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UNIVERSIDADE PAULISTA Priscila Morais Ramos R.A: F10426-5 PRÁTICA CLÍNICA DO PROCESSO DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO Campinas 2021 UNIVERSIDADE PAULISTA Priscila Morais Ramos R.A: F104265 PRÁTICA CLÍNICA DO PROCESSO DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO Trabalho da disciplina Atividades Práticas Supervisionadas do curso de Graduação em Enfermagem Universidade Paulista Orientador: Prof.ª Ms. Thalyta Cardoso Alux Teixeira Campinas 2021 SUMÁRIO I. TEORIA DE ENFERMAGEM..................................................................….............07 II. DIAGNÓSTICO CLÍNICO...................................................................................…..08 2.1. Definição ...…………………..........................................................................…08 2.2. Etiologia ..........…………………………...... ................................................…..09 2.3. Fisiopatologia ………………………………………………………………………..10 2.4. Avaliação Diagnóstica ………………………………………………………………11 2.5. Tratamento ………………………………………………………………………..…13 2.5.1.Clínico e cirúrgico ……………………………………………………….…13 2.5.2. Com fármacos ………………………………………………………….…13 2.6. Complicações …………………………………………………………………….…14 III. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ................................14 3.1. Investigação ………………..........................................................................…..14 3.2. Diagnóstico de Enfermagem.............................................................................15 3.3. Intervenções de Enfermagem.....................................................................…..15 3.4. Prescrição de Enfermagem ....................................................………..............16 IV. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA …………………………………………………...16 V. QUESTÃO ……………………………………………………………………………….18 VI. TEORIA DE ENFERMAGEM..................................................................…............20 VII. DIAGNÓSTICO CLÍNICO...............................................................................…..21 7.1. Definição ...………………….....................................................................……..21 7.2. Etiologia ..........…………………………...... ...............................................…...21 7.3. Fisiopatologia ……………………………………………………………………..…22 7.4. Avaliação Diagnóstica ………………………………………………………………22 7.5. Tratamento ……………………………………………………………..……………22 7.5.1.Clínico e cirúrgico ………………………………………….….…………..22 7.5.2. Com fármacos ………………………………………………..………...…22 7.6. Complicações ………………………………………………………….……………23 VIII. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ……….………...…23 8.1. Investigação ………………........................................................…....................24 8.2. Diagnóstico de Enfermagem.......................................................…..................24 8.3. Intervenções de Enfermagem......................................................….................24 8.4. Prescrição de Enfermagem ...........................................................…...............25 IX. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................……..…25 X. RESPONDER AS QUESTÕES DO CASO …………………………………...………26 XI. TEORIA DE ENFERMAGEM..................................................................…............28 XII. DIAGNÓSTICO CLÍNICO...............................................................................…..29 12.1. Definição ...…………………...................................................................……..29 12.2. Etiologia ..........………………………...... ...................................…..........…...29 12.3. Fisiopatologia …………………………………………………………………...…29 12.3.1. Diabetes Tipo 1 ………………………………………………………….30 12.3.1. Diabetes Tipo II ………………………………………………………….30 12.3.1. Diabetes Gestacional .………………………………………………….30 12.4. Avaliação Diagnóstica …………………………………………………………….30 12.5. Tratamento ………………..……………………………………………………..…31 12.5.1.Clínico e cirúrgico ………………………………………..…..…………..31 12.5.2.Com fármacos ………………………………………….…..………….…31 12.6. Complicações ……………………………………………………..….……………31 XIII. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ……………………33 13.1. Investigação ……………….............................................................................33 13.2. Diagnóstico de Enfermagem.......................................................................…33 13.3. Intervenções de Enfermagem...................................................................…..33 13.4. Prescrição de Enfermagem .......................................................…………......34 IX. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................…..……..…35 X. RESPONDER AS QUESTÕES DO CASO …………………………………...………35 CASO DE ESTUDO CASO CLÍNICO 1 - CARDIOVASCULAR Mulher de 76 anos está hospitalizada na unidade de terapia intensiva por edema agudo de pulmão. Ela faz uso de diltiazem de ação prolongada e hidroclorotiazida, para tratamento de hipertensão arterial sistêmica, e apresenta história de ICC. Seu último eletrocardiograma, feito há dois meses, mostrou ritmo sinusal. Ao exame físico, obesa, com pulso de 175 bpm e irregular, frequência respiratória de 29 mrm, dispneica, sendo necessário colocar o cateter de O2, e PA 90/60. Mantém CVC em VJD, verificado pressão venosa central de 20 cm de H2O. A ausculta pulmonar revela crepitações. A palpação do íctus, mostra-se localizado no sexto espaço intercostal esquerdo, na linha axilar anterior, com aproximadamente 3 cm de extensão. Levantamento para esternal, Ausculta cardíaca – presença de terceira bulha (B3) e sopro sistólico de insuficiência mitral 2+/6+, no foco mitral. •Uma radiografia de tórax mostrou cardiomegalia global e edema pulmonar. O eletrocardiograma mostra sobrecarga ventricular e fibrilação atrial com frequência ventricular de 165 a 180 bpm. I. TEORIAS DE ENFERMAGEM TEORIA DE NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS – WANDA HORTA De acordo com Horta, nenhuma ciência sobrevive sem filosofia própria, por isso a enfermagem deve existir, o que não deve prescindir de uma filosofia uniforme que lhe dê uma base segura para o sua evolução. Existem três entidades na enfermagem, continua Horta: • Ser enfermeira (cuidar de pessoas); • Ser cliente / paciente (pessoa, família, comunidade); • Ser enfermagem (envolvimento, compromisso). Horta define a ciência como a prática, a vontade de poder, em que a tecnologia é a vontade de poder. Por outro lado, a teoria serve como um guia para a ação, para reunir dados, para buscar novos conhecimentos e para explicar a natureza da ciência. No entanto, levando em consideração que a caracterização da ciência ocorre por meio de uma indicação clara de seu sujeito, sua descrição, explicação e predição, e o objeto da ciência é um ser específico que se manifesta ao homem. Horta inspira-se no desenvolvimento de seus estudos na Teoria da Motivação Humana de Maslow, com base nas necessidades humanas básicas. Ele desenvolveu sua teoria da motivação humana com base nas necessidades humanas básicas descritas a seguir: - Necessidades fisiológicas; - Segurança; - Amor; - Estima; - Autorrealização. Segundo ela, para aplicação do Processo de Enfermagem os instrumentos básicos necessários são: - Habilidades; - Conhecimentos; - Atitudes; - Observação; - Comunicação; - Destreza manual; - Planejamento; - Avaliação; - Criatividade; - Trabalho em equipe; - Utilização de recursos da comunidade. ¹ II. DIAGNÓSTICO CLÍNICO: A – ICC B – EAP C – HAS 2.1. DEFINIÇÃO A - A insuficiência cardíaca congestiva é uma síndrome clínica complexa de natureza sistêmica definida como disfunção cardíaca que causa irrigação sanguínea insuficienteaos tecidos metabólicos com recorrência venosa normal ou apenas com pressão de enchimento elevada. é