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Revisão Tutoria Módulo II - Saúde da Mulher, Sexualidade e Planejamento Familiar

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1 Laís Flauzino | TUTORIA 4°P | MEDICINA 
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE HUMAA E 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
PROBLEMA 2M2 
SÍNDROMES HIPERTENSIVAS DA 
GESTAÇÃO: 
o Uma PAS ≥ 140mmHg ou PAD≥ 90mmHg nos faz 
pensar nas Síndromes Hipertensivas da 
Gestação: HAS crônica, 
o HAS transitória da gestação, 
o Pré-eclâmpsia ou 
o HAS crônica sobreposta por pré-eclâmpsia. 
A conclusão de qual síndrome hipertensiva estamos 
pensando irá depender da idade gestacional, sinais e 
sintomas e critérios laboratoriais. Lembrando que 
esses valores de PA devem ser confirmados após 5 
minutos de repouso. 
 
Critérios de gravidade: cefaleia persistente é um sinal 
de eminencia de eclampsia e o ganho de peso pode 
ser um sinal de retenção hídrica podendo ser um sinal 
de alerta. 
 
Doença trofoblástica gestacional: situação em que há 
elevação da PA sistólica maior ou igual a 140mmHg 
ou diastólica maior ou igual a 90mmHg antes das 20 
semanas de gestação. 
Antes de fechar o diagnóstico de HAS crônica, uma 
causa de devemos excluir em uma gestante que 
apresenta PA elevada antes de 20 semanas de 
gestação é a Doença Trofoblástica gestacional. É uma 
causa importante de sangramento de primeira 
metade da gestação e pode cursar com: 
o altura de fundo uterino maior do que o 
esperado para a idade gestacional 
o náuseas e vômitos exacerbados 
o sinais e sintomas de hipertireoidismo 
o cistos tecaluteínicos nos ovários 
o elevação de PA 
 
HAS CRÔNICA: 
Definimos HAS crônica na gestação quando temos 
valores de PA sistólica maior ou igual a 140mmHg ou 
PA diastólica maior ou igual 90mmHg ates de 20 
semanas de gestação e persistentes após 12 semanas 
do parto. 
HAS GESTACIONAL: 
PA elevada após 20 semanas de gestação e antes de 
12 semanas após o parto nos leva a pensar que essa 
elevação se deve à gestação e não a HAS crônica. 
Sem sinais, sintomas e laboratoriais sugestivos de pré-
eclâmpsia. 
Se uma mulher diagnosticada com HAS transitória da 
gestação persistir com a pressão arterial elevada após 
12 semanas do parto, dizemos que ela possui HAS 
crônica. Após 12 semanas do parto, espera-se que a 
mulher com HAS transitória retorne aos níveis normais 
de pressão arterial 
 
PRÉ-ECLÂMPSIA: 
 
Fatores de risco: 
o Primípara 
o Historia previa de PE 
o Historia familiar 
o Gestação em extremos de idade 
o Gestação gemelar 
o Doença trofoblástica gestacional 
o Diabetes 
o Raça negra 
o Obesidade 
o Trombofilias 
 
2 Laís Flauzino | TUTORIA 4°P | MEDICINA 
 
Produção de endotelina aumentada: promovem a 
vasoconstrição e aumentam a PA. 
Produção de prostaciclina diminuída: potente 
vasodilatador e inibidor da agregação plaquetária. 
Fisiopatologia: 
Na pré-eclâmpsia, a invasão trofoblástica nas artérias 
espiraladas é incompleta ou mesmo ausente, e, 
consequentemente, não há vasodilatação sistêmica. 
Doc, basicamente, em condições normais, os vasos 
placentários "perdem" a camada muscular, dilatando-
se e fornecendo uma grande quantidade de sangue 
ao espaço interviloso. Na pré-eclâmpsia, isso não 
ocorre, o que resulta em hipóxia local e ativação 
inflamatória e endotelial sistêmica no organismo 
materno. Como consequência temos principalmente 
o vasoconstrição e consequente aumento da 
resistência vascular periférica (o que explica a 
hipertensão) 
o alteração da permeabilidade vascular 
(responsável pelo edema) 
o ativação do sistema de coagulação 
 
 
A doença hipertensiva específica da gestação 
(DHEG), também conhecida como pré-eclâmpsia, 
pode ser dividida em precoce e tardia. 
o DHEG precoce: antes de 34 semanas. 
o DHEG tardia: após 34 semanas. 
 
