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Atividades Ritmicas e Expressivas

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ATIVIDADES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS
CURSOS DE GRADUAÇÃO – EAD
Atividades Rítmicas e Expressivas – Prof.ª Dra. Catia Mary Volp, Prof.ª Ms. Telma Cristiane 
Gaspari
Meu nome é Catia Mary Volp e sou licenciada em Educação 
Física pela USP-SP. Logo que me formei comecei a atuar no 
ensino superior indo para a Universidade Federal de Viçosa, em 
Minas Gerais. Mestre em Artes, área de concentração "Motor 
Behavior" pela The University of Iowa, USA. Sou Doutora em 
Psicologia Escolar pelo Instituto de Psicologia da USP-SP e Livre 
Docente pela UNESP de Rio Claro na disciplina Atividades 
Rítmicas e Dança. Tenho atuado na linha de pesquisa sobre 
Estados Emocionais e Movimento. Desde que comecei a 
lecionar estou envolvida com as atividades rítmicas e as danças, 
passando por várias tendências da Educação Física desde a 
época em que me formei até agora. Portanto, sou testemunha 
de grandes mudanças na área e aprecio a renovação de valores educacionais que 
estamos vivendo neste momento. Continuo plantando minhas sementinhas e tenho 
certeza que continuarão a dar bons frutos, pois muitos de meus ex-alunos são excelentes 
profissionais e de projeção. Quero contribuir também neste trabalho para que possamos 
defender juntos o direito de todos à educação de qualidade e a uma vida digna.
e-mail: cmvolp@rc.unesp.br
Meu nome é Telma Cristiane Gaspari e sou licenciada em Educação Física pela UFSCar-
SP. Sou bailarina profissional com DRT e atuo na Urze Cia de Dança/UFSCar. Também 
sou Mestre em Ciências da Motricidade, área de Pedagogia da Motricidade Humana e 
linha de pesquisa em Educação Física escolar. Tenho me dedicado ao estudo da Educação 
Física escolar e, em maior profundidade, sobre o conteúdo Atividades Rítmicas e 
Expressivas e, dentre elas, as danças no contexto educacional. Atualmente trabalho no 
Ensino Superior. Amo as artes e, em específico, a dança. Acredito que uma boa educação 
pode melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. Então, espero que com este material 
possamos contribuir para uma formação crítica, autônoma, compromissada e, acima de 
tudo, prazerosa com a educação do nosso país. Desejo bons estudos a todos.
e-mail: telmacristiane@terra.com.br
Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
ATIVIDADES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS
Catia Mary Volp
Telma Cristiane Gaspari
Batatais
Claretiano
2014
© Ação Educacional Claretiana, 2010 – Batatais (SP)
Versão: ago./2014
 
793.3 V896a 
 Volp, Catia Mary 
 Atividades rítmicas e expressivas / Catia Mary Volp, Telma Cristiane 
 Gaspari – Batatais, SP : Claretiano, 2014. 
 168 p. 
 ISBN: 978-85-8377-137-1 
 
 1. Danças. 2. Movimentação Corporal. 3. Coordenação Motora. 
 4. Ritmo. 5. Criatividade. 6. Avaliação. 7. Educação Física Escolar. 
 I. Gaspari, Telma Cristiane. II. Atividades rítmicas e expressivas. 
 
 
 CDD 793.3 
Corpo Técnico Editorial do Material Didático Mediacional
Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves
Preparação 
Aline de Fátima Guedes
Camila Maria Nardi Matos 
Carolina de Andrade Baviera
Cátia Aparecida Ribeiro
Dandara Louise Vieira Matavelli
Elaine Aparecida de Lima Moraes
Josiane Marchiori Martins
Lidiane Maria Magalini
Luciana A. Mani Adami
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Patrícia Alves Veronez Montera
Raquel Baptista Meneses Frata
Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli
Simone Rodrigues de Oliveira
Bibliotecária 
Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11
Revisão
Cecília Beatriz Alves Teixeira
Felipe Aleixo
Filipi Andrade de Deus Silveira
Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz
Rafael Antonio Morotti
Rodrigo Ferreira Daverni
Sônia Galindo Melo
Talita Cristina Bartolomeu
Vanessa Vergani Machado
Projeto gráfico, diagramação e capa 
Eduardo de Oliveira Azevedo
Joice Cristina Micai 
Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Luis Antônio Guimarães Toloi 
Raphael Fantacini de Oliveira
Tamires Botta Murakami de Souza
Wagner Segato dos Santos
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer 
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na 
web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do 
autor e da Ação Educacional Claretiana.
