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A segunda paralisação dos entregadores de aplicativos, realizada no dia 25-07-2020, conhecida como Breque dos Apps, teve menos adesão dos trabalhadores do que a primeira, realizada pela categoria em 1º de julho deste ano. Enquanto alguns analistas veem a manifestação com entusiasmo, porque demonstra a capacidade de organização dos trabalhadores, outros falam em fracasso e apontam para divisões internas no movimento, que é autônomo e se organiza pelas redes sociais. Ao comentar a última greve, a socióloga Ludmila Abílio diz que a imagem das centenas de motos e bicicletas unidas pelas ruas da cidade é importante, mas não é só ela que dá a medida da adesão ou organização. Aderir ao breque pode ser simplesmente ficar em casa, sem ligar o aplicativo ou bloqueando a saída em locais dispersos de onde se originam entregas. Segundo ela, não é simples medir o tamanho da adesão dos trabalhadores à paralisação, e também é preciso considerar as dificuldades envolvidas no processo, porque enquanto participam dos atos, eles não trabalham e não recebem. Na avaliação dela, é preciso ter muito cuidado nas análises sobre as paralisações e nos discursos emergentes porque há um mesmo discurso que desliza com conteúdos e propósitos diferentes. Na segunda manifestação, menciona, houve uma tentativa de desmobilização e desqualificação do movimento, que se utilizou da linguagem e da luta dos trabalhadores para se voltar contra eles. Um dos recursos é criar as imagens que dizem - veja como o movimento é fragmentado - , - veja como deputado tal está lá na manifestação - , - isso virou coisa de partido político - , - isso vai virar coisa de sindicato - , - os trabalhadores não querem direitos ou proteção. Essa construção se faz com uma direção muito clara, se apropriando de uma histórica desqualificação da esquerda que é agravada por uma crise de representatividade que atravessa as ações coletivas e os processos políticos que estamos enfrentando nesta década. Seu horizonte é o da deslegitimação, explica.
Disponível em http://www.ihu.unisinos.br/159-noticias/entrevistas/601524-breque-dos-apps-e-um-freio-coletivo-na-uberizacao-e-na-degradacao-e-exploracao-do-trabalho-entrevista-especial-com-ludmila-abilio. Acesso em 13.10.2020
Conisderando o texto acima, é correto afirmar que:
		
	
	O movimento dos trabalhadores de aplicativo tem sido bem sucedido nas paralizações, conforme as imagens de sua ação que têm sido replicadas nas redes sociais.
	
	Os trabalhadore de aplicativo têm conseguindo ampliar o movimento que conta cada vez mais adesão da sociedade.
	 
	A segunda onda de paralizações sofreu um processo de desqualificação por conta das tentativas de imputar ao movimento dos trabalhadores de aplicativo interesses ideológicos e partidários.
	
	A precarização do trabalho é um fenômeno recente que tem sido combatido pelas instâncias representativas dos trabalhodres de aplicativos, cuja legitimidade não tem sido questionada.
	
	A perpceção é a de que o movimento dos trabalhadores de aplicativo está sólido e firme na luta pelas suas reivindicações.
A segunda
 
paralisação dos entregadores de aplicativos, realizada no dia 25
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07
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2020, 
conhecida como
 
Breque dos Apps, teve menos adesão dos trabalhadores do que a primeira, 
realizada pela categoria em 1º de julho deste ano. Enquanto alguns analistas veem a 
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anifestação com entusiasmo, porque demonstra a capacidade de organização dos 
trabalhadores, outros falam em fracasso
 
e apontam para divisões internas no movimento, 
que é autônomo e
 
se organiza pelas redes sociais. Ao comentar a última greve, a 
socióloga
 
Lu
dmila Abílio
 
diz que a imagem das centenas de motos e bicicletas unidas pelas 
ruas da cidade é importante, mas não é só ela que dá a medida da adesão ou organização. 
Aderir ao
 
breque
 
pode ser simplesmente ficar em casa, sem ligar o aplicativo
 
ou bloqueando
 
a saída em locais dispersos de onde se originam entregas. Segundo ela, não é simples
 
medir 
o tamanho da
 
adesão dos trabalhadores
 
à
 
paralisação, e também é preciso considerar as 
dificuldades envolvidas no processo, porque enquanto participam dos atos, eles
 
não 
trabalham e não recebem.
 
Na avaliação dela, é preciso ter muito cuidado
 
nas análises sobre 
as
 
paralisações
 
e nos discursos emergentes porque há um mesmo discurso que desliza com 
conteúdos e propósitos diferentes. Na segunda
 
manifestação, menciona, hou
ve uma tentativa 
de desmobilização e desqualificação do movimento, que se utilizou da linguagem e da
 
luta 
dos trabalhadores para se voltar contra eles. Um dos recursos é criar as imagens que dizem 
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veja como o movimento é fragmentado 
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, 
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veja como deput
ado tal está lá na manifestação 
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, 
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isso virou coisa de partido político 
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, 
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isso vai virar coisa de
 
sindicato 
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, 
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os 
trabalhadores não querem direitos ou proteção. Essa construção se faz com uma direção 
muito clara, se apropriando de uma histórica d
esqualificação da esquerda que é agravada por 
uma crise de representatividade que atravessa as ações coletivas e os processos políticos que 
estamos enfrentando nesta década. Seu horizonte é o da deslegitimação, explica.
 
 
Disponível em
 
http://www.ihu.unisin
os.br/159
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noticias/entrevistas/601524
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breque
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dos
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apps
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e
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um
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freio
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coletivo
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na
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uberizacao
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na
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degradacao
-
e
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exploracao
-
do
-
trabalho
-
entrevista
-
especial
-
com
-
ludmila
-
abilio. Acesso em 13.10.2020
 
 
Conisderando o texto acima, é correto afirmar que:
 
 
 
 
O movimento dos trabalhadores de aplicativo tem sido bem sucedido nas 
paralizações, conforme as imagens de sua ação que têm sido replicadas nas redes 
sociais.
 
 
Os trabalhadore
 
de aplicativo têm conseguindo ampliar o movimento que conta cada 
vez mais adesão da sociedade.
 
 
 
A segunda onda de paralizações sofreu um processo de desqualificação por conta das 
tentativas de imputar ao movimento dos trabalhadores de aplicativo inter
esses 
ideológicos e partidários.
 
 
A precarização do trabalho é um fenômeno recente que tem sido combatido pelas 
instâncias representativas dos trabalhodres de aplicativos, cuja legitimidade não tem 
sido questionada.
 
 
A perpceção
 
é a de que o movimento dos trabalhadores de aplicativo está sólido e 
firme na luta pelas suas reivindicações.

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