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Estudo dirigido - Dança

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FACULDADE ESTÁCIO DE VITÓRIA 
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
 
 
 
 
 
LUANA BRAGA DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
TEORIA E PRÁTICA DO FOLCLORE E DANÇA 
 
 
 
 
 
 
 
VITÓRIA 
2018 
 
 
LUANA BRAGA DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEORIA E PRÁTICA DO FOLCLORE E DANÇA 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à Faculdade Estácio de Vitória 
como requisito para disciplina de Teoria e Prática do 
Folclore e Dança sob orientação da Prof. Alice Medeiros 
Kulnig. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VITORIA 
2018 
DANÇA NA PROMOÇÃO DA SAÚDE E MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA 
Romolo Falcão Marbá, Geusiane Soares da Silva, Thamara Barbosa Guimarães. 
 
O artigo busca esclarecer como a dança pode contribuir para a promoção da 
saúde e melhoria da qualidade de vida dos seus praticantes uma vez que 
conhecer e entender os benefícios advindos da prática da dança proporcionará 
um conhecimento científico mais aprofundado, que servirá de apoio para estudos 
e pesquisas, referentes à dança para a comunidade de Araguaína- TO. 
Tendo como principal referência bibliográfica Hass e Garcia, a pesquisa tem 
como objetivo pesquisar como a dança pode contribuir para a promoção da 
saúde e melhoria da qualidade de vida dos seus praticantes; identificar os efeitos 
advindos da dança e, por fim, analisar os benefícios que a prática dessa 
atividade física tem proporcionado à saúde e à qualidade de vida. 
A dança é a arte do movimento humano. Ela é plástico-rítmica, abstrata e 
expressiva, uma das artes mais antigas conhecidas, aparecendo desde os 
primórdios das civilizações como uma manifestação natural, muitas vezes como 
forma de ritual. A dança promove o desenvolvimento integral do ser humano. 
Nesse contexto a dança era considerada como uma manifestação na vida dos 
povos mais antigos: o homem dançava para pedir chuva, solicitar cura de 
algumas doenças, agradecerem vitórias a até mesmo em momentos de mortes. 
A dança estava em todos os acontecimentos dos povos antigos, era a atividade 
mais significante para o homem antigo. 
Segundo Hass e Garcia (2006, pg. 72). “As danças religiosas, danças 
dramáticas, danças guerreiras e danças funerárias eram as manifestações 
dessa civilização antiga que deixaram muitos árticos a humanidade.” 
No Egito e na Grécia os povos utilizavam a dança para expressar seu corpo e 
espírito, e receber energia masculina para neutralizar suas energias sexuais. Já 
em Roma a dança não foi tão importante. O povo romano era racionalista e 
intelectual e não dava tanto valor para a dança. Pode-se perceber pelos autores 
que a dança tanto no Egito como na Grécia tinha caráter religioso, mas em Roma 
não tinha muita importância, pois os romanos ignoravam a dança, dando mais 
importância para as lutas. A dança só chegou a Roma por influência da Grécia 
e cresceu porque foi introduzida nas escolas, de onde passou a ser vista como 
forma de educação para quem a praticava; além de ser uma forma de 
socialização entre o povo romano que antes a ignorava. 
Durante o Renascimento surgiu o balé que nessa época era uma dança que 
valorizava muito o corpo e os dançarinos criavam suas coreografias de acordo 
com o tema desejado. Essa dança era dominada por homens vestidos de mulher, 
uma vez que as mulheres não podiam participar dessa dança. Só muito tempo 
depois houve participações de mulheres que foram mostrando suas técnicas e 
movimentos apropriados na dança. 
Portanto, percebemos que a dança era tão importante na vida dos povos mais 
antigos que eles dançavam em todos os acontecimentos, tais como 
agradecimentos, pedidos e até mesmo em casos de mortes, independentemente 
de cada cultura, a dança naquela época tinha importância e significância 
grandiosas, influenciando muitos povos. 
Atualmente, a dança é uma atividade física alegre, que traz sensações de bem-
estar e dá estímulos para a pessoa que a pratica. A prática da dança não só 
favorece na parte estética do indivíduo, mas proporciona também aos 
praticantes o benefício do sentir-se bem. Nas academias, a procura pela dança 
é muito grande. A disposição de quem a pratica pode aumentar, facilitando a 
realização de tarefas diárias, sem dar espaço ao sedentarismo e até mesmo às 
doenças. Pode-se ressaltar que a busca pela dança como uma atividade física 
proporciona manter o corpo em forma, ter uma boa aparência e além de fazer 
novas amizades. 
O estudo conclui que a dança se caracteriza como uma fonte que oferece bem-
estar e um bom condicionamento físico, integração social, e é uma atividade 
física que além do prazer de se praticar, favorece vários outros benefícios para 
uma boa qualidade de vida. 
 