Claretiano - Centro Universitário
Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000
cead@claretiano.edu.br
Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
www.claretianobt.com.br
Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
SUMÁRIO
CADERNO DE REFERÊNCIA DE CONTEÚDO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 9
2 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO ...................................................................... 13
UniDADE 1 – HISTÓRICO DAS ATIVIDADES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS COM 
ÊNFASE NAS DANÇAS
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 41
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 41
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .............................................. 41
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 42
5 HISTÓRIA ........................................................................................................... 43
6 A DANÇA ESTÉTICA NO BRASIL ....................................................................... 84
7 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 91
8 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 91
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 92
UniDADE 2 – FINALIDADES E PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES RÍTMICAS 
E EXPRESSIVAS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 93
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 93
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .............................................. 94
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 94
5 POSSIBILITAR A EXPLORAÇÃO DA CRIATIVIDADE POR MEIO DA 
DESCOBERTA E DA BUSCA DE NOVAS FORMAS DE MOVIMENTAÇÃO 
CORPORAL ........................................................................................................ 95
6 VIABILIZAR A EDUCAÇÃO RÍTMICA, PELA DIVERSIFICAÇÃO NA 
DINÂMICA DAS AÇÕES MOTORAS E UTILIZAR A MÚSICA, A PERCUSSÃO, 
O CANTO E OUTROS RECURSOS COMO INSTRUMENTOS PARA 
AUMENTAR A MOTIVAÇÃO ............................................................................. 97
7 CANALIZAR PARA A EXPRESSIVIDADE, POR REFLETIR SENTIMENTOS, 
PENSAMENTOS E EMOÇÕES. .......................................................................... 98
8 AMPLIAR O VOCABULÁRIO MOTOR E O SENSO PERCEPTIVO ...................... 99
9 AMPLIAR OS HORIZONTES E FORMAR PENSAMENTOS CRÍTICOS, 
CONDUZINDO À PARTICIPAÇÃO, COMPREENSÃO, DESFRUTE E 
RECONSTRUÇÃO DAS ATUAIS CONJUNTURAS DAS ARTES E TAMBÉM 
DAS CONDIÇÕES DE CIDADANIA ..................................................................... 100
10 LEVAR OS ALUNOS À APRECIAÇÃO E VALORIZAÇÃO ARTÍSTICAS, 
MANIFESTAÇÕES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS DA CULTURA POPULAR, 
DANDO ÊNFASE ÀS CONTRIBUIÇÕES CULTURAIS E HISTÓRICAS 
CONTIDAS NOS TRABALHOS DE DANÇA ........................................................101
11 DESENVOLVER E APRIMORAR HABILIDADES E CAPACIDADES FÍSICAS, 
PRINCIPALMENTE DA COORDENAÇÃO MOTORA, DO EQUILÍBRIO 
DINÂMICO, DA FLEXIBILIDADE E AMPLITUDE ARTICULARES, DA 
RESISTÊNCIA LOCALIZADA, DA AGILIDADE E DA ELASTICIDADE MUSCULAR ..... 103
12 SOCIALIZAR E RECREAR PORQUE PODE UNIFICAR O TRABALHO GRUPAL ....104
13 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 111
14 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 112
15 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 112
UniDADE 3 – CONTEÚDOS DAS ATIVIDADES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS 
NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 113
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 113
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .............................................. 114
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 115
5 FATORES DO MOVIMENTO .............................................................................. 115
6 RITMO ............................................................................................................... 117
7 CRIATIVIDADE ................................................................................................... 121
8 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 129
9 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 129
10 E- REFERÊnCiASLiSTA DE FiGURAS ................................................................. 130
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 130
UniDADE 4 – METODOLOGIA E SISTEMATIZAÇÃO DO ENSINO DAS 
ATIVIDADES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS NA EDUCAÇÃO 
FÍSICA ESCOLAR
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 131
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 131
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 132
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 133
5 AS TRÊS DIMENSÕES DO CONTEÚDO: CONCEITUAL, 
PROCEDIMENTAL E ATITUDINAL ..................................................................... 134
6 COMO SISTEMATIZAR AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA AO 
VIABILIZAR O CONTEÚDO ATIVIDADES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS? ............ 143
7 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 157
8 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 157
9 E-REFERÊnCiAS ................................................................................................ 158
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 158
UniDADE 5 – AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS 
NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 159
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 159
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 160
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 160
5 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA .............................................................................. 161
6 AVALIAÇÃO FORMATIVA .................................................................................. 162
7 AVALIAÇÃO SOMATIVA .................................................................................... 163
8 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 166
9 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 167
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 168
Claretiano - Centro Universitário
CRC
Caderno de 
Referência de 
Conteúdo
1. INTRODUÇÃO
Em que consiste o ensino das atividades rítmicas e expres-
sivas? Qual a sua importância para se pensar na formação dos jo-
vens e adolescentes da Educação Básica brasileira? É possível um 
professor de Educação Física ensinar atividades rítmicas e expres-
sivas? Estes serão os desafios que teremos pela frente no desen-
volvimento deste estudo. 
