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Anatomia da Pelve e Tipos de Bacia

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ANATOMIA 
Pelve menor apresenta tamanhos e estreitos que 
definem se o parto vai apresentar bom prognóstico 
por via baixa ou não. 
 
A região vulvoperineal (períneo) tem formato de 
losango e está situada entre a sínfise púbica e cóccix. 
No parto, o assoalho pélvico sustenta a cabeça fetal, 
enquanto o colo do útero se dilata para permitir a 
saída do feto. Pode haver lesão do períneo, do 
músculo levantador do ânus e dos ligamentos da 
fáscia da pelve durante o parto. 
Rompem-se com maior frequência: Os músculos 
pubococcígeo e puborretal e as partes e mediais do 
músculo levantador do ânus são os que se rompem 
com maior frequência. O enfraquecimento dessas 
estruturas pode causar incontinência urinária de 
esforço. 
O nervo pudendo, localizado sobre a espinha 
esquiática, pode ser “bloqueado” por anestésico local 
aplicado através de uma agulha passada pela parede 
lateral da vagina de modo a entorpecer as peles 
perineal e anal. 
ESTREITO SUPERIOR 
A pelve menor (bacia obstétrica) é circundada pela 
parte inferior do cíngulo do membro inferior. Os 
estreitos têm importância nas distócias ósseas 
(causadas por alterações na bacia obstétrica). 
 
A conjugata vera anatômica não é de interesse 
obstétrico e é traçada do promontório até a borda 
superior da sínfise púbica. 
A conjugata vera obstétrica é o diâmetro mais 
importante do estreito superior, que representa o 
trajeto real da cabeça durante a passagem pelo canal 
de parto. É traçada do promontório até a face posterior 
da sínfise púbica. Não é possível mensurar, somente 
ser estimada pela conjugata diagonalis, traçada do 
promontório à borda inferior da sínfise púbica. 
A conjugata diagonalis é 1,5cm mair que a conjugata 
vera obstétrica. Após a mensuração, utiliza-se a 
Regra de Smellie (Conjugata Obstétrica = 
Conjugata Diagnonalis – 1,5cm) para calcular o 
valor da conjugata obstétrica. 
 
 
Pelvimetria Interna: Exame de toque em que baseia-
se tocar o promontório da paciente até a borda inferior 
da sínfise púbica. Marca-se a distância do extremo do 
dedo indicador (que toca o promontório) e o dedo da 
outra mão que toca a borda inferior da sínfise púbica. 
Caso o promontório seja inatingível, deduz-se que a 
conjugata diagonalis é maior que 12 cm e que a CO é 
>10,5, e, portanto, não se espera distocia de estreito 
superior. 
 
ESTREITO MÉDIO 
 
É delimitado no sentido posteroanterior pela 
concavidade do osso sacro com a borda inferior do 
osso púbico e lateralmente pelas espinhas isquiáticas. 
O diâmetro anteroposterior é o sacromediopúbico, 
traçado do meio da concavidade do osso sacro até o 
meio da face posterior da sínfise púbica (12 cm). 
O diâmetro transverso é o menor estreitamento de 
todo o canal (10,5 cm) e corresponde ao nível das 
espinhas isquiáticas. Faz referência para o bloqueio 
de nervo pudendo. 
ESTREITO INFERIOR 
 
Delimitado anteriormente pela borda inferior do osso 
púbico, lateralmente pelos músculos sacroilíacos e 
posteriormente pelo músculo isquiococcígeno. 
A conjugata exitus (diâmetro anteroposterior) tem o 
menor diâmetro e mede 9,5 cm. Na fase final da 
expulsão fetal após a deflexão da cabeça fetal, há 
retropulsão do cóccix, ampliando-se em 2 a 3 cm. 
TIPOS DE BACIA 
Condições socioeconômicas, raça, atividade física, 
características nutricionais da infância e da 
adolescência, além do habitat, interferem na formação 
da bacia. 
A classificação foi feita por Caldwell e Moloy (1933) e 
é baseada na forma do estreito superior. 
 