uma doença que prejudica a capacidade do ventrículo direito ou esquerdo de preencher ou ejetar sangue para manter o metabolismo do corpo, fazendo com que o coração funcione mal, bombeando sangue de maneira ineficiente pelo corpo. Dependendo dos sintomas, a ICC pode ser aguda ou crônica. As alterações hemodinâmicas frequentemente observadas na IC incluem uma resposta insuficiente ao débito cardíaco e aumento da pressão pulmonar e da pressão venosa sistêmica. Na maioria das formas de IC, a diminuição do débito cardíaco é responsável pela perfusão tissular anormal (IC com diminuição do débito cardíaco). Inicialmente, esse prejuízo no débito cardíaco se manifesta durante o exercício e, à medida que a doença progride, o exercício diminui até ser reduzido em repouso. Existem condições em que o débito cardíaco pode ser normal ou mesmo elevado, como em condições de pós-carga reduzida ou hipermetabolismo, mas inadequadas às necessidades metabólicas do tecido, caracterizadas por IC com alto débito cardíaco (IC). O mecanismo responsável pelos sinais e sintomas clínicos pode ser sistólico, diastólico ou ambos, em um ou ambos os ventrículos. Em adultos, cerca de 60% dos casos estão associados à disfunção sistólica do ventrículo esquerdo e, nos 40% restantes, à disfunção diastólica, deve-se ressaltar que esta última se manifesta mais frequentemente com o aumento da expectativa de vida da população.² B - O Edema Agudo Pulmonar é uma síndrome clínica na qual ocorre acumulo de fluidos espaços alveolares e intersticiais dos pulmões, podendo ser decorrente de diversas causas. O resultado do processo é caracterizado por hipoxemia, aumento no esforço respiratório, redução da complacência pulmonar e redução da relação ventilação perfusão. Na maioria dos casos o EAP está relacionado a doenças cardíacas. ³ C - A hipertensão arterial ou pressão alta, é uma doença que ataca os vasos sanguíneos, coração, cérebro, olhos e pode causar paralisação dos rins. Ocorre quando a medida da pressão se mantém frequentemente acima de 140 por 90 mmHg. Essa doença é herdada dos pais em 90% dos casos, mas há vários fatores que influenciam nos níveis de pressão arterial, entre eles: fumo, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, estresse, grande consumo de sal, níveis altos de colesterol, falta de atividade física; Além desses fatores de risco, sabe-se que sua incidência é maior na raça negra, aumenta com a idade, é maior entre homens com até 50 anos, entre mulheres acima de 50 anos, em diabéticos.4 2.2 ETIOLOGIA A - As causas principais relacionadas a Insuficiência Congestiva Congênita são: - Doença Arterial Coronariana (IAM) - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) - Doença de Chagas ( Causa miocardiopatia chagásica crônica) - Diabetes - Doença de Válvula Cardíaca - Doenças Cardíaca Congênita - Cardiomiopatia Dilatada Idiopática (Coração com tamanho aumentado) - Arritmia Cardíaca - Miocardite ( Infecção do músculo do coração) - Anemia - HIV/AIDS - Distúrbios Tireoidiano - Cardiotoxicidade Além de doenças que causam insuficiência cardíaca, o consumo excessivo de álcool e drogas também pode levar ao desenvolvimento da doença. Certos tratamentos de câncer, como radioterapia e quimioterapia, também podem levar ao desenvolvimento de insuficiência cardíaca. 5 B - Edema Agudo Pulmonar que é o extravasamento dos fluidos dos capilares pulmonares para o espaço intersticial e alveolar no edema agudo pulmonar (EAP) pode ser causado pela excessiva elevação da pressão hidrostática, ultrapassando a capacidade de drenagem dos vasos linfáticos e sanguíneos. Há outras causas de edema pulmonar, como na síndrome de angústia respiratória do adulto, devido ao aumento da permeabilidade da membrana alvéolo capilar. Na insuficiência hepática, ocorre perda de albumina e redução da pressão oncótica do plasma.6 C – A hipertensão pode ocorrer por várias alterações no coração e nos vasos sanguíneos que possivelmente se associam para aumentar a pressão arterial. Por exemplo, a quantidade de sangue bombeado por minuto (débito cardíaco) pode estar aumentada e a resistência ao fluxo de sangue também pode estar aumentada, pois os vasos sanguíneos sofrem constrição. O volume de sangue pode estar aumentado também. As razões para tais alterações não são totalmente conhecidas, mas parecem envolver uma anormalidade hereditária que afeta a constrição das arteríolas, o que ajuda a controlar a pressão arterial. Outras alterações podem contribuir para o aumento da pressão arterial, incluindo a acumulação de quantidades excessivas de sódio dentro das células e a redução da produção de substâncias que dilatam as arteríolas. A hipertensão arterial pode ser classificada em primária e secundária. Outras causas relacionadas a HAS são doenças renais como lesões renais resultantes de inflamação ou outros distúrbios podem prejudicar sua capacidade de remover sódio e água suficiente do corpo, aumentando o volume de sangue e a pressão arterial, estenose da artéria renal (estreitamento da artéria que irriga um dos rins) que pode ser decorrente de aterosclerose, infecção renal (pielonefrite), glomerulonefrite, tumores renais, doença do rim policístico, lesão em um rim e radioterapia que afete o rim; Distúrbios hormonais como o hiperaldosteronismo (excesso de produção de aldosterona, muitas vezes devido a um tumor benigno em uma das glândulas adrenais), síndrome de Cushing (doença caracterizada por altos níveis de cortisol), hipertireoidismo (glândula tireoide hiperativa) e, raramente, feocromocitoma (tumor em uma glândula adrenal que produz os hormônios epinefrina e norepinefrina. Existem também substâncias, drogas e medicamentos que podem causar ou agravar a hipertensão arterial incluem-se álcool (uso excessivo), cocaína, corticosteroides, anti-inflamatórios não esteroides (AINES), contraceptivos orais (pílulas anticoncepcionais) e simpatomiméticos (certos descongestionantes, como pseudefedrina e fenilefrina, presentes em antigripais). Algumas situações que podem também agravar o quadro de hipertensão são obesidade, o sedentarismo, o estresse, o tabagismo e quantidades excessivas de álcool ou sódio na dieta podem desempenhar um papel no desenvolvimento da hipertensão arterial em pessoas que têm uma tendência hereditária para desenvolvê-la, além disso, a apneia do sono pode contribuir para a hipertensão arterial existente ou agravá-la. O estresse tende a causar aumento da pressão arterial temporariamente. 7 2.3. FISIOPATOLOGIA A - O entendimento de fisiopatológica da IC mudou radicalmente nos últimos 20 anos. Na atualidade é classificada como uma entidade com declínio progressivo da disfunção ventricular devido a disfunção miocitica progressiva, causada pela ativação de sistemas neuro-hormonais, autócrinos e parácrinos, decorrente da queda do débito cardíaco, que afetam o aparelho cardiovascular como um todo, tornando a ICC não apenas uma doença do coração, mas da circulação em geral, provocando assim expressão de genes, perda de células por necrose e apoptose e consequentemente reformulação celular e das câmeras.8 B - Na insuficiência cardíaca, o coração pode não suprir os tecidos com a quantidade adequada de sangue para as necessidades metabólicas; a elevação relacionada ao coração da pressão venosa pulmonar ou sistêmica pode resultar na congestão de órgãos. Essa condição pode decorrer das alterações da função sistólica, diastólica ou, geralmente, de ambas. Embora uma anormalidade primária possa ser uma mudança na função do cardiomiócito, há também mudanças na rotação de colágeno da matriz extracelular. Os defeitos cardíacos estruturais (p. ex., congênitos, desordens valvares), anormalidades rítmicas (incluindo alta frequência cardíaca persistente)e altas demandas metabólicas (p. ex., decorrente de tireotoxicoses) também podem causar insuficiência cardíaca. 