposentará por não 
ser apto ao trabalho, não deixará de contribuir para a sociedade com sua força de 
trabalho e de forma econômica, não criará ônus para a previdência. 
Após a realização da pesquisa teórica qualitativa bibliográfica de publicações, 
de periódicos, de jornais e revistas de conteúdo do tema, impressos e documentos 
eletrônicos construiu se um sistema de categorias para a análise dos dados. Os 
dados obtidos da pesquisa segundo Ludke e André (2007, pag. 18) se "desenvolvem 
numa situação natural e é rico em dados descritivos, e tem um plano aberto e 
flexível e focaliza a realidade de forma complexa e contextualizada". 
Segundo Zocchio (1996, pag. 27), "as atribuições de segurança de cada 
membro da empresa nada mais são que o complemento de suas atribuições 
técnicas e administrativas normais. É pouco o que cada um tem a executar. Mas o 
pouco necessário feito por todos, será o bastante para o bom resultado final, isto é a 
prevenção de acidentes". 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
2. OBJETIVOS 
 
2.1. OBJETIVO GERAL 
 
Realizar um estudo sobre a importância do diálogo diário de segurança para 
conscientizar os colaboradores sobre os ambientes com possíveis riscos de sofrer 
acidentes. 
 
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
 Sugerir temas de DDS para o dia a dia; 
 Sugerir locais para realizar as reuniões; 
 Sugerir questionamentos para os participantes; 
 Exemplificar métodos de apresentação de DDS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
3. JUSTIFICATIVA 
 
A falta de organização e atenção pode colocar um colaborador em risco de 
acidente e através deste estudo os colaboradores podem trocar experiências, 
discutir sobre locais de riscos, sugerirem melhorias, indicar formas de não se 
acidentar, conscientizando-os que no ambiente de trabalho todos os colaboradores 
são fundamentais para que não aconteçam acidentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
4. REVISÃO DA LITERATURA 
 
O Diálogo Diário de Segurança (DDS) é uma ferramenta que surgiu na 
década de 90 para prevenir acidentes nos locais de trabalho e devem ser realizados 
todos os dias antes do inicio das atividades da equipe no próprio local de trabalho 
por uma duração de cinco a dez minutos, o diálogo visa a comunicação a 
conscientização e a informação para os colaboradores sobre possíveis riscos de 
acidentes. 
Segundo Vianna (1997, p.519), 
Observar e relatar condições de riscos nos ambientes de trabalho e 
solicitar medidas para reduzir até eliminar os riscos existentes e/ou 
neutralizar os mesmos, discutir os acidentes ocorridos, 
encaminhando aos Serviços Especializados em Engenharia de 
Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) e ao empregador o 
resultado da discussão solicitando medidas que previnam acidentes 
semelhantes e, ainda, orientar os demais trabalhadores quanto à 
prevenção de acidentes. 
 
Nas reuniões são feitos comentários sobre os possíveis riscos, mas, isso não 
quer dizer que serão feitas mudanças de Layout na empresa ou compra de 
equipamentos ou modificações de materiais utilizados, o diálogo é uma poderosa 
forma de conscientização. 
Segundo o especialista Arnaldo Cambraia e Maria Cristina Barros (2013) a 
conscientização é a forma mais eficaz de combate a acidente de trabalho, porém 
para ter sucesso deve estar comprometido e ter paciência, pois não é fácil mudar 
hábitos, então sempre vai ser uma tarefa árdua que precisa de tempo e dedicação 
além de uma boa persuasão. 
O engenheiro ambiental Arnaldo Cambraia ressalta que é preciso 
que empresas desenvolvam ações educativas. “O Treinamento Diário 
de Trabalho (TDT) é muito importante. É uma espécie de 
minitreinamento que alerta o trabalhador a respeito dos 
procedimentos corretos de segurança, com eletricidade e altura, por 
exemplo.” (RBA REDE BRASIL ATUAL, 2013). 
Para a Maria Cristina de Barros, procuradora federal “Precisamos 
unir a sociedade para a conscientização. Não é apenas a falta de 
equipamentos que causa acidentes, mas sim a falta de consciência 
de que este acidente pode ser causado a partir do momento em que 
o trabalhador manipula um equipamento perigoso”. (RBA REDE 
BRASIL ATUAL, 2013). 
 
16 
 
Nota se que nas reuniões os temas podem se tornar um tanto quanto 
repetitivos, mas, é a repetição que tornará o colaborador melhor treinado para 
enfrentar os desafios da jornada diária de trabalho. 
Segundo Dias Campos (Apud Zocchio, 2000, p. 26), 
A educação visando a prevenção de acidentes deve buscar a 
formação de consciência prevencionista, reforçando a tônica, através 
de repetições e palestras, usando de recursos audiovisuais e, 
particularmente, fazendo a fiscalização ambiental para garantir a 
continuidade das práticas prevencionistas adotadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
5. METODOLOGIA 
 
A metodologia que foi utilizada para este trabalho foi a pesquisa qualitativa 
(LUDKE, ANDRÉ, 1986), porque o pesquisador qualitativo pauta seus estudos na 
interpretação do mundo real, preocupando-se na tarefa de pesquisar sobre a 
experiência vivida dos seres humanos. 
A pesquisa teórica qualitativa não busca a enumeração ou medição dos 
eventos que envolvem os sujeitos do estudo da problemática e nem utiliza 
instrumentos estatísticos na análise dos dados encontrados. A pesquisa teórica 
qualitativa parte pelo principio da obtenção de dados descritivos sobre as pessoas, 
lugares e processos interativos dos sujeitos com a problemática estudada e procura 
compreender os fenômenos que envolvem o cotidiano dos participantes e oferece 
três diferentes possibilidades de realização que é a pesquisa documental, o estudo 
de caso e a etnografia. 
Segundo Ludke e André (2007), 
A pesquisa teórica qualitativa tem o ambiente natural como fonte 
direta dos dados e o pesquisador como principal instrumento. Os 
dados coletados são predominantemente descritivos, o significado 
que as pessoas dão as coisas e à sua vida são focos de atenção 
especial pelo pesquisador.A análise dos dados tende a seguir um 
processo indutivo. 
 
