Buscar

Contabilidade Fiscal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 157 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 157 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 157 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Programa de Pós-Graduação EAD
UNIASSELVI-PÓS
CONTABILIDADE FISCAL
Autoria: Fábio Darci Kowalski
657.490981
K75c Kowalski, Fábio Darci 
 Contabilidade Fiscal/ Fábio Darci Kowalski. Indaial :
 UNIASSELVI, 2016.
 157 p. : il.
 
 ISBN 978-85-69910-17-6
 
 1. Contabilidade Fiscal - Brasil
 I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. 
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Reitor: Prof. Hermínio Kloch
Diretor UNIASSELVI-PÓS: Prof. Carlos Fabiano Fistarol
Coordenador da Pós-Graduação EAD: Prof.ª Cláudia Regina Pinto Michelli
Equipe Multidisciplinar da
Pós-Graduação EAD: Prof.ª Bárbara Pricila Franz
 Prof.ª Cláudia Regina Pinto Michelli
 Prof.ª Kelly Luana Molinari Corrêa
 Prof. Ivan Tesck
Revisão Gramatical: Sandra Pottmeier
Revisão Pedagógica: Bárbara Pricila Franz
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci
Copyright © UNIASSELVI 2016
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri
 UNIASSELVI – Indaial. UNIASSELVI – Indaial.
Possui graduação em Ciências Contábeis, 
especialização em Contabilidade Financeira 
e Auditoria e mestrado em Ciências Contábeis. 
Atualmente é professor e Coordenador do Curso de 
Ciências Contábeis do Centro Universitário Leonardo da 
Vinci - Uniasselvi. É professor de ensino superior nos cursos 
de pós-graduação (latu senso) lecionando as disciplinas 
de Planejamento Tributário e Auditoria Tributária. É 
contador das empresas: CEESAM GERADORA S/A 
- COOPERATIVA DE GERAÇÃO DE ENERGIA 
ELÉTRICA E DESENVOLVIMENTO SANTA MARIA - 
COOPERATIVA DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA 
ELÉTRICA SANTA MARIA Tem experiência na área 
de Administração, com ênfase em Contabilidade 
Avançada, Fiscal, Tributária e Comercial.
Fábio Darci Kowalski
Sumário
APRESENTAÇÃO ............................................................................ 7
CAPÍTULO 1
Documentos Fiscais ...................................................................... 9
CAPÍTULO 2
Introdução ao ICMS .................................................................... 33
CAPÍTULO 3
ICMS Normal ................................................................................ 45
CAPÍTULO 4
ICMS Substituição Tributária .................................................. 101
CAPÍTULO 5
Imposto Sobre Produtos Industrializados IPI ..................... 135
APRESENTAÇÃO
A redução de custos é uma necessidade de todas as empresas brasileiras, 
sob condições de alta competitividade, que se impõe de forma ainda mais 
urgente no que tange aos custos tributários, dado seu fortíssimo incremento 
nos últimos anos e suas características de drenar o caixa das organizações. 
Assim, dentre os ins trumentos utilizados pela Contabilidade Fiscal, um dos 
mais importantes aos contadores/controllers é o que leva a uma redução legal 
do ónus tributário empresa rial, denominado planejamento tributário.
Sendo assim, a expressão “Contabilidade Fiscal” é usualmente utilizada 
para designar a escrituração de fatos que geram obrigações tributárias e fiscais. 
Porém, com a crescente integração dos setores, a contabilidade fiscal vem sendo 
utilizada de forma ampla e versátil, pois possibilita a geração de economia através 
da redução de tributos de forma lícita. 
Por esse motivo, apresentamos nesse caderno de estudos 5 capítulos 
voltados, além da escrituração de fatos que geram obrigações tributárias e fiscais, 
a análise de obrigações tributárias, ao planejamento tributário, a obtenção de 
créditos e redução de débitos tributários e a formação de preço de venda.
Dessa forma, o Capitulo 1 apresenta os documentos fiscais mais utilizados 
atualmente, principais campos obrigatórios que devem ser preenchidos, 
informações complementares e as principais características da EFD ICMS IPI.
No Capítulo 2, é dada uma introdução ao ICMS, sendo analisada 
especificamente a legislação do Estado de Santa Catarina, bem como, as 
principais interposições do ICMS SC com demais Estados.
No Capítulo 3, é apresentado o ICMS normal, suas alíquotas internas e 
interestaduais, principais créditos e o cálculo da não cumulatividade.
Já no Capítulo 4, é apresentado o ICMS Substituição Tributária, o conceito 
de substituto e substituído, margem de valor agregado, cálculo e as diferencias de 
operações entre empresas normais e do simples nacional.
E, o Capítulo 5, encerra o caderno de estudos abordando o IPI, o efeito 
tributário das compras de material de consumo e para revenda e o cálculo do 
preço de venda com ou sem ICMS na base de cálculo do IPI.
O autor.
CAPÍTULO 1
Documentos Fiscais
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
  Conhecer os principais campos obrigatórios que devem ser preenchidos para 
emissão de uma nota fi scal eletrônica.
  Conhecer os documentos fi scais exigidos pela legislação. 
  Preenchimento de informações complementares nas notas fi scais.
  Conhecer os principais livros fi scais exigidos pelo governo federal, estadual e 
municipal.
  Conhecer a declaração da EFD ICMS IPI e suas principais características e 
necessidades operacionais.
10
Contabilidade fi scal
11
DOCUMENTOS FISCAISCapítulo 1
ConteXtualização
A contabilidade fi scal está relacionada a emissão de documentos fi scais, 
desde modelos de documentos a serem utilizados até seu correto preenchimento. 
Conhecer a forma correta de emitir um documento fi scal credencia o contabilista 
a atuar num campo muito amplo e requisitado pelo mercado de trabalho: o setor 
fi scal/tributário da empresa.
Há vários tipos de documentos fi scais e vários campos a serem preenchidos. 
Incorrer em erro nesse preenchimento, inutiliza o documento fi scal, uma vez que 
a legislação considera que documentos fi scais preenchidos de forma incorreta ou 
incompleta são inválidos para fi ns fi scais e contábeis.
Tipos de Documentos Fiscais
Há vários tipos de documentos fi scais a serem emitidos, dentre os principais 
destacam-se:
a) Nota Fiscal, modelo 1.
b) Nota Fiscal de Produtor, modelo 4.
c) Nota Fiscal Avulsa.
d) Nota Fiscal Conta de Energia, modelo 6.
e) Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2 série D.
f) Cupom Fiscal.
g) Nota Fiscal Eletrônica, modelo 55.
h) Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, modelo 8 (ou 
modelo 57 CTRC-e).
i) Nota Fiscal de Serviço de Comunicação, modelo 21.
j) Nota Fiscal de Serviço de Telecomunicação, modelo 22.
 
Entretanto, o modelo mais comum e utilizado atualmente é a Nota Fiscal 
Eletrônica, modelo 55. 
Você poderá conhecer um pouco mais da Nota Fiscal 
Eletrônica através do seguinte site: <www.nfe.fazenda.gov.br>.
O DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica) é uma 
representação gráfi ca simplifi cada da Nota Fiscal Eletrônica, também conhecida 
12
Contabilidade fi scal
como NF-e, e tem como funções, dentre outras, conter a chave de acesso da NF-e 
(permitindo, assim, a consulta às suas informações na Internet) e acompanhar a 
mercadoria em trânsito.
Tendo como base o DANFE da Nota Fiscal modelo 55, analisaremos alguns 
dos principais requisitos necessários para seu preenchimento.
NATUREZA DA OPERAÇÃO (CFOP)
NATUREZA DA OPERAÇÃO – Este campo servirá para especifi car a 
fi nalidade da Nota Fiscal, ou seja, tratando-se de uma venda, uma devolução, 
remessa para conserto etc.
Juntamente com a natureza de operação é inserido o CFOP – Código Fiscal 
de Operação e Prestações. É o código que identifi ca a natureza da operação. O 
CFOP é composto por 4 dígitos. O primeiro dígito identifi cará a seguinte situação:
5 – saída para dentro do estado.
6 – saída para fora do estado.
7 – saída para fora do país.
Todas as notas fi scais de saída são emitidas com o código 5, 6 ou 7. Depois, 
o destinatário codifi ca essas mesmas notas fi scais como entradas, com o código 
1, 2 ou 3.
Haverá documento fi scal com o código1, 2 ou 3 desde que a própria empresa 
emita uma nota fi scal de entrada. Por exemplo: 
Na venda de mercadorias a uma pessoa física: CFOP 5.102
Se a pessoa devolver a mercadoria para a empresa, então, essa precisará 
dar a entrada através de documento fi scal, nesse caso, emitirá uma nota fi scal 
com o CFOP de 1.202.
Dessa forma, pode-se concluir que:
5 – saída para dentro do estado. O destinatário codifi cará o CFOP para a 
entrada onde o primeiro dígito será 1.
6 – saída para fora do estado. O destinatário codifi cará o CFOP para a 
entrada onde o primeiro dígito será 2.
7 – saída para fora do país. O destinatário codifi cará o CFOP para a entrada 
onde o primeiro dígito será 3.
13
DOCUMENTOS FISCAISCapítulo 1
Agora que vimos o primeiro dígito do CFOP, vamos analisar os outros 3. Os 
demais dígitos visam identifi car a natureza da operação. Veja alguns exemplos:
a) Entradas
1.101 ou 2.101 ou 3.101 - Compra para industrialização - Classifi cam-
se neste código as compras de mercadorias a serem utilizadas em processo 
de industrialização. Também serão classifi cadas neste código as entradas de 
mercadorias em estabelecimento industrial de cooperativa recebidas de seus 
cooperados ou de estabelecimento de outra cooperativa. 
1.102 o u 2.102 ou 3.102 - Compra para comercialização - Classifi cam-se 
neste código as compras de mercadorias a serem comercializadas. Também 
serão classifi cadas neste código as entradas de mercadorias em estabelecimento 
comercial de cooperativa recebidas de seus cooperados ou de estabelecimento 
de outra cooperativa. 
1.252 ou 2.252 - Compra de energia elétrica por estabelecimento industrial - 
Classifi cam-se neste código as compras de energia elétrica utilizada no processo 
de industrialização. Também serão classifi cadas neste código as compras de 
energia elétrica utilizada por estabelecimento industrial de cooperativa. 