As atividades rítmicas e expressivas têm um campo vasto 
de reflexão e experiência corporal, cujo objetivo está em desen-
volver as capacidades rítmicas, a espontaneidade e a criatividade 
para a comunicação corporal, como base essencial da expressão 
humana. Neste sentido, ensiná-la, significa ir além das possibili-
dades de uma reprodução simplória das questões presentes em 
nossa realidade. Neste Caderno de Referência de Conteúdo (CRC), 
o objetivo será justamente esse: possibilitar uma reflexão criterio-
sa acerca dos fundamentos das atividades rítmicas e expressivas, 
© Atividades Rítmicas e Expressivas10
no sentido de entender que essas atividades ultrapassam o limite 
da reprodução de obras coreográficas ou rítmicas e avançam para 
uma realidade mais autônoma e criativa. Nas unidades seguintes 
você terá a possibilidade de compreender esse universo conceitu-
al, além dos seus desafios para promover um viés sistematizado da 
prática educativa.
Por se tratar de um campo amplo de análise, destacamos os 
principais fundamentos ou conteúdos inerentes a qualquer ativi-
dade rítmica e expressiva, levando em consideração que pode ha-
ver outras possibilidades e terminologias além destas, a depender 
dos critérios de estudiosos da área, pois existem várias linhas e 
correntes de pensamentos. Assim, para este material, comporão 
o objeto deste Caderno de Referência de Conteúdo: na Unidade 1 
trataremos da exposição das origens, história e possível classifica-
ção das atividades rítmicas e expressivas e em específico das dan-
ças como uma das atividades rítmicas e expressivas; na Unidade 
2 discutiremos os objetivos ou finalidades das atividades rítmicas 
e expressivas no contexto da Educação Física escolar, abordando 
as especificidades do ensino das atividades rítmicas e expressivas; 
na Unidade 3 apresentaremos os conteúdos específicos das ativi-
dades rítmicas e expressivas, sobre os saberes específicos de tais 
atividades; na Unidade 4 serão tratadas as maneiras de ensinar ati-
vidades rítmicas e expressivas, isto é, as metodologias de ensino, à 
luz das propostas dos Parâmetros Curriculares nacionais da Educa-
ção Física escolar, além de uma possível sistematização do ensino 
das atividades rítmicas e expressivas; e, finalmente, abordaremos 
na Unidade 5, as possíveis práticas avaliativas para as atividades 
rítmicas e expressivas na Educação Física escolar.
Para uma melhor reflexão sobre os temas tratados neste 
CRC, sugerimos a leitura do texto a seguir no qual o autor apre-
senta as principais variáveis do ensino das Atividades Rítmicas e 
Expressivas.
11
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
Reflexões sobre o Ensino 
de Atividades Rítmicas e Expressivas –––––––––––––––––––
As reflexões sobre o ensino de Atividades Rítmicas e Expressivas têm tomado 
um percurso de âmbito teórico amplo, mas não se pode dizer o mesmo no âmbito 
prático. Em linhas gerais, pode-se dizer que a tendência é dos pesquisadores da 
área acadêmica tratar esse tema na perspectiva de uma apresentação histórica 
e de discussão sócio-filosófica e em menor grau, pedagógica.Assim, o que tem 
ocorrido é uma discussão a partir da interface entre o que os estudiosos (em 
específico da dança) entendem por dança e, conseqüentemente, o que significa 
ensinar dança.
Isso nos remete a algo ainda mais específico e melindroso (talvez duvidoso) 
na área da Educação Física. Diz respeito à utilização dos termos "atividades 
rítmicas e expressivas" ou "dança". Mediante nossos estudos verificamos que o 
documento da Secretaria de Educação, Brasil (1997, 1998) iniciou o termo "Ati-
vidades Rítmicas e Expressivas" como um dos blocos de conteúdos da cultura 
corporal de movimento passível de ser estudado na Educação Física escolar. 
Este documento que se constitui como uma base, um referencial ou parâmetro 
para o processo de ensino e aprendizagem da Educação Física, refere-se às 
atividades rítmicas e expressivas como todas as formas de manifestações da cul-
tura corporal que têm como característica comum intenção explícita de expres-
são e comunicação por meio de gestos na presença de ritmo, sons e da música 
na construção da expressão corporal. Dentre elas destacam-se as danças e as 
brincadeiras cantadas.
É importante ressaltar que todas as práticas da cultura corporal se fazem na pre-
sença do ritmo e de gestos expressivos. É só observarmos um jogo qualquer que 
presenciaremos gestos e códigos simbólicos que possuem significados próprios 
criados para aquele contexto ou, gestos de explícita expressividade de emoções, 
sentimentos e desejos. Mas estes, não se constituem como mote principal, ou 
seja, na prática do esporte coletivo "futebol" o objetivo é fazer gols em um núme-
ro suficientemente maior que o da equipe adversária. Espontaneamente mani-
festações corporais de dor, raiva e alegria vêm à tona e códigos são criados para 
aquele jogo de forma que os jogadores se compreendam melhor na execução tá-
tica. Já as danças e brincadeiras cantadas possuem o ritmo e a expressão como 
mote principal. Não se objetiva competir nada e sim vivenciar tais capacidades.