De acordo com Moreira e Caleffe (2008), 
A pesquisa qualitativa explora as características dos indivíduos e 
cenários que não podem ser facilmente descritos numericamente. 
 
A abordagem teórica qualitativa é uma pesquisa que proporciona a 
possibilidade do observador de vislumbrar o seu objeto de pesquisa pela opinião do 
grupo que está sendo pesquisado. 
Segundo Marli (1983 apud TIKUNOFF, WARD, 1980), 
Os métodos utilizados na pesquisa qualitativa contribuem para uma 
coleta de dados ampla e permite apreender o caráter complexo e 
multidimensional dos fenômenos em sua manifestação natural. 
 
O embasamento teórico para esta afirmação segundo Ludke e André (2007, 
p. 18), 
O estudo qualitativo se desenvolve numa situação natural, é rico em 
dados descritivos, tem um plano aberto e flexível e focaliza a 
realidade de forma complexa e contextualizada. 
 
18 
 
A abordagem qualitativa pode ser evidenciada por meio de seus diferentes 
subtipos de pesquisa e uma de suas formas será viável em função da natureza do 
problema que se quer estudar. 
O instrumento de coleta de dados consistiu em obter informações através de 
fontes distintas, tais como as publicações de periódicos, que são jornais e revistas 
de conteúdo do tema, documentos eletrônicos e impressos diversos da área de 
Segurança e Saúde do trabalhador. 
E em seguida, como instrumento de análise de dados, foi construído um 
sistema de categorias para avaliação da problemática do estudo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
6. O ACIDENTE A PREVENÇÃO E AS CONSEQUÊNCIAS DE ACIDENTES DO 
TRABALHO. 
 
6.1. O QUE É ACIDENTE DE TRABALHO? 
 
Conforme dispõe o art. 19 da lei nº 8.213/91, "acidente de trabalho é aquele 
que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do 
trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, provocando lesão 
corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, 
permanente ou temporária da capacidade para o trabalho". 
 
Os acidentes de trabalho podem ser classificados em três tipos: 
 Acidente Típico é o que ocorre na execução do trabalho; 
 Acidente de Trajeto é o que ocorre no percurso da residência para o 
trabalho ou vice - versa; 
 Doença Ocupacional, a doença ocupacional pode ser entendida como: 
 
Conforme o art. 20 da lei 8.213/91, "considera-se como acidente de trabalho, 
nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas: 
I º Doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo 
exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva 
relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, 
II º Doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em 
função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione 
diretamente, constante da relação mencionada no inciso I, e do: 
§2º Em caso excepcional, constatando se que a doença não incluída na 
relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em 
que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social 
deve considera-la acidente do trabalho. 
Alguns acidentes, que não são de trajeto, típico ou doença ocupacional 
também podem ser equiparados como acidente do trabalho e são os seguintes 
casos: 
 O acidente que acontece quando o trabalhador está prestando serviços 
por ordem da empresa fora do local de trabalho; 
20 
 
 O acidente que acontece quando o trabalhador estiver em viagem a 
serviço da empresa; 
 
6.1.1. As Causas do Acidente. 
 
De acordo com a NBR 14280 (Cadastro de Acidentes do Trabalho - 
Procedimentos e Classificação - ABNT), os acidentes de trabalho são classificados 
como ato inseguro ou condição insegura: 
 O ato inseguro é todo o ato consciente ou não capaz de provocar 
algum dano ao trabalhador, aos seus companheiros ou maquinas, 
materiais ou equipamentos estando diretamente relacionado à falha 
humana. 
Os atos e as condições inseguras são os fatores que juntos ou não levam a 
ocasionar acidentes, sendo então as causas diretas dos acidentes, que não surgem 
por acaso, mas que são oriundas de condições inseguras nos ambientes de 
trabalho. As causas indiretas dos acidentes são os fatores pessoais e os fatores 
materiais (ZOCCHIO, 1996, p. 95; 105) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 - Imagens de ato inseguro. 
Fonte: http://espacotecnicosegurancadotrabalho.blogspot.com.br/2011/05/atos-inseguros.html - 
acesso em 12/06/2016 
 
 As condições inseguras são aquelas que estão presentes no ambiente 
de trabalho que colocam em risco a integridade física e/ou mental do 
trabalhador. 
 
 
21 
 
De acordo com Zocchio (2002), condições inseguras nos locais de trabalho 
são falhas, defeitos, irregularidades técnicas, carência de dispositivo de segurança, 
desorganização que comprometem a segurança do trabalhador. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 - Imagens de condições inseguras. 
Fonte: https://www.sinait.org.br/site/noticiaView/10061 e 
FIGUEIREDO JÚNIOR, José Vieira. Segurança do Trabalho. Instituto Federal de Educação, Ciência e 
Tecnologia do Rio Grande do Norte. Anatomia de um Acidente. 
 