1.303 ou 2.303 - Aquisição de serviço de comunicação por estabelecimento 
comercial - Classifi cam-se neste código as aquisições de serviços de comunicação 
utilizados por estabelecimento comercial. Também serão classifi cadas neste 
código as aquisições de serviços de comunicação utilizados por estabelecimento 
comercial de cooperativa. 
1.353 ou 2.353 ou 3.353 - Aquisição de serviço de transporte por 
estabelecimento comercial - Classifi cam-se neste código as aquisições de 
serviços de transporte utilizados por estabelecimento comercial. Também serão 
classifi cadas neste código as aquisições de serviços de transporte utilizados por 
estabelecimento comercial de cooperativa. 
1.403 ou 2.403 - Compra para comercialização em operação com mercadoria 
sujeita ao regime de substituição tributária - Classifi cam-se neste código as 
compras de mercadorias a serem comercializadas, decorrentes de operações 
com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária. Também serão 
classifi cadas neste código as compras de mercadorias sujeitas ao regime de 
substituição tributária em estabelecimento comercial de cooperativa. 
14
Contabilidade fi scal
1.551 ou 2.551 ou 3.551 - Compra de bem para o ativo imobilizado - 
Classifi cam-se neste código as compras de bens destinados ao ativo imobilizado 
do estabelecimento. 
1.556 ou 2.556 ou 3.556 - Compra de material para uso ou consumo - 
Classifi cam-se neste código as compras de mercadorias destinadas ao uso ou 
consumo do estabelecimento. 
1.653 ou 2.653 - Compra de combustível ou lubrifi cante por consumidor ou 
usuário fi nal (Código 1.653, introduzido pela alteração nº 472, Dec. nº 1.321, DOE 
23.12.2003, início de vigência 1º.01.2004). 
1.910 ou 2.910- Entrada de bonifi cação, doação ou brinde - Classifi cam-
se neste código as entradas de mercadorias recebidas a título de bonifi cação, 
doação ou brinde. 
1.949 ou 2.929 ou 3.949 - Outra entrada de mercadoria ou prestação de 
serviço não especifi cada - Classifi cam-se neste código as outras entradas de 
mercadorias ou prestações de serviços que não tenham sido especifi cadas nos 
códigos anteriores.
b) Saídas 
5.101 ou 6.101 ou 7.101 - Venda de produção do estabelecimento 
- Classifi cam-se neste código as vendas de produtos industrializados no 
estabelecimento. Também serão classifi cadas neste código as vendas de 
mercadorias por estabelecimento industrial de cooperativa destinadas a seus 
cooperados ou a estabelecimento de outra cooperativa. 
5.102 o u 6.102 ou 7.102 - Venda de mercadoria adquirida ou recebida de 
terceiros - Classifi cam-se neste código as vendas de mercadorias adquiridas 
ou recebidas de terceiros para industrialização ou comercialização, que não 
tenham sido objeto de qualquer processo industrial no estabelecimento. Também 
serão classifi cadas neste código as vendas de mercadorias por estabelecimento 
comercial de cooperativa destinadas a seus cooperados ou estabelecimento de 
outra cooperativa. 
5.124 ou 6.124 - Industrialização efetuada para outra empresa - Classifi cam-
se neste código as saídas de mercadorias industrializadas para terceiros, 
compreendendo os valores referentes aos serviços prestados e os das mercadorias 
de propriedade do industrializador empregadas no processo industrial. 
15
DOCUMENTOS FISCAISCapítulo 1
5.252 ou 6.252- Venda de energia elétrica para estabelecimento industrial 
- Classifi cam-se neste código as vendas de energia elétrica para consumo por 
estabelecimento industrial. Também serão classifi cadas neste código as vendas 
de energia elétrica destinada a estabelecimento industrial de cooperativa. 
5.302 ou 6.302 - Prestação de serviço de comunicação a estabelecimento 
industrial - Classifi cam-se neste código as prestações de serviços de comunicação 
a estabelecimento industrial. Também serão classifi cados neste código os serviços 
de comunicação prestados a estabelecimento industrial de cooperativa.
5.353 ou 6.353 - Prestação de serviço de transporte a estabelecimento 
comercial - Classifi cam-se neste código as prestações de serviços de transporte a 
estabelecimento comercial. Também serão classifi cados neste código os serviços 
de transporte prestados a estabelecimento comercial de cooperativa. 
5.405 ou 6.405 - Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros 
em operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária, na 
condição de contribuinte substituído - Classifi cam-se neste código as vendas de 
mercadorias adquiridas ou recebidas de terceiros em operação com mercadorias 
sujeitas ao regime de substituição tributária, na condição de contribuinte 
substituído. 
5.551 ou 6.551 ou 7.551 - Venda de bem do ativo imobilizado - Classifi cam-
se neste código as vendas de bens integrantes do ativo imobilizado do 
estabelecimento. 
5.653 ou 6.653 - Venda de combustível ou lubrifi cante de produção do 
estabelecimento destinado a consumidor ou usuário fi nal (Código 5.653, 
introduzido pela alteração nº 473, Dec. nº 1.321, DOE 23.12.2003, início de 
vigência 1º.01.2004) - Classifi cam-se neste código as vendas de combustíveis 
ou lubrifi cantes industrializados no estabelecimento destinados a consumo em 
processo de industrialização de outros produtos, à prestação de serviços ou a 
usuário fi nal, inclusive aquelas decorrentes de encomenda para entrega futura, 
cujo faturamento tenha sido classifi cado no código 5.922 ou 6.922- “Lançamento 
efetuado a título de simples faturamento decorrente de venda para entrega futura”. 
5.902 ou 6.902 - Retorno de mercadoria utilizada na industrialização por 
encomenda - Classifi cam-se neste código as remessas, pelo estabelecimento 
industrializador, dos insumos recebidos para industrialização e incorporados ao 
produto fi nal, por encomenda de outra empresa ou de outro estabelecimento da 
mesma empresa. O valor dos insumos nesta operação deverá ser igual ao valor 
dos insumos recebidos para industrialização. 
16
Contabilidade fi scal
5.912 ou 6.912 - Remessa de mercadoria ou bem para demonstração 
- Classifi cam-se neste código as remessas de mercadorias ou bens para 
demonstração. 
5.949ou 6.949 ou 7.949 - Outra saída de mercadoria ou prestação de serviço 
não especifi cado - Classifi cam-se neste código as outras saídas de mercadorias 
ou prestações de serviços que não tenham sido especifi cados nos códigos 
anteriores.
Note que nem todos os CFOP possuem o código 3 ou 7 de início, ou seja, 
não são todas as operações que podem estar relacionadas ao mercado externo, 
isso varia de acordo com as regras fi scais vigentes. 
Você poderá acessar todos os CFOP através do seguinte site: 
<https://www.sefaz.pe.gov.br/Legislacao/Tributaria/Documents/
Legislacao/Tabelas/CFOP.htm>.
INSCRIÇÃO ESTADUAL DO SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO
Neste campo deve ser preenchida a Inscrição Estadual do Substituto 
Tributário. O contribuinte substituto estabelecido em outra unidade da Federação 
poderá inscrever-se no CCICMS de qualquer Estado, mediante pedido de 
inscrição na SEFAZ – Secretaria da Fazenda Estadual. Após obter a inscrição 
como Substituto Tributário o ICMS retido por Substituição Tributaria não precisará 
mais ser pago toda a vez que houver a emissão de algum documento fi scal 
que tenha a retenção de ICMS por substituição tributaria, mas sim, no mês 
subsequente ao período de apuração em relação a todos os documentos fi cais 
emitidos para aquele estado e que tenha substituição tributária. Para cada estado 
é necessária a inscrição como substituto. 
A Inscrição Estadual como Substituto Tributário não é obrigatória, mas para 
aquelas empresas que são substitutos tributários (indústria ou importadores 
que vendem mercadorias sujeitos a substituição tributária) poderá facilitar tanto 
a apuração como o pagamento do imposto retido. Mais informações sobre 
substituição tributária você verá adiante no capítulo 4 desse caderno de estudos.
CÓDIGO DO PRODUTO CLASSIFICAÇÃO FISCAL SITUAÇÃO TRIBUTÁRIA
17
DOCUMENTOS FISCAISCapítulo 1
CÓDIGO DO PRODUTO – Código interno defi nido pela entidade que emitiu 
o documento fi scal.
CLASSIFICAÇÃO FISCAL – Está relacionada à Nomenclatura Comum 
do MERCOSUL (NCM) para produtos industrializados, conforme defi nido pelo 
Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010. 
Mais informações sobre o IPI você verá adiante no capítulo 5 
desse caderno de estudos. Mas para pesquisar o NCM dos produtos 
que são vendidos em todo o Mercosul acesse: <idg.receita.fazenda.
gov.br/acesso-rapido/legislacao/documentos-e-arquivos/tipi>.
SITUAÇÃO TRIBUTÁRIA - É composta por 3 dígitos sendo que o primeiro 
identifi ca a origem da mercadoria:
0 – Nacional, exceto as indicadas nos códigos 3, 4, 5 e 8 (cf. Ajuste SINIEF 
15/2013 – efeitos a partir de 1° de agosto de 2013);
1 – Estrangeira – importação direta, exceto a indicada no código 6;
2 – Estrangeira – adquirida no mercado interno, exceto a indicada no código 
7;
3 – Nacional, mercadoria ou bem com Conteúdo de Importação superior a 
40% (quarenta por cento) e inferior ou igual a 70% (setenta por cento); (cf. Ajuste 
SINIEF 15/2013 – efeitos a partir de 1° de agosto de 2013);
4 – Nacional – cuja produção tenha sido feita em conformidade com os 
processos produtivos básicos de que tratam o Decreto-Lei n° 288/67 e as Leis nos 
8.248/91, 8.387/91, 10.176/2001 e 11.484/2007;
5 – Nacional – mercadoria ou bem com Conteúdo de Importação inferior ou 
igual a 40% (quarenta por cento);
6 – Estrangeira – importação direta, sem similar, constante em lista de 
Resolução CAMEX e gás natural; (cf. Ajuste SINIEF 2/2013 – efeitos a partir de 8 
de fevereiro de 2013);
7 – Estrangeira – adquirida no mercado interno, sem similar nacional, 
constante em lista de Resolução CAMEX e gás natural. (cf. Ajuste SINIEF 2/2013 
– efeitos a partir de 8 de fevereiro de 2013);
18
Contabilidade fi scal
8 – Nacional, mercadoria ou bem com Conteúdo de Importação superior a 
70% (setenta por cento); (cf. Ajuste SINIEF 15/2013 – efeitos a partir de 1° de 
agosto de 2013);
Os outros 2 dígitos a seguir identifi cam a tributação pelo ICMS:
00 – Tributada integralmente.
