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1 Laís Flauzino | TUTORIA 4°P | MEDICINA SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE HUMAA E PLANEJAMENTO FAMILIAR PROBLEMA 2M2 SÍNDROMES HIPERTENSIVAS DA GESTAÇÃO: o Uma PAS ≥ 140mmHg ou PAD≥ 90mmHg nos faz pensar nas Síndromes Hipertensivas da Gestação: HAS crônica, o HAS transitória da gestação, o Pré-eclâmpsia ou o HAS crônica sobreposta por pré-eclâmpsia. A conclusão de qual síndrome hipertensiva estamos pensando irá depender da idade gestacional, sinais e sintomas e critérios laboratoriais. Lembrando que esses valores de PA devem ser confirmados após 5 minutos de repouso. Critérios de gravidade: cefaleia persistente é um sinal de eminencia de eclampsia e o ganho de peso pode ser um sinal de retenção hídrica podendo ser um sinal de alerta. Doença trofoblástica gestacional: situação em que há elevação da PA sistólica maior ou igual a 140mmHg ou diastólica maior ou igual a 90mmHg antes das 20 semanas de gestação. Antes de fechar o diagnóstico de HAS crônica, uma causa de devemos excluir em uma gestante que apresenta PA elevada antes de 20 semanas de gestação é a Doença Trofoblástica gestacional. É uma causa importante de sangramento de primeira metade da gestação e pode cursar com: o altura de fundo uterino maior do que o esperado para a idade gestacional o náuseas e vômitos exacerbados o sinais e sintomas de hipertireoidismo o cistos tecaluteínicos nos ovários o elevação de PA HAS CRÔNICA: Definimos HAS crônica na gestação quando temos valores de PA sistólica maior ou igual a 140mmHg ou PA diastólica maior ou igual 90mmHg ates de 20 semanas de gestação e persistentes após 12 semanas do parto. HAS GESTACIONAL: PA elevada após 20 semanas de gestação e antes de 12 semanas após o parto nos leva a pensar que essa elevação se deve à gestação e não a HAS crônica. Sem sinais, sintomas e laboratoriais sugestivos de pré- eclâmpsia. Se uma mulher diagnosticada com HAS transitória da gestação persistir com a pressão arterial elevada após 12 semanas do parto, dizemos que ela possui HAS crônica. Após 12 semanas do parto, espera-se que a mulher com HAS transitória retorne aos níveis normais de pressão arterial PRÉ-ECLÂMPSIA: Fatores de risco: o Primípara o Historia previa de PE o Historia familiar o Gestação em extremos de idade o Gestação gemelar o Doença trofoblástica gestacional o Diabetes o Raça negra o Obesidade o Trombofilias 2 Laís Flauzino | TUTORIA 4°P | MEDICINA Produção de endotelina aumentada: promovem a vasoconstrição e aumentam a PA. Produção de prostaciclina diminuída: potente vasodilatador e inibidor da agregação plaquetária. Fisiopatologia: Na pré-eclâmpsia, a invasão trofoblástica nas artérias espiraladas é incompleta ou mesmo ausente, e, consequentemente, não há vasodilatação sistêmica. Doc, basicamente, em condições normais, os vasos placentários "perdem" a camada muscular, dilatando- se e fornecendo uma grande quantidade de sangue ao espaço interviloso. Na pré-eclâmpsia, isso não ocorre, o que resulta em hipóxia local e ativação inflamatória e endotelial sistêmica no organismo materno. Como consequência temos principalmente o vasoconstrição e consequente aumento da resistência vascular periférica (o que explica a hipertensão) o alteração da permeabilidade vascular (responsável pelo edema) o ativação do sistema de coagulação A doença hipertensiva específica da gestação (DHEG), também conhecida como pré-eclâmpsia, pode ser dividida em precoce e tardia. o DHEG precoce: antes de 34 semanas. o DHEG tardia: após 34 semanas. Critérios diagnósticos: O critério obrigatório é a presença de PA