9 C - A fisiopatologia da hipertensão arterial, assim como o surgimento das crises hipertensivas se deve ao aumento abrupto da resistência vascular. Quando a pressão arterial cai, ocorre vasodilatação cerebral e se a pressão arterial sobe ocorre vasoconstrição. Quando a pressão arterial média excede os valores limites da autorregulação o cérebro recolhe mais oxigênio para suprir a perda do fluxo cerebral. Em indivíduos normais a circulação cerebral pode aguentar rápidas reduções da pressão arterial, porém em pacientes hipertensos, idosos e portadores de doenças cerebrovasculares estes mecanismos regulatórios têm respostas mais lentas às alternações da pressão arterial. Alguns episódios que surgem no interior das artérias nos levam a entender melhor como ocorrem as sequelas desta doença, por exemplo, os vasos mais sensíveis não aguentam a forte pressão arterial exercida e estouram, episódio este que é motivador do derrame. Outro episódio nos mostra que a Hipertensão Arterial provoca feridas nas paredes internas dos vasos, o que leva à formação de partículas que vão se colando até “entupir” a passagem do sangue, desta forma acarretando o quadro de infartos e de insuficiência renal. 10 2.4. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA A - O diagnóstico da insuficiência cardíaca é clinico, através da história contada pelo paciente. Paciente de alto risco: tais pacientes não apresentam nenhuma alteração estrutural ou funcional do pericárdio, miocárdio ou de valvas cardíacas e nunca apresentam sinais e sintomas de ICC; Paciente Disfunção ventricular assintomático: Pacientes que já desenvolveram cardiopatias estrutural sabidamente associada a IC, nunca desenvolveram sinais ou sintomas de IC ou IAM; Paciente IC sintomática: Paciente com sintomas prévios ou presença de IC, associados com cardiopatia estrutural subjacente; Paciente IC Refratário: Pacientes com cardiopatia estrutural e sintomas acentuados de IC em repouso, apesar da terapia clinica máxima, e que requerem intervenções especializadas. Os achados clínicos (p. ex., dispneia de esforço ou fadiga, ortopneia, edema, taquicardia, estertores pulmonares, B3, e distensão venosa jugular) sugerem insuficiência cardíaca, mas normalmente não são aparentes no início. Sintomas semelhantes podem ser decorrentes de DPOC, pneumonia recorrente ou ser erroneamente atribuídos a obesidade ou idade avançada. A suspeita de insuficiência https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/distúrbios-pulmonares/doença-pulmonar-obstrutiva-crônica-e-doenças-relacionadas/doença-pulmonar-obstrutiva-crônica-dpoc https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/distúrbios-pulmonares/pneumonia/visão-geral-da-pneumonia cardíaca deve ser alta em pacientes com história de infarto do miocárdio, hipertensão, doenças valvares ou sopros, e deve ser moderada em qualquer paciente idoso ou diabético. 11 Às vezes, somente avaliação clínica Radiografia de tórax Ecocardiografia, cintilografia miocárdica e/ou RM Às vezes, níveis de BNP ou N-terminal-pró-BNP (NT-pró-BNP) ECG e outros testes para etiologia, se necessários B - O diagnóstico do edema agudo pulmonar é clínico. O paciente apresenta-se agitado, com sudorese fria, taquicárdico, taqui dispneico e com tosse com expectoração rósea ou espumosa. Na evolução (ou se chegar tardiamente a unidade de emergência) poderá estar sonolento, cianótico com bradipneia, havendo risco elevado de parada cardiorrespiratória. A pressão arterial (PA), em geral, está elevada, pela resposta adrenérgica aumentada e, principalmente, quando for crise hiper. A assistência nas unidades de primeiro atendimento envolve conhecimentos nas várias especialidades médicas. Atendimentos estes que podem se tornar complexos necessitando decisões rápidas e objetivas. O número de publicações referentes à medicina de urgência e emergência é elevado, dificultando a atualização permanente. Esta seção tem como objetivo a divulgação de temas ligados a esta área de atuação enfatizando o diagnóstico e tratamento. Nelson Akamine Zied Rasslan Editores da Seção tensiva a causa do edema agudo pulmonar. A ausculta cardíaca poderá evidenciar a presença de sopro em portadores de valvopatia ou se houver complicação mecânica (insuficiência mitral e comunicação interventricular entre outras) no infarto agudo do miocárdio (IAM). Arritmias, como a fibrilação atrial, pode ser o fator precipitante do edema pulmonar agudo em portador de insuficiência coronariana, ventricular esquerda ou de valvopatia, como a estenose mitral. Na ausculta pulmonar, pode se notar a presença de estertores crepitantes e subcrepitantes ou mesmo sibilos, desde a base até o ápice pulmonar. Os portadores de edema agudo pulmonar devido a infarto agudo poderão apresentar dor torácica. 12 C - O diagnóstico da hipertensão arterial é na maior parte determinado pelo encontro de níveis tensionais constantemente elevados acima dos limites de normalidade, quando a pressão arterial é determinada por meio de métodos e condições apropriados. Sendo assim, a aferição da pressão arterial é o elemento-chave para o estabelecimento do diagnóstico da hipertensão arterial. 13 2.5. TRATAMENTO Tem como função do enfermeiro auxiliar o paciente sobre os medicamentos, cirurgia e a mudança de habito, as complicações que podem trazer. 14 Clinico: É preciso ter uma mudança dos hábitos de vida do indivíduo. Tabagismo: pacientes devem ser encorajados a parar de fumar. Álcool: pacientes devem suspender o uso de álcool de forma rotineira, estando permitido ingerir pequenas quantidades de forma ocasional. Dieta: alimentação saudável, rica em fibras e perder peso Sal e água: deve-se restringir o máximo de sódio possível e Evitar a ingestão excessiva de líquidos Exercícios: pacientes devem manter-se ativos; O exercício até o ponto de dispneia leve é benéfico, mas esportes prolongados, exaustivos devem ser evitados. Cirúrgico: São indicados para casos cirúrgicos aqueles que não têm perspectiva de melhora apenas com uso de fármacos. Reconstrução ventricular Revascularização miocárdica Cirurgia valvar mitral Transplante de coração Remodelamento Ventricular esquerdo Transplante de células isoladas Farmacológico: O tratamento medicamentoso é duradouro, podendo as doses das medicações serem modificadas conforme o quadro clínico. Vasodilatadores diretos (Hidralazina/Minoxidil) Antagonistas da aldosterona (Espironolactona/Eplerenona) Antiarrítmicos (Amiodarona/Dronedarona). Diuréticos (Prostaglandina) Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (Captopril, Ramipril, Lisinopril, Enalapril) Bloqueadores beta adrenérgicos (Carvedilol, Bisoprolol e Metoprolol) Digitálicos (Digoxina/Digitoxina) Antagonistas dos receptores de angiotensina II (Losartan/Valsartan/Candesartan ) ** 2.6. COMPLICAÇÕES O mau funcionamento do coração pode afetar várias partes do corpo quando há alguma mudança na capacidade de bombeamento do sangue a oxidação é enfraquecida causando problemas para outros órgãos. Pessoas com insuficiência cardíaca enfrentam um risco significativo de morte parada cardíaca súbita devido a fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular. Devido ao aumento da pressão arterial nos pulmões, podem se acumular fluidos que dificultam a respiração, você pode se sentir cansado e cansado, causando edema pulmonar. III. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM CASO CLINICO 1 – INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA + EDEMA AGUDO DO PULMÃO + HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA Uma mulher de 76 anos está hospitalizada na unidade de terapia intensiva por edema agudo de pulmão. Ela faz uso de diltiazem de ação prolongada e hidroclorotiazida, para tratamentode hipertensão arterial sistêmica, e apresenta história de ICC (Insuficiência Cardíaca congestiva), seu último eletrocardiograma, feito há dois meses, mostrou ritmo sinusal. Ao exame físico, obesa, com pulso de 175 bpm e irregular, frequência respiratória de 29 mrm, dispneica, sendo necessário colocar o cateter de O2, e PA 90/60. Mantém CVC em VJD, verificado pressão venosa centra l de 20 cm e H2 O. A ausculta pulmonar revela crepitações. A palpitação de ictus, mostra-se localizado no sexto espaço intercostal esquerdo, na linha axilar anterior, com aproximadamente 3 cm de extensão. Levantamento paraesternal. Ausculta cardíaca – presença de terceira bulha (B#) e sopro sistólico de insuficiência mitral 2+/6+, no foco mitral. Uma radiografia de tórax mostrou cardiomegalia global e edema pulmonar. O eletrocardiograma mostra sobrecarga ventricular e fibrilação atrial com frequência ventricular de 165 a 180 bpm. 3.1. INVESTIGAÇÃO Da coleta de dados do caso, entende: Idosa de 76 anos; Obesa; Dispneia; Fadiga; EAP; ICC; HAS; Edema pulmonar; Cardiomegalia global 3.2. ELABORAR PELO MENOS DOIS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM PRIORITÁRIOS POR MEIO DA REFERÊNCIA NANDA Volume de líquido excessivo relacionado ao mecanismo de regulação comprometido, evidenciado por congestão pulmonar, dispnéia, congestão pulmonar e alteração no padrão respiratório (FR 29 mrm). (Pag 332- NANDA PDF). Síndrome do idoso frágil relacionado a doença crônica, caracterizado por debito cardíaco diminuído. (Pag 262- NANDA PDF); Débito cardíaco diminuído relacionado a alteração na frequência cardíaca evidenciado por alteração no ECG e taquicardia (165 a 180 bpm); (Pag 425- NANDA PDF) Risco de infecção relacionado a procedimento invasivo (Uso de CVC em VJD). (Pag 431- NANDA PDF); Risco de lesão por pressão relacionado a redução de mobilidade associado a extremo de idade (76 anos) e extremo de peso (Obesa). (Pag 791- NANDA PDF). Padrão respiratório ineficaz relacionado a fadiga e obesidade, evidenciada por dispnéia e padrão respiratório anormal de 29 mrm. (Pag 431- NANDA PDF). 3.3. ELABORAR AS INTERVENÇÕES UTILIZANDO A CLASSIFICAÇÃO DAS INTERVENÇÕES – NIC (NO MÍNIMO UM PARA CADA DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM) Controle das vias aéreas Assistência ventilatória Aspiração de vias aéreas Administração de analgésicos Redução da ansiedade Controle de vias áreas artificiais Precauções contra aspiração Fisioterapia respiratória Estimulação a tosse Desmame da ventilação mecânica Oxigenioterapia Controle da dor Relaxamento muscular progressivo Monitoramento respiratório Cuidados com sondas e drenos Monitoramento de sinais vitais 3.4. ELABORAR A PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM E COLOCANDO A FREQUÊNCIA DE CADA UMA DAS INTERVENÇÕES Verificar sinais vitais Avaliar alterações nos níveis de consciência – continuo Ofertar oxigenoterapia (conforme prescrição médica) Banho no leito a cada 24 horas Administração de diurético (conforme prescrição médica) Mudança de decúbito a cada 8 horas Avaliação tegumentar para evitar futuras úlceras de pressão em 12/12 horas Dieta rica em nutrientes e vitaminas, com baixo teor calórico (conforme prescrição médica) Monitorar os sinais vitais a cada 6 horas Verificar e realizar a assepsia dos drenos e do cateter a cada 8 horas e/ou quando tiver secreção Manter o carrinho de parada próximo ao paciente, elevar a cabeceira da cama Realizar a gasometria 12/12hrs Instalar o controle hídrico, sondagem vesical de demora IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Portal Educação [homepage na internet] Processo de Enfermagem de Wanda Horta. Disponivel em: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/processo-de- enfermagem-de-wanda-de-aguiar-horta/25062# 2. Arq.https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0066- 782X2009002000001&script=sci_arttext&tlng=pt 3. Guyton, A. C; Fisiologia Humana e Mecanismo das Doenças; Guanabara Koogan; 6ª edição; 1999. 4. Biblioteca Virtual em Saúde [homepage na internet]. Hipertensão arterial. Disponivel em: https://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/2080- hipertensao#:~:text=A%20hipertens%C3%A3o%20arterial%20ou%20press%C3%A3o,de %20140%20por%2090%20mmHg. 5. Heart Failure Matters[homepage na internet].What causes heart failure? Disponível em: http://www.heartfailurematters.org/en_GB/Understanding-heart-failure/What-causes-heart- failure 6.Nelson Akamine e Zied Rasslan; Edea agudo de pulmão cardiogênico; Revista Einsten Br; Disponivel em: http://apps.einstein.br/revista/arquivos/PDF/2361-19-22.pdf https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/processo-de-enfermagem-de-wanda-de-aguiar-horta/25062 https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/processo-de-enfermagem-de-wanda-de-aguiar-horta/25062 https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0066-782X2009002000001&script=sci_arttext&tlng=pt https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0066-782X2009002000001&script=sci_arttext&tlng=pt https://saude.novartis.com.br/insuficiencia-cardiaca/causas-da-insuficiencia-cardiaca/ https://saude.novartis.com.br/insuficiencia-cardiaca/causas-da-insuficiencia-cardiaca/ http://apps.einstein.br/revista/arquivos/PDF/2361-19-22.pdf 7. Manual MSD [homepage na internet]. Hipertensão arterial. Disponivel em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o- e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/hipertens%C3%A3o-arterial/hipertens%C3%A3o- arterial 8. Arq. Bras. Cardiol. Vol.114 no.1 São Paulo 2020. Disponivel em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0066- 782X2019005022110&script=sci_arttext&tlng=pt 9. Manual MSD [homepage na internet]. Insuficiencia cardiaca (IC). Disponivel em: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as- cardiovasculares/insufici%C3%AAncia-card%C3%ADaca/insufici%C3%AAncia- card%C3%ADaca-ic 10. Portal Educação [homepage na internet] Hipertensão arterial: fisiopatologia. Disponivel em: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/hipertensao- arterial-fisiopatologia/34863 11. Manual MSD [homepage na internet]. Insuficiencia cardiaca (IC). Disponivel em: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as- cardiovasculares/insufici%C3%AAncia-card%C3%ADaca/insufici%C3%AAncia- card%C3%ADaca-ic 12 Nelson Akamine e Zied Rasslan; Edea agudo de pulmão cardiogênico; Revista Einsten Br; Disponivel em: http://apps.einstein.br/revista/arquivos/PDF/2361-19-22.pdf Bras. Cardiol. Vol.93 no.1 supl.1 São Paulo 2009. Disponivel em: 13. III Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial. Hipertensão Arterial. 1998. Disponivel em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/III_consenso_bras_hip_arterial.pdf 14. Heart Failure Matters[homepage na internet].Disponível em: https://www.heartfailurematters.org/ V. RESPONDER AS QUESTÕES https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/distúrbios-do-coração-e-dos-vasos-sanguíneos/hipertensão-arterial/hipertensão-arterial https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/distúrbios-do-coração-e-dos-vasos-sanguíneos/hipertensão-arterial/hipertensão-arterial https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/distúrbios-do-coração-e-dos-vasos-sanguíneos/hipertensão-arterial/hipertensão-arterial https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0066-782X2019005022110&script=sci_arttext&tlng=pt https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0066-782X2019005022110&script=sci_arttext&tlng=pt https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doenças-cardiovasculares/insuficiência-cardíaca/insuficiência-cardíaca-ic https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doenças-cardiovasculares/insuficiência-cardíaca/insuficiência-cardíaca-ic https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doenças-cardiovasculares/insuficiência-cardíaca/insuficiência-cardíaca-ic