 
Questões 
1- Qual era importância da dança para os gregos, egípcios e romanos? 
2- Qual a modalidade da dança surgiu durante o Renascimento e quem a 
praticava? 
3- Quais os benefícios da dança na atualidade? 
4- Em que momentos os povos antigos dançavam? 
5- O que é dança? 
 
HISTÓRIA DA DANÇA – SEMPRE 
Thays Naig Diniz (Educação Física Licenciatura - GEPEF/LAPEF - UEL) 
Gisele Franco de Lima Santos (Orientadora - UEL) 
 
 
O estudo aborda a questão da história da dança e seu status atual. 
Na busca da origem da Dança encontrou-se que antes do homem se exprimir 
através de uma linguagem oral, ele dançou (linguagem gestual). O ritmo, que 
acompanha o gesto, é uma descarga emocional servindo para regular e medir 
todas as forças vitais; é ele que estabelece a harmonia e equilíbrio dos 
movimentos, preside à ordem das coisas e dá aos gestos do homem e às suas 
reações a força e a expressão. O ritmo é o primeiro movimento da vida que incide 
sobre os músculos do corpo humano. 
Mais adiante na história da humanidade detectamos que os hebreus possuíam 
Danças próprias e outras provavelmente de origem egípcia. No velho e o novo 
testamento dos textos bíblicos obteve-se exemplos de momentos em que a 
Dança estava presente como em Êxodo 15-16, Êxodo 32, Samuel 20-21 e 
Marcos 22. As Danças religiosas eram executadas nos próprios templos ou em 
outros lugares, mas para uma entidade superior como o “Senhor”. 
Através de Platão, Sócrates um dos grandes filósofos gregos, considerou a 
Dança como a atividade que formava o cidadão por completo. Nessa época 
histórica não nos passa despercebido que havia Dança também entre os 
Etruscos e os Romanos. 
A Dança perdeu sua força nessa atmosfera de suspeita em relação ao corpo a 
partir do século IV, quando os imperadores ditos "cristãos", o teatro e a Dança 
foram condenados. Mesmo no século XVII, na França, os comediantes ainda 
não podiam ser enterrados no "campo santo". A tradição popular, no entanto, é 
tão forte que até o século XII a Dança, sob a forma de rondas que 
acompanhavam os salmos, fez parte da liturgia. A partir do século XII, a Dança 
foi banida. 
O renascimento da Dança voltou a florescer, quando surgiu uma nova atitude em 
relação ao dualismo cristão, e os valores mundanos da vida e do corpo foram 
novamente exaltados. Pode-se dizer, a rigor, que a Dança dessa época saiu do 
gueto, porque, tendo sida repudiada pela sociedade oficial da Igreja, a tradição 
só foi mantida por causa dos guetos e só no século XV que surgiu o primeiro 
grande professor da Dança da Itália, foi Guglielmo Ebreo (Guilherme, o Judeu). 
Na idade média, nas Danças populares, encontramos os mesmos motivos das 
Danças primitivas. O cristianismo conseguiu atenuar, mas não apagar 
completamente o sentido pagão dessas Danças. O carnaval é a festa mais 
popular sob o ponto de vista cultural e psicológico; trata-se de uma “válvula de 
escape”, sem dúvida necessária, para que o povo, durante um curto período, 
possa expandir seus sentimentos, recalcados no severo regime de servidão 
feudal e tutelado pelo clero, como exemplo dessa proibição tem-se a inquisição 
sempre onipotente e a submissão de imperadores e reis ao papa. Ao passarem 
esses tipos de Danças decunho religioso do domínio dos sacerdotes para o 
domínio do povo, elas transformaram-se em manifestações populares. 
Na segunda parte da idade média surge o mestre de Danças que acompanha 
seus senhores, os nobres, e tem muitas vezes cargo de confiança. Aos poucos 
se converte em professor de boas maneiras e desde então, a Dança faz parte 
da educação dos cavalheiros. 
É nessa parte da história que o ballet toma todos os olhares, complicando a 
Dança de domínio do povo para ser uma Dança de domínio de quem poderia se 
manter dela, escapando dos cortesãos “amadores” para agora tornar-se a 
ocupação de profissionais como o rei Luís XIII; o ballet subiria às cenas mais 
elevadas do teatro mudando a sua ótica e transformando a sua técnica. 
A Dança tem hoje em dia usos nunca sonhados antes. Pode ser usada até 
terapeuticamente, prescrita por muitos médicos como forma de obter 
recuperações físicas ou musculares. 
O estudo conclui que em qualquer fase do processo histórico da dança, a melhor 
forma de se apreciar a dança é como Faro (1986) diz que o ideal seria que o 
apreciador possuísse conhecimentos históricos e técnicos que lhe permitisse 
usufruir plenamente o espetáculo representado sua à frente. 
 