elevada apos a 20ª semana. A esse critério, deve estar associado qualquer um dos outros critérios citados: o Proteinúria de 23h > 300mg/dl o Proteinúria/creatiúria > 0,3 em amostra isolada o Qualquer sinal de eclampsia, síndrome hellp ou disfunção de órgão alvo. Lembrando que a proteinúria pode ser medida em fita, e é considerada positiva se apresentar pelo menos uma cruz em 4 cruzes (+/4)! Consideramos uma pré-eclâmpsia com sinais de gravidade se a PA sistólica e diastólica apresentarem valores maior ou igual a 160 ou 110 mmHg. Lembrando que esses valores de PA devem ser confirmados após 15 mitutos de repouso. Critérios de gravidade para pré-eclâmpsia: o Creatinina ≥ 1,2 o Sinais de Eclâmpsia ou síndrome HELLP o Dificuldade de controle da HAS com 3 drogas o Restrição de crescimento intrauterino ou Oligoâmnio o Disfunção em órgão alvo materno o Ácido úrico ≥ 6 ✓ PA persistente maior ou igual a 160/100 mmHg e proteinúria maciça maior que 5g em 24h indicam pré-eclâmpsia grave. ✓ A eclampsia pode ocorrer até mesmo no puerpério, pois nessa fase o corpo da mulher ainda está voltando a sua fisiologia normal. Caso clínico: Paciente em iminência de eclâmpsia (sinais premonitórios), sendo indicado sulfato de magnésio. Após a sulfatação, usa-se a hidralazina ou nifedipina caso a pressão se mantenha aumentada. A via de parto deve ser avaliada de acordo com a vitalidade fetal! 3 Laís Flauzino | TUTORIA 4°P | MEDICINA HAS SOBREBOSTA POR PE: Gestante possui HAS crônica antes da gestação e após a 20ª semana ela começa a apresentar agravamento da PA ou proteinúria. á não bastava ela ter HAS antes da gestação (HAS crônica), agora ela tem uma falha da invasão das artérias espiraladas, causando pré-eclâmpsia, com agravamento ainda maior da PA e surgimento de proteinúria ou, ainda, lesão/disfunção de órgão-alvo. Caso a gestante já tivesse proteinúria antes da gestação, consideraremos que há pré-eclâmpsia sobreposta se ela apresentar um aumento de 3x o valor inicial. PROBLEMA 3M2: DIABETES GESTACIONAL: Lactogênio placentário, prolactina e cortisol tem seus níveis aumentados com a gestação e promovem aumento da resistência a insulina nos tecidos periférico, levando a mãe à hiperglicemia. Frente à essa hiperglicemia, o pâncreas tenta produzir mais insulina. Nas mulheres em que essa produção de insulina "extra" não é suficiente para vencer a resistência à insulina, desenvolve-se a diabetes gestacional. Mulheres com diabetes melitus prévio à gestação tem maior risco de malformações fetais. Segundo OMS: Considera-se DMG, quando a glicemia de jejum for de 92 a 125 mg/dL, 1 hora “maior que” 180mg/dL ou 2 horas de 153 a 199mg/dL, sendo que um ponto alterado na curva já faz diagnóstico. Realiza-se o Teste de Tolerância Oral á Glicose (TOTG)75g em jejum, 1 hora e 2 horas. Se tivermos pelo menos um valor dessas 3 amostras nos seguintes valores, já diagnosticamos DMG o Jejum: 92 a 125mg/dL o Primeira hora: >180mg/dL o Segunda hora: Entre 153 e 199mg/dL Valores de Teste de Tolerância Oral á Glicose (TOTG)75g na segunda hora maiores que 200mg/dL fecham o diagnóstico de Diabetes Melitus prévio e não DMG! o Uma glicemia de jejum de 121 mg/dL fecha o diagnóstico de diabetes melitus gestacional. Antes de 20 semanas de gestação solicitamos a glicemia de jejum. Valores entre 92 e 125mg/dL fecham o diagnóstico para DMG. o TOTG 75g é solicitado apenas a partir da 24ª semana de gestação. na primeira hora maior que 180mg/dL já diagnóstica DMG. o Glicemia de jejum com valores acima de 126 mg/dL, mesmo durante a gestação, já confirma o diagnóstico de DM prévio a gestação. o Os valores de glicemia na DMG aumentam mais acentuadamente a partir da 20ª semana de gestação. logo, se antes das 20 semanas a paciente apresentar glicemia <92mg/dL, entre 24 e 28 semanas ela deve ser submetida ao TOTG. Uma gestante com diagnóstico de DMG deve ter sua glicemia reavaliada 6 semanas após o parto – TOTG75g apenas jejum e 2 horas. 