 
6.2. FORMAS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO. 
 
Segundo Almeida e Binder (2000), após a ocorrência de cada acidente e são 
realizados investigações completas e muitos fatores devem ser identificados, 
recolhidos e analisados. O responsável pela investigação de acidentes irá ao local 
do acidente, observará as condições ambientais de insegurança realizando uma 
análise preliminar dos riscos, devendo efetuar o registro fotográfico da cena do 
acidente, identificando as possíveis causas, realizando anotações, entrevistando os 
envolvidos e as testemunhas do acidente. As evidências são tudo aquilo que é real, 
fundamentado e pode esclarecer os fatos. As provas físicas podem ser registradas, 
anotadas, fotografadas, medidas e analisadas, confirmando a causa do acidente. 
Existem três formas universais de prevenção dos acidentes de trabalho e são 
oriundas de investigações de acidentes de trabalho. 
 Engenharia: esta supõe uma inspeção e revisão cuidadosa das 
condições inseguras. Ademais, implica uma revisão dos processos e 
operações que contribuem ao melhoramento da produção. Nesse aspecto 
é interessante notar a importância que tem as sugestões do pessoal mais 
experiente; 
22 
 
 Medidas disciplinares: constituem um último recurso e não são bem 
aceitas. O problema não consiste em achar um culpado, senão modificar 
os atos inseguros e atitudes inseguras do pessoal por meio do 
treinamento e propaganda para evitar acidentes. Em outras palavras, é 
fundamental criar a mentalidade de segurança entre o pessoal. 
 Treinamento e educação: isto implica o conhecimento das regras de 
segurança, análise de função, o treinamento e desempenho da função, 
instruções sobre primeiros socorros e prevenção de incêndios, 
conferência aos supervisores, a educação profissional, a propaganda por 
meio de cartazes, sinais e avisos e quadros de segurança, concursos e 
campanhas organizadas, publicações, etc. 
Segundo Zocchio (1971, pag. 20), 
Os acidentes de trabalho tem sido e continuam sendo objeto de 
muitos estudos e pesquisas, que visam ao desenvolvimento e 
aplicação de medidas para sua prevenção. 
 
6.3. CONSEQUÊNCIAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO. 
 
Depois de ocorrido um acidente suas consequências deixam milhares de 
incapacitados permanentes, causa grandes problemas de ordem social e acarreta 
prejuízos de milhões de reais às empresas e ao país. 
O empregado acidentado sofre as consequências do ferimento, a 
incapacidade para o trabalho, passa por dificuldades financeiras, problemas de 
ordem psicológica, depressão, angustia. 
A empresa por sua vez precisa treinar outro funcionário, fica comas despesas 
com transporte do acidentado, o acidente causa prejuízos financeiros e econômicos 
para a empresa, a empresa precisa trocar funcionários de setor, a empresa tem 
perda e atraso de produção, a maquina quebra, precisa ficar parada para vistoria, há 
o custo com funcionários, custo com atendimento médico, custo com advogados e 
assistentes técnicos em reclamações judiciais, custos com a investigação do 
acidente, entre outros. 
O país por causa dos acidentes também tem sua carga de ônus, há o 
aumento dos custos do INSS, aumento do numero de benefícios concedidos pelo 
INSS, aumento do numero de pessoas nos hospitais Pronto Socorros, aumento dos 
23 
 
índices de Acidentes do Trabalho, má reputação para o país, aumento de casos de 
reclamações judiciais, gerando mais gastos para o serviço público, aumento da taxa 
de cobrança do valor do INSS descontados dos Trabalhadores, entre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
7. O DIÁLOGO DIÁRIO DE SEGURANÇA. 
 
O diálogo diário de segurança é uma ferramenta que é utilizada para 
comunicar, informar, relatar, discutir e conscientizar o trabalhador em seu ambiente 
de trabalho aos riscos inerentes às suas atividades. 
Os relatos de muitos dos autores citados neste trabalho, são referentes ao 
termo DDS, e são todos unidos no mesmo conceito que a conscientização e a 
informação são ferramentas poderosas na prevenção de acidentes. 
Segundo Mendes (2011), o DDS é uma das ferramentas de Segurança do 
trabalho mais usada nas empresas. 
O DDS é uma ferramenta já bastante antiga e que já foi chamada de minuto 
da segurança, mas que continua muito atual. Na década de 90 o DDS surgiu como 
uma ferramenta poderosa na prevenção de acidentes e até hoje o seu formato não 
mudou. O que mudou foi a amplitude de sua aplicação o que acabou por gerar 
novas siglas, tais como: DDHS – Diálogo Diário de Higiene e Segurança; DDHSMA – 
Diálogo Diário de Higiene Segurança e Meio Ambiente; DHSMQ – Diálogo Diário de 
Higiene, Segurança, Meio Ambiente e Qualidade, etc. 
Como podemos ver, a diversidade de assuntos passou de, apenas Segurança 
do Trabalho, para: Segurança do Trabalho, Saúde, Meio Ambiente e Qualidade. Isso 
se deve ao fato de que as empresas vislumbraram nessa ferramenta a oportunidade 
de fazer com que os colaboradores passassem a discutir em seu dia a dia os 
assuntos que envolvem o interesse de todos. 
O diálogo de segurança foi utilizado na década de 70 e o autor Álvaro Zocchio 
a chamava de conversação de segurança. Segundo Zocchio (1971, pag. 29), 
Assume relevante importância os contatos dos agentes de mestria, 
com os subordinados, que devem ser instruídos e corrigidos na 
prática da prevenção de acidentes. 
 