10 – Tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária.
20 – Com redução de base de cálculo.
30 – Isenta ou não tributada e com cobrança do ICMS por substituição 
tributária.
40 – Isenta.
41 – Não tributada.
50 – Suspensão.
51 – Diferimento.
60 – ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária.
70 – Com redução de base de cálculo e cobrança do ICMS por substituição 
tributária.
90 – Outras.
Mais informações sobre a tributação do ICMS você verá adiante no capítulo 2 
desse caderno de estudos.
CÁLCULO DO VALOR TOTAL DA NOTA: O valor total da Nota Fiscal será 
sempre o resultado dos campos com os seguintes valores: ICMS Substituição + 
total dos produtos + frete + seguro (-) desconto + outras despesas acessórios + IPI. 
Figura 1 – Cálculo do valor total da nota 
Base Cálculo 
ICMS
Valor ICMS
Base de Cálculo 
ICMS S.T.
Valor ICMS 
Substituição
Valor Total dos Produtos
Valor de Frete
Valor do 
Seguro
Desconto
Outras Desp. 
Acessórias
Valor Total 
do IPI
Valor Total da Nota
Fonte: O autor.
A base de cálculo do ICMS corresponde ao valor da operação desde que 
tributada. Incluem-se também os valores com seguro, fretes e outras despesas. 
O IPI também será incluído na base de cálculo do ICMS quando a operação 
se destinar ao usuário fi nal. Os descontos incondicionais não devem compor a 
19
DOCUMENTOS FISCAISCapítulo 1
base de cálculo do ICMS, somente a base de cálculo do IPI. O ICMS nunca será 
somado ao valor total da nota fi scal, ele é apenas destacado uma vez que é um 
imposto que se calcula por dentro. Mais informações sobre a tributação do ICMS 
você verá adiante no capítulo 2 desse caderno de estudos, inclusive com diversos 
exemplos de cálculo do ICMS Substituição Tributária e IPI.
TRANSPORTADOR / VOLUMES TRANSPORTADOS FRETE POR CONTA
Inserir no documento fi scal quem será o responsável pelo frete. Geralmente 
em pedidos e/ou orçamentos consta a expressão: CIF (PAGO) ou FOB (A 
PAGAR).
CIF é a abreviação de cost, insurance and freight (custo, seguro e frete), 
terminologia indicativa de que fi ca por conta do vendedor o ônus do serviço de 
transporte, seguro e outras despesas inerentes à remessa das mercadorias ou 
produtos que foram vendidos até o seu destinatário, porém sendo cobrada, para 
isso, uma quantia que integrará o preço de venda. A cláusula CIF também é 
conhecida como “Frete pago pelo remetente”.
FOB é a abreviação free on board (livre a bordo), neste caso as despesas 
inerentes do serviço de transporte, como o frete, seguro de demais despesas 
decorrentes do serviço de transporte, entre o estabelecimento vendedor até o 
destinatário adquirente, que correm por conta do último, ou seja, o adquirente das 
mercadorias.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
Neste campo, devem ser preenchidas informações de interesse ao fi sco, 
como por exemplo, a indicação da base legal que torna a mercadoria isenta, 
do IPI e/ou ICMS. Devem ser preenchidas as informações para o destinatário 
da mercadoria, produto ou serviço, como por exemplo, dados para depósito, 
memórias de cálculo etc.
Sempre que uma nota fi scal for emitida sem os destaques do 
impostos (ICMS para qualquer circulação de mercadoria e IPI somente 
para indústria) deverá obrigatoriamente haver alguma informação 
complementar que justifi que tal motivo.
São alguns exemplos de observações fi scais de acordo com o 
regulamento do ICMS do Estado de Santa Catarina, conforme Decreto 
2.870/2001:
Sempre que uma 
nota fi scal for 
emitida sem os 
destaques do 
impostos deverá 
obrigatoriamente 
haver alguma 
informação 
complementar que 
justifi que tal motivo.
20
Contabilidade fi scal
Amostra Grátis 
ICMS Isento, Anexo 2, artigo 2, inciso XVIII, do RICMS/SC.
Remessa Industrialização
ICMS Suspenso, conforme Anexo 2, artigo 27, inciso I do RICMS/SC.
Retorno Industrialização
ICMS Suspenso, Anexo 2, artigo 27, inciso II do RICMS/SC.
Remessa para conserto
ICMS suspenso, anexo 2, artigo 27, inciso I do RICMS/SC.
Retorno de conserto
ICMS suspenso, anexo 2, artigo 27, inciso II doRICMS/SC.
Substituição Tributária
Imposto Retido por Substituição Tributária, Anexo 3 do RICMS/SC.
Venda de ativo para Pessoa Jurídica
ICMS Isento, anexo 2, artigo 35, inciso I.
Venda de Pessoa Física ou Não contribuinte de ICMS (NF de entrada ou 
NF avulsa)
Não contribuinte do ICMS, artigo 7 do RICMS/SC.
Transferência para Filial
ICMS Diferido, Anexo 3, artigo 8, inciso III, do RICMS/SC.
Remessa conserto de ativo
ICMS Suspenso, artigo 36, inciso II, anexo 2 do RICMS/SC.
Remessa ativo uso fora do estabelecimento
ICMS Suspenso, artigo 36, inciso II, anexo 2 do RICMS/SC.
Remessa de sucata em SC
ICMS Diferido, Anexo 3, inciso XVI, artigo 8.
Exportação
ICMS não incidência, artigo 6, inciso II do RICMS/SC.
São alguns exemplos de observações fi scais de acordo com o regulamento 
do IPI, conforme Decreto 7.212/2010:
21
DOCUMENTOS FISCAISCapítulo 1
Remessa para exposição ou feira
IPI suspenso conforme artigo 43, inciso II do RIPI 2010.
Industrialização por encomenda
IPI suspenso conforme artigo 43, inciso VI do RIPI 2010.
Remessa para armazém
IPI suspenso conforme artigo 42, inciso III do RIPI 2010.
Venda para zona franca de Manaus
IPI suspenso conforme artigo 84, do RIPI 2010.
Quanto às observações fi scais do IPI, pelo fato de ser um imposto federal, 
vale para todas as unidades federativas, entretanto, quanto ao ICMS, será 
necessário verifi car em cada regulamento qual o correto dispositivo legal a ser 
utilizado.
LiVros Fiscais
São os livros exigidos pelo governo federal, estadual e municipal. Dentre os 
mais importantes destacam-se:
• Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR (apura o lucro tributá vel base para 
cálculo do Imposto de Renda).
• Livro de Apuração do IPI (utilizado pelos estabelecimentos industriais, 
e equiparados a industrial para controle do Imposto sobre Produtos 
Industrializados). Substituído por quem adota a EFD;
• Registro de Entrada de Mercadorias (utilizado para registro de todas as 
entradas de produtos ou mercadorias); Substituído por quem adota a EFD 
ICMS IPI;
• Registro de Saída de Mercadorias (utilizado para registro de todas as saídas 
de produtos ou mercadorias); Substituído por quem adota a EFD ICMS IPI;
• Livro de Apuração do ICMS (utilizado para registro de todas as entradas e 
saídas de produtos ou mercadorias, para apuração do ICMS); Substituído por 
quem adota a EFD ICMS IPI;
• Registro de Inventário (utilizado pelos estabelecimentos que mantiverem 
estoque, prontos ou em elaboração); Substituído por quem adota a EFD ICMS 
IPI;
• Livro Registro de Apuração do ISSQN (utilizado para escriturar as prestações 
de serviços da empresa e o respectivo imposto devido sobre essas);
22
Contabilidade fi scal
• Registro de Impressão de Documentos Fiscais (utilizado pelos 
estabelecimentos que confeccionarem documentos fi scais para o uso próprio 
ou para terceiros);
• Registro de Empregados (utilizado em todas as atividades para registrar 
informações acerca dos funcionários e sua movimentação. Poderá ser feito 
através de livros, fi chas ou sistema eletrônico).
A grande maioria dos livros contábeis e fi scais vem sendo exigida dentro de 
alguma das modalidades de exigência do SPED, como por exemplo, é o caso 
do Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR, que passou a ser feito dentro da 
Escrituração Contábil Fiscal ECF e sua denominação agora é e-Lalur.
SPED: EFD ICMS/IPI
De acordo com o Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007, o Sistema 
Público de Escrituração Digital (Sped) faz parte do Programa de Aceleração do 
Crescimento do Governo Federal (PAC 2007-2010) e constitui-se em mais um 
avanço na informatização da relação entre o fi sco e os contribuintes.
Conforme a Receita Federal do Brasil, RFB (2016), o Sped consiste na 
modernização da sistemática atual do cumprimento das obrigações acessórias, 
transmitidas pelos contribuintes às administrações tributárias e aos órgãos 
fi scalizadores, utilizando-se da certifi cação digital para fi ns de assinatura dos 
documentos eletrônicos, garantindo assim a validade jurídica dos mesmos apenas 
na sua forma digital.
Ainda de acordo com a Receita Federal do Brasil, RFB (2016), o Sped: 
• Iniciou-se com três grandes projetos: Escrituração Contábil Digital, 
Escrituração Fiscal Digital e a NF-e - Ambiente Nacional.
• Representa uma iniciativa integrada das administrações tributárias nas três 
esferas governamentais: federal, estadual e municipal.
• Mantém parceria com 20 instituições, entre órgãos públicos, conselho de 
classe, associações e entidades civis, na construção conjunta do projeto.
• Firma Protocolos de Cooperação com 27 empresas do setor privado, 
participantes do projeto-piloto, objetivando o desenvolvimento e o 
disciplinamento dos trabalhos conjuntos.
• Possibilita, com as parcerias fi sco-empresas, planejamento e identifi cação de 
soluções antecipadas no cumprimento das obrigações acessórias, em face às 
exigências a serem requeridas pelas administrações tributárias.
23
DOCUMENTOS FISCAISCapítulo 1
• Faz com que a efetiva participação dos contribuintes na defi nição dos meios 
de atendimento às obrigações tributárias acessórias exigidas pela legislação 
tributária contribua para aprimorar esses mecanismos e confi ra a esses 
instrumentos maior grau de legitimidade social.