4 Laís Flauzino | TUTORIA 4°P | MEDICINA FATORES DE RISCO: o DMG prévio o Obesidade o Síndromes hipertensivas o Idade maior ou igual a 35 anos o Bebe GIG o Polidrâmnio o HAS o SOP o Doença arterial ateroscleróticaCOMPLICAÇÕES FETAIS DECORRENTES DA DMG: Devido à hiperinsulinemia fetal, há maior risco de hipoglicemia neonatal. Em um quadro de DMG esperamos uma hiperglicemia e uma hiperinsulinemia materna, no entanto, como a insulina não é transferida ao feto via placentária, apenas a glicose é, ocorre hiperglicemia fetal, o que faz com que o feto produza MUITA insulina, resultando em um quadro de hipoglicemia neonatal! Devido à hiperglicemia fetal, há maior chance de polidrâmnio. (líquido amniótico excessivo) A hiperglicemia materna é transferida ao feto. Com a glicemia alta e o aumento da osmolaridade plasmática, o bebê passa a urinar mais, causando polidrâmnio. Caso clínico: Gestante, 31 anos de idade, 2G 1P (natimorto de termo) com diagnóstico de diabetes mellitus gestacional estabelecido com 34 semanas, foi orientada a realizar atividade física diária e dieta para diabetes. A gestante, pouco aderente ao tratamento, não seguiu as orientações e retornou com 36 semanas, quando foi constatado, à ultrassonografia, que o feto apresentava peso no percentil 99, polidrâmnio e diminuição da movimentação fetal. Nessa situação, a conduta é: Internação e resolução da gestação - Diminuição de movimentação fetal e diabetes gestacional não controlada, próxima ao termo, indica-se resolução da gestação pelo alto risco de óbito fetal intraútero! Lembrando que devemos realizar uma amniocentese evacuadora antes de induzir o parto para evitar complicações, como hemorragia e atonia uterina, por conta do polidrâmnio! Corticoterapia só se indica antes de 34 semanas. Uma primegesta de 35 semanas, com quadro de DMG, faz uso de insulina NPH e regular desde a 26ª semana. mantinha bom controle glicêmico, mas há alguns dias vem apresentando hipoglicemia frequente, apesar de estar utilizando insulina corretamente e não ter alterações na dieta. A hipótese diagnóstica que pode justificar a hipoglicemia é: Insuficiência placentária - A placenta produz hormônios como lactogênio placentário que causam resistência à insulina, causando hiperglicemia. É por isso que a gestante com diabetes gestacional deve fazer uso de insulina. Se a placenta está insuficiente (ou seja, se ocorre insuficiência placentária) a placenta produz menos lactogênio placentário, o que resulta em menor resistência a insulina. Logo, não haverá hiperglicemia. Se a gestante continuar utilizando insulina, mesmo tendo uma glicemia normal, o que vai ocorrer é justamente hipoglicemia, que é o que ocorre no caso descrito na questão. Primigesta de 10 semanas, assintomática, sem antecedentes pessoais ou familiares dignos de nota e com peso normal, comparece ao pré-natal com um exame recente de glicemia de jejum de 95 mg/dL. De acordo com o consenso Rastreamento e diagnóstico de diabetes mellitus gestacional no Brasil, de 2017 (OPASM) o diagnóstico de diabetes mellitus gestacional já está estabelecido. Glicemia de jejum entre 92 e 126mg/dL fecha o diagnóstico de diabetes 5 Laís Flauzino | TUTORIA 4°P | MEDICINA melitus gestacional, independente da idade gestacional! Paciente com diagnóstico pré-natal de diabetes gestacional realizado