Critérios diagnósticos: 
O critério obrigatório é a presença de PA elevada 
apos a 20ª semana. A esse critério, deve estar 
associado qualquer um dos outros critérios citados: 
o Proteinúria de 23h > 300mg/dl 
o Proteinúria/creatiúria > 0,3 em amostra isolada 
o Qualquer sinal de eclampsia, síndrome hellp ou 
disfunção de órgão alvo. 
Lembrando que a proteinúria pode ser medida em 
fita, e é considerada positiva se apresentar pelo 
menos uma cruz em 4 cruzes (+/4)! 
 
Consideramos uma pré-eclâmpsia com sinais de 
gravidade se a PA sistólica e diastólica apresentarem 
valores maior ou igual a 160 ou 110 mmHg. 
Lembrando que esses valores de PA devem ser 
confirmados após 15 mitutos de repouso. 
Critérios de gravidade para pré-eclâmpsia: 
o Creatinina ≥ 1,2 
o Sinais de Eclâmpsia ou síndrome HELLP 
o Dificuldade de controle da HAS com 3 drogas 
o Restrição de crescimento intrauterino ou 
Oligoâmnio 
o Disfunção em órgão alvo materno 
o Ácido úrico ≥ 6 
 
✓ PA persistente maior ou igual a 160/100 mmHg e 
proteinúria maciça maior que 5g em 24h indicam 
pré-eclâmpsia grave. 
✓ A eclampsia pode ocorrer até mesmo no 
puerpério, pois nessa fase o corpo da mulher 
ainda está voltando a sua fisiologia normal. 
 
Caso clínico: 
 
Paciente em iminência de eclâmpsia (sinais 
premonitórios), sendo indicado sulfato de magnésio. 
Após a sulfatação, usa-se a hidralazina ou nifedipina 
caso a pressão se mantenha aumentada. A via de 
parto deve ser avaliada de acordo com a vitalidade 
fetal! 
 
3 Laís Flauzino | TUTORIA 4°P | MEDICINA 
 
 
HAS SOBREBOSTA POR PE: 
Gestante possui HAS crônica antes da gestação e 
após a 20ª semana ela começa a apresentar 
agravamento da PA ou proteinúria. 
á não bastava ela ter HAS antes da gestação (HAS 
crônica), agora ela tem uma falha da invasão das 
artérias espiraladas, causando pré-eclâmpsia, com 
agravamento ainda maior da PA e surgimento de 
proteinúria ou, ainda, lesão/disfunção de órgão-alvo. 
Caso a gestante já tivesse proteinúria antes da 
gestação, consideraremos que há pré-eclâmpsia 
sobreposta se ela apresentar um aumento de 3x o 
valor inicial. 
 
 
PROBLEMA 3M2: 
DIABETES GESTACIONAL: 
Lactogênio placentário, prolactina e cortisol tem seus 
níveis aumentados com a gestação e promovem 
aumento da resistência a insulina nos tecidos 
periférico, levando a mãe à hiperglicemia. 
Frente à essa hiperglicemia, o pâncreas tenta produzir 
mais insulina. Nas mulheres em que essa produção de 
insulina "extra" não é suficiente para vencer a 
resistência à insulina, desenvolve-se a diabetes 
gestacional. 
 
Mulheres com diabetes melitus prévio à gestação tem 
maior risco de malformações fetais. 
 