http://apps.einstein.br/revista/arquivos/PDF/2361-19-22.pdfhttp://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/III_consenso_bras_hip_arterial.pdf https://www.heartfailurematters.org/ Como você, enfermeiro da unidade interpretaria esses sinais e sintomas relacionados ao sistema pulmonar observados durante exame físico do paciente? Qual a relação com a doença de base? Interpretaria de forma a relacionar uma patologia no sistema circulatório, apesar dos sinais e sintomas podendo ser confundidos e característicos de alterações do sistema pulmonar. A relação está atrelada ao ICC, porque se a paciente não tivesse desenvolvido o mesmo, provavelmente não teria desencadeado o edema pulmonar. CASO DE ESTUDO CASO CLÍNICO 2 - RENAL O Sr. J.M.S. 40 anos, sexo masculino, procurou o Pronto Atendimento na companhia de sua esposa, Sra. M.M.S. com queixa de dispnéia aos pequenos e médios esforços, juntamente com taquipnéia e taquicardia. Refere ainda estar inapetente, apresentar náuseas e por vezes até vômitos. Têm tido insônia e nictúria com freqüência. Ao exame físico mostra-se descorado +++/++++, discreto edema periorbitário, hálito urêmico, flaping +, ausculta pulmonar com presença de estertores em bases de ambos os HT, edema ++/++++ em MMII, perfusão periférica 3,5”PA: 160 x 110 mmHg; FC: 120 bat./min.; FR: 30 resp./min.; T: 36,8C. Os exames laboratoriais coletados apresentam os seguintes resultados alterados: U: 240; C: 7,2; K: 5,0; Ht: 22%; Hb: 7,5. O Clearence de creatinina está em processo de coleta. Na história familiar refere que pai é hipertenso, bem como ele que há dez anos está em tratamento porém, sem segui-lo corretamente. Nega D.M. e afirma ter I.T.U. de repetição. Sua esposa encontra-se tensa, chorosa, referindo que deve ter sido a reação ao peixe ensopado que ele comeu na semana passada, bem que o vizinho havia falado. J.M.S. tenta consolá-la, falando que dará tudo certo e que ele nunca mais vai comer peixe. VI. TEORIAS DE ENFERMAGEM TEORIA DE NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS – WANDA HORTA De acordo com Horta, nenhuma ciência sobrevive sem filosofia própria, por isso a enfermagem deve existir, o que não deve prescindir de uma filosofia uniforme que lhe dê uma base segura para o sua evolução. Existem três entidades na enfermagem, continua Horta: • Ser enfermeira (cuidar de pessoas); • Ser cliente / paciente (pessoa, família, comunidade); • Ser enfermagem (envolvimento, compromisso). Horta define a ciência como a prática, a vontade de poder, em que a tecnologia é a vontade de poder. Por outro lado, a teoria serve como um guia para a ação, para reunir dados, para buscar novos conhecimentos e para explicar a natureza da ciência. No entanto, levando em consideração que a caracterização da ciência ocorre por meio de uma indicação clara de seu sujeito, sua descrição, explicação e predição, e o objeto da ciência é um ser específico que se manifesta ao homem. Horta inspira-se no desenvolvimento de seus estudos na Teoria da Motivação Humana de Maslow, com base nas necessidades humanas básicas. Ele desenvolveu sua teoria da motivação humana com base nas necessidades humanas básicas descritas a seguir: - Necessidades fisiológicas; - Segurança; - Amor; - Estima; - Autorrealização. Segundo ela, para aplicação do Processo de Enfermagem os instrumentos básicos necessários são: - Habilidades; - Conhecimentos; - Atitudes; - Observação; - Comunicação; - Destreza manual; - Planejamento; - Avaliação; - Criatividade; - Trabalho em equipe; - Utilização de recursos da comunidade. 15 VII. DIAGNÓSTICO CLÍNICO 7.1. DEFINIÇÃO Insuficiência renal é a condição na qual os rins perdem a capacidade de efetuar suas funções básicas. A insuficiência renal pode ser aguda (IRA), quando ocorre repentina e rápida perda da função renal, ou crônica (IRC), quando esta perda é lenta, progressiva e irreversível. Além de eliminar resíduos e líquidos do organismo, os rins exercem outras funções importantes: - regulam a água do organismo e outros elementos químicos do sangue como o sódio, o potássio, o fósforo e o cálcio; - eliminam medicamentos e toxinas introduzidos no organismo; - liberam hormônios no sangue ( esses hormônios servem para: regular a pressão sangüínea; fabricar células vermelhas do sangue e fortalecem os ossos.). 16 7.2 ETIOLOGIA As causas da Insuficiência Renal Aguda, podem ser por perda do volume extracelular, como nas queimaduras, hemorragias, diarréia e vômitos, etc, ou por sequestro interno, como nas pancreatites, síndrome nefrótica, hepatopatias avançadas, desnutrição, etc. Ainda pode-se citar por diminuição do débito cardíaco, vasodilatação periférica, vasoconstrição renal ou obstrução das artérias renais, pode-se citar por diminuição do débito cardíaco, vasodilatação periférica, vasoconstrição renal ou obstrução das artérias renais. As causas pós-renais podem ser por obstrução intra-renal, como nos depósitos intra-tubulares de ácido úrico, oxalato, drogas, proteínas anômalas e pigmentos, ou por obstruções ureterais, pélvicas, bexiga ou uretra, por cálculos, tumores, fibrose retro-peritoneal, pelves congelada, ligadura inadvertida de ureteres, hipertrofia ou doença maligna de próstata. Já as causas da Insuficiência Renal Crônica ocasionada por distúrbios dos vasos sanguíneos, dos glomérulos, dos túbulos, do interstício renal e das vias urinarias inferiores pode ser por: distúrbios metabólicos, como diabetes melitus e amiloidose; distúrbios vasculares renais, como a aterosclerose e a nefroesclerose, hipertensão; por distúrbios imunológicos, como glomerulonefrite, poliarterite nodosa e lúpus eritematoso: infecções como pielonefrite e tuberculose; distúrbios tubulares primários causados pela nefrotoxinas de analgésicos e metais pesados; obstrução do trato urinário por cálculos renais, pela hipertrofia da próstata e constituição uretral; e por distúrbios congênitos, como a doença policística e a ausência congênita de tecido renal, a hipoplasia renal. 17 7.3 FISIOPATOLOGIA A fisiopatologia da insuficiência renal, aguda ou crônica, pode ter diversos níveis, podendo ser divididos em 3 partes: 1) Doenças primarias dos rins; 2) Doenças sistêmicas que também acometem nos rins; e 3) Doenças do trato urinário ou urológico. Se a patologia que danifica os rins se encontra “antes” dos rins, é designada como insuficiência renal de causa pré-renal, como, por exemplo, nos casos associados a insuficiência cardíaca ou a depeleção de volume nos vasos. Se a patologia é intrínseca aos rins, como é o caso da glomerulonefrite ou da pielonefrite agudas, a insuficiência renal é classificada de causa renal. Por fim, se a causa de insuficiência renal se relaciona com obstrução da drenagem urinária, como, por exemplo, na hipertrofia da próstata, denomina-se pós-renal. 