A comunicação desempenha uma alavanca poderosa no processo de 
mudança comportamental das organizações e dos indivíduos que as integra. O 
sucesso de um programa de prevenção de acidentes está pautado na qualidade e 
na importância do que é comunicado entre as equipes. 
Uma boa comunicação com informações relevantes é fundamental para 
prevenir doenças e acidentes relacionados às atividades de uma empresa. Para 
empresas de construção civil, onde boa parte dos trabalhadores desenvolvem 
25 
 
atividades fisicamente intensas e atuam em locais propensos a acidentes, como os 
canteiros de obras, a atenção ao tema segurança do trabalho precisa ser repetida 
exaustivamente. 
Segundo Maria Cristina de Barros, procuradora federal junto ao Fundacentro, 
ligado ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), entidade parceira na promoção 
das atividades, as ações visaram a mobilizar empresas, sindicatos e trabalhadores 
para diminuir os acidentes de trabalho no país. 
“Precisamos unir a sociedade para a conscientização. Não é apenas 
a falta de equipamentos que causa acidentes, mas sim a falta de 
consciência de que este acidente pode ser causado a partir do 
momento em que o trabalhador manipula um equipamento perigoso”, 
(Rádio Brasil Atual). 
 
O engenheiro ambiental Arnaldo Cambraia ressalta que é preciso que 
empresas desenvolvam ações educativas. 
“O Treinamento Diário de Trabalho (TDT) é muito importante. É uma 
espécie de minitreinamento que alerta o trabalhador a respeito dos 
procedimentos corretos de segurança, com eletricidade e altura, por 
exemplo.” 
 
Segundo Zocchio (1971, pag. 29), 
"Em algumas empresas, esses contatos, geralmente conhecidos 
como conversação ou diálogo de segurança, são compulsórios. Os 
supervisores são obrigados a conversar pelo menos uma vez, em 
cada período determinado, com todos os subordinados, 
individualmente, sobre segurança do trabalho. Os assuntos 
discutidos são registrados em formulário especialmente impresso, 
onde constam, também, o nome do subordinado e a data em que 
participou do dialogo. O formulário é documento que comprova e 
registra as instruções recebidas pelos trabalhadores". 
 
Segundo Nestor Waldhelm Neto (2013), 
"A segurança do trabalho só flui na empresa através de 
conscientização. É necessário que a empresa adote uma linguagem 
clara no tocante aos riscos e as medidas que deverão ser adotadas". 
 
O conceito do Diálogo Diário de segurança alcança outros seguimentos e 
também traz experiência de que a ferramenta pode ajudar na prevenção de 
acidentes. 
A Associação Brasileira de Transportes de Produtos Perigosos (ABTLP) apoia 
o programa "Olho vivo na estrada", instituído pela ABIQIM (Associação Brasileira da 
Indústria Química), que tem como objetivo prevenir atitudes inseguras no transporte 
26 
 
de produtos perigosos por meio da conscientização dos motoristas. A associação 
realiza também Diálogos Diários de Segurança (DDS), que abordam diferentes 
temas nos pontos de partida e de passagem dos motoristas para sedimentar o 
conceito de segurança (PROTEÇÃO, 2011). 
 
A Vulcabras/Azaleia, maior fabricante de artigo esportivo da América Latina e 
maior empregadora do setor no continente com 40 mil empregados, comemora a 
importante marca de acidente zero em sua maior unidade, em Itapetinga, no 
sudoeste da Bahia. Para chegar nesta meta a empresa investiu cerca de R$ 20 
milhões na área de segurança no trabalho, saúde e meio ambiente com a 
implantação de um novo modelo de gestão de SMS - Segurança, Meio Ambiente e 
Saúde. Os índices alcançados nos anos de 2010 e 2011 estão bem abaixo dos 
índices de acidentes de trabalho do setor calçadista do estado da Bahia, que é de 
12,39 acidentes por cada 1.000 funcionários, e para o segmento calçadista 
brasileiro, que é de 7,24 (INSS/2009) no mesmo índice, conforme último dado 
disponível. 
Foram investidos R$ 8 milhões em equipamentos de proteção individual e 
coletiva, entre 2008 e 2011. Além disso, a capacitação dos funcionários foi 
intensificada. Em 2010 foram 889 treinamentos operacionais; e este ano já são 903 
treinamentos, totalizando nos últimos 18 meses 1.684.640 horas de treinamento 
operacional, somando 386.833 frequências de colaboradores. Em paralelo, a 
empresa realiza treinamentos de segurança e Diálogos Diários de Segurança, 
Saúde e Meio Ambiente (DDSSMA), onde nos anos de 2010 e 2011 foram 13.000 
treinamentos, com 367.105 horas/homem de treinamentos (PROTEÇÃO, 2011). 
 
O Projeto Minas-Rio, um dos maiores empreendimentos da Anglo American, 
em fase de implantação nos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, completou a 
marca de 33 milhões de homens-hora trabalhadas sem incidentes com afastamento, 
o equivalente a mais de um ano de execução de obras e trabalhos de pré-operação 
sem qualquer tipo de fatalidade ou lesão ocupacional com perda de tempo. Dentre 
os principais programas adotados nas frentes de trabalho da Minas-Rio, estão a 
gestão de riscos em 4 (quatro) camadas, ferramenta desenvolvida pela própria Anglo 
American, para controle dos ambientes de trabalho, a prática da segurança 
comportamental, por meio de verificações diárias realizadaspelos empregados, o 
27 
 
uso de padrões e guias de excelência em segurança, incluindo treinamento contínuo 
em regras de ouro e protocolos de prevenção de incidentes, o aprendizado através 
da investigação profunda de desvios e do compartilhamento de informações obtidas, 
além de um amplo programa de comunicação "face a face", incluindo campanhas 
temáticas e os Diálogos Diários de Segurança (DDS), prática na qual as lideranças 
se reúnem, diariamente para discutir com suas respectivas equipes os 
procedimentos internos, normas, e como atuar de forma segura e responsável 
(PROTEÇÃO, 2012). 
 