no teste de tolerância à glicose com 26 semanas, controlada com insulina NPH e regular. No pós-parto imediato a prescrição deve contemplar: Dieta geral e suspensão da terapêutica hipoglicemiante, sem controle de glicemia. Com o término da gestação, podemos pressupor que há o encerramento da doença. Logo, sem necessidade de uso de medicações. Porém, como há risco aumentado para o desenvolvimento de DM2, deve-se realizar avaliação da glicemia após 6 semanas do parto! PARTO: O parto possui 4 fases que ocorrem em sequência: o Dilatação – fases latente e ativa o Expulsão do bebê que vai até a saída do bebê do corpo materno o Dequitação/secundamento da placenta o Período de Greenberg – primeira hora após dequitação. Dilatação: A saída do tampão mucoso (plug de muco que impede a subida de bactérias pelo óstio cervical externo) ocorre na fase latente da dilatação. Aspecto de clara em ovo. Não existe tempo máximo para a fase latente da dilatação. Em primigestas, primeiro ocorre o apagamento do colo e só depois a dilatação. A fase ativa da dilatação inicia quando o colo atinge a dilatação de 5cm sendo acompanhada de 3-4 contrações a cada 10 minutos. Devemos avaliar o BCF a cada 15-30 minutos nessa fase, uma vez existe um risco maior do bebê entrar em sofrimento fetal nessa fase, o que muitas vezes é indicado pela redução dos batimentos cardíacos fetais! o avaliação dos BCF a cada 15-30 minutos o toque vaginal a cada 2-4 horas o dinâmica uterina a cada hora Dequitação: Pode-se esperar até 30 min após a saída do bebê para que a placenta saia. Caso se passem os 30 min faz-se a curagem sob sedação. Baudeloque Duncan é quando o lado materno se despreende primeiro (lembre da Zélia Duncan). Logo, primeiro sangra, e depois a placenta vem para fora! Baudeloque Schultz ocorre quando o lado fetal da placenta se despreende primeiro. Logo, primeiro sai a placenta e depois ocorre sangramento! É apresentação mais comum da saída da placenta. A maioria dura de 5 a 10 minutos, mas podem durar até 30 min sem necessidades de manobras antes disso. 6 Laís Flauzino | TUTORIA 4°P | MEDICINA MECANISMOS DO PARTO: Possui 6 tempos que ocorrem em sequencia: o Insinuação o Descida o Rotação interna o Desprendimento o Rotação externa o Desprendimento das escápulas 1-tudo começa com a insinuação do bebê no estreito superior da bacia materna (o famoso "encaixe"). 2-ao encaixar, o bebê faz o movimento de flexão da cabeça, permitindo sua descida até o assoalho pélvico. 3-na chegada ao assoalho pélvico, como ele ainda está dentro da mãe, ele faz a rotação interna (rodando para occpito púbica ou occipto sacra) 4-com essa rotação, o bebê consegue, então, sair para fora da vagina com o movimento de extensão da cabeça (também chamado de desprendimento). 5-imediatamente após o desprendimento, ele está fora da mãe, então faz uma rotação externa para a mesma variedade de posição que estava na insinuação. 6-após sair a cabeça faltam sair os ombros (desprendimento das espáduas). O primeiro tempo do mecanismo de parto é a insinuação (encaixe) e ocorre no estreito superior da bacia; na maioria das vezes, no plano zero de De Lee. A maioria da insinuações ocorre na altura das espinhas bi-isquiáticas (plano zero). Ao insinuar, o bebê faz a flexão da cabeça, apresentando o diâmetro craniano subocciptobregmático, que permite a sua descida até o assoalho pélvico. 