• Estabelece um novo tipo de relacionamento, baseado na transparência mútua, 
com refl exos positivos para toda a sociedade.
Segundo a Receita Federal do Brasil, RFB (2016), o Sped tem como 
benefícios:
• Redução de custos com a dispensa de emissão e armazenamento de 
documentos em papel;
• Eliminação do papel;
• Redução de custos com a racionalização e simplifi cação das obrigações 
acessórias;
• Uniformização das informações que o contribuinte presta às diversas unidades 
federadas;
• Redução do envolvimento involuntário em práticas fraudulentas;
• Redução do tempo despendido com a presença de auditores fi scais nas 
instalações do contribuinte;
• Simplifi cação e agilização dos procedimentos sujeitos ao controle da 
administração tributária (comércio exterior, regimes especiais e trânsito entre 
unidades da federação);
• Fortalecimento do controle e da fi scalização por meio de intercâmbio de 
informações entre as administrações tributárias;
• Rapidez no acesso às informações;
• Aumento da produtividade do auditor através da eliminação dos passos para 
coleta dos arquivos;
• Possibilidade de troca de informações entre os próprios contribuintes a partir 
de um layout padrão;
• Redução de custos administrativos;
• Melhoria da qualidade da informação;
• Possibilidade de cruzamento entre os dados contábeis e os fi scais;
• Disponibilidade de cópias autênticas e válidas da escrituração para usos 
distintos e concomitantes;
• Redução do “Custo Brasil”;
• Aperfeiçoamento do combate à sonegação;
• Preservação do meio ambiente pela redução do consumo de papel.
Sendo assim, o Sped tem como objetivos:
• Promover a integração dos fi scos, mediante a padronização e compartilhamento 
das informações contábeis e fi scais, respeitadas as restrições legais.
24
Contabilidade fi scal
• Racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias para os contribuintes, com 
o estabelecimento de transmissão única de distintas obrigações acessórias de 
diferentes órgãos fi scalizadores.
• Tornar mais célere a identifi cação de ilícitos tributários, com a melhoria do 
controle dos processos, a rapidez no acesso às informações e a fi scalização 
mais efetiva das operações com o cruzamento de dados e auditoria eletrônica.
A EFD-ICMS/IPI que faz parte do Sped, é um arquivo digital, que reúne 
informações dos documentos fi scais e de outras informações de interesse dos 
Fiscos das unidades federadas e da Secretaria da Receita Federal do Brasil, 
além da apuração do ICMS e do IPI. Para que a EFD-ICMS/IPI seja enviada é 
obrigatório o uso da certifi cação digital.
A legislação geral aplicável à EFD-ICMS/IPI encontra-se no 
endereço: <http://sped.rfb.gov.br/pastalegislacao/show/518>.
Entretanto, cada unidadefederativa possui legislação específi ca a qual deve 
ser consultada no site da Secretaria de Fazenda do domicílio do contribuinte. 
A EFD-ICMS/IPI deve ser enviada uma vez por mês e deve ser assinada 
digitalmente pelo representante legal da empresa ou procurador desse. 
Comumente o prazo é o dia 20 do mês subsequente ao da apuração, porém é 
necessário verifi car esse prazo em cada unidade federativa.
Não será preciso imprimir os livros fi scais constantes da EFD-ICMS/IPI e 
autenticá-los na repartição estadual, não há que se falar em autenticação de livros 
impressos, uma vez que um dos objetivos do Projeto Sped é a economia de papel. 
O Guia Prático da EFD-ICMS/IPI está disponível em: <http://
sped.rfb.gov.br/pasta/show/1573>.
A EFD-ICMS/IPI é enviada de acordo com o perfi l de enquadramento 
do contribuinte. O perfi l de enquadramento determina os registros a serem 
apresentados, ou seja, o perfi l “A” determina a apresentação dos registros 
de forma mais detalhada, o perfi l “B” trata as informações de forma sintética 
(totalizações por período: diário e mensal) e o perfi l “C”, implementado a partir de 
01/01/2013, é utilizado para a apresentação de escriturações mais simplifi cadas. 
25
DOCUMENTOS FISCAISCapítulo 1
O contribuinte deve gerar e manter uma EFD-ICMS/IPI para cada 
estabelecimento, devendo esta conter todas as informações referentes aos 
períodos de apuração do(s) imposto(s), ou seja, se a empresa possui 01 matriz e 
3 fi liais, deverá enviar 4 arquivos.
Se existir a informação, o contribuinte está obrigado a prestá-la. 
A omissão ou inexatidão de informações poderá acarretar penalidades 
e a obrigatoriedade de reapresentação do arquivo integral, de acordo 
com as regras estabelecidas pela Administração Tributária.
De acordo com a Receita Federal do Brasil, RFB (2016), considera-se a 
totalidade das informações:
1 - as relativas às entradas e saídas de mercadorias, bem como aos serviços 
prestados e tomados, incluindo a descrição dos itens de mercadorias, 
produtos e serviços.
2 - as relativas à quantidade, descrição e valores de mercadorias, matérias-
primas, produtos intermediários, materiais de embalagem, produtos 
manufaturados e produtos em fabricação, em posse ou pertencentes ao 
estabelecimento do contribuinte declarante, ou fora do estabelecimento e 
em poder de terceiros e de terceiros de posse do informante.
3 - as relativas à produção de produtos em processo e produtos acabados 
e respectivos consumos de insumos, tanto no estabelecimento do 
contribuinte quanto em estabelecimento de terceiro, bem como o estoque 
escriturado.
4 - qualquer informação que repercuta no inventário físico e contábil, no 
processo produtivo, na apuração, no pagamento ou na cobrança de 
tributos de competência dos entes conveniados ou outras de interesse 
das administrações tributárias.
Além disso, qualquer situação de exceção na tributação do ICMS ou IPI, 
tais como: isenção, imunidade, não-incidência, diferimento ou suspensão do 
recolhimento, também deverá ser informada no arquivo digital, indicando-se o 
respectivo dispositivo legal.
 O preenchimento da EFD-ICMS/IPI poderá ser feito de forma manual ou 
através da importação das informações através de outro sistema fi scal auxiliar de 
uso interno de cada empresa. A maioria das empresas opta pela importação, uma 
vez que a informação já vem parametrizada, o que torna mais prático e seguro o 
seu preenchimento. A EFD-ICMS/IPI está dividida em 9 BLOCOS distintos:
Bloco 0: Abertura, Identifi cação e Referências.
Bloco C: Documentos Fiscais I – Mercadorias (ICMS/IPI).
Se existir a 
informação, o 
contribuinte está 
obrigado a prestála.
26
Contabilidade fi scal
Bloco D: Documentos Fiscais II – Serviços (ICMS).
Bloco E: Apuração do ICMS e do IPI.
Bloco G: Controle do Crédito de ICMS do Ativo Permanente – CIAP.
Bloco H: Inventário Físico.
Bloco K: Controle da Produção e do Estoque.
Bloco 1: Outras Informações.
Bloco 9: Controle e Encerramento do Arquivo Digital.
Estes 9 Blocos estão divididos em vários registros. Inicia-se pelo registro 
0000 e termina no registro 9999, referindo-se cada um deles a um agrupamento 
de documentos e de outras informações econômico-fi scais.
Todos os programas do Sped, inclusive a EFD ICMS IPI, estão 
disponíveis para download gratuitamente no seguinte site: <http://
sped.rfb.gov.br/>.
CertiFicação DiGital
O comitê Gestor da ICP-Brasil, mantido pelo Instituto Nacional de Tecnologia 
da Informação – ITI, o qual possui a função de coordenar a implantação e o 
funcionamento da infraestrutura (art. 4º, inc. I, da M.P. 2.200-2/01), em reunião 
realizada no dia 10 de fevereiro de 2009, defi niu que o certifi cado digital é tratado 
como um produto, e não serviço.
Sendo assim, o certifi cado digital ICP-Brasil atua como uma identidade virtual 
que permite a identifi cação segura e inequívoca do autor de uma mensagem ou 
transação feita em meios eletrônicos, como por exemplo, para envio da EFD-
ICMS/IPI será obrigatório o uso do certifi cado digital. Esse documento eletrônico 
é gerado e assinado por uma terceira parte confi ável, ou seja, uma Autoridade 
Certifi cadora (AC) que, seguindo regras estabelecidas pelo Comitê Gestor da 
ICP-Brasil, associa uma entidade (pessoa, processo, servidor) a uma série de 
chaves criptográfi cas. Os certifi cados contêm informações de seu titular, conforme 
detalhado na Política de Segurança de cada Autoridade Certifi cadora
O certifi cado digital é um documento eletrônico que identifi ca de forma 
muito segura pessoas, empresas, sistemas e informações no mundo digital. Ele 
é imprescindível nos dias de hoje onde as pessoas buscam qualidade de vida 
e precisam lidar com as obrigações cotidianas de fi rmar compromissos, assinar 
27
DOCUMENTOS FISCAISCapítulo 1
documentos e identifi car-se perante instituições que exigem comprovação 
inequívoca da sua identidade.
Há um aumento signifi cativo de pessoas e empresas que têm experimentado 
os benefícios da tecnologia do certifi cado digital - um componente de inovação 
que aumenta extremamente o grau de confi ança das transações eletrônicas. E 
sua utilização promove o surgimento de novas soluções e serviços digitais de 
forma segura e confi ável. 
Pode-se dizer que as principais vantagens do uso do certifi cado digital são 
suas propriedades tecnológicas e legais, atribuindo segurança digital e validade 
jurídica em documentos assinados eletronicamente. A certifi cação digital surgiu 
para substituir a assinatura manuscrita em documentos e eliminar a impressão e 
gastos relacionados ao controle, envio e reconhecimento de fi rmas. Por meio de 
uma operação eletrônica, a assinatura eletrônica é executada pela Internet, de 
forma simplifi cada e com total legitimidade.
De acordo com o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação – ITI, a 
lista de serviços que requerem o uso de certifi cados digitais cresce diariamente, 
permitindo trazer maior conforto às pessoas nas suas atividades profi ssionais. 
São alguns dos benefícios da certifi cação digital:
• Reduz custos e simplifi ca o seu dia a dia; 
• Reduz fraudes na comunicação digital, propiciando menor risco à sua 
experiência de liberdade na internet;
• Aumenta a confi ança em transações eletrônicas;
• Diminui a burocracia;
• Dispensa o reconhecimento de fi rma em cartório;
• Atribui validade jurídica a documentos eletrônicos; 
• Aumenta credibilidade digital das partes envolvidas;
• É ecologicamente correto: mais economia e sustentabilidade;
• Garante privacidade.