A Prefeitura de Araxá iniciou, na segunda-feira (3/02/2014), a implantação da 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) dentro os setores públicos. A 
medida é uma das ações solicitadas pelo Sindicato dos Servidores Públicos 
Municipais de Araxá e Região (SINPLALTO) no Termo de Ajuste de Conduta (TAC), 
proposto pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em 2013 e que ainda aguarda a 
assinatura da Prefeitura de Araxá para ser cumprido na integra. Além da implantação 
do CIPA, o TAC proposto pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) também torna 
obrigatória a implantação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), 
o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e Diálogo Diário 
de Segurança (DDS), dentre outros instrumentos que visa o cumprimento da 
legislação vigente (PROTEÇÃO, 2014). 
 
Os esforços para preservar a segurança operacional e dos empregados têm 
rendido bons resultados para a Kinross. A empresa registrou no início do mês de 
agosto um marco histórico: 6 milhões de horas/homem de trabalho (HHT) sem 
acidentes com perda de tempo (CPT). O número representa cerca de 395 dias 
trabalhados por mais de 3.200 trabalhadores da mina do Morro do Ouro, em 
Paracatu, no Noroeste de Minas Gerais. O recorde é reflexo de fortes ações 
preventivas que passaram a ser rotina das equipes em todas as áreas da Kinross. 
Entre as ações destacam-se as inspeções gerenciais e de equipamentos que é uma 
importante ferramenta de análise e controle de riscos, os Diálogos Diários de 
Segurança (DDS) antes do início de cada jornada de trabalho e os Diálogos 
Comportamentais pela Liderança (PROTEÇÃO, 2015). 
 
 
28 
 
Segundo Cruz (1988), a melhora da comunicação nas empresas de 
construção civil depende da algumas medidas a serem estabelecidas para 
assegurar que informações relevantes sobre SST sejam comunicadas a todas as 
pessoas que delas necessitem. Para tanto, deve se: 
 Determinar as necessidades de informação; 
 Assegurar o atendimento destas necessidades através de informações 
compreensíveis para quem irá recebê-las; 
 Assegurar que as informações fluam em todos os sentidos da 
empresa; 
 Incluir informações sobre SST sempre que possível na transmissão de 
tarefas; 
 Assegurar que as lições sobre acidentes e quase acidentes foram 
compreendidas e assimiladas para evitar novas ocorrências; 
 Estimular a realimentação e sugestões dos funcionários sobre 
questões de SST. 
Algumas tarefas são executadas de forma que pode colocar o trabalhador em 
risco de sofrer acidente por falta de conhecimento e por falta de informação de como 
executar a tarefa da forma correta. O conhecimento que pode ser adquirido em um 
DDS fomenta o aprendizado do funcionário fazendo que ele se torne uma pessoa 
consciente, responsável, cumpridor das normas da empresa e também faça a 
diferença na sociedade. 
Um exemplo de sucesso do uso dessa ferramenta, no estado de Minas Gerais 
empresas do segmento sucroalcooleiro investiu em DDS e teve grandes resultados 
na redução de acidentes. 
Araujo (2014) relata na revista Especialize On-line IPOG de Goiânia, 9ª 
Edição de julho de 2015: 
Em 2014 a unidade industrial chegou a completar 326 dias sem 
acidentes, sendo o seu recorde 559 dias, resultado este positivo 
perante as empresas do setor sucroalcooleiro, e assim nos ajuda a 
comprovarmos a importância do DDS para o segmento. O DDS esta 
em funcionamento desde a fundação da empresa, porém em 2014 
começou a ser monitorado, realizando acompanhamento de 
performance por líder, na busca de melhoria qualitativa e 
quantitativa. Exatamente no mês de Janeiro em diante iniciou-se o 
29 
 
monitoramento dos DDS realizados por líder de cada área, sendo os 
resultados apresentados mensalmente na reunião semanal do time 
de gerentes e diretoria para análise, tomados de decisões e 
estratégias. A medida que o monitoramento foi evoluindo, os 
resultados de segurança começaram a ter evidências perceptíveis e 
o índice de acidentes vem caindo sensivelmente desde o início da 
safra 2014. Os números de DDS realizados por mês aumentaram 
significativamente, conforme demonstrado na figura 3, o que vem 
impactando nos resultados de redução de acidentes obtidos. No mês 
de Julho 2014, por exemplo, não foi registrado nenhum acidente na 
empresa, reflexo do empenho que vem sendo dedicado ao programa 
de DDS. Na tabela 1 é possível ver claramente a correlação do 
volume de DDS realizado por mês e a redução dos acidentes. 
 
Figura 3 - Performance de DDS no período de Janeiro 2013 à Julho 2014. 
Fonte: http:// www.ipog.edu.br/revista-especialize-online - acesso em 19/06/2016 
 
Tabela 1 - Relação de DDS x Acidentes. 
Fonte: http:// www.ipog.edu.br/revista-especialize- acesso em 19/06/2016 
 
A empresa em estudo já se tornou referência na área e tem 
alcançado resultados positivos no dia a dia. Em 2014 a unidade 
industrial chegou a completar 326 dias sem acidentes, sendo o seu 
recorde 559 dias, resultado este positivo perante as empresas do 
setor sucroalcooleiro, e assim nos ajuda a comprovarmos a 
importância do DDS para o segmento. 
 