17 7.4 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA Como não há sintomas até fases avançadas da doença, a insuficiência renal normalmente requer um diagnóstico médico e é detectada através de análises de sangue pela da dosagem da ureia e da creatinina, a creatinina é o melhor marcador da função renal, quando os rins começam a perder função seus valores sanguíneos se elevam. Contudo, um valor elevado de creatinina pode ocorrer em contextos agudos e isoladamente não é suficiente para definir o diagnóstico de doença renal crônica, enquanto os exames de urina, de imagem e a biópsia renal nos fornecem dados importantes a respeito de mudanças estruturais, do tecido renal, que quando estão presentes por período superior a três meses, também são suficientes para classificar o paciente como insuficiente renal crônico, a ultrassonografia dos rins também é um exame importante, pois ela mostra a morfologia renal, podendoindicar se os rins já têm sinais de atrofia ou anomalias como a doença renal policística. Os sintomas incluem diminuição do débito urinário, inchaço devido a retenção de líquidos, náuseas, fadiga e falta de ar, sendo que as vezes podem ser sutis e não aparecer.18 7.5 TRATAMENTO Tem como função do enfermeiro auxiliar o paciente sobre os medicamentos, cirurgia e a mudança de habito, as complicações que podem trazer Clinico: Controle de dislipidemia: é de grande importância que o paciente consiga reduzir os níveis de colesterol, pois esta medida auxilia não só a função renal mas tambem o sistema cardiocirculatório. Tabagismo: pacientes devem ser encorajados a parar de fumar. Controle de pressão arterial: é uma das medidas mais essências para tardar a progressão, pois o ideal é manter a pressão abaixo de 130x80 mmHg. Controle de glicemia: é fundamental para o tratamento, sendo recomendado a glicemia de jejum abaixo de 140 mg/dl. Cirúrgico: Diálise: Uso de máquina para limpar o sangue quando a função renal de filtrar esta prejudicada. Hemodiálise: Uso de máquina co filtro especial para limpar o sangue quando a função renal de filtração esta prejudicada. Farmacológico: Diurético: para auxílio na eliminação de sódio e água através da urina Antihipertensivo: para reduzir a pressão arterial, bem como evitar problemas cardiovasculares e piora na condição renal 7.6 COMPLICAÇÕES Independente da etiologia da doença de base, os principais resultados em pacientes com IRA e IRC são as complicações descritas como anemia, acidose metabólica, desnutrição, alteração no metabolismo do cálcio e fósforo, problemas cardiovasculares e hormonais. A proteinúria se ressalta, uma vez que além de ser excelente marcador de tensão renal é relevante fator de risco para avanço da doença. 19 VIII. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM CASO CLINICO 2 – INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA O Sr. J.M.S. 40 anos, sexo masculino, procurou o Pronto Atendimento na companhia de sua esposa, Sra. M.M.S. com queixa de dispnéia aos pequenos e médios esforços, juntamente com taquipnéia e taquicardia. Refere ainda estar inapetente, apresentar náuseas e por vezes até vômitos. Têm tido insônia e nictúria com freqüência. Ao exame físico mostra-se descorado +++/++++, discreto edema periorbitário, hálito urêmico, flaping +, ausculta pulmonar com presença de estertores em bases de ambos os HT, edema ++/++++ em MMII, perfusão periférica 3,5”PA: 160 x 110 mmHg; FC: 120 bat./min.; FR: 30 resp./min.; T: 36,8C. Os exames laboratoriais coletados apresentam os seguintes resultados alterados: U: 240; C: 7,2; K: 5,0; Ht: 22%; Hb: 7,5. O Clearence de creatinina está em processo de coleta. Na história familiar refere que pai é hipertenso, bem como ele que há dez anos está em tratamento porém, sem segui-lo corretamente. Nega D.M. e afirma ter I.T.U. de repetição. Sua esposa encontra-se tensa, chorosa, referindo que deve ter sido a reação ao peixe ensopado que ele comeu na semana passada, bem que o vizinho havia falado. J.M.S. tenta consolá-la, falando que dará tudo certo e que ele nunca mais vai comer peixe. 8.1. INVESTIGAÇÃO Da coleta de dados do caso, entende: Homem de 40 anos; Dispneia; Taquipnéia; Taquicardia; Inapetencia Nauseas e vomitos Insonia Nicturia Palidez Edema em MMII Pressão arterial elevada 8.2. ELABORAR PELO MENOS DOIS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM PRIORITÁRIOS POR MEIO DA REFERÊNCIA NANDA Volume de líquido excessivo relacionado a entrada excessiva de líquido, entrada excessiva de sódio evidenciado por alteração na pressão arterial, alteração no padrão respiratório, azotemia, dispneia, edema, hematócrito diminuído, hemoglobina diminuída, ruídos adventícios respiratórios. (pag. 331 – NANDA PDF); Risco de desequilibro eletrolítico relacionado ao volume de líquidos excessivos e vômitos. (Pag 324 – NANDA PDF); Insônia relacionada a desconforto físico evidenciado por estado de saúde comprometido; (Pag 384 – NANDA PDF) Fadiga relacionada a provação de sono e doença evidenciado por capacidade de manter rotinas habituais (Pag 419 – NANDA PDF) Intolerância a atividade relacionado a condição respiratória e desiquilíbrio entre oferta e demanda de oxigênio. (Pag 451 – NANDA PDF) 8.3. ELABORAR AS INTERVENÇÕES UTILIZANDO A CLASSIFICAÇÃO DAS INTERVENÇÕES – NIC (NO MÍNIMO UM PARA CADA DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM) 8.4. ELABORAR A PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM E COLOCANDO A FREQUÊNCIA DE CADA UMA DAS INTERVENÇÕES Verificar SSVV de 2 em 2 horas Posicionar e manter paciente na posição Fowler 24 horas Ofertar oxigenoterapia (Conforme Prescrição Médica) Coletar exames laboratoriais (Conforme Prescrição Médica) IX. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 15. Portal Educação [homepage na internet] Processo de Enfermagem de Wanda Horta. Disponivel em: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/processo-de- enfermagem-de-wanda-de-aguiar-horta/25062# 16. Biblioteca Virtual em Saúde [homepage na internet]. Insuficiencia Renal Aguda. Disponivel em: https://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/2082-insuficiencia-renal- aguda#:~:text=Insufici%C3%AAncia%20renal%20%C3%A9%20a%20condi%C3%A7 %C3%A3o,%C3%A9%20lenta%2C%20progressiva%20e%20irrevers%C3%ADvel 17. Marli Cavalheiro Gregório; J. Bras. Nefrol. 1997; 19(2): 127-130 ; Ponto de Vista Histórico: Unidade de Clínica Médica e Divisão Radiológica do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo . Disponivel em: https://bjnephrology.org/wp- content/uploads/2019/12/jbn_v19n2-1.pdf 18. Manual MSD [homepage na internet] Insuficiência Renal Cronica. Disponivel em: https://www.mdsaude.com/nefrologia/insuficiencia-renal-cronica/#Diagnostico 19. Silvana Maria Coelho Leite Fava; Adriana Ayres de Oliveira; Elizabeth Miranda Vitor; Dênis Derly Damasceno; Solange Izabel Campos Libânio. Complicações mais freqüentes relacionadas aos pacientes em tratamento dialítico ; Revista Mineira de Enfermagem; Disponivel em: http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/399#:~:text=Observou%2Dse%20que%20as%2 0complica%C3%A7%C3%B5es,orienta%C3%A7%C3%B5es%20quanto%20ao%20pe so%20corporal. X. RESPONDER AS QUESTÕES Quais os marcadores bioquímicos que evidenciam a piora da função renal? https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/processo-de-enfermagem-de-wanda-de-aguiar-horta/25062 https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/processo-de-enfermagem-de-wanda-de-aguiar-horta/25062 https://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/2082-insuficiencia-renal-aguda#:~:text=Insuficiência renal é a condição,é lenta%2C progressiva e irreversível https://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/2082-insuficiencia-renal-aguda#:~:text=Insuficiência renal é a condição,é lenta%2C progressiva e irreversível https://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/2082-insuficiencia-renal-aguda#:~:text=Insuficiência renal é a condição,é lenta%2C progressiva e irreversível https://bjnephrology.org/wp-content/uploads/2019/12/jbn_v19n2-1.pdf https://bjnephrology.org/wp-content/uploads/2019/12/jbn_v19n2-1.pdf https://www.mdsaude.com/nefrologia/insuficiencia-renal-cronica/#Diagnostico Os principais marcadores bioquimicos utilizado são, Creatina, Proteinúria e Ureia. Um dos principais marcadores é creatina sérica, já que elevações nos seus níveis são atualmente um dos sinais mais indicativos de comprometimento de função renal. É derivada principalmente do metabolismo da creatina muscular e sua produção é diretamente proporcional à massa muscular. Já a proteinúria, sua perda pela urina é um achado comum em várias doenças renais e quando evidenciada pode representar um potente fator de risco cardiovascular. Considerada persistente quando