Segundo OMS: 
Considera-se DMG, quando a glicemia de jejum for 
de 92 a 125 mg/dL, 1 hora “maior que” 180mg/dL ou 
2 horas de 153 a 199mg/dL, sendo que um ponto 
alterado na curva já faz diagnóstico. 
 
Realiza-se o Teste de Tolerância Oral á Glicose 
(TOTG)75g em jejum, 1 hora e 2 horas. Se tivermos 
pelo menos um valor dessas 3 amostras nos seguintes 
valores, já diagnosticamos DMG 
o Jejum: 92 a 125mg/dL 
o Primeira hora: >180mg/dL 
o Segunda hora: Entre 153 e 199mg/dL 
Valores de Teste de Tolerância Oral á Glicose 
(TOTG)75g na segunda hora maiores que 200mg/dL 
fecham o diagnóstico de Diabetes Melitus prévio e 
não DMG! 
 
 
o Uma glicemia de jejum de 121 mg/dL fecha o 
diagnóstico de diabetes melitus gestacional. 
Antes de 20 semanas de gestação solicitamos a 
glicemia de jejum. Valores entre 92 e 125mg/dL 
fecham o diagnóstico para DMG. 
o TOTG 75g é solicitado apenas a partir da 24ª 
semana de gestação. na primeira hora maior que 
180mg/dL já diagnóstica DMG. 
o Glicemia de jejum com valores acima de 126 
mg/dL, mesmo durante a gestação, já confirma o 
diagnóstico de DM prévio a gestação. 
o Os valores de glicemia na DMG aumentam mais 
acentuadamente a partir da 20ª semana de 
gestação. logo, se antes das 20 semanas a 
paciente apresentar glicemia <92mg/dL, entre 24 
e 28 semanas ela deve ser submetida ao TOTG. 
 
Uma gestante com diagnóstico de DMG deve ter sua 
glicemia reavaliada 6 semanas após o parto – 
TOTG75g apenas jejum e 2 horas. 
 
4 Laís Flauzino | TUTORIA 4°P | MEDICINA 
 
FATORES DE RISCO: 
o DMG prévio 
o Obesidade 
o Síndromes hipertensivas 
o Idade maior ou igual a 35 anos 
o Bebe GIG 
o Polidrâmnio 
o HAS 
o SOP 
o Doença arterial ateroscleróticaCOMPLICAÇÕES FETAIS DECORRENTES DA 
DMG: 
Devido à hiperinsulinemia fetal, há maior risco de 
hipoglicemia neonatal. 
Em um quadro de DMG esperamos uma 
hiperglicemia e uma hiperinsulinemia materna, no 
entanto, como a insulina não é transferida ao feto 
via placentária, apenas a glicose é, ocorre 
hiperglicemia fetal, o que faz com que o feto produza 
MUITA insulina, resultando em um quadro de 
hipoglicemia neonatal! 
Devido à hiperglicemia fetal, há maior chance de 
polidrâmnio. (líquido amniótico excessivo) 
A hiperglicemia materna é transferida ao feto. Com a 
glicemia alta e o aumento da osmolaridade 
plasmática, o bebê passa a urinar mais, causando 
polidrâmnio. 
 
Caso clínico: 
Gestante, 31 anos de idade, 2G 1P (natimorto de 
termo) com diagnóstico de diabetes mellitus 
gestacional estabelecido com 34 semanas, foi 
orientada a realizar atividade física diária e dieta para 
diabetes. A gestante, pouco aderente ao tratamento, 
não seguiu as orientações e retornou com 36 
semanas, quando foi constatado, à ultrassonografia, 
que o feto apresentava peso no percentil 99, 
polidrâmnio e diminuição da movimentação fetal. 
Nessa situação, a conduta é: 
Internação e resolução da gestação - Diminuição de 
movimentação fetal e diabetes gestacional não 
controlada, próxima ao termo, indica-se resolução da 
gestação pelo alto risco de óbito fetal intraútero! 
Lembrando que devemos realizar uma amniocentese 
evacuadora antes de induzir o parto para evitar 
complicações, como hemorragia e atonia uterina, por 
conta do polidrâmnio! 
 