Ainda de acordo com o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação – ITI, 
é possível utilizar a certifi cação digital para:
• Declaração de Imposto de Renda, Notas Fiscais, SPED Fiscal e Contábil, 
simplifi cando a declaração das suas obrigações acessórias junto ao Fisco;
• Acessar áreas restritas dos serviços da Receita Federal (e-CAC); 
• Assinar digitalmente documentos, como uma apólice de seguro, contratos de 
câmbio e de qualquer natureza, dispensando a impressão e reconhecimentode fi rmas em cartório; 
• Assinar e-mails; 
28
Contabilidade fi scal
• Emitir procurações eletrônicas para participação em assembleias de 
acionistas; 
• Assinar e enviar documentos de faturamento envolvidos no atendimento 
médico-hospitalar (TISS);
• Assinar e proteger o prontuário médico eletrônico do paciente;
• Realizar operações de comércio exterior (Siscomex); 
• Acesso ao Sistema PROUNI-SISPROUNI pelas Instituições de Ensino 
Superior;
• Acessar a Caixa Econômica Federal para envio do FGTS (Conectividade 
Social ICP).
Algumas das formas de utilização são opcionais, como é o caso, por 
exemplo, da assinatura de e-mails, mas outras, como é o caso de todas as 
declarações exigidas pelo SPED, sem o uso do certifi cado não é possível enviar 
essas informações ao fi sco.
Atividades de Estudos:
1) Qual a importância de preencher os documentos fi scais de forma 
correta?
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
2) De que forma poderia ser evidenciado numa nota fi scal que 
algum imposto não estaria sendo tributado? 
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
3) Qual a diferença entre CFOP e SITUAÇÃO TRIBUTÁRIA na Nota 
Fiscal? Dê exemplos de CFOP não citados neste caderno de 
estudos:
29
DOCUMENTOS FISCAISCapítulo 1
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
4) Uma empresa deseja revender dentro do próprio estado 
mercadorias nacionais tributadas integralmente pelo ICMS. Qual 
seria o CFOP e a situação tributária a ser utilizada no documento 
fi scal?
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
5) Considere agora que uma empresa, na condição de substituído, 
deseja revender para fora se seu estado mercadorias nacionais 
sujeitas a substituição tributária do ICMS. Qual seria o CFOP e a 
situação tributária a ser utilizada no documento fi scal?
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
6) Para envio da EFD-ICMS/IPI é necessário algum tipo de 
dispositivo eletrônico ou qualquer pessoa poderá enviá-la? 
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
30
Contabilidade fi scal
AlGumas ConsideraçÕes
Neste capítulo, conhecemos os principais campos obrigatórios que devem 
ser preenchidos para emissão de uma nota fi scal eletrônica: natureza de operação 
juntamente com o CFOP, inscrição estadual como substituto tributário, situação 
tributária, classifi cação fi scal, valor total da nota fi scal, dados do transporte e 
informações complementares.
Conhecemos os documentos fi scais exigidos pela legislação, onde foram 
apresentados vários tipos de documentos fi scais, sendo que o mais comum é a 
Nota Fiscal Eletrônica.
Verifi camos algumas informações complementares onde que, para toda a 
saída que não haja tributação de IPI ou ICMS deverá haver alguma informação 
complementar que comprove a não tributação.
Conhecemos os principais livros fi scais exigidos pelo governo federal, 
estadual e municipal, bem como sua utilidade na empresa. Conhecemos a 
declaração da EFD ICMS IPI e suas principais características e necessidades 
operacionais, como por exemplo, a obrigatoriedade do uso da certifi cação digital.
ReFerÊncias
BRASIL, Decreto no. 2.870, de 27 de agosto de 2001. Disponível em: <http://
legislacao.sef.sc.gov.br/cabecalhos/frame_ricms_01_00_00.htm>. Acesso em: 14 
set. 2016.
______. Decreto no. 6.022, de 22 de janeiro de 2010. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/Decreto/D6022.htm>. Acesso 
em: 14 set. 2016.
______. Decreto no. 7.212, de 15 de junho de 2010. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7212.htm>. 14 set. 
2016.
CFOP. Código Fiscal de Operações e Prestações. Disponível em: <https://www.
sefaz.pe.gov.br/Legislacao/Tributaria/Documents/Legislacao/Tabelas/CFOP.htm>. 
Acesso em: 13 set. 2016.
GORGES, Almir José. Dicionário do ICMS: o ICMS de A a Z.13. ed. Blumenau: 
Nova Letra, 2012.
31
DOCUMENTOS FISCAISCapítulo 1
ITI. Instituto Nacional de Tecnologia da Informação. Disponível em:
<http://www.iti.gov.br/>. Acesso em: 17 de setembro de 2016.
NFE. Nota fi scal eletrônica. Disponível em:
<http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/principal.aspx>. Acesso em: 13 set. 2016.
SPED. Receita Federal do Brasil. Disponível em: <http://sped.rfb.gov.br/>. 
Acesso em: 18 set. 2016.
32
Contabilidade fi scal
CAPÍTULO 2
Introdução ao ICMS
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
  Entender quem são os contribuintes do ICMS e de que forma esse imposto 
volta para a sociedade.
  Conhecer genericamente a legislação tributária do ICMS SC. 
  Conhecer as principais interposições do ICMS SC com os demais Estados. 
34
Contabilidade fi scal
35
INTRODUÇÃO AO ICMSCapítulo 2
ConteXtualização
O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS é uma 
das principais fontes de arrecadação dos Estados e do Distrito Federal. Sua 
regulamentação constitucional está prevista na Lei Complementar 87/1996 (a 
chamada “Lei Kandir”), alterada posteriormente pelas Leis Complementares 
92/97, 99/99 e 102/2000.
Cada Estado e o Distrito Federal possui um regulamento do ICMS, o que torna 
um dos impostos mais complexos do País, uma vez que há alterações diárias em 
todos os 27 regulamentos. Sendo assim, difi cilmente há alguém que possa afi rmar 
que conhece 100% de todos os regulamentos do ICMS, uma vez que devido as 
constantes alterações o acompanhamento se torna quase impossível. 
Entretanto, há no mercado tributário consultores que se especializam nos 
regulamentos de regiões específi cas, como por exemplo, região Sul do País. Esses 
profi ssionais são muito requisitados por empresas para que prestem consultorias. 
Tais profi ssionais possuem uma remuneração acima da média do mercado, pelo 
fato de possibilitarem as empresas uma geração de economia tributária através do 
planejamento tributário, buscando benefícios fi scais, reduzindo débitos e aumento 
créditos.
São contribuintes do ICMS toda e qualquer pessoa física ou jurídica que 
realize com frequência ou em grande quantidade, tal que caracterize uma ação 
comercial, operações de circulação de mercadorias (venda, transferência, 
transporte, entre outros) ou serviços de transporte interestadual ou intermunicipal 
e comunicações.
De todo o valor arrecadado de ICMS pelos estados 25% voltam para os 
municípios. Os recursos arrecadados se destinam ao atendimento de exigências 
sociais e melhoria dos serviços públicos, tais como educação, saúde e segurança. 
Por isso, é muito importante que toda a compra que fi zermos devemos exigir nota 
fi scal, pois sem a emissão dessa, não haverá retorno de ICMS para o município e 
quem acaba perdendo somos todos nós.
ReGulamento do ICMS
Há27 regulamentos do ICMS na federação, porém praticamente todos têm 
a mesma forma de apresentação, ou seja, iniciam como uma conceitualização 
básica do imposto e depois divide o regulamento em anexos ou capítulos para 
facilitar a pesquisa.
36
Contabilidade fi scal
Em nosso caderno de estudos vamos analisar um regulamento em específi co, 
o do Estado de Santa Catarina, o qual é defi nido no Decreto 2.870/2001.
Você poderá pesquisar o regulamento do ICMS do Estado de 
Santa Catarina através do seguinte site: <http://legislacao.sef.sc.gov.
br/>.
O Decreto 2.870 de 28 de agosto de 2001 apresenta de início 11 capítulos, 
os quais são descritos a seguir:
Capítulo I - da Incidência. Art. 1º. ao 5º.
Capítulo II - da Não-Incidência. Art. 6º.
Capítulo III - do Sujeito Passivo. Art. 7º e 8º.
Capítulo IV - do Cálculo do Imposto. Art. 9º ao 27.
Capítulo V - da Não-Cumulatividade do Imposto. Art. 28 ao 39-A
Capítulo VI - da Transferência de Créditos. Art. 40 ao 52-A.
Capítulo VII - da Apuração do Imposto. Art. 53 ao 57.
Capítulo VIII - da Liquidação do Imposto. Art. 58 e 59.
Capítulo IX - do Recolhimento do Imposto. Art. 60 ao 67.
Capítulo X - do Controle e Fiscalização do Imposto. Art. 68 ao 78.
Capítulo XI - das Disposições Finais e Transitórias. Art. 79 ao 93.
O artigo 1 ao 9 deve ser apresentado na forma ordinal, já os 
demais artigos na forma cardinal. Fica muito mais simples dizer Art. 555 
ou invés de Art. 555º. 
Em seguida, apresentam-se 11 anexos, os quais são descritos a 
seguir:
Anexo 1 – Produtos sujeitos a tratamento específi co.
Anexo 2 – Benefícios fi scais.
Anexo 3 – Substituição tributária.
Anexo 4 – Tratamento diferenciado e simplifi cado da microempresa 
e da empresa de pequeno porte – Simples/SC.
Anexo 5 – Obrigações acessórias.
Anexo 6 – Regimes e procedimentos especiais.
Anexo 7 – Sistema de emissão de documentos fi scais e escrituração 
de livros fi scais por contribuinte usuário de equipamento 
de processamento de dados e regime especial para 
impressão e emissão simultânea de documentos fi scais.
O artigo 1 ao 
9 deve ser 
apresentado na 
forma ordinal, já os 
demais artigos na 
forma cardinal. Fica 
muito mais simples 
dizer Art. 555 ou 
invés de Art. 555º.
37
INTRODUÇÃO AO ICMSCapítulo 2
Anexo 8 – Equipamento de uso fi scal.
Anexo 9 – Emissor de cupom fi scal.
Anexo 10 – Código de situação tributária e código fi scal de operações e 
prestações.
Anexo 11 – Obrigações fi scais acessórias em meio eletrônico.