30 
 
7.1 TEMAS PARA DDS 
 
A empresa precisa divulgar de forma clara os riscos a que estão expostos os 
funcionários da empresa. O trabalhador pode se acidentar em uma fração de 
segundo por não conhecer ou não ter o relato do perigo que está no ambiente de 
trabalho. 
Portanto os temas são determinados para cada tipo de seguimento 
empresarial, os assuntos são infindáveis, mas devem representar parte do processo 
produtivo. Porém, no decorrer da jornada, outros temas poderão ser desenvolvidos 
de modo a atender todas as questões que envolvem o dia a dia dos trabalhadores. 
Se a empresa é uma empresa de construção civil, o DDS deve ter como 
temas a poeira, o trabalho em altura, o perigo de dormir no canteiro de obras, as 
doenças causadas pelo cimento, as sinalizações de segurança, a melhor utilização 
de EPIs, etc. 
Se for uma indústria química o trabalhador corre o risco de sofrer um acidente 
com produtos químicos, então os principais temas devem ser de cuidados ao 
manusear algum produto, utilização de luvas, utilização de óculos de proteção, 
aventais impermeáveis, verificação de vazamentos em tanques, a medição de 
ambientes saturados, etc. 
Portanto os temas devem ser condizentes com os riscos a que os 
trabalhadores estão expostos em suas respectivas áreas de trabalho e também os 
riscos referentes aos erros operacionais que são aqueles decorrentes da atividade 
normal do trabalhador que levam a uma situação de perigo e pode se citar a retirada 
das proteções de segurança das máquinas e ferramentas para manutenção,e as 
falhas na recolocação das mesmas, uso de ferramentas defeituosas na execução da 
tarefa, pisos ou aberturas de tetos desprotegidos, presença de gases, vapores 
líquidos, emanações ou pós-tóxicos, decorrentes do processo de trabalho, 
exposições a ruídos e vibrações resultantes do processo produtivo. 
 
7.2 LOCAIS PARA REALIZAÇÃO DAS REUNIÕES 
 
Segundo Franco (2014), 
"Diálogo Diário de Segurança é uma prática que deve ser valorizada 
no local de trabalho. O comportamento humano pode ser moldado 
31 
 
para que a atitude de segurança floresça em cada indivíduo. Essa 
conversa diária com os colaboradores indica o caminho certo para 
que essa crença sedissemine nos ambientes fabris". 
 
Reuniões fazem parte de todo tipo de empresa e elas não deixarão de existir, 
então é necessário que sejam realizadas de uma forma dinâmica e eficaz e para 
isso é recomendado que as DDSs fossem realizadas próximas do local de trabalho. 
Ao realizar as reuniões nos locais de trabalho pode haver demonstrações e 
visualizações dos possíveis riscos que estão envolvidos na execução das atividades. 
Segundo Benite p. 84 (apud Hinze, 1997), 
"as reuniões de segurança nos locais de trabalho são mecanismos 
eficazes para conscientização visto que possuem dois grandes 
propósitos: educar e persuadir". 
 
7.3 QUESTIONAMENTOS PARA OS PARTICIPANTES. 
 
O primeiro questionamento que deve ser feito aos trabalhadores em uma 
reunião de DDS deve ser feita pelo coordenador da reunião e ela poderá ser iniciada 
assim: 
"Se você estiver em perigo ou vir qualquer outra pessoa em perigo o que você 
faz?" 
De acordo com Waldhelm Neto (2011), 
 
Observe sempre as características dos trabalhadores, busque 
temas interessantes e atuais. Deixe a questão aberta a 
sugestões, pesquise na internet e jornais, traga “causos” 
interessantes. Até mesmo acontecimentos do dia a dia podem 
servir de gancho para um bom tema. O importante é ser 
sensível o suficiente para sempre colocar a necessidade do 
público em primeiro lugar. Lembre-se o DDS deve atender as 
necessidades do grupo e não a sua. 
 
Durante as DDSs sempre aparecem bons relatos de acidentes e alguns dos 
colaboradores dão sugestões para possíveis soluções para os problemas envolvidos 
na ocorrência de acidentes de trabalho. Portanto, os questionamentos após os 
relatos podem ser: 
 O que está errado? 
 Como deve ser corrigido? 
 O que deve ser feito para que tal situação não volte a se repetir? 
32 
 
7.4 METODOS DE APRESENTAÇÃO. 
 
O Diálogo Diário de Segurança é um programa destinado a criar, desenvolver 
e manter atitudes prevencionistas na empresa através da conscientização de todos 
os empregados e como foco principal a realização de conversações de segurança 
nas áreas operacionais e administrativas possibilitando uma melhor integração e o 
estabelecimento de um canal de comunicação ágil, transparente e sincero entre 
gerentes e subordinados, portanto diariamente, antes do início da jornada de 
trabalho, com duração de 5 a 10 minutos com leitura ou relatos de temas relativos a 
segurança e a atitudes no trabalho, com a responsabilidade na execução das 
conversações pelo Gerente ou encarregado imediato do colaborador, que será 
responsável de gerar um relatório sobre o comportamento e a participação dos 
colaboradores, para o departamento de segurança para uma análise futura. 
Portanto o responsável pela apresentação do DDS deve reunir os 
colaboradores próximos ao próprio local de trabalho e iniciar a reunião questionando 
se alguém tem algo a relatar sobre segurança, se não houver nenhum relato o 
responsável deve inserir algum dos temas escolhidos para o dia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
8. NORMAS REGULAMENTADORAS. 
 