Corticoterapia só se indica antes de 34 semanas. 
 
Uma primegesta de 35 semanas, com quadro de 
DMG, faz uso de insulina NPH e regular desde a 26ª 
semana. mantinha bom controle glicêmico, mas há 
alguns dias vem apresentando hipoglicemia 
frequente, apesar de estar utilizando insulina 
corretamente e não ter alterações na dieta. A hipótese 
diagnóstica que pode justificar a hipoglicemia é: 
Insuficiência placentária - A placenta produz 
hormônios como lactogênio placentário que causam 
resistência à insulina, causando hiperglicemia. É por 
isso que a gestante com diabetes gestacional deve 
fazer uso de insulina. 
 Se a placenta está insuficiente (ou seja, se ocorre 
insuficiência placentária) a placenta produz menos 
lactogênio placentário, o que resulta em menor 
resistência a insulina. Logo, não haverá hiperglicemia. 
Se a gestante continuar utilizando insulina, mesmo 
tendo uma glicemia normal, o que vai ocorrer é 
justamente hipoglicemia, que é o que ocorre no caso 
descrito na questão. 
 
Primigesta de 10 semanas, assintomática, sem 
antecedentes pessoais ou familiares dignos de nota e 
com peso normal, comparece ao pré-natal com um 
exame recente de glicemia de jejum de 95 mg/dL. De 
acordo com o consenso Rastreamento e diagnóstico 
de diabetes mellitus gestacional no Brasil, de 2017 
(OPASM) o diagnóstico de diabetes mellitus 
gestacional já está estabelecido. Glicemia de jejum 
entre 92 e 126mg/dL fecha o diagnóstico de diabetes 
 
5 Laís Flauzino | TUTORIA 4°P | MEDICINA 
melitus gestacional, independente da idade 
gestacional! 
 
Paciente com diagnóstico pré-natal de diabetes 
gestacional realizado no teste de tolerância à glicose 
com 26 semanas, controlada com insulina NPH e 
regular. No pós-parto imediato a prescrição deve 
contemplar: 
Dieta geral e suspensão da terapêutica 
hipoglicemiante, sem controle de glicemia. 
Com o término da gestação, podemos pressupor que 
há o encerramento da doença. Logo, sem 
necessidade de uso de medicações. Porém, como há 
risco aumentado para o desenvolvimento de DM2, 
deve-se realizar avaliação da glicemia após 6 semanas 
do parto! 
 
PARTO: 
O parto possui 4 fases que ocorrem em sequência: 
o Dilatação – fases latente e ativa 
o Expulsão do bebê que vai até a saída do bebê do 
corpo materno 
o Dequitação/secundamento da placenta 
o Período de Greenberg – primeira hora após 
dequitação. 
 
Dilatação: 
A saída do tampão mucoso (plug de muco que 
impede a subida de bactérias pelo óstio cervical 
externo) ocorre na fase latente da dilatação. Aspecto 
de clara em ovo. Não existe tempo máximo para a fase 
latente da dilatação. 
Em primigestas, primeiro ocorre o apagamento do 
colo e só depois a dilatação. 
A fase ativa da dilatação inicia quando o colo atinge a 
dilatação de 5cm sendo acompanhada de 3-4 
contrações a cada 10 minutos. 
Devemos avaliar o BCF a cada 15-30 minutos nessa 
fase, uma vez existe um risco maior do bebê entrar em 
sofrimento fetal nessa fase, o que muitas vezes é 
indicado pela redução dos batimentos cardíacos 
fetais! 
o avaliação dos BCF a cada 15-30 minutos 
o toque vaginal a cada 2-4 horas 
o dinâmica uterina a cada hora 
 
 
 
 
 
Dequitação: 
Pode-se esperar até 30 min após a saída do bebê para 
que a placenta saia. Caso se passem os 30 min faz-se 
a curagem sob sedação. 
Baudeloque Duncan é quando o lado materno se 
despreende primeiro (lembre da Zélia Duncan). Logo, 
primeiro sangra, e depois a placenta vem para fora! 
 