Questões 
1- Quais grandes filósofos gregos foram os primeiros a considerar a Dança como 
a atividade que formava o cidadão por completo? 
2- Em qual século a dança foi banida? 
3- Quem foi primeiro grande professor da Dança da Itália? 
4- Qual a festa mais popular no Brasil que usa a dança como sua principal 
expressão? 
5- Como o rei Luís XIII influenciou o ballet? 
 
 
DANÇANDO NA ESCOLA 
Isabel A. Marques 
 
Resumidamente, sabemos que o ensino de artes no Brasil tem sofrido as 
consequências de posturas racionalistas e dualistas arraigadas ao pensamento 
pedagógico brasileiro. Nossa escola formal está fundada em valores que há 
séculos têm valorizado o conhecimento analítico/descritivo/linear em detrimento 
do conhecimento sintético/sistêmico/corporal/intuitivo. 
Não é de se admirar, portanto, que uma arte como a dança, que trabalha direta 
e primordialmente com o corpo, tenha sido durante séculos "presa nos porões e 
escondida nas senzalas": foi banida do convívio de outras disciplinas na escola, 
ou então atrelada ao tronco e chicoteada, até que alguma alma boa pudesse 
convencer "o feitor" de sua "inocência". 
Se por um lado o fato do Brasil ser um país onde a dança é de domínio público 
torna-o um país democrático, peculiar, vibrante e corporal, por outro tem excluído 
a possibilidade de estudarmos dança com maior profundidade, amplitude e 
clareza (e até mesmo menos riscos de lesões para o corpo). Ou seja, o fato do 
Brasil ser um país "dançante" tem também alijado a dança da escola. 
No entanto, a visão de que "dançar se aprende dançando" e nada mais é na 
verdade uma postura ingênua (no sentido freiriano) em relação aos múltiplos 
significados, relações, valores pessoais, culturais, políticas e sociais literalmente 
incorporados às nossas danças. 
Arte ainda é em muitos casos sinônimo de excentricidade, de loucura. Uma 
dança que não seja codificada (como o ballet, o flamenco, uma dança folclórica), 
para os desavisados, está relacionada à "suruba", à uma quase libertinagem, à 
irracionalidade. 
Mesmo que tenhamos conseguido superar as marcas negativas da história, uma 
visão ingênua para o ensino de dança, os pré-conceitos, ainda temos 
dificuldades no Brasil para obtermos informações, termos experiências práticas 
e discussões críticas em relação ao ensino de dança. A formação de professores 
que atuam na área de dança é sem dúvida um dos pontos mais críticos no que 
diz respeito ao ensino desta arte em nosso sistema escolar. 
Não poderia deixar de mencionar a escassez de bibliografia especializada na 
área e, até mesmo, a recusa de muitas editoras conhecidas em publicar 
trabalhos que certamente contribuiriam para um desenvolvimento mais crítico da 
área, alegando "falta de mercado". 
Se somos um país que vende e revende a imagem de um país que dança, por 
que dançar na escola? 