O ICMS é Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias 
e sobre prestação de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de 
comunicações. Com os recursos do ICMS, o poder público atende de diversas 
formas a população, por exemplo, com a construção de rodovias, hospitais, 
creches, postos de saúde etc. 
Nos demais serviços haverá apenas a incidência do imposto 
sobre serviços o ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer 
Natureza), ou seja, não haverá dupla tributação. Sendo assim, as 
receitas serão tributadas pelo ICMS ou pelo ISSQN, mas não pelos 
dois ao mesmo tempo.
SeletiVidade
Seletividade é a técnica fi scal que faz com que as mercadorias sejam 
tributadas de acordo com sua essencialidade. Sendo assim, a ideia principal é 
a de que os produtos supérfl uos suportem um tributo maior do que os produtos 
essenciais.
O ICMS é um imposto seletivo em função da essencialidade da mercadoria e 
serviços, conforme disposição contida no artigo 155, § 2º, inciso III, da Constituição 
Federal (BRASIL, 1988), ou seja, válido para todos os regulamentos de ICMS 
da federação. Cabe aqui uma ressalva, os serviços de telefonia e o consumo 
de energia elétrica e combustíveis são essenciais à boa qualidade de vida do 
cidadão, entretanto, são excessivamente onerados pelo ICMS, cujas alíquotas 
são as mais elevadas previstas na legislação, ou seja, 25%.
IncidÊncia
Derivado de incidir, na terminologia fi scal, signifi ca o alcance ou chegada 
efetiva do imposto sobre a pessoa que o deve pagar ou contribuir com o encargo 
que lhe é atribuído. Apreensão do contribuinte pelo tributo, pelo motivo de haver 
realizado o fato gerador do imposto.
Nos demais 
serviços haverá 
apenas a incidência 
do imposto sobre 
serviços o ISSQN 
ou seja, não haverá 
dupla tributação.
38
Contabilidade fi scal
Fato Gerador
É o momento exato em que o contribuinte executa um fato previsto em lei 
(hipótese de incidência), originando a obrigação tributária para com o sujeito ativo.
Contribuinte
É a pessoa, física ou jurídica, obrigada por Lei a pagar o tributo, dada sua 
relação pessoal direta com o respectivo fato gerador. Contribuinte do ICMS, de 
acordo com o artigo 4º da Lei Complementar nº 87/1996, é qualquer pessoa, física 
ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito 
comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços 
de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as 
operações e as prestações se iniciem no Exterior.
Não-IncidÊncia
É a ocorrência de um ato jurídico que não está compreendido no campo de 
incidência do tributo, ou seja, o ato praticado não se enquadra em nenhum dos 
casos previstos na legislação tributária como hipótese de incidência tributária. 
São alguns exemplos da não-incidência do ICMS, conforme RICMS/SC Art. 
6º. Capitulo II:
I - operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua 
impressão;
II - operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive 
produtos primários e produtos industrializados semi-elaborados, ou 
serviços;
III - operações interestaduais relativas à energia elétrica e petróleo, inclusive 
lubrifi cantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando 
destinados à industrialização ou à comercialização etc.
A lista de itens com não-incidência no RICMS/SC Art. 6º. Capítulo II vai até 
o inciso IX. Entretanto, nas demais unidades federativas será necessário verifi car 
quais são esses itens de acordo com seus regulamentos.
39
INTRODUÇÃO AO ICMSCapítulo 2
Isenção
É uma situação devidamente estabelecida em lei, que dispensa o pagamento 
do tributo. Embora ocorra o fato gerador do tributo, o contribuinte fi ca desobrigado 
do seu pagamento.
Excepcionalmente, as isenções do pagamento do ICMS são concedidas e 
revogadas através de convênios fi rmados pelos representantes dos Estados e do 
Distrito Federal.
São alguns exemplos da isenção do ICMS conforme RICMS/SC Anexo 2, 
Capitulo I, Seção I, art. 2º. Inciso I:
a) abóbora, abobrinha, acelga, agrião, aipim, aipo, alecrim, alface, alfavaca, 
alfazema, alcachofra, almeirão, aneto, anis, araruta, arruda, aspargo e 
azedim;
b) batata, batata-doce, berinjela, bertalha, beterraba, brócolis e brotos de 
vegetais etc.
A lista de itens com isenção no RICMS/SC Anexo 2, Capítulo I, Seção I, art. 
2º. Inciso I vai até a letra “t”. Entretanto, nas demais unidades federativas será 
necessário verifi car quais são esses itens de acordo com seus regulamentos.
Base de Cálculo Reduzida
Algumas unidades da Federação entendem que a redução da base de 
cálculo é uma espécie de isenção parcial.
São alguns exemplos da redução da base de cálculo do ICMS, conforme 
RICMS/SC Anexo 2, Capitulo II, Seção I, art. 7º:
- III - em 58,823% (cinquenta e oito inteiros e oitocentos e vinte e três 
milésimos por cento) nas saídas de tijolo, telha, tubo e manilha.
Por exemplo: Determinada mercadoria está sendo vendida por R$ 100,00 
com incidência de 17% de ICMS, porém com redução de 40% na Base de Cálculo 
do ICMS. Qual o valor a ser destacado de ICMS no documento fi scal?
Como há redução de 40% fi caria da seguinte forma: R$ 100,00 – 40% = 
60,00 x 17% = R$ 10,20 de ICMS destacado.
40
Contabilidade fi scal
Suspensão
É o adiamento temporário da exigência de pagamento do tributo, mesmo 
ocorrendo o seu fato gerador, mediante o cumprimento de certas condições 
estabelecidas em lei. Caso essas condições não sejam integralmente cumpridas, 
caberá aocontribuinte benefi ciado recolher o imposto dispensado à época. 
São alguns exemplos da suspensão do ICMS, conforme RICMS/SC Anexo 2, 
Capítulo IV, art. 27:
- I – a saída de qualquer mercadoria, para conserto, reparo ou industrialização, 
desde que retorne ao estabelecimento de origem, no prazo de 180 (cento e 
oitenta) dias contados da data da saída.
A lista de itens com suspensão no RICMS/SC Anexo 2, Capítulo IV, art. 27 
vai até o inciso IV. Entretanto, nas demais unidades federativas será necessário 
verifi car quais são esses itens de acordo com seus regulamentos.
DiFerimento
Diferimento ou substituição tributária das operações antecedentes é a 
postergação temporária do pagamento do imposto para uma etapa posterior de 
operação ou prestação, desde que cumpridos todos os requisitos legais. Desta 
forma, é transferida a obrigatoriedade de recolhimento do imposto ao próximo 
contribuinte, adquirente da mercadoria ou tomador do serviço.
São alguns exemplos de diferimento do ICMS, conforme RICMS/SC Anexo 
3, Capítulo II:
Art. 3º O imposto fi ca diferido para a etapa seguinte de circulação na saída 
das seguintes mercadorias, quando destinadas à comercialização, industrialização 
ou atividade agropecuária:
I - cama de aviário;
II - casca de arroz;
III - erva-mate em folha ou cancheada;
IV - farinha grossa e raspa leve ou pesada de mandioca.
A lista de itens com diferimento no RICMS/SC Anexo 3, Capítulo II vai até o 
inciso XII. Entretanto, nas demais unidades federativas será necessário verifi car 
quais são esses itens de acordo com seus regulamentos.
41
INTRODUÇÃO AO ICMSCapítulo 2
Substituição Tributária
Substituto: é a pessoa física ou jurídica que, sem guardar relação pessoal e 
direta com o respectivo fato gerador, fi ca com a incumbência de recolher o tributo. 
INDUSTRIAL / FABRICANTE / IMPORTADOR
Substituído: é a pessoa física ou jurídica que paga antecipadamente o 
tributo ao substituto que deverá efetuar imediatamente esse recolhimento que 
seria devido em etapa subsequente. O QUE RECEBE A MERCADORIA
Os contribuintes realizam diariamente várias operações de circulação de 
mercadorias e bens ou de prestação de serviço de transporte e comunicação. 
Cada uma delas possui um tratamento fi scal peculiar, ou pela função que lhe é 
atribuída ou pelo destino dado. Existem, dentro da legislação, várias defi nições 
que são de grande relevância para que se possa entender as mencionadas 
operações e prestações. Mais informações sobre substituição tributária você verá 
adiante no capítulo 4 nesse caderno de estudos.
São alguns exemplos de mercadorias sujeitas a substituição tributário do 
ICMS, conforme RICMS/SC Anexo 3, Artigo 11:
Seção I - Operações com Cerveja, Refrigerante, Água Mineral ou Potável 
e Gelo.
Seção II - Operações com Sorvete.
Seção III - Operações com Cimento.
Seção IV - derivados de petróleo e demais combustíveis e lubrifi cantes.
A lista de itens com substituição tributária no RICMS/SC Anexo 3, Artigo 11 vai 
até a Seção XXXIX. Entretanto, nas demais unidades federativas será necessário 
verifi car quais são esses itens de acordo com seus regulamentos
Atividades de Estudos:
1) Qual a importância da arrecadação do ICMS para os municípios?
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
42
Contabilidade fi scal
2) Explique a seguinte afi rmativa: “Conhecer o ICMS é algo muito 
importante, porém difícil de ser verifi cado”. 
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
3) Determinada mercadoria está sendo vendida por R$ 1.500,00 
com incidência de 18% de ICMS, porém, com redução de 51% na 
Base de Cálculo do ICMS. Qual o valor a ser destacado de ICMS 
no documento fi scal?
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
4) Determinada mercadoria está sendo remetida para outra 
empresa nas condições do Regulamento do ICMS do Estado de 
Santa Catarina Decreto 2.870/2001, Anexo 2, Artigo 27, Inciso 
I. Pesquise no regulamento se haverá cobrança de ICMS nessa 
operação.
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
5) Determinada empresa está vendendo papel para impressão de 
livros. Sabe-se que nessa operação não há incidência de ICMS. 
Indique o dispositivo legal no Regulamento do ICMS do Estado 
de Santa Catarina Decreto 2.870/2001 que permita essa não 
incidência.
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
 __________________________________________________
43
INTRODUÇÃO AO ICMSCapítulo 2
AlGumas ConsideraçÕes
Neste capítulo, entendemos quem são os contribuintes do ICMS e de que 
forma esse imposto volta para a sociedade, a importância de sempre solicitarmos 
nota fi scal em nossas compras, uma vez que os recursos arrecadados por esse 
imposto são destinados a saúde, educação e segurança em nossos municípios.