Baudeloque Schultz ocorre quando o lado fetal da 
placenta se despreende primeiro. Logo, primeiro sai 
a placenta e depois ocorre sangramento! É 
apresentação mais comum da saída da placenta. 
A maioria dura de 5 a 10 minutos, mas podem durar 
até 30 min sem necessidades de manobras antes 
disso. 
 
6 Laís Flauzino | TUTORIA 4°P | MEDICINA 
MECANISMOS DO PARTO: 
Possui 6 tempos que ocorrem em sequencia: 
o Insinuação 
o Descida 
o Rotação interna 
o Desprendimento 
o Rotação externa 
o Desprendimento das escápulas 
1-tudo começa com a insinuação do bebê no estreito 
superior da bacia materna (o famoso "encaixe"). 
2-ao encaixar, o bebê faz o movimento de flexão da 
cabeça, permitindo sua descida até o assoalho 
pélvico. 
3-na chegada ao assoalho pélvico, como ele ainda 
está dentro da mãe, ele faz a rotação interna (rodando 
para occpito púbica ou occipto sacra) 
4-com essa rotação, o bebê consegue, então, sair 
para fora da vagina com o movimento de extensão da 
cabeça (também chamado de desprendimento). 
5-imediatamente após o desprendimento, ele está 
fora da mãe, então faz uma rotação externa para a 
mesma variedade de posição que estava na 
insinuação. 
6-após sair a cabeça faltam sair os ombros 
(desprendimento das espáduas). 
 
 
O primeiro tempo do mecanismo de parto é a 
insinuação (encaixe) e ocorre no estreito superior da 
bacia; na maioria das vezes, no plano zero de De Lee. 
A maioria da insinuações ocorre na altura das 
espinhas bi-isquiáticas (plano zero). 
 
Ao insinuar, o bebê faz a flexão da cabeça, 
apresentando o diâmetro craniano 
subocciptobregmático, que permite a sua descida até 
o assoalho pélvico. 
 
6° tempo: 
Ocorre primeiro o desprendimento do ombro 
anterior, e o médico pode ajudar nesse 
desprendimento com movimento para baixo. Na 
sequência, ocorre o desprendimento do ombro 
posterior, e o médico pode ajudar nesse 
desprendimento com movimento para cima! 
 
 
PROBLEMA 4M2: 
As hemorragias da segunda metade da gravidez são 
aquelas que ocorrem após a 20ª semana de gestação. 
As mais importantes são: 
o Descolamento prematuro de placenta 
o Placenta prévia 
o Rotura uterina 
o Rotura de vasa prévia 
 
PLACENTA PRÉVIA: 
Quando a placenta está implantada sobre a abertura 
do colo do útero em vez de na parte superior. 
A Placenta de inserção baixa deve ser suspeitada nos 
casos de sangramento indolor após coito em gestante 
com mais de 20 semanas. 
Só pode ser confirmada após 28 semanas de 
gestação pois antes disso, pode ter a migração do 
local de inserção da placenta. 
A inserção velamentosa de cordão está muito 
relacionado com placenta prévia. 
 