A escola pode, sim, dar parâmetros para sistematização e apropriação crítica, 
consciente e transformadora dos conteúdos específicos da dança e, portanto, da 
sociedade. A escola teria, assim, o papel não de reproduzir, mas de 
instrumentalizar e de construir conhecimento em/através da dança com seus 
alunos(as), pois ela é forma de conhecimento, elemento essencial para a 
educação do ser social. 
A construção de conhecimento no campo das artes implica três tipos de saber 
diferenciados e, ao mesmo tempo, complementares: o conhecimento direto, sem 
intermediação das palavras (ou do inglês "knowing this"), o conhecimento sobre 
as artes (do inglês "knowing that") e o conhecimento de como fazer algo (do 
inglês "knowing how"). 
Não poderíamos aprofundar esta discussão sem pensarmos as formas como 
este conhecimento é hoje apreendido, levando-se principalmente em 
consideração as transformações por que vem passando nossa sociedade em 
virtude do aparecimento e proliferação das novas tecnologias. O conhecimento 
que outrora era apreendido somente por via oral (as conversas e histórias em 
volta da fogueira), que em um segundo momento deram lugar à escrita (os livros, 
não há mais necessidade de um 'comunicador'), hoje se dá no espaço digital, 
são respostas motoras aos planos da razão, da emoção, da palavra, da 
imagem, da escrita e do próprio movimento. 
Ao pensarmos em uma educação crítica na área de dança, que nos permita 
ver/sentir/perceber "claro, amplo e profundo" (Rios, 1985), não podemos deixar 
de cuidadosamente analisar suas múltiplas relações com a sociedade em que 
vivemos. 
Ao contrário do que nos dita o senso comum, as aulas de dança podem ser 
verdadeiras prisões dos sentidos, das ideias, dos prazeres, da percepção e das 
relações que podemos traçar com o mundo. De fora para dentro, regras posturais 
baseadas na anatomia padrão, sequências de exercícios preparadas para todas 
as turmas do mesmo modo, repertórios rígidos e impostos (por exemplo, as 
festinhas de fim-de-ano) podem estar nos desconectando de nossa próprias 
experiências e impondo tanto ideais de corpo (em forma e postura) quanto de 
comportamento em sociedade. 
Vale ainda lembrar, mesmo que nosso assunto seja a dança na escola e, 
portanto, menos carregada da tradição da dança em si, que os ideais de corpos 
para aqueles que dançam (magreza, flexibilidade, juventude etc.) ainda estão 
muito presentes em nossa sociedade. As aulas de dança podem se tornar um 
verdadeiro campo de concentração para aqueles que não atendem às 
expectativas (mesmo que inconscientes) dos professores(as) de dança em 
relação ao corpo "apto" para esta disciplina. O reverso da moeda, no entanto, 
pode ser trabalhado através das aulas de dança: uma visão crítica, 
experimentada e vivida sobre as ditaduras do corpo que em nossa sociedade 
são preponderantes principalmente na moda, na mídia, na medicina. 
 
