OSTEOPATIA X QUIROPRAXIA

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Faculdade LS 
Curso: Fisioterapia – 1º semestre 
Disciplina: Fundamentos da Fisioterapia 
Alunos: Bruna Soares de Oliveira 
 Bianka Letícia Torres de Macedo 
 Gabriel Eduardo Miranda Ribeiro 
 Gabriela de Freitas Medeiros 
 Lauriene Maciel Santana 
 Luan de Sales Pimentel 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Brasília, maio de 2020 
 
 
Quiropraxia 
e 
Osteopatia 
INTRODUÇÃO 
 
 
As dores crônicas ou agudas, constituem uma das queixas mais 
relatadas pela população adulta, muitas vezes ocasionando incapacidade, 
redução de funcionalidade e afastamentos do trabalho. Estima-se que 70 a 85% 
da população terá algum episódio de dor no decorrer da vida, um conjunto de 
fatores associados a essas dores são os sociodemográficos, ou seja, a idade, 
sexo, renda, escolaridade, estilos de vida como fumo e baixa atividade física ou 
trabalho físico em excesso, e tem também os fatores de risco metabólicos, como 
obesidade e outras doenças crônicas. 
A dor é subjetiva, ou seja, cada indivíduo irá relatar de uma forma, é 
um experiencia sensorial e emocional desagradável, associadas a lesões reais 
ou potenciais, podendo causar alterações emocionais e comportamentais. Pode 
ser classificada como aguda ou crônica, geralmente, quando a permanência dos 
sintomas dura mais de 3 meses, é considerada crônica. A dor 
musculoesquelética está entre as causas mais frequentes de dor crônica e 
incapacitante, muitas vezes relacionadas com alterações mecânicas, perda de 
força e flexibilidade e apresentam grandes consequências nas atividades diárias 
e na saúde como um todo. 
O tratamento adequado não deve ter como finalidade única o alívio da 
dor, mas também abordar força e movimento, de forma a melhorar a função geral 
e a qualidade de vida do indivíduo. Terapia de reabilitação, exercícios e terapias 
alternativas, podem proporcionar melhorias no quadro álgico e melhora da 
função biomecânica, bem como ganho de qualidade de vida, por esse motivo, 
técnicas como a Quiropraxia e a Osteopatia tem ganhado espaço, sendo cada 
vez mais conhecidas e procuradas, e por esse motivo iremos abordar esses dois 
assuntos, demonstrando seus conceitos, benefícios, como funcionam e o que as 
diferencia neste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
 A Osteopatia e Quiropraxia são técnicas que tratam manualmente as 
estruturas do corpo, e se utilizam da observação e do toque para identificar o 
problema. As duas foram lançadas nos Estados unidos, e assim como 
semelhanças, apresentam uma série de diferenças conceituais e práticas. 
 