7 Laís Flauzino | TUTORIA 4°P | MEDICINA 
Provoca apresentações fetais anômalas. 
FATORES DE RISCO: 
o Idade materna avançada 
o Gemelidade 
o Curetagens uterinas e cesariana (cicatriz uterina) 
o Multiparidade 
o Tabagismo 
 
COMPLICAÇÕES: 
O acretismo placentário é uma complicação na 
placenta prévia que pode ocasionar hemorragia 
severa pós-parto, levando,muitas vezes, à 
necessidade de realização de histerectomia. 
Acretismo placentário significa qualquer implantação 
placentária na qual há aderência anormalmente firme 
à parede uterina. A placenta não se descola 
facilmente da parede uterina ao nascimento. 
o Placenta acreta: vilosidades penetram mais 
profundamente no endométrio, até a camada 
esponjosa – histerectomia (pode-se antes tentar 
realizar retirada manual) 
o Placenta increta – vilosidades penetram até o 
miométrio – histerectomia 
o Placenta percreta – vilosidades alcançam a 
serosa – histerectomia. 
 
✓ Má apresentação fetal 
✓ Ruptura prematura das membranas 
✓ Restrição do crescimento fetal 
✓ Vasa previa 
✓ Inserção vilamentosa do cordão umbilical 
 
CARACTERÍSTICAS: 
Final do 2° e inicio do 3° trimestre. 
o Prolongada/progressiva 
o Repetitivo 
o Espontâneo 
o Vermelho 
o Indolor 
o Ausência de hipertonia uterina 
Tônus uterino costuma ser normal. 
CASO CLÍNICO: 
Gestante de 33 anos, G4P3A0C2 e idade gestacional 
de 27 semanas e 4 dias, apresenta sangramento 
vaginal há 1 hora. Nega outras queixas. Exame físico: 
PA 120X70mmHg, FC 88 bpm, altura uterina 25 cm, 
tônus uterino normal, dinâmica uterina negativa, 
situação transversa, BCF 144 bpm. Exame especular: 
presença de pequena quantidade de sangue se 
exteriorizando pelo orifício cervical externo. A 
conduta é: 
- solicitar ultrassonografia. 
Pois o diagnóstico mais provável é placenta prévia, e 
com essa suspeita deve-se evitar o toque vaginal, pois 
pode aumentar a quantidade de sangramento. 
 
DESCOLAMENTO PREMATURO DE 
PLACENTA: 
Definido como a separação da placenta da parede 
uterina antes do parto – pode ser parcial ou total. 
Classificação de Sher: 
Grau 1: sangramento discreto, sem hipertonia. 
Grau 2: sangramento moderado, contrações 
tetânicas, taquicardia materna alterações PA. 
Grau 3: sangramento importante com hipertonia 
uterina. Hipotensão materna e óbito fetal. 
FATORES PREDISPONENTES: 
o Hipertensão arterial – é o principal, encontrado 
em até 50% dos casos de DPP 
o Traumatismo 
o Tabagismo 
o Uso de cocaína 
o RMPO – rotura prematura de membranas ovulares 
o Idade materna avançada 
o DPP em gestação anterior 
A ausência de hipertensão não exclui DPP. 
CARACTERÍSTICAS: 
o Sangramento escuro 
o Dor 
o Hipertonia uterina 
o Sofrimento fetal agudo 
Tríade clássica do DPP: sangramento vaginal, útero 
hipertônico e hipertensão. 
 
Conduta: 
A conduta no DPP é parto pela via mais rápida, que 
no caso será cesariana. 
 Motivo da cesariana ➡ Paciente com apenas 5cm 
de colo pérvio 
 Se estivesse no período expulsivo, indução do parto 
estaria correta. 
CASO CLÍNICO: 
Mulher, G3P2, com idade gestacional = 36 semanas, 
deu entrada no pronto-socorro com queixa de 
sangramento abundante e dor abdominal intensa. 
Ao exame: pressão arterial = 160x100mmHg, 
frequência cardíaca = 100 batimentos/minuto, altura 
uterina = 35cm, batimentos cardíacos fetais (BCF) = 
140 batimentos/minuto. 
Dinâmica uterina: útero de consistência lenhosa, 
difícil avaliação de contratilidade uterina. Exame 
especular: sangramento em grande quantidade, com 
coágulos. 
Toque vaginal: dilatação do colo uterino = 4 cm, 80% 
esvaecido, anterior, amnioscopia com líquido 
sanguinolento. 
Qual o diagnóstico para o caso? 
Descolamento prematuro de placenta. 
Pistas: 
o Hipertensão arterial – principal fator de risco para 
DPP 
o Sangramento abundante e agudo 
o Dor abdominal intensa 
o Útero de consistência lenhosa (hipertonia uterina) 
 