A pergunta: o que são atividades rítmicas e expressivas?, traz consigo outras 
reflexões necessariamente ligadas a ela: como se ensina, para quê e para quem 
se ensina as atividades rítmicas e expressivas? 
O que são as atividades rítmicas e expressivas? A estratégia mais utilizada é 
tomar um autor estudioso da área como referência e, a partir do que ele defi-
ne como atividades rítmicas e expressivas, definir alguns pressupostos sobre o 
ensino das mesmas. Assim, neste curso, se fez com Soares et al (1992), Claro 
(1995), Brasil (1997, 1998), Bregolato (2000), Marques (2003), Barreto (2004), 
Gaspari (2005) e outras referências também importantes de serem estudadas 
para este conteúdo na Educação Física escolar. Tais reflexões enriquecem a 
reflexão do professor sobre seu trabalho e ampliam perspectivas teóricas para a 
abordagem das atividades rítmicas e expressivas.
Como se ensina as atividades rítmicas e expressivas? Essa discussão pouco tem 
consistência nas obras dos profissionais da área de Educação Física, a maior 
atenção fica na seleção de textos e perspectivas historiográficas. Em geral, não 
se envolvem nas questões propriamente pedagógicas que debatem os procedi-
© Atividades Rítmicas e Expressivas12
mentos de ensino. Soares et al (1992), em um momento de repensar a Educação 
Física escolar iniciou uma proposta metodológica baseada na abordagem crítico 
superadora, nada muito direcionado, mas propostas norteadoras para a prática 
pedagógica do professor de Educação Física. Claro (1995) introduz uma reflexão 
inovadora quanto ao conhecimento de áreas ortodoxas e alternativas para auxiliar 
na consciência corporal e criatividade para a dança na Educação Física. Estu-
diosos da área elaboraram os Parâmetros Curriculares Nacionais, Brasil (1997, 
1998), de forma a elencar possíveis objetivos, conteúdos, metodologias de ensino 
e aprendizagem e formas avaliativas do componente curricular Educação Física e 
contribui, mais especificamente, com a reflexão sobre o que desenvolver em cada 
um dos blocos de conteúdos da Educação Física escolar e com alguns exemplos 
de aplicação metodológica, dentre elas, as atividades rítmicas e expressivas. Bar-
reto (2004) traz à luz a dança como um conteúdo pertinente tanto à área de Artes 
como à área de Educação Física, não deixando exatamente claro onde termina 
a ação pedagógica de uma e começa a da outra, mas ressaltando a importância 
dessa atuação pedagógica no contexto escolar. A autora ressalta a complementari-
dade de ambos os componentes curriculares, ou seja, a dança enquanto objeto de 
estudos das Artes pode contribuir com a Educação Física através da experiência 
artística e da apreciação que estimula nos alunos os exercícios da imaginação e 
da criação de formas expressivas; a dança como objeto de estudos da Educação 
Física contribui com as Artes ampliando as discussões sobre corporeidade e mo-
tricidade humana que atribuem ao corpo dançante um maior sentido em relação 
às práticas tradicionais. Já o grupo de estudos em Educação Física escolar da 
Unesp de Rio Claro vem desenvolvendo estudos na intenção principalmente de 
explicitar como realizar a prática pedagógica na Educação Física escolar. Neste 
sentido, Gaspari (2005) propõe metodologias de ensino facilitadoras para a prática 
pedagógica dos professores atuantes nesta área.
Para quê se ensina atividades rítmicas e expressivas? Atualmente, pautando-se 
a Educação Física escolar na cultura corporal de movimento, ou seja, adotando-a 
como objeto de estudos, procura-se desenvolvê-la segundo tendências educacio-
nais que tenham em comum formar cidadãos em uma perspectiva crítica, reflexi-
va e autônoma e não mais em uma tendência biologicista e esportivista, como foi 
outrora, na Educação Física. As atividades rítmicas e expressivas fazem parte da 
cultura corporal de movimento e podem proporcionar não somente a formação 
para o despertar e explorar as capacidades imaginativas para a expressividade, 
mímicas, formas de comunicação não verbal na presença de ritmos peculiares 
(existentes, modificados, transformados), mas também um resgate e manuten-
ção da cultura viva representada nas manifestações rítmicas e expressivas do 
folclore brasileiro. Esta se constitui em uma verdadeira riqueza patrimonial do 
nosso povo. A Educação Física escolar pode auxiliar na manutenção, vivência e 
entendimento desse patrimônio cultural formado a partir da diversidade. 