6° tempo: Ocorre primeiro o desprendimento do ombro anterior, e o médico pode ajudar nesse desprendimento com movimento para baixo. Na sequência, ocorre o desprendimento do ombro posterior, e o médico pode ajudar nesse desprendimento com movimento para cima! PROBLEMA 4M2: As hemorragias da segunda metade da gravidez são aquelas que ocorrem após a 20ª semana de gestação. As mais importantes são: o Descolamento prematuro de placenta o Placenta prévia o Rotura uterina o Rotura de vasa prévia PLACENTA PRÉVIA: Quando a placenta está implantada sobre a abertura do colo do útero em vez de na parte superior. A Placenta de inserção baixa deve ser suspeitada nos casos de sangramento indolor após coito em gestante com mais de 20 semanas. Só pode ser confirmada após 28 semanas de gestação pois antes disso, pode ter a migração do local de inserção da placenta. A inserção velamentosa de cordão está muito relacionado com placenta prévia. 7 Laís Flauzino | TUTORIA 4°P | MEDICINA Provoca apresentações fetais anômalas. FATORES DE RISCO: o Idade materna avançada o Gemelidade o Curetagens uterinas e cesariana (cicatriz uterina) o Multiparidade o Tabagismo COMPLICAÇÕES: O acretismo placentário é uma complicação na placenta prévia que pode ocasionar hemorragia severa pós-parto, levando,muitas vezes, à necessidade de realização de histerectomia. Acretismo placentário significa qualquer implantação placentária na qual há aderência anormalmente firme à parede uterina. A placenta não se descola facilmente da parede uterina ao nascimento. o Placenta acreta: vilosidades penetram mais profundamente no endométrio, até a camada esponjosa – histerectomia (pode-se antes tentar realizar retirada manual) o Placenta increta – vilosidades penetram até o miométrio – histerectomia o Placenta percreta – vilosidades alcançam a serosa – histerectomia. ✓ Má apresentação fetal ✓ Ruptura prematura das membranas ✓ Restrição do crescimento fetal ✓ Vasa previa ✓ Inserção vilamentosa do cordão umbilical CARACTERÍSTICAS: Final do 2° e inicio do 3° trimestre. o Prolongada/progressiva o Repetitivo o Espontâneo o Vermelho o Indolor o Ausência de hipertonia uterina Tônus uterino costuma ser normal. CASO CLÍNICO: Gestante de 33 anos, G4P3A0C2 e idade gestacional de 27 semanas e 4 dias, apresenta sangramento vaginal há 1 hora. Nega outras queixas. Exame físico: PA 120X70mmHg, FC 88 bpm, altura uterina 25 cm, tônus uterino normal, dinâmica uterina negativa, situação transversa, BCF 144 bpm. Exame especular: presença de pequena quantidade de sangue se exteriorizando pelo orifício cervical externo. A conduta é: - solicitar ultrassonografia. Pois o diagnóstico mais provável é placenta prévia, e com essa suspeita deve-se evitar o toque vaginal, pois pode aumentar a quantidade de sangramento. DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA: Definido como a separação da placenta da parede uterina antes do parto – pode ser parcial ou total. Classificação de Sher: Grau 1: sangramento discreto, sem hipertonia. Grau 2: sangramento moderado, contrações tetânicas, taquicardia materna alterações PA. Grau 3: sangramento importante com hipertonia uterina. Hipotensão materna e óbito fetal. FATORES PREDISPONENTES: o Hipertensão arterial – é o principal, encontrado em até 50% dos casos de DPP o Traumatismo o Tabagismo o Uso de cocaína o RMPO – rotura prematura de membranas ovulares o Idade materna avançada o DPP em gestação anterior A ausência de hipertensão não exclui DPP. CARACTERÍSTICAS: o Sangramento escuro o Dor o Hipertonia uterina o Sofrimento fetal agudo Tríade clássica do DPP: sangramento vaginal, útero hipertônico e hipertensão. Conduta: A conduta no DPP é parto pela via mais rápida, que no caso será cesariana. Motivo da cesariana ➡ Paciente com apenas 5cm de colo pérvio Se estivesse no período expulsivo, indução do parto estaria correta. CASO CLÍNICO: Mulher, G3P2, com