Questões 
1- Como a escola formal enxerga dança? 
2- A construção de conhecimento no campo das artes implica três tipos de saber 
diferenciados. Quais são eles? 
3- Como a dança pode ser trabalhada na escola para fugir do senso comum de 
“corpo apto para dançar”? 
4- Como as novas tecnologias impactam na dança? 
5- Como está a formação dos professores para trabalhar com dança na escola? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A DANÇA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO FÍSICA: NA VISÃO DE 
PROFESSORES DE ENSINO INFANTIL E FUNDAMENTAL DE ROMARIA-MG 
Edimar José Bernardino 
Leilane da Silva Reis 
Vanezia da Silva 
Marcus Vinicius Patente Alves 
 
Este artigo surgiu da necessidade de abranger conhecimento sobre a dança na 
escola, saber qual a visão dos professores da cidade de Romaria-MG em relação 
à dança no contexto da Educação Física, e contribuir com os professores 
mostrando que a dança na escola é de fundamental importância. 
Por razões historicamentedeterminadas a educação escolar tem privilegiado 
valores intelectuais em relação a valores corporais. O problema é que a noção 
de disciplina na escola sempre foi entendida como “não movimento” e as 
crianças educadas e comportadas são aquelas que simplesmente não se 
movem. Ainda alguns julgam que, para ocorrer à aprendizagem, é preciso que o 
aluno esteja sempre sentado e quieto. Mas privilegiar a mente e relegar o corpo 
pode levar a uma aprendizagem empobrecida. 
Considera-se a dança uma expressão representativa de diversos aspectos da 
vida do homem, portanto conhecer melhor o seu aluno, ou seja, saber suas 
preferências sobre o que gosta de brincar, de cantar, de ouvir, discutir suas 
experiências, fazer fluir na imaginação e verificar a influência dela na realidade 
e nas atitudes da criança. Dançar é uma das maneiras mais divertidas e 
adequadas para ensinar, na prática, todo o potencial de expressão do corpo 
humano. Por meio da dança o aluno experimenta um meio de expressão 
diferente da escrita. Ao falar com o corpo ele tem a possibilidade de falar consigo 
mesmo de outra maneira e melhorar a auto-estima. O simples prazer de 
movimentar alivia o stress diário e a tensão escolar. 
As aulas de dança envolvem o aluno e o ambiente, fazendo com que busquem 
novas possibilidades de movimentos contextualizado com sua realidade, 
trocando informações com os colegas, solucionando problemas, fazendo 
relações, e, consequentemente, gerando conhecimento. 
A importância e o significado de Educação Física implica em reflexões sobre 
seus paradigmas, pois se vive numa sociedade dinâmica e entende-se que essa 
área deve contemplar múltiplos conhecimentos produzidos e usufruídos por esta 
sociedade, a respeito do corpo. Portanto, pensar numa escola emancipadora é 
pensar em um espaço não apenas de escuta, mas de permanentes 
representações, construções e criações, tratando de interagir a prática 
pedagógica da Educação Física através da linguagem corporal “com os 
diferentes conhecimentos que trazem a dança”. 
O estudo conclui que a dança é de fundamental importância no contexto da 
Educação Física podendo possibilitar um conteúdo bem diversificado. A escola 
não deve estar preocupada em formar bailarinos, mas sim possibilitar ao aluno 
a conhecer a si próprio utilizando a dança. 
 
Questões 
1- Qual a importância de trabalhar a dança como conteúdo escolar? 
2- Como usar a dança para quebrar o paradigma de que “criança comportada é 
criança parada”? 
3- Como utilizar a dança para uma abordagem Crítico Emancipatória? 
4- Quais experiências a dança pode proporcionar? 
5- O que é necessário para utilizar a dança dentro da escola? 
 