 Bacia Ginecoide (Típica – 50% dos casos): 
Tem forma arredondada e possui o melhor 
prognóstico para o parto vaginal. 
 Bacia Antropoide (25% dos casos): Tem 
formato elíptico. Não apresenta bom 
prognóstico para o parto vaginal, mas, 
ocorrendo insinuação, evolui bem. 
 Bacia Androide (20% dos casos): Tem 
formato triangular e apresenta o pior 
prognóstico (bacia masculinizada). A distócia 
é crescente com a decida do feto. 
 Bacia Platipeloide (5% dos casos): É 
achatada nos diâmetros transversos e, 
caracteristicamente, a apresentação se 
insinua nos diâmetros transversos. A distócia 
é maior na insinuação, mas amenizada 
depois, não impossibilitando o parto pela via 
vaginal. 
ESTÁTICA FETAL 
Situação fetal: Relação do maior eixo fetal com o 
maior eixo materno. 
 Longitudinal (A); 
 Transversa (C); 
 Oblíqua (B); 
 
Apresentação fetal: Região fetal que ocupa a área do 
estreito superior da pelve materna e nela vai insinuar. 
Na situação longitudinal, as apresentações são 
cefálica ou pélvica. Na situação transversa, a 
apresentação é córmica. 
 
Atitude fetal: Relação das diversas partes fetais entre 
si e depende da disposição dos membros e da coluna 
vertebral. A atitude fisiológica nas apresentações 
cefálicas é a flexão generalizada, com o mento 
encostado no esterno. 
 
 
 
A. Modo de Nágedas; 
B. Pélvica completa; 
C. Modo de joelhos ou pés 
 
 
 Apresentação Cefálica Fletida: Ponto de 
referência é a fontanela posterior, lambda ou 
occipício (O). 
 Apresentação Deflexão grau I: Ponto de 
referência é o bregma (B). 
 Apresentação Deflexão grau II: Ponto de 
referência é a glabela ou raiz do nariz, 
chamado naso (N). 
 Apresentação Deflexão grau III: O ponto de 
referência é o mento (M). 
 Apresentação Pélvica: Ponto de referência é 
o sacro (S). 
 Apresentação Córmica: Ponto de referência 
é o acrômio (A). 
Posição fetal: Em relação ao dorso fetal com o 
abdome materno. 
Variedade de Posição e Altura: 
 
 
Quando o bebê atinge o Plano Zero, ele insinuou. 
 
FASES CLÍNICAS DO PARTO E 
ASSISTÊNCIA 
1º PERÍODO: DILATAÇÃO 
Começa com as primeiras contrações dolorosas, cuja 
principal ação é a modificação da cérvix e termina 
com a dilatação total de 10 cm. 
As contrações são dolorosas e rítmicas a cada 3-5 
minutos. É preciso ter, pelo menos, 2 contrações a 
cada 10 minutos, tendo cada contração a duração de 
50-60 segundos cada. 
Na fase ativa de parto, ocorre a dilatação e o 
apagamento do colo uterino (2 cm nas primíparas e 3 
cm nas multíparas), além da formação da bolsa das 
águas e perda do tampão mucoso. 
Nas primíparas, ocorre primeiro o esvaecimento, de 
cima para baixo, e depois a dilatação do orifício 
externo. Nas multíparas, ocorrem simultaneamente. 
 
A dilatação, na fase ativa, ocorre por volta de 1 
cm/hora (primíparas) e 1,5 cm/hora nas multíparas. 
ASSISTÊNCIA DO 1º PERÍODO 
 Alívio das dores por mecanismos 
farmacológicos ou não farmacológicos: banho 
morno, massagem, bola de pilates, analgesia 
(>4-5 cm); 
 Apoio psicológico; 
 Amniotomia, se necessária; 
 Costuma durar de 7-12h; 
 Exames físico e laboratoriais na admissão; 
 Garantir acompanhante; 
 Toque vaginal a cada 2-4h; 
 Avaliação da Vitalidade Fetal (BCF); 
 Gestação de Baixo Risco: 30/30 min; 
 Gestação de Alto Risco: 15/15 min; 
 Sinais vitais e alimentação da gestante; 
2º PERÍODO: EXPULSÃO 
Tem início quando a dilatação é total, ou seja, quando 
atinge 10 cm, e termina quando ocorre a completa 
expulsão do feto. Nessa fase, ocorre a ação 
combinada das contrações uterinas e das contrações 
voluntárias. 
São esperadas 5-6 contrações em 10 minutos, cerca 
de 50-60mmHg e duração de 60-80 segundos. A 
duração média para primíparas é de 50 minutos e de 
multíparas, 20 minutos. 
Período expulsivo prolongado: Quando se 
ultrapassam 3 horas de dilatação total sem 
nascimento nas primíparas ou 2 horas nas multíparas. 
Caso estiver sob analgesia, adicionar 1 hora para 
definir o período expulsivo prolongado, ou seja, 4 
horas nas primíparas e 3 horas nas multíparas. 
ASSISTÊNCIA DO 2º PERÍODO 
 Assepsia da região perineal; 
 Manobra de Ritgen para proteção de períneo 
e episiotomia para evitar lacerações, caso 
necessário; 
 Orientação; 
 Analgesia locorregional de nervo pudendo; 
 Verificar circular de cordão; 
 Liberação deombro anterior e posterior; 
 Após o parto: 2 ampolas de ocitocina IM para 
controle da hemorragia; 
 