O termo Diálogo Diário de Segurança (DDS) só é citado na NR 34 item 34.2.1 
letra "e", nas demais normas não é apresentado como exigência de lei, mas a DDS é 
citado em várias NRs de uma forma diferenciada da comunicação da obrigação do 
empregador como a de divulgar, de informar e de deixar ser conhecido qualquer tipo 
de prevenção ou de risco de acidente por todos os colaboradores. 
E é esse o objetivo das reuniões de DDS, fixar na memória dos 
colaboradores, através do relato ou do compartilhamento de determinado evento de 
segurança ou de acidente eminente. 
Na NR 01 item 1.7 tópico "c" há a obrigação do empregador de informar aos 
trabalhadores. 
I - Os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho; 
II - Os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela 
empresa; 
III - Os resultados dos exames médicos e de exames complementares de 
diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos; 
IV - Os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de 
trabalho; 
 
E conforme a NR 05 item 5.2 devem constituir CIPA por estabelecimento e 
manter em regular funcionamento as empresas privadas, publica, sociedades de 
economia mista, órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes, 
associações recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que admitam 
trabalhadores como empregados, portanto, faz voz ao empregador; 
Na NR 5 item 5.16 tópico "e, f, g, j": 
e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em 
seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas; 
f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no 
trabalho; 
g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo 
empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo 
de trabalho relacionado à segurança e saúde dos trabalhadores; 
34 
 
j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem 
como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à 
segurança e saúde no trabalho; 
 
Na NR 09 item 9.5.2, Os empregadores deverão informar os trabalhadores de 
maneira apropriada e suficiente sobre os riscos ambientais que possam originar-se 
nos locais de trabalho e sobre os meios disponíveis para prevenir ou limitar tais 
riscos e para proteger-se dos mesmos; 
 
Na NR 34 item 34.2.1, Cabe ao empregador garantir a efetiva implementação 
das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma, devendo: 
e) realizar, antes do início das atividades operacionais, Diálogo Diário de 
Segurança (DDS), contemplando as atividades que serão desenvolvidas, o 
processo de trabalho, os riscos e as medidas de proteção, consignando o 
tema tratado em um documento, rubricado pelos participantes e arquivado, 
juntamente com a lista de presença. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS. 
 
Como se verificou conforme dispõe o art. 19 da lei nº 8.213/91, "acidente de 
trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou 
pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, 
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda 
ou redução, permanente ou temporária da capacidade para o trabalho". 
Neste estudo foi inicialmente questionado se através de avisos, alertas e dos 
desafios do dia a dia seria possível evitar que os colaboradores mais próximos e os 
demais colaboradores sofressem acidentes de trabalho e foram encontrados os 
motivos e as formas que podem levar os trabalhadores a se acidentar. 
E para que ocorra um acidente de trabalho o trabalhador em seu 
departamento, desenvolvendo suas atividades, pode cometer atos inseguros ou 
estar em condições inseguras. Os atos inseguros são as ações do próprio 
trabalhador que o coloca em uma condição de perigo e as condições inseguras são 
as instalações da empresa ou o canteiro de obras que colocam o trabalhador em 
risco. O trabalhador pode se acidentar por ato ou por condições inseguras e para 
que isso não ocorra existem formas de prevenção que podem ser as ações tomadas 
no processo de planejamento que são as medidas de engenharia que vão desde o 
projeto inicial prevendo uma melhor instalação dos equipamentos e a revisão dos 
processos e operações ou fazendo inspeções e revisões nas instalações mais 
antigas, para melhorar as condições inseguras. Os acidentes causam grandes 
problemas de ordem social e acarreta prejuízos de milhões de reais às empresas e 
ao país. O empregado acidentado sofre as consequências do ferimento, a 
incapacidade para o trabalho, passa por dificuldades financeiras, problemas de 
ordem psicológica, depressão e angustia. 
O treinamento a propaganda e a educação são ferramentasimportantes para 
evitar acidentes e precisam estar presentes no dia a dia do trabalhador. 
Além dos treinamentos existe uma ferramenta que é muito utilizada para 
comunicar, informar, relatar, discutir e conscientizar o trabalhador em seu ambiente 
de trabalho aos riscos inerentes às suas atividades que é a principal razão de ser 
iniciado o estudo deste trabalho que é o Diálogo Diário de Segurança (DDS). 
36 
 
Os relatos da pesquisa de empresas citados neste trabalho e de muitos dos 
autores são referentes ao termo DDS e todos unidos no mesmo conceito que é a 
conscientização e a informação na prevenção de acidentes. 
O DDS é uma ferramenta já bastante antiga e que já foi chamada de minuto 
da segurança e continua muito atual e sua amplitude de aplicação acabou por gerar 
novas siglas, tais como: DDHS – Diálogo Diário de Higiene e Segurança; DDHSMA 
– Diálogo Diário de Higiene Segurança e Meio Ambiente; DHSMQ – Diálogo Diário 
de Higiene, Segurança, Meio Ambiente e Qualidade, etc. a diversidade de assuntos 
passou de apenas Segurança do Trabalho para: Segurança do Trabalho, Saúde, 
Meio Ambiente e Qualidade. 
Na tabela abaixo são apresentadas algumas empresas que adotaram o DDS 
como ferramenta diária de conscientização e seus resultados são bem expressivos o 
que chamou a atenção para outras empresas seguirem o exemplo. 
 