presente em pelo menos duas de três avaliações urinarias,é um excelente marcador de lesão renal e é um importante fator de risco para progressão da DRC que geralmente relaciona-se a transmissão da hipertensão arterial sistêmica para o glomérulo que determina lesão no capilar glomerular. Por fim a ureia é um importante indicador para avaliar o funcionamento dos rins. A reabsorção tubular da ureia pode ser mais ou menos intensa de acordo com o estado volêmico do paciente aumentando quando houver depleção do volume extracelular, um exemplo deste é na insuficiência cardíaca congestiva e na desidratação. CASO DE ESTUDO CASO CLÍNICO 3 – DIABETES MELLITUS Paciente 17a, 48 kg, M, deu entrada no PS: com respiração de Kussmaul e pulso irregular, com O2 em 21% revelava pH=7,05, PA 140/90 mmHg, PCO2 12 mmHg, fc = 118 bpm, PO2 = 108 mmHg FR=40 rpm, HCO3 = 5 mEq/L, BE = - 30 mEq/L, hiperglicemia 800mcg/Dl, apresentando poliúria (aumento do volume urinário), polidipsia (sede aumentada e aumento de ingestão de líquidos), polifagia (apetite aumentado), com acentuada perda de peso há um mês, fadiga, astenia, apresentando, mucosas desidratadas ++++/++++ , visão borrada, náusea, vômitos e dor abdominal, glicosuria +++, hálito cetônico, quadro de confusão mental com agitação psicomotora e hipopotassemia K+ = 3,3. XI. TEORIAS DE ENFERMAGEM http://pt.wikipedia.org/wiki/Poliúria http://pt.wikipedia.org/wiki/Polifagia TEORIA DE NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS – WANDA HORTA De acordo com Horta, nenhuma ciência sobrevive sem filosofia própria, por isso a enfermagem deve existir, o que não deve prescindir de uma filosofia uniforme que lhe dê uma base segura para o sua evolução. Existem três entidades na enfermagem, continua Horta: • Ser enfermeira (cuidar de pessoas); • Ser cliente / paciente (pessoa, família, comunidade); • Ser enfermagem (envolvimento, compromisso). Horta define a ciência como a prática, a vontade de poder, em que a tecnologia é a vontade de poder. Por outro lado, a teoria serve como um guia para a ação, para reunir dados, para buscar novos conhecimentos e para explicar a natureza da ciência. No entanto, levando em consideração que a caracterização da ciência ocorre por meio de uma indicação clara de seu sujeito, sua descrição, explicação e predição, e o objeto da ciência é um ser específico que se manifesta ao homem. Horta inspira-se no desenvolvimento de seus estudos na Teoria da Motivação Humana de Maslow, com base nas necessidades humanas básicas. Ele desenvolveu sua teoria da motivação humana com base nas necessidades humanas básicas descritas a seguir: - Necessidades fisiológicas; - Segurança; - Amor; - Estima; - Autorrealização. Segundo ela, para aplicação do Processo de Enfermagem os instrumentos básicos necessários são: - Habilidades; - Conhecimentos; - Atitudes; - Observação; - Comunicação; - Destreza manual; - Planejamento; - Avaliação; - Criatividade; - Trabalho em equipe; - Utilização de recursos da comunidade. ¹ XII. DIAGNÓSTICO CLÍNICO 12.1. DEFINIÇÃO O diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos, causando um aumento da glicose (açúcar ) no sangue. O diabetes acontece porque o pâncreas não é capaz de produzir o hormônio insulina em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo, ou porque este hormônio não é capaz de agir de maneira adequada (resistência à insulina). A insulina promove a redução da glicemia ao permitir que o açúcar que está presente no sangue possa penetrar dentro das células, para ser utilizado como fonte de energia. Portanto, se houver falta desse hormônio, ou mesmo se ele não agir corretamente, haverá aumento de glicose no sangue e, consequentemente, o diabetes. 20 12.2 ETIOLOGIA O diabetes é um grupo de doenças metabólicas definida por hiperglicemia e associadas a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos, principalmente nos olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos sangüíneos. Pode provir de defeitos de secreção e/ou ação da insulina envolvendo processos patogênicos específicos, como destruição das células betas do pâncreas (produtoras de insulina), resistência à ação da insulina, distúrbios da secreção da insulina, entre outros. O termo tipo 1 aponta destruição da célula beta que provavelmente leva ao estágio de deficiência absoluta de insulina, quando a administração de insulina é indispensável para prevenir cetoacidose, coma e morte. O desenvolvimento do diabetes tipo 1 pode ocorrer de forma rapidamente evolutiva, principalmente, em crianças e adolescentes (pico de incidência entre 10 e 14 anos), ou de forma lentamente evolutiva, geralmente em adultos. O termo tipo 2 é usado para denominar uma deficiência relacionada de insulina. A administração de insulina nesses casos, quando ocorre, não pretende evitar cetoacidose, mas chegar ao controle do quadro hiperglicêmico. A cetoacidose é rara e, quando presente, é acompanhada de infecção ou estresse muito grave. 21 12.3 FISIOPATOLOGIA 12.3.1 DIABETES TIPO I No diabetes tipo 1, o pâncreas perde a capacidade de produzir insulina em decorrência de um defeito do sistema imunológico, fazendo com que nossos anticorpos ataque mas células que produzem a esse hormônio. O diabetes tipo 1 ocorre em cerca de 5 a 10% dos pacientes com dia betes. 21 20 12.3.1 DIABETES TIPO 2 No diabetes tipo 2 existe uma combinação de d oi s fatores - a diminuição da secreção de insulina e um de feito na sua ação, conheci do como resistência à insulina . Geralmente, o diabetes tipo 2 pode ser tratado co m medicamentos orais ou injetáveis, contudo, como passar do tempo, pode ocorrer o agravamento da doença. O diabetes tipo 2 ocorre em cerca de 90% dos pacientes com diabetes.21 20 12.3.1 DIABETES GESTACIONAL É o aumento da resistência à ação da insulina na gestação ,levando os aumentos nos níveis de glicose no sangue diagnosticado pela primeira vez na gestação, podendo - ou não - persistir após o parto. A causa exata do diabetes gestacional ainda não é conhecida, mas envolve mecanismos relacionados a resistência a insulina.21 20 12.4 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA O diagnóstico do diabetes acaba se tornando difícil quando se considera que os sintomas clássicos da doença (poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso) não são apresentados por 90% em casos de diabetes tipo 2 (DM2). Outros sintomas que levantam a suspeita clínica são: fadiga, fraqueza, letargia, prurido cutâneo e vulvar, balanopostite e infecções de repetição. Algumas vezes o diagnóstico é feito a partir de complicações crônicas como neuropatia, retinopatia ou doença cardiovascular aterosclerótica. Mas levando em consideração que os sintomas clássicos da doença não estão presentes na maioria dos casos, o diagnóstico do diabetes tipo 2 e do pré- diabetes só poderá ser confirmado através de testes laboratoriais de glicemia de jejum e de hemoglobina glicada (A1C) 20 22 12.5 TRATAMENTO Tem como função do enfermeiro auxiliar o paciente sobre os medicamentos, cirurgia e a mudança de habito, as complicações que podem trazer Clinico: Alimentação e dieta: adequar de acordo com o tipo de diabetes ajustando a quantidade de calorias e de glicose ingerida. Pratica de atividades físicas Controle de glicemia: é fundamental para o tratamento, pois ajuda a manter os níveis de glicose adequados. Farmacológico: O tratamento medicamentoso é duradouro, podendo as doses das medicações serem modificadas conforme o quadro clínico. No caso dos dois tipos é necessário usar medicamentos antidiabéticos para diminuir as taxas de glicose no sangue. (Glibenclamida,Glicazida, Metformina ou ate a insulina sintética) No Tipo I é sempre aconselhavel utillizar a Insulina (neste caso o pancreas não consegue produzir o hormonio) No Tipo 2 é mais razoavel utilizar antidiabéticos pois podem ser combinado para auxiliar na redução da taxa de glicose no sangue. Indicado administração de benzodiazepínicos (diazepam, alprazolam, midazolam. 