3º PERÍODO: DEQUITAÇÃO 
É o período em que ocorre o descolamento, a descida 
e a expulsão da placenta, com duração média de 5-30 
minutos após o período expulsivo. 
Realiza-se a tração controlada e delicada do cordão. 
 Baudelocque-Shultze: Mais comum, ocorre o 
descolamento central e o sangramento sai 
depois da placenta. 
 Baudelocque-Duncan: Menos comum, o 
descolamento é marginal ou periférico e o 
sangramento escoa antes da saída completa 
da placenta. 
 
Quando a placenta não é expelida após 30 minutos, 
trata-se de encarceramento placentário, onde é 
preciso interferir ativamente na dequitação. 
ASSISTÊNCIA DO 3º PERÍODO 
 10 UI ocitocina IM pós-expulsão fetal; 
 Tração controlada de cordão; 
 Manobra de Fabre: avalia se a placenta já 
descolou. Coloca-se a mão no fundo do útero 
e faz-se leve tração do cordão; 
 Procedimento de Harvey: leve compressão do 
segmento inferior do útero para auxiliar na 
descida da placenta pelo canal vaginal; 
 Manobra de Jacob-Dublin: leve tração e 
torção axial da placenta para auxiliar no 
descolamento durante exteriorização; 
 Manobra de Credé (NÃO DEVE SER FEITA – 
risco de inversão uterina): expressão uterina 
visando auxiliar o descolamento placentário; 
 Evitar tração intensa do cordão e compressão 
intensa do fundo uterino; 
 Realizar revisão do canal de parto e relembrar 
os graus de laceração. 
1: 1º grau – pele e mucosa. 
2: 2º grau – pele, mucosa e músculo transverso 
superficial do períneo e bulbocavernoso. 
3: 3º grau – esfíncter externo do ânus. 
4: 4º grau – esfíncter interno do ânus e mucosa retal. 
 
4º PERÍODO: GREENBERG (1ª HORA PÓS-
PARTO) 
Tem início imediatamente após a dequitação, sendo, 
dessa forma, a 1ª hora de puerpério e não um 
verdadeiro 4º período. É o período com maior risco de 
hemorragias. 
4T’s: Tônus; Trauma (revisar o trajeto sempre que 
fizer um parto); Tecido (verificar se ficou algum resto 
placentário); Trombina (algum problema de 
coagulação – é considerado raro, apenas pensar 
quando excluir os demais). 
Mecanismos de hemostasia: 
 Miotamponagem: Contração uterina-
ligaduras vivas de Pinard. 
 Trombotamponagem. 
 Contração uterina fixa: Globo de segurança 
Pinard. 
MECANISMO DE PARTO 
1º TEMPO: INSINUAÇÃO 
Indica a passagem do maior diâmetro da 
apresentação fetal pelo estreito superior da bacia 
materna (plano 0 de De Lee). Ocorre redução dos 
diâmetros fetais, consistindo na flexão (cefálica) ou 
deflexão da cabeça. 
Nas primigestas, a insinuação do feto ocorre cerca de 
15 dias antes do parto, já nas multíparas pode ocorrer 
a qualquer momento. 
Há movimentos de flexão lateral, já que um dos ossos 
parietais atravessará o estreito superior antes do 
outro; essa situação é denominada assinclitismo. 
2º TEMPO: DESCIDA 
É a passagem da apresentação fetal do estreito 
superior para o estreito inferior da pelve. 
 