Para quem se ensina atividades rítmicas e expressivas? As atividades rítmicas e 
expressivas podem ser viabilizadas desde a Educação Infantil até o Ensino Mé-
dio, ou seja, para todos os alunos da Educação Básica. Ressalta-se a facilidade 
e o grande interesse das crianças da Educação Infantil pelas atividades rítmicas 
e expressivas e a menor afinidade conforme o avançar da idade, mediante uma 
educação que impõe padrões e limites para a expressividade gestual e à liberda-
de de expressão, por outra imitativa e reprodutora imposta pela modernidade.
Neste curso tomaremos como base, principalmente os Parâmetros Curriculares 
Nacionais, pois entendemos que além de servirem como apoio às concepções e 
práticas pedagógicas dos professores brasileiros, mais especificamente à Educação 
13
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
Física serve como uma proposta norteadora de como sistematizar as aulas de Edu-
cação Física (visto que esta área não possui livro didático). É apenas um norte para 
dirigir as reflexões e escolhas da prática pedagógica em Educação Física e, mais 
especificamente, no que se refere ao conteúdo Atividades Rítmicas e Expressivas. 
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Após esta introdução aos conceitos principais, apresenta-
mos a seguir, no Tópico ORiEnTAÇÕES PARA O ESTUDO, algumas 
orientações de caráter motivacional, dicas e estratégias de apren-
dizagem que poderão facilitar o seu estudo. 
2. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO
Abordagem Geral
Aqui, você entrará em contato com os assuntos principaisdeste conteúdo de forma breve e geral e terá a oportunidade de 
aprofundar essas questões no estudo de cada unidade. No entan-
to, essa Abordagem Geral visa fornecer-lhe o conhecimento básico 
necessário a partir do qual você possa construir um referencial te-
órico com base sólida – científica e cultural – para que, no futuro 
exercício de sua profissão, você a exerça com competência cogniti-
va, ética e responsabilidade social.
Alguns autores propõem uma classificação das danças na 
tentativa didática de organizar este universo tão amplo e facilitar o 
entendimento de cada tipo de manifestação dançante. Elegemos o 
que Bland (1976) denomina de as três faces da dança: 
• Natural: simples prazer do movimento físico – êxtase do 
movimento.
• Social: elemento coesivo no grupo.
• Estética: possibilidades da arte cinética – fusão perfeita 
do abstrato com o humano, da mente com a emoção, da 
disciplina com a espontaneidade.
Como os primeiros homens dançavam? A esta dança chama-
mos primitiva. Ainda hoje podemos encontrar manifestações de 
© Atividades Rítmicas e Expressivas14
dança primitiva em certos agrupamentos humanos. Os aborígenas 
da Austrália e as tribos indígenas de diversos países nos apresen-
tam estas danças. Elas possuem como característica a simplicidade 
de movimentos e a repetição, mas são repletas de significado.
O homem primitivo dançava:
• Estágios da vida do homem.
• Estágios da vegetação.
• Estágios de desenvolvimento da tribo ou história mítica.
Por estágios da vida do homem entendemos nascimento, 
entrada da vida na tribo, emancipação, marco da adolescência, ca-
samento, cura, morte. Eram fatos/situações celebradas, verdadei-
ros marcos, importantes na vida individual e principalmente para o 
grupo que vivia em comunhão e em co-dependência. 
Pode-se perceber o valor da comunicação via dança nestas 
manifestações. Valores eram transmitidos. Muitas danças também 
preparavam, física e psicologicamente, os dançarinos para suas 
atividades de caça, de colheita, de ritual de passagem. É impor-
tante observar que valores individualistas não tinham ressonância, 
pois as necessidades comunitárias prevaleciam e todos os feitos 
referiam-se ao grupo, como um todo.
A Idade Média ou Era das Trevas, foi marcada pela pobreza e 
brutalidade que se espalhou pela Europa com a invasão pelo nor-
te. Nesta época acabaram-se os prazeres caros por contenção e a 
doutrina cristã tornou-se o refúgio da população, porque defendia 
o alívio da miséria material prometendo bênçãos após a morte.
O Corpo era "como um animal a ser domado e subjugado" 
– era necessário controlá-lo – missão destinada aos eclesiásticos. 
Acentuou-se, então, a ideia dicotômica de corpo e alma, 
sendo o corpo depositário dos vícios que conduziam ao pecado. 
Os protestos eram em nome da moralidade e do cristianismo e 
aboliam qualquer manifestação corporal incluindo teatro circense 
e dança. A Doutrina Cristã se apresentava como refúgio espiritual 
15
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
colocando-se contra os prazeres da carne. Assim sendo, a atitude 
cristã era contra a dança, mesmo a religiosa.
A dança sobrevive nos vilarejos, nos festivais populares. Os 
ritos de fertilidade e as danças curativas garantiam a sobrevivência 
dos povos que as praticavam, por isso, mesmo que escondidas, 
elas continuavam sendo realizadas nos vilarejos até o século 16.