MRP, 37 anos, 4G3P0A, IG = 33S 5d, hipertensa 
crônica em uso de Metildopa 1g/dia e tabagista de 5 
cigarros/dia. Ultrassom obstétrico sem alterações, 
 
8 Laís Flauzino | TUTORIA 4°P | MEDICINA 
realizado há 1 semana. Dá entrada no pronto-socorro 
com queixa de dor abdominal súbita acompanhada 
de sangramento vaginal em moderada quantidade, 
além de tontura. Ao exame físico de entrada: PA = 100 
x 70 mmHg, FC = 110bpm, hipertonia uterina e BCF 
(batimentos cardíacos fetais) = 90bpm. Exame 
especular com sangramento ativo pelo colo do útero 
e toque vaginal mostrando dilatação cervical de 3 cm. 
Qual o diagnóstico mais provável e a melhor conduta, 
respectivamente? 
Paciente com 33 semanas, hipertensa crônica, com 
dor abdominal súbita e sangramento vaginal em 
moderada quantidade. 
o Pressão de 100x70 em uma paciente hipertensa 
podem indicar choque 
o Somados a hipertonia uterina e sofrimento fetal 
agudo, a hipótese mais provável é um 
descolamento prematuro de placenta. 
o Sobre as condutas: A amniotomia serve para 
melhorar a oxigenação do feto e retardar a 
progressão do hematoma retroplacentário. 
 
Multípara de 36 semanas refere intensa dor 
abdominal há 30 minutos, com sangramento vaginal 
vivo que começou há cerca de 15 minutos. Ao exame, 
a pressão arterial é normal, a frequência cardíaca fetal 
é de 60bpm, o colo está pérvio para 5 cm e a bolsa é 
integra. O útero encontra-se hipertônico. Há sangue 
na vagina em moderada quantidade, saindo do colo 
do útero. Um dos diagnósticos e a conduta, são, 
respectivamente: 
Deslocamento prematuro da placenta e cesárea. 
 
 
ROTURA UTERINA: 
CARACTERÍSTICAS: 
o Dor intensa que cessa após a rotura 
o Sangramento vermelho vivo 
o Sofrimento fetal agudo 
 
Sinais de iminência de rotura 
uterina: 
o Sinal de Bandl – distensão do 
seguimento inferior do útero, 
formando uma depressão em 
faixa infraumbilical. 
o Sinal de Frommel – estiramento dos ligamentos 
redondos, desviando o útero anteriormente. 
 
Caso clínico: 
Mulher, 35ª, G5P4C1A0, com último parto há 10 anos. 
É admitida em trabalho de parto, com dilatação de 8 
cm, bolsa rota e polo cefálico apoiado. Antecedente 
pessoal: diabetes gestacional controlado com dieta. 
Após 3 horas, evoluiu com dilatação total, 
apresentação no plano -3 de De Lee e 5 contrações 
fortes em 10 minutos. O exame clínico evidencia a 
situação abaixo: 
 
Subitamente, apresenta quadro de sangramento 
vaginal em moderada quantidade e queda da pressão 
arterial acompanhada de taquicardia. 
O diagnóstico é: 
Rotura uterina 
o Parto de evolução demorada ➡ Evoluiu para 
sangramento vaginal e para uma "depressão no 
abdome" 
o Na imagem podemos ver o sinal de Bandl ➡ 
Separação entre segmento inferior e superior do 
útero ➡ Iminência de rotura uterina. 
o Por isso, nosso diagnóstico mais provável é de 
uma rotura uterina.

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