 Móvel: Superior ao De Lee -3; 
 Ajustada/fixada: em De Lee -3, -2 ou -1; 
 Insinuada: De Lee 0; 
 Fortemente insinuada: De Lee +1, +2 ou +3; 
 Baixa: De Lee +4 ou +5 cm; 
3º TEMPO: ROTAÇÃO INTERNA 
O objetivo é alinhar o polo cefálico com o púbis, pra 
deixar o maior diâmetro do polo cefálico alinhado 
com o maior diâmetro da bacia. 
 
 
 
4º TEMPO: DESPRENDIMENTO CEFÁLICO 
O polo cefálico está em flexão, sendo necessário que 
ocorra movimento de deflexão ou extensão da cabeça 
para ocorrer exteriorização do maciço frontal. 
 
5º TEMPO: RESTITUIÇÃO (ROTAÇÃO 
EXTERNA) 
Novo movimento logo após o desprendimento total 
da cabeça fetal, quando o occipício se volta para o 
lado materno que ocupava no interior do canal de 
parto. 
Assim, o ombro anterior fica sobre a arcada púbica e o 
posterior fica em contato com o cóccix materno. 
6º TEMPO: DESPRENDIMENTO DO OVÓIDE 
CÓRMICO 
Nesse momento, há o desprendimento das espáduas 
(ombros). Primeiramente, a espádua anterior aparece 
no orifício vulvar, seguida pela liberação da espádua 
posterior. 
Com a saída das espáduas, há liberação de todo o 
tronco fetal. 
DISTÓCIA BIACROMIAL (DISTÓCIA DE OMBROS) 
Caracterizado quando ocorre o 
desprendimento cefálico, sem 
progressão para desprendimento 
do diâmetro biacromial, após 60 
segundos. 
O sinal da tartaruga é a visualização da retração da 
cabeça fetal contra o períneo materno durante 
contrações. 
Fatores de risco: 
 Episódio anterior de distócia de ombro; 
 Diabetes gestacional; 
 Pós-datismo; 
 Macrossomia fetal (> 4kg); 
 Baixa estatura materna; 
 Ganho de peso materno excessivo durante o 
pré-natal (IMC > 30); 
 Pelves anômalas; 
 Trabalho de parto prolongado; 
Condutas para resolução: 
 Rotação externa da cabeça fetal; 
 Manobra de McRoberts: Realizar o aumento 
do agachamento na parturiente em posição 
vertical ou a hiperextensão das coxas sobre o 
abdome se a parturiente estiver deitada. 
 Manobra de Rubin I: Fazer pressão 
suprapúbica contínua por 30 segundos. Se 
não houver sucesso, fazer a pressão em 
pulsos, por 30 segundos, com a mão fechada 
ou espalmada; 
 Manobra de Gaskin (all fours): Colocar a 
parturiente na posição de quatro apoios e 
repetir a tração do polo cefálico para 
desprendimento, desta vez através do ombro 
posterior. 
 Posição de running start: Manter a 
parturiente em quatro apoios, elevar e dobrar 
o joelho do lado do dorso fetal. 
Caso essas manobras não funcionem, parte-se para 
as manobras internas, em que é preciso realizar 
episiotomia ampla para manipular o canal vaginal. 
 Manobra de Rubin II: Colocar os dedos 
indicador e médio sobre a escápula posterior 
fetal, empurrando o concepto com o 
biacromial no diâmetro anteroposterior para 
um diâmetro oblíquo, com leve tração da 
cabeça simultânea para desprendimento. 
 Manobra de Woods: Manter os dedos sobre 
a escápula posterior e os dedos indicador e 
médio da mão contralateral do assistente 
devem posicionar-se sobre a clavícula fetal, 
tentando rotacionar. 
 Manobra do Parafuso: Inverter a posição das 
mãos (da manobra de Woods) e realizar a 
rotação no sentido inverso. 
 Manobra de Jacquemier: Puxar a mãozinha 
do bebê (retirada do ombro posterior) para 
transformar o diâmetro biacromial em 
axiloacromial, causando a rotação do feto, que 
é retirado em OS. 
Caso nenhuma dessas manobras funcione, realizar as 
medidas de resgate: 
 Fratura da clavícula anterior; 
 Clidotomia: secção da clavícula com tesoura; 
 Manobra de Zavanelli: rodar a cabeça para 
OP, fleti-la e reintroduzi-la, lentamente na 
pelve materna, até as espinhas isquiáticas, e 
proceder para cesariana. 
Além de 7 a 8 minutos para extração fetal, há maior 
probabilidade de danos neurológicos permanentes 
para o feto, além do risco de óbito neonatal. 
PARTO PÉLVICO 
A incidência é baixa, no entanto, a frequência dessa 
apresentação é maior quanto menor for a IG. 
Indica-se cesariana para apresentações pélvicas nas 
seguintes situações: 
 Peso fetal estimado entre 750g a 2.000g; 
 IG < 34 semanas; 
 Fetos macrossômicos, pesando > 4.000g; 
 Vício pélvico; 
 Cesariana anterior; 
 Amniorrexe prematura; 
 Malformação fetal (compatível com a vida); 
 Obstetra inexperiente; 
 Procidência de membros; 
MECANISMO DE PARTO PÉLVICO 
 Não tracionar o feto, já que pode defletir a 
cabeça e impor dificuldades ao parto. 
 Ter a presença de um anestesiologista, 
neonatalogista e médico auxiliar. 
 Manter a bolsa íntegra até a dilatação total 
(10cm). 
 Realizar monitorização fetal rigorosa. 
 Manter o dorso fetal orientado anteriormente 
(as costas do feto viradas para a frente da 
mãe). 
 Realizar alça de cordão umbilical após a saída 
parcial do tronco. 
 Considerar realização rotineira de episiotomia 
ampla e tardia. 
Manobra de Thiessen: Facilita a saída do feto em 
bloco, pressionando operíneo pra impedir o 
desprendimento fetal por 2 ou 3 contrações, 
promovendo a dilatação completa da cérvix. 
Manobra de Bracht: Manobra passiva de orientação 
do feto, que é rebatido sobre o abdome da mãe 
(primeiro os bracinhos, depois a cabeça). 
 