21 12.6 COMPLICAÇÕES A história natural do diabetes é marcada pelo aparecimento de complicações crônicas, geralmente classificadas como microvasculares – retinopatia, nefropatia e neuropatia – e macrovasculares – doença arterial coronariana, doença cerebrovascular e vascular periférica. Todas são responsáveis por expressiva morbimortalidade, com taxas de mortalidade cardiovascular e renal, cegueira, amputação de membros e perda de função e qualidade de vida muito superior a indivíduos sem diabetes. Doença cardiovascular É a complicação de maior morbimortalidade As doenças isquêmicas cardiovasculares são mais frequentes e mais precoces em indivíduos com diabetes, comparativamente aos demais. A hipertensão arterial sistêmica afeta a maioria dos portadores de diabetes. É fator de risco importante para a doença coronariana e para as complicações microvasculares como a retinopatia e a nefropatia. A recomendação atual é intensificar seu controle na presença de diabetes, de modo, a alcançar níveis inferiores a 130/80 mmHg. Controle da dislipidemia pois pacientes com diabetes tipo 2 têm uma prevalência aumentada de anormalidades lipídicas que contribuem para taxas mais elevadas de doença arterial coronariana (DAC). Por isso, todo paciente com risco de doença arterial coronariana acima de 20% deve receber um estatina, independente do nível de colesterol LDL. A retinopatia diabética é a principal forma de cegueira irreversível no Brasil. Ela é assintomática nas suas fases iniciais, mas evolui ao longo do tempo, acometendo a maioria dos portadores de diabetes após 20 anos de doença. Os fatores de risco são semelhantes aos descritos para doença macrovascular, o controle da glicemia assume importância maior. A presença de nefropatia e gravidez também contribuem para sua evolução. A presença de retinopatia é um marcador precoce de início das complicações microvasculares e do risco de comprometimento renal. (na presença de retinopatia deve-se avaliar e acompanhar sempre a função renal). A nefropatia diabética também é uma complicação comum e devastadora em pacientes com diabetes, com uma freqüência pouco inferior a retinopatia. Tradicionalmente inicia por um estágio de nefropatia incipiente, com aumento da excreção urinária de albumina, chamada de microalbuminúria, em geral, após 5 anos da doença. Em indivíduos propensos existe uma evolução da doença para proteinúria clínica, geralmente acompanhada de hipertensão. Nos próximos cinco a dez anos surge a síndrome nefrótica, com queda da função renal e evolução para insuficiência renal terminal. É a complicação mais comum do diabetes, compreendendo um conjunto de síndromes clínicas que afetam o sistema nervoso periférico sensitivo, motor e autonômico, de forma isolada ou difusa, nos segmentos proximal ou distal, de instalação aguda ou crônica, de caráter reversível ou irreversível, manifestando-se silenciosamente ou com quadros sintomáticos dramáticos. A forma mais comum é a neuropatia simétrica sensitivomotora distal. Pode se manifestar por sensação de queimação, choques, agulhadas, formigamentos, dor a estímulos não-dolorosos, cãímbras, fraqueza ou alteração de percepção da temperatura, pode ser em repouso, com exacerbação à noite e melhora com movimentos. Úlceras de pés e amputação de extremidades são as complicações mais graves. Sua prevenção primária visa prevenir neuropatia e vasculopatia. Aqui é abordado o monitoramento de um conjunto de fatores que eleva o risco de úlcera e amputação de extremidades, tornando sua prevenção mais efetiva. 21 XIII. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM CASO CLINICO 3 – DIABETES MELLITUS Paciente 17a, 48 kg, M, deu entrada no PS: com respiração de Kussmaul e pulso irregular, com O2 em 21% revelava pH=7,05, PA 140/90 mmHg, PCO2 12 mmHg, fc = 118 bpm, PO2 = 108 mmHg FR=40 rpm, HCO3 = 5 mEq/L, BE = - 30 mEq/L, hiperglicemia 800mcg/Dl, apresentando poliúria (aumento do volume urinário),polidipsia (sede aumentada e aumento de ingestão de líquidos), polifagia (apetite aumentado) , com acentuada perda de peso há um mês , fadiga, astenia, apresentando, mucosas desidratadas ++++/++++ , visão borrada, náusea, vômitos e dor abdominal, glicosuria +++, hálito cetônico, quadro de confusão mental com agitação psicomotora e hipopotassemia K+ = 3,3. 13.1. INVESTIGAÇÃO Da coleta de dados do caso, entende: Paciente de 17 anos; Respiração de Kussmaul Pulso irregular; O2 em 21%; Pressão arterial alterada ( 140/90 mmHg) Gasometria alterada ( PCO2 12 mmHg;PO2 = 108 mmHg;HCO3 = 5 mEq/L; BE = - 30 mEq/L) Freq cardíaca alterada ( fc = 118 bpm) Hiperglicemia (800mcg/Dl) Freq respiratória alterada (FR=40 rpm) Poliúria Polidipsia Polifagia Acentuada perda de peso a um mês Fadiga Asternia Apresenta muscosas desidratadas Visão borrada Náusea e vômito Dor abdominal Glicosuria Halito cetônico Confusão mental com agitação psicomotora Hipopotassemia (K+ = 3,3.) 13.2. ELABORAR PELO MENOS DOIS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM PRIORITÁRIOS POR MEIO DA REFERÊNCIA NANDA Troca de gases prejudicada relacionada a serem desenvolvidos evidências por confusão, diminuição do nível de co2, gasometria arterial anormal, padrão respiratório http://pt.wikipedia.org/wiki/Poliúria http://pt.wikipedia.org/wiki/Polifagia anormal, ph arterial anormal, inquietação, perturbação visual e taquicardia. (pag. 381 – NANDA PDF); Volume de líquido deficiente relacionado a ingestão de líquido insuficiente demonstrado por aumento da FC, fraqueza, mucosas ressecadas, perda súbita de peso e sede. (Pag 326 – NANDA PDF); 13.3. ELABORAR AS INTERVENÇÕES UTILIZANDO A CLASSIFICAÇÃO DAS INTERVENÇÕES – NIC (NO MÍNIMO UM PARA CADA DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM) 13.4. ELABORAR A PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM E COLOCANDO A FREQUÊNCIA DE CADA UMA DAS INTERVENÇÕES Verificar sinais vitais 6 em 6 horas Realizar balanço hídrico 6 em 6 horas Coletar exames laboratoriais CPM Ofertar oxigenioterapia CPM Realizar dextro CPM IX. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 20. Arq. Bras. Cardiol.; Vol.84 suppl.1; São Paulo; Apr. 2005; Disponivel em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2005000700001 21. Biblioteca Virtual em Saúde [homepage na internet]. Cad de Atenção Básica; Vol 16; 2006; Diabetes Mellitus; Disponivel em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diabetes_mellitus.PDF 22. Posicionamento Oficial SBD nº 02/2015; Sociedade Brasileira de Diabetes; Disponivel em: https://www.diabetes.org.br/publico/images/pdf/conduta-terapeutica-no-dm2- algoritmo-sbd-2014-versao-final-impressao.pdf X. RESPONDER AS QUESTÕES Qual o tipo de diabetes que o paciente apresenta explique sua fisiopatologia? De acordo com as informações levantadas o paciente apresenta o Diabetes Tipo 1, devido aos sintomas como acentuada perda de peso, polidipsia, poliúria, náusea, ritmo http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2005000700001 https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diabetes_mellitus.PDF https://www.diabetes.org.br/publico/images/pdf/conduta-terapeutica-no-dm2-algoritmo-sbd-2014-versao-final-impressao.pdf https://www.diabetes.org.br/publico/images/pdf/conduta-terapeutica-no-dm2-algoritmo-sbd-2014-versao-final-impressao.pdf http://pt.wikipedia.org/wiki/Poliúria cardíaco acelerado e confusão mental, isso acontece porque o sistema imunológico ataca as célulasdo pâncreas, destruindo ou danificando o suficiente a ponto de parar a produção de insulina, hormônio que é necessário para controlar a quantidade de glicose (açúcar) no sangue.
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