Conhecemos genericamente a legislação tributária do ICMS SC e vimos que 
cada Estado mais o Distrito Federal possui um regulamento distinto. 
Conhecemos as principais interposições do ICMS SC com demais 
Estados, uma vez que os principais conceitos como seletividade, incidência, 
não incidência, fato gerador, isenção, diferimento, suspensão, base de cálculo 
reduzida, contribuinte e substituição tributária são comuns em todas as Unidades 
federativas. 
ReFerÊncias
BRASIL, Constituição Federal de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 14 set. 
2016.
BRASIL, Decreto no. 2.870, de 27 de agosto de 2001. Disponível em: <http://
legislacao.sef.sc.gov.br/cabecalhos/frame_ricms_01_00_00.htm>. Acesso em: 14 
set. 2016.
GORGES, Almir José. Dicionário do ICMS: o ICMS de A a Z.13. ed. Blumenau: 
Nova Letra, 2012.
44
Contabilidade fi scal
CAPÍTULO 3
ICMS Normal
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
  Conhecer as alíquotas do ICMS sobre operaçõesdiversas.
  Entender o efeito tributário das compras de material de consumo, para revenda 
e imobilizado.
  Identifi car os principais tipos de créditos de ICMS nas entradas.
  Analisar a infl uência dos descontos sobre a base de cálculo do ICMS.
  Calcular a não-cumulatividade do ICMS.
46
Contabilidade fi scal
47
ICMS NORMALCapítulo 3
ConteXtualização
O Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e 
sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de 
Comunicação ICMS é o principal imposto de competência estadual.
Os principais fatos geradores são as operações relativas à circulação 
de mercadorias, as prestações de serviços de transporte interestadual e 
intermunicipal e as prestações onerosas de serviços de comunicação, por 
qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a 
retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza. 
Mas o ICMS também incide, entre outras hipóteses, sobre a entrada de bem ou 
mercadoria importados do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda que não 
seja contribuinte habitual do imposto, qualquerque seja a fi nalidade.
ICMS na Formação do Preço de 
Venda
O ICMS é considerado um imposto por dentro, pois seu valor está incluído no 
valor dos produtos, mercadorias ou dos serviços constantes da nota fi s cal. 
Exemplo 1: Determinada mercadoria custou R$ 1.000,00, mas terá 
a incidência de ICMS de 17% quando for vendida. Sendo assim, terá que ser 
embutido no preço de venda o percentual do ICMS, uma vez que o consumidor 
fi nal arcará com esse imposto. Pergunta-se: qual valor de venda dessa mercadoria 
se fosse vendida pelo preço de custo?
Resposta: Se aplicarmos os 17% diretamente sobre os R$ 1.000,00 o preço 
de venda fi caria em R$ 1.170,00, porém, o ICMS deve ser calculado sobre o valor 
da venda e não sobre o custo da mercadoria, dessa forma o preço teria que ser de 
R$ 1.204,80 para que fosse vendida pelo preço de custo. Observe o cálculo abaixo:
Calculando o preço de venda:
Forma errada Forma correta
Custo da Mercadoria 1.000,00 1.000,00
+ ICMS 17% 170,00 204,80
= Preço de Venda 1.170,00 1.204,80
48
Contabilidade fi scal
Quando a empresa vender essa mercadoria, ela deverá calcular o ICMS 
sobre o preço de venda e, esse valor, terá que ser pago ao governo Estadual. O 
saldo que sobrar é o que realmente fi cará para a empresa.
Prova real: para ver se realmente a mercadoria foi vendida pelo preço 
esperado, nesse caso, o de custo:
Forma errada Forma correta
Preço de venda 1.170,00 1.204,80
(-) ICMS 17% 198,90 204,80
= Preço líquido de venda 971,10 1.000,00
Observe que se fosse apenas lançado o ICMS sobre o custo, a venda teria 
sido feita por R$ 971,10, abaixo do resultado esperado, porém, se fosse vendida 
por R$ 1.204,80, o valor que sobraria seria exatamente o pretendido, ou seja, os 
R$ 1.000,00. 
Um dos métodos para calcular corretamente o ICMS sobre o custo é este:
Divide-se o custo pelo valor restante entre o percentual do imposto e 100%, 
assim feito:
Preço de Venda = 1.000,00 / (1 – 0,17) = 120,48.
Conforme, exemplo anterior, o ICMS é calculado mediante a aplicação de 
um percentual, denominado alíquota, a qual pode variar de acordo com o tipo da 
mercadoria ou do ser viço, sua origem e destinação. Por exemplo, na venda de 
produtos da cesta básica a alíquota é de 7% e energia elétrica em geral é 12% ou 
25%. 
Exemplo 2: A empresa Vende Mais S/A está querendo saber qual o valor que 
deve cobrar de um de seus clientes sabendo que:
Valor do custo da mercadoria: 1.000,00
Margem de ganho esperada sobre venda: 11,45%
Alíquota incidente de ICMS: 17%. 
Qual valor que a empresa Vende Mais S/A deverá cobrar?
Resposta: 1.000,00 / 0,8855 = 1.129,31 / 0,83 = 1.360,61
Note que 0,8855 é o resultado de 1 – 0,1145
49
ICMS NORMALCapítulo 3
Exemplo 3: A Indústria Fibratec S/A tem o benefício do pró-emprego. Tal 
benefício relaciona-se a aquisição de mercadorias no processo de industrialização 
equivalente a redução de 92% na Base de Cálculo do ICMS. A empresa está 
adquirindo produtos para industrialização do fornecedor Solaris S/A. O fornecedor 
passou um orçamento por e-mail do produto constando o seguinte:
Preço de Venda: R$ 8.000,00
Base de Cálculo do ICMS: R$ 8.000,00
ICMS 17%. R$ 1.360,00. Já incluso nos R$ 8.000,00.
A Indústria Fibratec S/A retornou o e-mail alegando que o preço de venda 
estaria incorreto, uma vez que ela possui o benefício do pró-emprego com redução 
de 92% na Base de Cálculo do ICMS.
Sua tarefa será refazer o novo preço de venda, base de cálculo do ICMS e o 
valor do ICMS considerando o benefício do pró-emprego.
OBS.: EMPRESA NORMAL, VENDAS DENTRO DO ESTADO, PRODUTOS 
NACIONAIS.
Resposta:
8.000,00 – 17% = 6.640,00 (valor sem ICMS)
100 - 92 = 8% (tributado). Logo, se a empresa possui 92% de redução na 
base de cálculo do ICMS, então, apenas 8% precisa ser tributado.
17% x 8% = 1,36%. Dessa forma, essa será a alíquota efetiva para fi ns de 
cálculo no preço de venda:
1 (–) 0,0136 = 0,9864
6.640,00 / 0,9864 = 6.731,55 (preço de venda)
Porém, no documento fi scal fi cará assim descrito:
Preço de Venda: R$ 6.731,55
Base de Cálculo do ICMS reduzida em 92%: R$ 538,52 
ICMS 17%. R$ 91,55
Prova real: 6.731,55 – 91,55 = 6.640,00
Exemplo 4: Em 31/12/2015 a Cia. do Vale apresentou em seu estoque um 
valor de 24.600,00 que era composto por 100 unidades de uma determinada 
50
Contabilidade fi scal
mercadoria. Em 05/01/2016, a empresa adquiriu mais 50 unidades da mesma 
mercadoria por um total de 15.000,00 com incidência de 17% de ICMS. Sabe-se 
que a empresa mantém um controle de estoque permanente, o qual controla pela 
média ponderada e não houve mais nenhuma movimentação desse a não ser 
esta compra. Sendo assim, a valor de cada mercadoria constante no estoque em 
05/01/2016 será de:
Resposta: Pelo fato do estoque ser controlado de forma permanente pela 
média ponderada, se a compra de 15.000,00 teve 17% de ICMS, logo, houve um 
crédito desse imposto no valor de 2.550,00, o que reduziu o valor para o estoque 
em 12.450,00. Se o estoque anterior estava avaliado em 24.600,00, então:
24.600,00 + 12.450,00 = 37.050,00 / (100 + 50) = 247,00 por unidade
Todos os impostos recuperáveis não deverão compor o custo da mercadoria, 
uma vez que a empresa poderá considerar estes como direitos em seu ativo.
AlÍQuotas (EXceto Empresas do 
Simples Nacional)
Podem ser internas ou interestaduais e variam de Estado para Estado. São 
fi xadas através das Resoluções do Senado, em função da sua essencialidade. 
Ficou estabelecido que: 
• A alíquota será interestadual quando a operação acontecer de um Estado 
para outro.
• Alíquota será interna quando fazemos operação dentro do Estado. 
As Alíquotas do ICMS podem ser de 4%, 7%, 12%, 17%, 18% ou 25%. Veja a 
seguir a alíquota interna de ICMS praticada por cada Estado:
51
ICMS NORMALCapítulo 3
Região Norte:
Estado Alíquota
Acre 17%
Amapá 18%
Amazonas 18%
Pará 17%
Rondônia 17,5%
Roraima 17%
Tocantins 18%
Região Nordeste:
Estado Alíquota
Alagoas 17%
Ceará 17%
Bahia 18%
Maranhão 18%
Paraíba 18%
Pernambuco 18%
Piauí 17%
Rio Grande do Norte 18%
Sergipe 18%Região Centro-Oeste:
Estado Alíquota
Goiás 17%
Mato Grosso 17%
Mato Grosso do Sul 17%
Região Sudeste:
Estado Alíquota
Espírito Santo 17%
Minas Gerais 18%
Rio de Janeiro 18%
São Paulo 18%
Região Sul:
Estado Alíquota
Paraná 18%
Rio Grande do Sul 18%
Santa Catarina 17% Distrito Federal 18%
Sendo assim, se uma mercadoria tributada normalmente é vendida dentro 
do Estado do Paraná a alíquota de ICMS será de 18%, porém se a mesma 
mercadoria, também tributada normalmente, for vendida dentro do Estado de 
Piauí, a alíquota será de 17%. 
Exemplo 1: A empresa Plastic S/A está analisando a instalação de uma 
nova empresa nos seguintes Estados: Ceará, Bahia e Rondônia. Sabe-se que a 
mercadoria é tributada normalmente e será vendida apenas internamente (dentro 
do Estado). Sabe-se que o custo da mercadoria é igual em ambos Estados. Calcule 
o preço de venda em cada um desses Estados levando em consideração um 
52
Contabilidade fi scal
custo de 100,00 por mercadoria e uma margem de 12% de ganho respondendo: 
Qual o maior e menor preço de venda?