 
 
COREOGRAFIA 
Por Lindomar da Silva Araujo 
 
A coreografia é a arte da composição estética dos movimentos corporais, cuja 
origem se dá quando surge a necessidade de apresentar uma ideia ou 
sentimento a um público, através de movimentos corporais expressivos, 
passando de ritualísticos para cênicos ou espetaculares. 
A montagem de uma coreografia exige do artista um domínio dos elementos 
estéticos já codificados por diversos estudiosos da dança, como o espaço, o 
tempo, o peso e a fluência, em relação ao corpo em movimento. O autor pode 
ainda contar com os recursos específicos das outras linguagens artísticas, 
adicionando maior dramaticidade, alegria, surpresa, espanto, enfim, diferentes 
emoções quando utilizando adequadamente os elementos da música, das artes 
visuais, que muito tem contribuído para os cenários, figurinos e adereços, e 
ainda, elementos do teatro que vem cada vez mais enriquecendo a cena 
contemporânea com as performances de dança/teatro e as preparações dos 
artistas bailarinos com suas técnicas próprias do universo do teatro. 
 
 Figurino 
Com o surgimento do teatro, na Grécia do século VI a.C., os atores passam a 
utilizar máscaras que caracterizavam os personagens e permitiam ampliar as 
vozes dos atores. 
Na Idade média, pelo domínio da igreja católica, os figurinos utilizados em 
encenações eram os relacionados a anjos, senhores e magistrados, não fugindo 
à alegoria de dragões e outros mitos que representavam o mundo pagão. 
No período do Naturalismo a arte de caracterização pela vestimenta passa a 
correr o risco do exagero, pois a veracidade histórica precisa de uma medida 
certa na adequação do traje, de forma a não deixar de servir a arte de interpretar 
do ator, com a técnica da “verdade cênica” do método Stanislavski, e ao 
propósito geral da encenação. Um grande aliado à arte do figurino é a 
“Maquiagem de cena”, pela possibilidade de transfiguração do ator. 
 
 História da Música 
Junto com a dança existe a música, se pararmos para perceber os sons que 
estão a nossa volta, concluiremos que a música é parte integrante da nossa vida, 
ela é nossa criação quando cantamos, batucamos ou ligamos um rádio ou TV. 
Acredita-se que a música tenha surgido há 50.000 anos, onde as primeiras 
manifestações tenham sido feitas no continente africano, expandindo-se pelo 
mundo com o dispersar da raça humana pelo planeta. 
Na pré-história o ser humano já produzia uma forma de música que lhe era 
essencial, pois sua produção cultural constituída de utensílios para serem 
utilizados no dia-a-dia, não lhe bastava, era na arte que o ser humano encontrava 
campo fértil para projetar seus desejos, medos, e outras sensações que fugiam 
a razão. 
A teoria musical só começou a ser elaborada no século V a.C., na Antiguidade 
Clássica. São poucas as peças musicais que ainda existem deste período, e a 
maioria são gregas. Na Grécia a representação musical era feita com letras do 
alfabeto, formando “tetracordes” (quatro sons) com essas letras, criadas pelos 
filósofos gregos. 
Hoje é possível dividir a história da música em períodos específicos, 
principalmente quando pretendemos abordar a história da música ocidental, 
porém é preciso ficar claro que este processo de fragmentação da história não é 
tão simples, pois a passagem de um período para o outro é gradual, lento e com 
sobreposição. 
A música renascentista data do século XIV, período em que os artistas 
pretendiam compor uma música mais universal, buscando se distanciarem das 
práticas da igreja. Havia um encantamento pela sonoridade polifônica, pela 
possibilidade de variação melódica. 
Após a música renascentista, no século XVII, surgiu a “Música Barroca” e teve 
seu esplendor por todo o século XVIII. Era uma música de conteúdo dramático 
e muito elaborado. Neste período estava surgindo a ópera musical. 
A “Música Clássica” é o estilo posterior ao Barroco. Enquanto os compositores 
clássicos buscavam um equilíbrio entre a estrutura formal e a expressividade, os 
compositores do “Romantismo” pretendem maior liberdade da estrutura da forma 
e de concepção musical, valorizando a intensidade e o vigor da emoção, 
revelando os pensamentos e sentimentos mais profundos. É neste período que 
a emoção humana é demonstrada de forma extrema. 
O século XX é marcado por uma série de novas tendências e técnicas musicais, 
no entanto torna-se imprudente rotular criações que ainda encontra-se em curso. 
Porém algumas tendências e técnicas importantes já se estabeleceram no 
decorrer do século XX. 
 