A necessidade de entretenimento levou os residentes dos 
castelos a instaurar, como entretenimento, a prática de danças no 
hall principal dos mesmos. Em 1490, um espetáculo foi encena-
do para o casamento do Príncipe Artur com Catarina de Aragon. 
Houve cenário próprio e, no final, os nobres da corte juntaram-se 
à companhia para dançar - embora de forma caótica. no final do 
século 14 a corte começa a tomar parte do final do espetáculo sem 
casualidade, como parte rotineira da festividade. Cem anos depois 
todos se misturavam, inclusive os atores e dançarinos com as da-
mas da corte. Este é o primeiro passo para a dança da corte e daí 
para o Ballet Clássico.
Em termos corporais, a maior preocupação não era com a 
aparência física em si, mas sim com "os bons modos", desenvol-
vendo-se, portanto, toda uma etiqueta social. Esta preocupação 
resulta na incorporação de "poses" e no início do uso do en dehors. 
Esta denominação francesa é utilizada até os dias de hoje para sig-
nificar a rotação das pernas e pés, a partir da articulação coxo-
-femural, para fora. Essa ação projeta o corpo para frente e, para 
compensar esta tendência, o púbis se projeta à frente e a bacia se 
alinha alongando a coluna vertebral em seu eixo, verticalizando a 
figura humana. O resultado desta ação torna a figura humana mais 
visível, alinhada e elegante, além de permitir, na época, a visualiza-
ção dos adornos dos sapatos. O vestuário típico daquele momen-
to histórico também influenciava na movimentação geral de seus 
usuários e, consequentemente, nas ações associadas à etiqueta.
Por volta de 1470, Paris começa a se estabelecer como o cen-
tro Europeu. Catherine de Medici chega para casar com Henrique 
© Atividades Rítmicas e Expressivas16
ii da França - ela tem apenas 15 anos, é ativa, dominante e muito 
interessada nas artes. Torna-se figura forte da França e sua lideran-
ça se estende por 50 anos. isso foi vital para a dança. note-se que 
ela é italiana e ao casar-se com Henrique II, traz toda sua vivência 
e paixão com as artes na Itália para a França ascendente.
neste sentido, a dança deixa de ser expressão espontânea, 
se afasta das características da manifestação popular e passa a de-
senvolver uma linguagem técnica específica, que por sua vez, exi-
ge a especialização de profissionais, ou seja, começam a aparecer 
mestres de dança e dançarinos que se dedicam a dançar cada vez 
melhor. 
Entretanto, os papéis dos dançarinos começam a exigir cada 
vez mais tempo e dedicação dificultando a participação de todos.
Foi necessário desenvolver uma linguagem unificada. Toda 
nomenclatura do ballet, tal como usado até hoje, é francesa, por-
que, como dito anteriormente, a França surge como centro Euro-
peu.
Na corte da época dançava-se:
1) gavota;
2) pavana;
3) corante;
4) minueto.
A maioria destas danças eram executadas aos pares, os ges-
tos refinados e elegantes, os braços normalmente afastados do 
corpo (para permitir visualização das mangas), os pés apontados 
para fora (permitindo a visualização dos enfeites dos sapatos e a 
locomoção devido aos bicos finos e longos). Os cortesãos partici-
pavam das danças e dançavam para o rei.
Jean-Baptiste Lully passa a dirigir a Academia Real de Dan-
ça e desenvolve um novo estilo de espetáculo de dança - menos 
pomposo e mais coerente. Pierre Beauchamp - mestre de ballet 
de Louis - criou as cinco posições de pernas e braços e enfatizou 
17
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
passos e movimentos técnicos em contraste ao movimento sim-
plesmente geométrico vigente até então.
noverre, no século 18, reúne as noções do "ballet de ação", 
no qual o balé deve narrar uma ação dramática sem se perder em 
divertimentos que cortam o movimento, a dança deve ser natural 
e expressiva, o rosto é expressivo, as máscaras devem ser banidas, 
os trajes devem ser mais leves e permitir movimentos, a técnica 
deve dar lugar aos sentimentos, à graça ingênua, à expressão. Pela 
implementação destas noções na dança, noverre pode ser con-
siderado seu reformador. Ele não conseguiu entrar na Academia 
Real de Dança, mas propôs reforma desta instituição em nome de 
uma formação mais completa dos bailarinos.
Aos poucos o conteúdo das representações vai sendo subs-
tituído pelo sentimentalismo, passando pelo super-emocionalismo 
até o melodrama que prenuncia o próximo período – o romântico.
Até este momento, século 19, as personagens principais são 
homens e todo o início da linguagem técnica da dança clássica (bal-
let) é proveniente e caracteristicamente impregnada de energiamasculina, embora o ícone da bailarina, nos leve a considerar o bal-
let, no senso comum, como uma expressão tipicamente feminina.