Manobra de Pinard: Transformar a apresentação 
pélvica incompleta em pélvica completa, dobrando as 
perninhas do feto. 
MANOBRAS DE DESPRENDIMENTO DAS 
ESPÁDUAS 
Manobra Clássica: Apreende um dos braços fetais. 
Manobra de Deventer-Müller: Movimentos 
pendulares de abaixamento e elevação do corpo fetal 
com o objetivo de encaixar o ombro anterior no 
subpúbis e, em seguida, realizar a manobra clássica. 
Manobra de Rojas: Faz uma tração, rotação axial e 
translação fetal. Não deve ser realizada caso haja 
rotação posterior do dorso fetal. 
Manobra de Pajot: Apreender o braço, fazer a flexão 
do cotovelo e descida do braço pela região anterior da 
face e do tronco fetal. 
 
MANOBRAS NAS ROTAÇÕES POSTERIORES 
DO DORSO 
Nessa situação, o dorso do feto está voltado para as 
costas da mãe. Assim, apreende-se os MMIIs do feto 
com uma das mãos, abaixando o tronco fetal. Com a 
outra mão, busca-se um dos braços fetais pela região 
anterior e o puxa para fora. 
MANOBRAS PARA DESPRENDIMENTO DA 
CABEÇA DERRADEIRA 
Manobra de Liverpool: Deixar o corpo fetal 
pendendo, sem sustentação, por 20 segundos. Deve 
ser associado à Manobra de McRoberts. 
Manobra de McRoberts: Hiperflexão das coxas da 
mãe sobre seu ventre. 
 
Manobra de Mauriceau: Deixar o feto apoiado sobre 
o antebraço da obstetra, que introduz os dedos médio 
e indicador na boca do feto, fletindo o polo cefálico. 
 