 Dança Moderna 
Anterior ao surgimento da dança moderna, a dança clássica era a maior 
expressão artística do movimento corporal nos palcos do mundo com sua 
estética de elevação, equilíbrio, harmonia, elegância e graça, utilizando passos 
preexistentes. Assim, ela surgiu como uma ruptura nos padrões rigorosos do 
academicismo, pesquisando-se novos caminhos pela arte para a expressão 
humana através do movimento corporal. 
Os dois maiores precursores da dança moderna foram Émile Jaques-Dalcroze e 
François Delsarte. Dalcroze desenvolveu um sistema de treinamento de 
sensibilização musical, denominado eurritmia, no qual tinha a função de 
transformar o ritmo em movimentos corporais, uma ginásticarítmica. 
No início do século XX, Rudolf Von Laban (1879-1958), lança as bases de uma 
nova dança, elaborando os componentes essenciais do movimento corporal: 
espaço, tempo, peso e fluência. Seu estudo possibilitou desvencilhar o 
movimento corporal da arte dramática, da música e das demais possibilidades 
de passos preestabelecidos. 
Delsarte constatou que cada emoção ou imagem cerebral, corresponde a um 
movimento ou, ao menos, uma tentativa de movimento. Surge, então, a chave 
da dança moderna: A intensidade do sentimento comanda a intensidade do 
gesto. Consequentemente conclui que: todo o corpo é mobilizado para a 
expressão, principalmente o torso, que todos os dançarinos modernos, de todas 
as tendências consideram a fonte e o motor do gesto. 
Isadora Duncan (1878-1927) foi a pioneira na dança moderna. Sua dança na 
infância foi marcada pela técnica acadêmica até que aos quatorze anos ela acha 
natural começar a dar aulas de dança em sua casa. Sempre se apresentava de 
túnica grega, descalça e com sua echarpe inseparável. Procurava ter ao fundo 
de suas apresentações uma cortina preta para tornar seus gestos mais legíveis. 
Já para Martha Graham a origem da dança está no rito, aspirando de todos os 
tempos à imortalidade. Graham se interessou pelas teorias freudianas, buscando 
nas profundezas da alma, o movimento do espírito para mergulhar no 
desconhecido do ser. A aula precisa começar com exercícios sentados no chão, 
pois nessa posição o dançarino pode controlar melhor todos os músculos do 
tronco em alongamento e contração, tornando o aquecimento mais eficiente, e 
em seguida, exercita-se de pé, preferencialmente em círculo, evitando o espelho 
por uma maior conscientização muscular, pois esta consciência deverá 
independer da visão. 
 