O movimento romântico na dança começa depois que já se 
manifestara nas outras artes. Ele é o culto do indivíduo, na medida 
em que o indivíduo se torna tema da arte. Os autores românticos 
voltaram-se cada vez mais para temas que retratam o drama hu-
mano, amores trágicos, ideais utópicos e desejos de escapismo. 
É fácil entender que no romantismo a sensibilidade tem primazia 
sobre a razão. O coração e a imaginação assumem o poder, sem 
o controle da autocensura. O resultado é uma inflação dos senti-
mentos e de sua expressão.
La Sylphide foi criado em 1832 por Filipo Taglioni. Esta obra 
mistura religião, magia e sedução. Põe no palco Marie Taglioni, fi-
lha de Filipo, que interpreta uma fantasma sedutora, ou seja, ideias 
espirituais, leves. Ela parecia que voava no palco, imagem enfatiza-
© Atividades Rítmicas e Expressivas18
da pela saia branca transparente que depois, tornou-se uniforme 
das bailarinas. Também para enfatizar este sentido de leveza ela 
usa a sapatilha de ponta, que posteriormente, foi incorporada ao 
ballet.
Gisele foi criada em 1841, com coreografia de Jules Perrot, 
inspirado na bailarina Carlotta Gris. Esta obra é um apelo à inocên-
cia e à alegria da vida em natureza.
Em 1890, Petipa convence Tchaikovsky a compor para um 
ballet, pois até então o compositor regular da companhia, Ludwig 
Minkus, o fazia. A obra foi a A Bela Adormecida que dá início a uma 
nova geração de produções. Seguem-se o Quebra Nozes (1892) e 
a Morte do Cisne. Petipa produz em seus 30 anos de trabalho 40 
ballets novos; 35 danças para óperas e refaz 17 produções.
A nova geração dos ballets russos, como ficou conhecida, é 
representada pelo trio Diaghilev, Fokine e Stravinsky. Serge Diaghi-
lev chega em St. Petersburg como dirigente do teatro. Em 1898, 
com 25 anos, era editor da Revista Iskusstra e conhece Benois e 
Bakst, artistas plásticos, que o coloca em contato com a dança. 
Ele se torna, então, organizador de exibições artísticas. Em 1906, 
ele organiza uma exposição de pintores e escultores em Paris e aí 
começa seu sucesso.
Fokine coreografou em 1909: O Pavilhão de Armid, Príncipe 
Igor, A Sílfide e Cleópatra. Em 1910: Carnaval, Shéhérazade e Pás-
saro de Fogo.
Os anos de 1900 foi uma época de mudanças na vida e na so-
ciedade. Valores foram reformulados por conta destas mudanças.
Logo depois nijinsky começa a atuar como coreógrafo, reno-
vando e escandalizando em:
• L’Aprés-midi d’un faune (A Tarde de um Fauno) - no qual 
usa princípios rítmicos Dalcrozianos e música emotiva de 
Debussy. (nijinsky foi censurado pelos gestos, considera-
dos obscenos).
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Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
• Jeux (Jogo) – obra de realismo contemporâneo, em que 
usavam figurino de tenistas que dançavam com raquete 
de tênis. Música também de Debussy, saindo do clássico 
romântico.
Portanto, temos que Nijinsky é um bailarino renovador, Foki-
ne é um coreógrafo renovador, Diaghilev é um dirigente renovador, 
Stravinsky é um músico renovador, e este trio garante por muito 
tempo "surpresas" ao público, inovando os ballets e perpetuando 
esta arte.
François Delsarte (1811-1871), orador, filósofo e homem do 
teatro, é considerado o descobridor dos princípios fundamentais 
da dança moderna. Fracassou como cantor, o que o levou a refle-
tir sobre os mecanismos pelos quais o corpo traduz as emoções 
chegando a concluir que a intensidade do sentimento comanda a 
intensidade do gesto. 
Observando o homem em seu cotidiano podemos traçar 
princípios da expressão humana que influenciaram as ginásticas, a 
dança e o teatro. Na dança moderna podemos destacar os seguin-
tes princípios:
• Todo corpo expressa – incluindo o torso. 
• A expressão decorre de contração e relaxamento – tension-
release que Martha Graham incorpora em sua dança.
• O corpo se molda às emoções – o gesto reforça a emoção 
e vice-versa.
Émile Jacques Dalcroze (1877-1927), músico e pedagogo 
suíço, dava aula de solfejo e preocupado com as dificuldades de 
seus alunos desenvolveu estratégias de ensino que incluíam todo 
o corpo, ou seja, desenvolveu um solfejo corporal levando seus 
alunos a vivenciarem plenamente o ritmo. Suas ideias e seu tra-
balho também influenciaram as ginásticas da época, a dança e o 
teatro. A obra de Nijinsky, a Sagração da Primavera, foi baseada 
nos princípios dalcrozianos.