Manobra de Zavanelli: Manobra de resgate, realizada 
somente em situação extrema. Empurra-se o feto 
para dentro do canal de parto para realizar a cesárea. 
PARTOGRAMA 
É a representação gráfica do trabalho do parto e 
obrigatório na maternidade desde 1994. Com ele é 
possível acompanhar a evolução do parto, 
diagnosticar alterações e evitar intervenções 
desnecessárias. 
 Triângulo: Representa a dilatação da paciente 
e sua evolução em horas. 
 Circunferência: Representa a altura da 
apresentação e é preciso desenhar a variação 
da posição. 
Também estão presentes no partograma: frequência 
cardíaca fetal (FCF), número de contrações e 
intensidade, condições da bolsa das águas e do líquido 
amniótico, uso ou não de ocitocina e medicamentos, 
fluido e anestesia, além da assinatura do examinador. 
 
 Linha de Alerta: Traçada na hora seguinte da 
dilatação inicial. Ao cruzar essa linha, é 
preciso observar mais esse trabalho de parto. 
 Linha de Ação: Traçada 4 horas depois da 
linha de Alerta. Quando a curva de dilatação 
cruza essa linha, alguma intervenção deve ser 
feita, não necessariamente por via alta. 
DISTÓCIAS DE DILATAÇÃO 
Fase Ativa Prolongada: Ocorre quando a dilatação 
progride, porém lentamente, menos que 1 cm por 
hora. Está associada à distócia funcional, ou seja, 
contrações ineficientes. A opção para correção é 
melhorar o padrão contrátil, seja com deambulação, 
ocitocina ou amniotomia. 
 
Parada Secundária de Dilatação: A dilatação não 
progride em 2 toques consecutivos em intervalos de 
pelo menos 2 horas. Pode ser decorrente de 
desproporção cefalopélvica absoluta (tamanho do 
bebê é maior que a bacia da mãe), ou relativa, quando 
há deflexão e o diâmetro do feto é maior, ou ainda 
nas variedades de posição transversas ou posteriores. 
Em desproporção cefalopélvica absoluta, o parto via 
alta é a melhor opção. Se descartada a DCP, pode 
realizar amniotomia, deambulação e analgesia. 
 
Parto Precipitado: Ocorre quando a dilatação, descida 
e a expulsão fetal ocorrem em 4 horas ou menos. 
Pode se causado por taquissistolia e hipersistolia, que 
podem ser espontâneas ou iatrogênicas, pelo uso 
inadequado de ocitocina. 
Pode estar associado ao sofrimento fetal agudo ou 
lacerações do canal de parto. Predispõe hemorragia 
pós-parto. Quando é iatrogênico, suspende-se o uso 
de ocitocina até a normalização das contrações. 
Quando é espontâneo, coloca-se a paciente em DLE, 
hidrata e cateter nasal com O2. 
 
DISTÓCIAS DO PERÍODO PÉLVICO (DE 
DESCIDA) 
Só podem ser identificadas na presença de dilatação 
total do colo uterino. 
Período Pélvico Prolongado: Ocorre quando a 
dilatação é completa mas a descida da apresentação é 
lenta. A causa é a contratilidade uterina deficiente. 
Corrige-se com ocitocina, amniotomia ou fórcipe, 
quando há indicação. Posições verticalizadas também 
ajudam na descida. 
 
Parada Secundária da Descida: Há dilatação completa 
e a descida não progride em dois toques consecutivos, 
em pelo menos 1 hora. 
A causa geralmente é a desproporção cefalopélvica e, 
nesse caso, opta-se pela cesárea. 
 
FÓRCEPS 
Tem função de apreender o polo fetal, tracionar e 
rodar. Suas indicações para uso são: 
 Sofrimento fetal ou BCF não tranquilizador; 
 Exaustão materna; 
 Cardiopatias, para abreviar o período 
expulsivo; 
 Cicatriz uterina prévia; 
 Comorbidades maternas que contraindiquem 
manobra de Valsalva (doença cardíaca classe 
III ou IV, crises hipertensivas, miastenia grais, 
lesão de medula e retinopatia proliferativa); 
 Variedade de posição anômala como OS e OT; 
 Apresentação anômala, como a apresentação 
de face; 
Para fazer uso desse instrumento, deve haver algumas 
condições: 
 Ausência de desproporção cefalopélvica; 
 Bolsa rota; 
 Conhecer a variedade de posição; 
 Dilatação total; 
 Feto insinuado e vivo; 
 