 Balé Clássico 
Com a transição do pensamento medieval ao renascentista a sociedade 
ocidental começa a produzir manifestações culturais próprias daquele contexto, 
em que o homem passa a ser o centro de tudo, período que mais tarde foi 
chamado de etnocentrismo ou humanismo. 
Foi Baldassarino Belgioso, cujo nome artístico era Baltasar Beaujoyeux que 
transformou o balé de corte em balé teatral. Sua primeira grande montagem de 
balé teatral na França foi o “Ballet Comique de la Reine”, em 1581, utilizando 
diferentes linguagens artísticas, com produção de libretos contendo cópias das 
músicas da apresentação. Este acontecimento foi o marco do surgimento do balé 
clássico. Baltasar Beaujoyeux considerava a dança uma organização de 
desenhos geométricos construídos pelo grupo de pessoas em movimento, pois 
a coreografia era frequentemente vista de cima, nas bancadas, balcões e 
camarotes. 
O primeiro grande Maître de Ballet (mestre de dança) foi Charles-Louis-Pierre de 
Beauchamps. Ele foi responsável pela criação das cinco posições básicas dos 
pés no balé. Essas posições foram criadas com a intenção de manter o equilíbrio 
do corpo em movimento ou parado, e organizar a estética da dança. 
É importante ressaltar que os balés no século XVI eram de movimentos contidos, 
de passos baixos, por isso a criação e ordem das posições dos pés e as posturas 
dos braços. 
O professor de dança (maître de ballet) Pierre Rameau, em 1725, publicou 
sistemas de dança que se baseava nos mesmos princípios de Beauchamps. Mas 
o Raoul-Auger Feuillet, discípulo de Beauchamps, apresenta quatrocentos e 
sessenta passos de ballet, entre eles, pliés, elevés, tombés, glissés, cabrioles, e 
ainda, giros, cadências e figuras do corpo, sem contar os piques, coupés e pas 
de bourrés. Delineando, também, os eixos perpendiculares para se movimentar 
e girar, sendo eles: frontal; dorsal; e lateral. É no Iluminismo que surge a dança 
clássica Virtuosa. 
A busca do balé romântico no século XVIII é negar a força da gravidade, levando 
a utilização das sapatilhas de pontas pelas mulheres, cuja primeira bailarina a 
utiliza-la foi Maria Taglione, em 1826, e neste período do romantismo acontece 
o declínio da importância do bailarino em cena, pois sua função passa a ser de 
suporte para a bailarina brilhar com leveza e graciosidade. 
 
 Ballet Bolshoi 
O Ballet Bolshoi é a Companhia do Grande Teatro Acadêmico para Ópera e 
Ballet de Moscou. Sua origem se deu em 1773 quando um grupo de bailarinos, 
meninos e meninas carentes, e outros cidadãos servos, foram formados através 
de aulas realizadas em um orfanato de Moscou. 
Com o movimento nacionalista do balé russo abandona-se a herança do balé 
francês com sua mitologia e começa a se valorizar a literatura e os costumes 
russos na criação de novas composições coreográficas. 
Até a Revolução Russa de 1917, a companhia de dança do Teatro Marriinski, 
que após esta revolução passou a se denominar Ballet Kirov, era a mais 
importante no cenário da dança russa acadêmica, porém o Ballet Bolshoi 
habitualmente recebia as grandes estrelas da dança, reproduzindo ainda os 
balés do consagrado Petipa, desta forma ganhando maior notoriedade pública. 
No início do século XX, dirigido por A. Gorski (1878 a 1924), o Bolshoi buscava 
se libertar da constante presença de Petipa em seus repertórios, desejava uma 
nova identidade. Com a capital do país saindo de Leningrado e vindo para 
Moscou a companhia começa a receber maior incentivo do governo, podendo 
investir em seus talentos e pagar por aqueles formados pela Escola do Ballet 
Kirov, que neste século passa ter o mérito de formadora técnica e estilo 
impecável, enquanto que o Bolshoi fica famoso pela projeção de grandes 
estrelas, dando vitalidade ao balé russo. 
Hoje o Bolshoi possui um grande naipe de profissionais, como: bailarinos, 
mímicos, cantores e músicos adultos e infantis. E anualmente produz em média 
de quatro espetáculos por mês, entre balés e óperas. 
 
Questões 
1- O que é coreografia? 
2- Quem foi o autor da técnica da “verdade cênica”? 
3- Onde surgiu o Ballet Bolshoi? 
4- Quem foi o primeiro grande Maître de Ballet (mestre de dança)? 
5- Quem foi o responsável por transformar o balé de corte em balé teatral?

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