OBS.: EMPRESA NORMAL, VENDAS DENTRO DO ESTADO, PRODUTOS 
NACIONAIS.
Respostas:
Ceará:
Margem de lucro: 12% > 0,88 > 100 / 0,88 = 113,64
Alíquota ICMS: 17% > 0,83 > 113,64 / 0,83 = R$ 136,92
Bahia:
Margem de lucro: 12% > 0,88 > 100 / 0,88 = 113,64
Alíquota ICMS: 18% > 0,82 > 113,64 / 0,82 = R$ 138,59
Rondônia:
Margem de lucro: 12% > 0,88 > 100 / 0,88 = 113,64
Alíquota ICMS: 17,5% > 0,825 > 113,64 / 0,825 = R$ 137,75
Perceba que quanto maior for a alíquota do imposto maior será o preço de 
venda. No exemplo, o Estado da Bahia apresentou um preço de venda de 125,00, 
maior que os demais Estados em função da alíquota do ICMS ser maior também.
Já nas vendas interestaduais, ou seja, de um Estado para outro as alíquotas 
do ICMS são diferentes. Veja abaixo as alíquotas do ICMS nas operações 
interestaduais originadas no Estado de Santa com destino a cada região do País.
Origem:Santa Catarina
Destino:
Região Alíquota
Norte 7%
Nordeste 7%
Centro-Oeste 7%
Sudeste 12% (menos para ES, alíquota de 7%)
Sul 12%
Dessa forma, se uma empresa situada no Estado de Santa Catarina vende 
mercadorias para outra empresa situada no Estado do Paraná (Região Sul) a 
alíquota de ICMS será de 12%. Porém, se a mesma empresa, situada no Estado 
53
ICMS NORMALCapítulo 3
de Santa Catarina, vender mercadorias para outra empresa situada no Estado do 
Pará (Região Norte) a alíquota de ICMS será de 7%.
É preciso verifi car a alíquota interestadual de cada Estado. No 
site a seguir, você poderá consultar todas as alíquotas interestaduais 
de todos os Estados. Acesse: <http://www.contabilidadenobrasil.com.
br/aliquotas-internas-2016/>.
Exemplo 2: A empresa Papel Bom S/A está situada no Estado do Paraná e 
irá vender mercadorias destinadas ao uso e consumo para o Estado de Alagoas. 
Sabe-se que a mercadoria é tributada normalmente. Leve em consideração um 
custo de 120,00 por mercadoria e uma margem de 11% de ganho. Sua tarefa será 
calcular o preço de venda.
OBS.: EMPRESA NORMAL, VENDAS FORA DO ESTADO, PRODUTOS 
NACIONAIS.
Resposta:
De Paraná para Alagoas a alíquota interestadual será de 7%. Mais os 11% 
Margem de Ganho o total a ser inserido será de 18%. Logo, 1 – 0,18 = 0,82
120,00 / 0,82 = 146,34
A carga tributária é repassada aos seus consumidores. No caso do ICMS fi ca 
mais simples pelo fato de ser um imposto que incide diretamente sobre o valor da 
venda.
DiFerencial de AlÍQuotas de ICMS - 
DIFAL
Nas operações interestaduais é necessário averiguar se a mercadoria está 
ou não sujeita ao Diferencial de Alíquota - DIFAL. Entretanto, antes de analisarmos 
essa diferença de imposto, seus percentuais e métodos de cálculo, é preciso 
saber que há duas formas distintas de DIFAL:
1. Operações destinadas a contribuintes do ICMS; e
2. Operações destinadas a não contribuintes do ICMS.
54
Contabilidade fi scal
Vamos analisar, inicialmente, as Operações destinadas aos contribuintes 
do ICMS. Entende-se por contribuinte do ICMS, de acordo com o artigo 4º da 
Lei Complementar nº 87/1996, qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, 
com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de 
circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual 
e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se 
iniciem no Exterior.
Dessa forma, para contribuintes do ICMS, o DIFAL é um percentual que o 
comprador paga ao seu Estado pelo fato da compra ter sido efetuada por um 
percentual menor do que o praticado internamente por esse, que é o Estado de 
destino. Por exemplo: empresa situada no Estado do Rio Grande do Sul comprou 
mercadorias com incidência de 12% de ICMS, porém a alíquota interna desse 
Estado é de 18%. Nesse caso, a mercadoria poderá estar sujeita ao DIFAL de 
6% (18% menos 12%), onde que esse deverá ser calculado sobre o valor da 
mercadoria adquirida e pago ao Estado do Rio Grande do Sul pelo comprador.
Todos os contribuintes do ICMS são obrigados a recolher o ICMS relativo à 
diferença existente entre a alíquota interna (praticada no Estado destinatário) e a 
alíquota interestadual nas seguintes operações e prestações: 
a) na entrada, de mercadorias de outra Unidade da Federação destinadas 
para uso e consumo;
b) na entrada, de mercadorias de outra Unidade da Federação destinadas 
para o ativo imobilizado;
c) na entrada, de prestação de serviço de transporte interestadual cuja 
prestação tenha iniciado em outra Unidade da Federação referente à 
aquisição de materiais para uso e consumo;
d) na entrada, de prestação de serviço de transporte interestadual cuja 
prestação tenha iniciado em outra Unidade da Federação referente à 
aquisição de materiais para o ativo imobilizado. 
A base de cálculo do diferencial de alíquota é o valor da operação que 
decorrer a entrada da mercadoria ou da prestação do serviço. 
Exemplo 1: A Empresa ABC Ltda, estabelecida no Espírito Santo, efetuou 
a compra de uma determinada mercadoria da Empresa XSW S/A com sede no 
Estado de São Paulo, pelo valor de R$ 100.000,00.
ICMS destacado na NF: R$ 7.000,00 = (R$ 100.000,00 x 7%)
ICMS alíquota interna ES: R$ 17.000,00 = (R$ 100.000,00 x 17%)
Diferencial de alíquota: R$ 10.000,00 = (R$ 17.000,00 – R$ 7.000,00)
55
ICMS NORMALCapítulo 3
Sendo assim, a Empresa ABC Ltda, situada no Estado de Espírito Santo, que 
adquiriu a mercadoria irá dever R$ 10.000,00 de DIFAL ao seu Estado, onde o 
valor poderá ser adicionado junto com os demais valores de ICMS a recolher ou 
compensado em conta gráfi ca.
Conta Gráfi ca é a não cumulatividade do ICMS. Ou seja, se uma 
empresa tem 100,00 de ICMS a compensar e 120,00 de ICMS a pagar, 
deverá ser pago apenas a diferença: R$ 20,00.
É admissível o crédito do valor do ICMS destacado na nota fi scal 
e no conhecimento de transporte de carga, inclusive o diferencial de 
alíquota do ICMS devido na entrada do bem e do serviço de transporte 
destinados ao ativo imobilizado e que estiver vinculada à atividade 
fi m da empresa, à razão de 1/48 por mês, conforme rege a Lei 
Complementar nº 87/96.
Porém, mesmo que a mercadoria seja destinada ao uso e consumo ou ativo 
imobilizado se faz necessário consultar a legislação de cada Estado para analisar 
se há ou não a incidência do DIFAL. No Estado de Santa Catarina, os produtos 
que não sofrem a incidência do DIFAL, estão relacionados no Anexo 1 do RICMS/
SC – Decreto 2.870/2001. Anexo 1 – Produtos sujeitos a tratamento específi co.
Cabe ressaltar, que de acordo com a Seção IV da Constituição Federal de 
1988, nem todas as mercadorias estão sujeitas ao ICMS: há mercadorias que não 
sofrem a sua tributação por estarem imunes ou isentas; há aquelas que, mesmo 
sofrendo a incidência, tendo em vista benefícios fi scais (podendo ser estaduais), 
poderão estar isentas por determinado período; ou que não sofrem incidência do 
imposto.
Exemplo 2: A empresa Metaltim S/A, empresa normal, está situada no 
Estado de Santa Catarina e irá vender mercadorias nacionais para os seguintes 
Estados: São Paulo e Bahia. Sabe-se que a mercadoria é tributada normalmente. 
Inicialmente, calcule o preço de venda para cada um desses Estados levando 
em consideração um custo de 60,00 por mercadoria e uma margem de 15% de 
ganho. Em seguida, sabe-se que a mercadoria vendida é destinada ao uso e 
consumo e está sujeita ao DIFAL em todos os dois Estados adquirentes. Calcule 
qual o valor do DIFAL que cada um dos Estados têm de direito. Calcule o custo 
total da mercadoria adquirida em cada um dos dois Estados.
Respostas:
Preço de venda: = 60,00 / 0,85 = 70,59
Conta Gráfi ca é a 
não cumulatividade 
do ICMS. Ou seja, 
se uma empresa 
tem 100,00 de 
ICMS a compensar 
e 120,00 de ICMS 
a pagar, deverá 
ser pago apenas 
a diferença: R$ 
20,00.
56
Contabilidade fi scal
Operação de SC para São Paulo alíquota de 12% = 70,59 / 0,88 = 80,22 de 
preço de venda
Operação de SC para Bahia alíquota de 7% = 70,59 / 0,93 = 75,90 de preço 
de venda
Cálculo do DIFAL e custo dos adquirentes:
Respostas NF DIFAL
São Paulo 80,22 (18% - 12%) = 6%, logo o custo será de 80,22 + 6% = 85,03
Bahia 75,90 (17% - 7%) = 10%, logo o custo será de 75,90 +10% = 83,49
Agora, vamos analisar as Operações destinadas a não contribuintes do 
ICMS, nesse caso, pode-se entender que são os destinatários ou compradores 
que adquirem os produtos ou serviços sem intuito de revendê-las e, que, não 
possuem cadastro de ICMS, ou seja, na maioria das vezes as pessoas físicas ou 
empresas prestadoras de serviços. Essa nova metodologia de cálculo do DIFAL 
iniciou em 01/01/2016 através do Convênio ICMS nº 93/2015.
Nessa situação, a responsabilidade pelo recolhimento do imposto 
correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual será atribuída 
ao remente e não ao destinatário.
Exemplo 3: Pessoa física situada no Estado do Rio Grande do Sul comprou 
mercadorias de uma Empresa situada

Outros materiais