• Quiropraxia: 
 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a quiropraxia é 
uma profissão da saúde que lida com o diagnóstico, tratamento e a prevenção 
das desordens do sistema neuro-musculo-esquelético e dos efeitos destas 
desordens na saúde em geral. Há uma ênfase em técnicas manuais, no qual tem 
como foco em promover um melhor funcionamento da coluna vertebral. 
Tem como objetivo principal manter a coluna saudável para permitir 
que o organismo funcione da maneira correta. O método pode ser aplicado em 
qualquer pessoa, desde recém nascidos, até aquelas em idade avançada. Os 
profissionais aptos a aplicar estas técnicas manuais, cuidam de todo o sistema 
neuro-esquelético, no entanto, os principais problemas tratados referem-se as 
dores lombares, hérnias de disco, dores ciáticas, tensão muscular, restrições a 
movimentos, dores de cabeça e no pescoço, dores e problemas nas principais 
articulações dos ombros, tornozelos, cotovelos, joelhos, punhos que podem 
surgir de repente ou causados pela sistemática repetição de movimentos 
contínuos ou por meio de posturas erradas. 
Um dos diferenciais da quiropraxia é provocar no paciente o 
autoconhecimento de próprio corpo e inserir hábitos de bem-estar e de qualidade 
de vida para que futuramente, o paciente não volte a sofrer dos males antigos. 
A partir das práticas, irá começar a inserir novos e bons hábitos em sua rotina 
diária e por consequência terá mais qualidade de vida. Portanto, o método não 
serve apenas para aqueles que já estão doentes ou sofrendo com dores 
intermináveis, mas também para aqueles que desejam garantir boa saúde do 
corpo, como maneira preventiva. 
As sessões ajustam a musculatura e restauram a movimentação 
correta dos músculos, a técnica é indolor e consegue trazer alívio e conforto ao 
paciente. Em alguns casos, como de hérnia de disco problemáticas o paciente 
pode sentir um certo desconforto. Após as sessões pode-se sentir cansaço e 
sensação muscular de rigidez. A quantidade de sessões será avaliada pelo 
quiropraxia, no qual irá avaliar o quadro clinico e a forma com que o paciente irá 
reagir as primeiras sessões. 
Existem mais de cem técnicas para detectar e corrigir os 
desalinhamentos da coluna vertebral, algumas manuais e outras com auxilio de 
instrumentos específicos, todos com o mesmo objetivo, o de restabelecer a 
função normal do organismo retirando interferências da coluna. Através de uma 
avaliação detalhada poderá utilizar uma ou mais técnicas nos pacientes, 
utilizando as mais adequadas para cada situação. Fica evidenciado quatro 
técnicas mais utilizadas: 
• Técnica diversificada: é o recurso mais conhecido e utilizado pela 
maioria dos profissionais. Os ajustes são realizados através de 
manobras manuais em alta velocidade e baixa amplitude, sendo muito 
seguro, pois o quiropraxista faz o ajuste em vértebras especificas e 
não simplesmente estala tudo. Sendo possível também ajustar as 
extremidades, como braços, pés, punho e não somente a coluna 
vertebral. 
• Activator Methods: é uma técnica baseada em um instrumento de mão 
e em protocolos de ajuste. Neste método a força é gerado com o 
pequeno aparelho que proporciona um impulso, sendo mais leve e 
rápido. O parâmetro é através da checagem do comprimento das 
pernas e testes que indicam onde estão as subluxações. Pode ser 
utilizado em pacientes que não desejam manipulação manual. 
• Maca de flexão-distração: é uma mesa que pode realizar um 
tratamento completo com o paciente, que permanece deitado durante 
o tratamento. A mesa é capaz de ser ajustada à posição para que o 
tratamento seja completamente indolor. 
• Técnica Gastron: é voltada para diagnosticar e tratar doenças 
músculos esqueléticas relacionada ao tecido conjuntivo. Emprega um 
conjunto de seis ferramentas de aço inoxidável de forma e tamanho 
particular, a fim de detectar e resolver adesões nos músculos e 
tendões. 
O corpo funciona como uma máquina, que exige atenção e cuidados 
para que não quebre ou reduza seu rendimento. O papel da Quiropraxia está em 
dar melhores condições e orientar sobre as formas e cuidados corretos que 
devemos ter. Os relatos que mais são apresentados após uma sessão são a 
diminuição da dor, relaxamento da musculatura e aumento da mobilidade do 
corpo, os pacientes em sua maioria sentem o corpo mais leve, relaxado, alinhado 
e mais disposto para enfrentar as exigências físicas do dia a dia. 
 
• Osteopatia: 
 
A osteopatia é uma modalidade de cuidados de saúde centrada no 
paciente, que utiliza o contato manual para abordagem de disfunções somáticas 
e orgânicas, enfatizando a integridade estrutural e funcional do corpo. É 
considerada uma ciência baseada em conhecimentos biomédicos, 
fundamentada nos conceitos de unidade do corpo, a sua autorregulação e 
manutenção da saúde, através de procedimentos manuais que visam 
restabelecer o seu equilíbrio e de todo o organismo. A osteopatia define-se pelos 
princípios filosóficos que organizam as técnicas em função do modelo 
osteopatico de cuidados de saúde e não simplesmente pelas técnicas manuais 
utilizados. 
Utiliza um método de avaliação e tratamento próprio, que age através 
de técnicas manuais, aplicadas as articulações, músculos, fáscias, ligamentos, 
vísceras, tecido nervoso, vascular e linfático, tendo como objetivo restabelecera 
mobilidade perdida e dar o equilíbrio que estes vários sistemas necessitam. As 
alterações desses sistemas são originadas por diversas causas, como por 
exemplo pelo sedentarismo, mas posturas, esforços intensos, estilo de vida, 
stress e outras. 
É um profissional de saúde com formação reconhecida que possui 
conhecimentos, habilidades e atitudes adequados para abordagem dos 
pacientes e dos seus problemas de saúde com a utilização de técnicas manuais 
e palpatórias previstas nos tratados de Osteopatia e validadas pelas instituições 
representativas. Geralmente é um profissional autônomo que trabalha em 
clinicas privadas ou em instituições de saúde particulares ou públicas, 
trabalhando também em equipes multidisciplinares. Compete ao osteopata 
realizar o diagnostico funcional em um contexto holísticos e aplicar as técnicas 
manuais que promovam a recuperação da homeostasia, equilíbrio mecânico do 
conjunto. É tratada como uma forma de medicina alternativa que se vale de 
aplicação de técnicas manuais para o diagnósticos e tratamento de uma grande 
variedade de problemas de saúde, indicada para um melhor funcionamento 
fisiológico do corpo, envolve-se com o sistema musculoesquelético, articulações, 
fáscias, bem como promove uma melhora na circulação, nas funções do sistema 
nervoso e imunológico, digestivo e respiratório. Alguns estudos relatam que a 
osteopatia tem por finalidade restabelecer o equilíbrio corporal através da terapia 
manual, com base no principio de que o corpo é capaz de fabricar sus próprios 
processos curativos contra as doenças. 
As técnicas estão focadas no princípio de que a estrutura corporal e 
função são dependentes uma da outra. Segue algumas técnicas mais utilizadas 
para diagnosticar e tratar as disfunções: 
• Palpação: o osteopata irá palpar o local da dor, evidenciando 
edemas, e a partir desse momento o tratamento já começou; 
• Técnica dos tecidos moles: consiste numa pressão ritma, de 
alongamento e de tração, com objetivo de mover os líquidos dos 
tecidos e relaxar a musculatura; 
• Técnica miofascial: destina-se a tratar principalmente as estruturas 
miofasciais, é utilizada para alivio muscular, aumento da mobilidade 
de movimentos e equilíbrio corporal; 
• Manipulação: aplica uma alta velocidade e pressão de baixa 
amplitude para restaurar a mobilidade articular de uma região 
especifica, com esta técnica a articulação recupera a sua amplitude 
de movimento normal e recupera os reflexos neurais, o procedimento 
reduz ou anula os sinais físicos de disfunção somática; 
• Técnica muscular energética: o paciente é direcionado para utilizar 
a sua musculatura a partir de uma posição precisa em uma direção 
especifica contra uma força contraria aplicada pelo Osteopata. Com 
objetivo de restaurar o movimento, diminuir as alterações. 
A indicação de osteopatia se dá em casos de algias, tais como 
torcicolos, cervicalgias, dorsalgias, lombalgias agudas e crônicas, desequilíbrio 
da pelve, síndrome do piriforme , hérnias de disco, entre outras. Também é 
indicada nos casos de dores do membro superior, como nevralgias 
cervicobrânquias, periarterites escapulo umerais, parestesias, cotovelo de 
tenista, lesões por esforços repetitivos, síndrome de compressão do desfiladeiro 
escapulo torácico, e em determinadas dores do membro inferior, como ciáticas, 
cirurgias, tendinites, entroses. Dentro dos casos que são contraindicados, 
encontram-se os reumatismos inflamatórios, neoplasias ósseas malignas, 
fraturas, determinadas vertigens por insuficiência vertebro-basilar 
e osteoporose avançada, onde apenas algumas técnicas podem ser indicadas. 
 