 Simpson-Braun: Utilizado nas variedades de posição 
anteriores e posteriores, em que se deva proceder 
rotação de no máximo 45° para resolver o período 
expulsivo prolongado. 
Kielland: Pode ser aplicado em todas as condições 
(transversas, diretas e oblíquas), mas de preferência 
nas transversas. É possível rodar o feto em até 90° e 
135° ou nas posições anteriores e posteriores. 
Piper: Indicado no desprendimento da “cabeça 
derradeira” no parto pélvico, ou seja, quando há 
dificuldade no desprendimento do polo cefálico. 
INDUÇÃO DO PARTO 
Tem como objetivo estimular artificialmente o 
preparo do colo e as contrações uterinas 
coordenadas e efetivas antes do seu início 
espontâneo em mulheres a partir da 22ª semana 
de gestação. As indicações são: 
 Gestação prolongada (>41 semanas); 
 Diabetes: Diminuir a incidência de 
macrossomia fetal e suas complicações; 
 RPMO (>34 semanas ou antes da vigência 
de infecção): Para reduzir o risco de 
corioamnionite e endometrite e admissão 
na UTI neonatal; 
Contraindicações absolutas: 
 DCP; 
 Gestação múltipla; 
 Apresentação fetal anômala; 
 Cicatriz uterina; 
 Placenta prévia; 
 Obstrução do canal de parto; 
 Carcinoma cervical invasivo; 
 Macrossomia; 
 Sofrimento fetal; 
 Prolapso de cordão; 
 Herpes genital com lesões ativas; 
 Malformações uterinas; 
As condições do colo têm fator preditor de 
desfecho favorável para a indução dar certo, ou 
seja, o colo precisa estar maduro. A maturação é 
quantificada pelo Índice de Bishop, que avalia 
características do colo. 
 
 Índice de Bishop >7: Colo maduro e favorável. 
Alta probabilidade de partos normais após a 
indução do trabalho de parto. 
 Índice de Bishop ≤6: Colo imaturo e 
desfavorável à indução. É necessária a 
utilização de métodos artificiais para atingir a 
maturação cervical. 
 
MATURAÇÃO CERVICAL 
Pode ser feita por métodos farmacológicos ou 
métodos mecânicos. 
Prostaglandinas: O uso de misoprostol é o método de 
escolha para o preparo cervical, através da via vaginal. 
A dose de 25 mcg é a mais segura. A técnica consiste 
na administração de 1 comprimido de 25 mcg a cada 6 
horas, por via vaginal, em fundo de saco posterior. 
É contraindicado para pacientes com cirurgia uterina 
ou cesariana anterior. A administração de ocitocina só 
pode ser iniciada após 4 a 6 horas do uso de 
misoprostol,sendo contraindicado o uso 
concomitante pelo efeito sinérgico apresentado, 
aumentando os riscos de complicações. 
Dilatadores osmóticos (laminária): São dispositivos 
compostos de materiais hidrofílicos naturais ou 
sintéticos que, ao absorver água, aumentam 
gradativamente de espessura e promovem dilatação 
cervical. São utilizados quando há contraindicações ao 
método farmacológico. A principal complicação é a 
infecção, seja endometrite ou sepse neonatal. 
Descolamento Digital de Membranas: Ocorre 
aumento das prostaglandinas no local do 
descolamento e na circulação materna, o que seria 
responsável pelo início das contrações uterinas. 
 
 
Balão Transcervical (Krause): Utilizado nos casos de 
contraindicação ao uso do misoprostol (pacientes com 
cicatriz uterina), em que se insere uma sonda vesical 
de grosso calibre acima do orifício interno do colo 
(Foley) e insufla com água destilada. 
Indução com Ocitocina: Medicação de escolha para 
colos maduros. Deve ser administrada em bomba de 
infusão contínua (BIC). Tem ação rápida (3-5 minutos) 
e não é usualmente indicada quando o colo ainda é 
imaturo (Bishop <7). 
A avaliação da vitalidade fetal deve ser feita com o 
uso de cardiotocografia e amnioscopia. 
Em caso de taquissistolia, a infusão de citocina deve 
ser completamente suspensa e a correção é feita com 
medidas de ressuscitação intraútero como hidratação 
rápida e vigorosa, oxigênio em cateter nasal de O2 e 
decúbito lateral esquerdo.

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