EMPRESA 
REALIZA DDS? 
SIM NÃO RESULTADOS 
ABTLP e ABIQIM X Apoio para sedimentar conceito de segurança. 
Vulcabras / Azaléia X 
 Nenhum acidente na unidade de Itapetinga (sua maior 
unidade). 
Projeto Minas-Rio X 
 Trinta e três milhões de horas trabalhadas sem acidentes 
com afastamento. 
Prefeitura de Araxá X 
 Implantação devido ao Termo de Ajuste de Conduta 
(TAC). 
KINROSS X 
 seis milhões de horas de trabalho sem acidentes com 
perda de tempo. 
Setor 
SUCROALCOOLEIRO 
X 
 
Quantidade de DDS x Redução de acidentes. 
Tabela 2 - Empresas que fazem o Diálogo Diário de Segurança 
Fonte: Análise do autor 
 
As empresas entenderam a importância e estão percebendo que falar e 
discutir sobre como é possível evitar acidentes a partir do relato e da 
conscientização de atitudes prevencionistas e estão adotando o DDS como 
ferramenta administrativa em seus departamentos de trabalho. 
Na tabela abaixo estão relacionados autores de livros, blogs e revistas 
especializadas em segurança do trabalho e que defendem a implantação de um 
programa de DDS e a obrigatoriedade prevista na Norma Regulamentadora nº 34. 
37 
 
AUTOR 
DEFENDE A REUNIÃO DE DDS? 
SIM NÃO OPINIÃO 
MENDES, Darcy. X 
 Ferramenta de segurança mais utilizada nas 
empresas. 
ZOCCHIO, Álvaro. X 
 Assume relevante importância nos contatos dos 
agentes com os subordinados. 
Maria Cristina Barros. 
X Unir a sociedade para a conscientização de que 
o trabalhador manipula um equipamento 
perigoso. 
Engº Arnaldo Cambraia. X 
 O treinamento diário alerta o trabalhador a 
respeito dos perigos. 
Nestor Waldehelm Neto. X 
 A segurança do trabalho só flui através de 
conscientização. 
CRUZ, S.M.S. 
X Assegura que as lições sobre acidentes e 
quase acidentes sejam compreendidas e 
assimiladas para evitar novas ocorrências. 
ARAÚJO, Marcelly 
Pereira. 
X A análise de performance de DDS mostrou uma 
correlação direta entre o numero de D e a 
redução de acidentes. 
FRANCO, Tiago. X 
 Diálogo Diário de Segurança é uma prática que 
deve ser valorizada no local de trabalho. 
BENITE, Anderson. 
X As reuniões de segurança nos locais de 
trabalho são mecanismos eficazes para 
conscientização com o propósito de educar e 
persuadir. 
NR 34 - MTE 
X Cabe ao empregador realizar, antes do início 
das atividades operacionais o Diálogo Diário de 
Segurança. 
Tabela 3 - Autores que defendem a implantação do DDS 
Fonte: Análise do autor 
 
Neste estudo também foram apresentados a real fonte de informação para 
dispor entre os colaboradores os temas que devem ser apresentados no DDS, 
porque não seria de muito proveito fazer uma reunião de DDS dizendo sobre um 
tema que não faz parte do dia a dia dos colaboradores, não faria sentido também 
que as reuniões fossem realizadas em uma sala climatizada com todos os 
colaboradores longe de suas devidas áreas de trabalho tentando imaginar como é o 
equipamento que pode causar-lhe um acidente. 
Os questionamentos que o coordenador deve fazer ao colaborador, afinal é 
um diálogo não um monólogo diário, os colaboradores devem dizer o que o assusta, 
o que ele esta vendo, o equipamento ou a maquina que o está arranhando ou 
machucando para que possam ser tomadas providências, sempre lembrando que o 
DDS não vai comprar equipamentos, não vai modificar layouts, não vai realizar 
modificações em maquinas, quem vai fazer isso é outro departamento, o DDS vai 
alertar os colaboradores que existe um perigo naquela área, naquele equipamento e 
38 
 
quando o colaborador se encontrar naquele momento que alguém relatou sobre o 
perigo um filme passará em sua mente, um playback da situação que outro 
colaborador relatou sobre aquele momento e por isso todos devem participar assim 
um colaborador pode ajudar a evitar outro acidente. Os métodos de apresentação 
devem ser sucintos para uma apresentação rápida no local de trabalho, onde quem 
são os protagonistas são os colaboradores não o coordenador da apresentação, são 
os colaboradores que estão correndo riscos de acidentes e são eles que devem 
compartilhar suas formas de ver o risco em seu dia a dia. 
Portanto, o Diálogo Diário de Segurança é uma ferramenta que pode ser 
utilizada para a melhoria do ambiente de trabalho e evitar que mais trabalhadores se 
acidentem. Com o relato da ocorrência de uma situação de perigo um trabalhador 
pode ajudar a evitar que um colega de sua área de atuação ou de outra área venha 
a se acidentar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
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42 
 
11. ANEXOS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
Diálogo Diário de Segurança 
 
Se você ou qualquer outro colega estiver em alguma situação de risco pare ou 
peça para parar e relate imediatamente. 
Data:__/__/____ TEMA PRINCIPAL: 
 
Inicio: 
___/___/______ 
Término: 
___/___/______ 
Responsável/Palestrante/Encarregado (a): 
Sr.(a): 
Temas secundários: 
 
SETOR: 
Sugestões: 
 
 
 
 
Participante Registro Rubrica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado pelo autor.

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