idade gestacional = 36 semanas, deu entrada no pronto-socorro com queixa de sangramento abundante e dor abdominal intensa. Ao exame: pressão arterial = 160x100mmHg, frequência cardíaca = 100 batimentos/minuto, altura uterina = 35cm, batimentos cardíacos fetais (BCF) = 140 batimentos/minuto. Dinâmica uterina: útero de consistência lenhosa, difícil avaliação de contratilidade uterina. Exame especular: sangramento em grande quantidade, com coágulos. Toque vaginal: dilatação do colo uterino = 4 cm, 80% esvaecido, anterior, amnioscopia com líquido sanguinolento. Qual o diagnóstico para o caso? Descolamento prematuro de placenta. Pistas: o Hipertensão arterial – principal fator de risco para DPP o Sangramento abundante e agudo o Dor abdominal intensa o Útero de consistência lenhosa (hipertonia uterina) MRP, 37 anos, 4G3P0A, IG = 33S 5d, hipertensa crônica em uso de Metildopa 1g/dia e tabagista de 5 cigarros/dia. Ultrassom obstétrico sem alterações, 8 Laís Flauzino | TUTORIA 4°P | MEDICINA realizado há 1 semana. Dá entrada no pronto-socorro com queixa de dor abdominal súbita acompanhada de sangramento vaginal em moderada quantidade, além de tontura. Ao exame físico de entrada: PA = 100 x 70 mmHg, FC = 110bpm, hipertonia uterina e BCF (batimentos cardíacos fetais) = 90bpm. Exame especular com sangramento ativo pelo colo do útero e toque vaginal mostrando dilatação cervical de 3 cm. Qual o diagnóstico mais provável e a melhor conduta, respectivamente? Paciente com 33 semanas, hipertensa crônica, com dor abdominal súbita e sangramento vaginal em moderada quantidade. o Pressão de 100x70 em uma paciente hipertensa podem indicar choque o Somados a hipertonia uterina e sofrimento fetal agudo, a hipótese mais provável é um descolamento prematuro de placenta. o Sobre as condutas: A amniotomia serve para melhorar a oxigenação do feto e retardar a progressão do hematoma retroplacentário. Multípara de 36 semanas refere intensa dor abdominal há 30 minutos, com sangramento vaginal vivo que começou há cerca de 15 minutos. Ao exame, a pressão arterial é normal, a frequência cardíaca fetal é de 60bpm, o colo está pérvio para 5 cm e a bolsa é integra. O útero encontra-se hipertônico. Há sangue na vagina em moderada quantidade, saindo do colo do útero. Um dos diagnósticos e a conduta, são, respectivamente: Deslocamento prematuro da placenta e cesárea. ROTURA UTERINA: CARACTERÍSTICAS: o Dor intensa que cessa após a rotura o Sangramento vermelho vivo o Sofrimento fetal agudo Sinais de iminência de rotura uterina: o Sinal de Bandl – distensão do seguimento inferior do útero, formando uma depressão em faixa infraumbilical. o Sinal de Frommel – estiramento dos ligamentos redondos, desviando o útero anteriormente. Caso clínico: Mulher, 35ª, G5P4C1A0, com último parto há 10 anos. É admitida em trabalho de parto, com dilatação de 8 cm, bolsa rota e polo cefálico apoiado. Antecedente pessoal: diabetes gestacional controlado com dieta. Após 3 horas, evoluiu com dilatação total, apresentação no plano -3 de De Lee e 5 contrações fortes em 10 minutos. O exame clínico evidencia a situação abaixo: Subitamente, apresenta quadro de sangramento vaginal em moderada quantidade e queda da pressão arterial acompanhada de taquicardia. O diagnóstico é: Rotura uterina o Parto de evolução demorada ➡ Evoluiu para sangramento vaginal e para uma "depressão no abdome" o Na imagem podemos ver o sinal de Bandl ➡ Separação entre segmento inferior e superior do útero ➡ Iminência de rotura uterina. o Por isso, nosso diagnóstico mais provável é de uma rotura uterina.
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