 
 
 
 
 
https://www.infoescola.com/doencas/lombalgia/
https://www.infoescola.com/doencas/sindrome-do-piriforme/
https://www.infoescola.com/medicina/hernia-de-disco/
https://www.infoescola.com/medicina/tendinite/
https://www.infoescola.com/doencas/reumatismo/
https://www.infoescola.com/doencas/osteoporose/
CONCLUSÃO 
 
Apesar da Quiropraxia e a Osteopatia tratarem problemas 
semelhantes, com técnicas parecidas, as duas possuem algumas diferenças 
conceituais e praticas entre si, porém eles tem a mesma base na maioria dos 
casos, tratando da movimentação manual de estruturas do corpo, com dicas para 
conseguir levar um estilo de vida mais saudável. 
A diferença entre elas começa no local onde foram mais difundidas, 
enquanto a Quiropraxia se popularizou nos Estados Unidos, com foco na região 
da coluna e no sistema nervoso para diagnóstico e tratamento, a Osteopatia se 
popularizou na Europa, dando importância para a coluna, sistema nervoso e 
sistema circulatório. No diagnostico ambas utilizam a observação e o toque para 
identificar o problema, a quiropraxia geralmente utiliza outros métodos de 
diagnósticos como exames de sangue, de urina e raio-x. A osteopatia, por sua 
vez utiliza mais o exame físico. As duas técnicas tem como semelhança olhar o 
corpo como unidade totalmente interligada, e não somente como uma serie de 
peças individuais. 
A quiropraxia e a osteopatia partem do ponto que é possível curar as 
pessoas sem a utilização de medicamentos. Apesar da rivalidade que possa 
existir entre quiropraxistas e osteopatas, o mais importante dessas duas áreas, 
que ainda estão começando no Brasil é o poder de utilizar suas técnicas com um 
único objetivo, o bem-estar dos indivíduos na sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 
 
ASSOSSIAÇÃO BRASILEIRA DE QUIROPRAXIA. Quiropraxia: Relação 
Custo/Benefício, Países e Regulamentação. São Paulo. Disponível em 
http://www.quiropraxia.org.br/portal/index.php?option=com_content&view=cate
gory&layout=blog&i d=57&Itemid=109 
 
CHAPMAN-SMITH, D A. Quiropraxia: uma profissão na área da saúde: 
educação, prática, pesquisa e rumos futuros. São Paulo, SP: Anhenbi Morumbi, 
2001. 
 
COURTENAY, A. Os Fundamentos da Quiropraxia de McTimoney. Rio de 
Janeiro. Editora Nova Era, 2005. 
 
RICARD, F. Tratamento osteopático das lombalgias e ciáticas. Rio de Janeiro: 
Atlântica, 2001. 
 
RICHARD, F. Tratado de Osteopatia. São Paulo: Robe, 1996.