© Atividades Rítmicas e Expressivas20
Com a morte de Diaghilev, Balanchine vai para os Estados 
Unidos e funda o American Ballet (1934), tendo como sustentá-
culo sua definição da dança como "a necessidade que temos de 
exprimir o que sentimos ao escutar a música." Serge Lifar vai para 
Paris e ressuscita a dança no Ópera de Paris (1929 a 1958), mas 
não renova o academismo russo no qual se formou. Jerome Rob-
bins, nos Estados Unidos, mostra que sua dança é voltada para a 
expressão dos sentimentos e para a alegria do movimento. Leva 
a arte da dança para o cinema onde, com Leonard Bernstein na 
direção e composição musical, produzem West Side Story, versão 
cinematográfica do clássico Romeu e Julieta de Shakespeare. Pro-
duziu também The Cage em 1951.
Uma das personalidades marcantes desta época de transi-
ção influenciando fortemente o que viria ser a dança moderna é 
isadora Duncan (1877-1927). Filha de imigrantes, nasceu em São 
Francisco, Estados Unidos. Seus pais eram artistas, e sua mãe, mu-
lher de personalidade forte, foi responsável por muito de sua edu-
cação diversificada e rica. A dança para Duncan era tudo, mas sua 
necessidade de se expressar era tão intensa que não se moldava 
aos métodos do ballet clássico. Ela queria dançar a vida e buscava 
sua conexão com a natureza, observando e dançando seus fenô-
menos. Inspirava-se em gravuras, pintura de vasos gregos e nas 
frisas dos templos da antiga Grécia; usava vestes soltas, leves e 
transparentes e dançava descalça. Assim ela se colocava: "dança é 
viver". O seu desejo era uma escola de vida. Seu princípio estético 
estava nos movimentos livres e na improvisação. Impulsionou e 
fortaleceu o que viria ser a dança moderna.
A primeira escola, como instituição, a formar os dançarinos 
que criaram a dança moderna foi a Denishawn-School of Dancing 
and Related Arts, fundada por Ruth Saint-Denis (1878?-1968) e 
Ted Shawn (1891-1972), em 1915, em Los Angeles, Califórnia.
Para Ruth a origem da dança está na emoção religiosa, na 
qual envolve todo o corpo no espaço, inclui movimentos ondula-
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tórios e poses significativas que pontuam a frase ondulante. Para 
Ted Shawn, a dança é uma obra dramática, com ações dinâmicas e 
seus temas são sempre o homem consigo mesmo, com o mundo, 
com o sobrenatural. De 1916 em diante ele compõe obras para 
homens. Assim, a dança que concebiam não se assemelhava ao 
ballet, mas possuíam características únicas.
Doris Humphrey (1895–1958) nasceu em illinois, dançarina 
e coreógrafa que faz parte da segunda geração dos pioneiros da 
dança moderna.
Entre seus discípulos destaca-se Mary Wigman. Uma das 
obras famosas de Wigman é Witch Dance (dança da Bruxa), um 
solo em que Wigman apresenta o grotesco como estética e revo-
luciona os padrões do momento. Profissionais da dança como Pina 
Bausch e William Forsythe utilizaram-se bastante do trabalho de 
Laban, que conheceremos mais adiante.
Martha Graham (1894-1991) nasceu na Pennsylvania. Sua 
técnica, que pode ter sido influenciada pelos interesses médicos 
de seu pai nas relações entre mente e corpo, resultou em uma 
linguagem codificada de dança moderna.
Rudolf Von Laban (1879-1958) nasceu na Áustria-Hungria. Foi 
o grande teórico do movimento do século 20. Observou o movimen-
to humano em todas as suas manifestações, e sua formação, diversi-
ficada, lhe permitiu estabelecer os princípios do movimento.
Maria Duchenes que também foi aluna de Laban,firmou re-
sidência em São Paulo, Brasil, e aqui divulgou seus ensinamentos. 
Regina Miranda, estudiosa do movimento, desenvolveu seu tra-
balho no Rio de Janeiro, introduziu o Sistema Laban/Bartenieff no 
Brasil e tem publicações na área.
Atualmente encontramo-nos em um momento da história 
da dança em que a Dança Contemporânea abarca a expressão da 
dança em um conceito "guarda-chuva": se utiliza de várias técnicas 
em busca de inovações. nem sentimentalismo puro, nem coletivis-
© Atividades Rítmicas e Expressivas22
mo puro, mas algo que inove e busque os acontecimentos atuais. 
Não há uma técnica única específica. A tecnologia está presente 
em muitas destas manifestações. Há inclusive dança para a tela - a 
videodança.
Todos podem dançar. As danças sociais (hoje expressadas 
pelo Funk, Axé e outras), as danças típicas regionais e nacionais 
continuam a existir.
Esta é a história da dança que um docente da área de Educa-
ção Física necessita conhecer e informar aos seus alunos, mas não 
são exatamente suas técnicas de execução que serão oferecidas 
na escola, mas sim uma educação estética e sua viabilização que 
estaremos a discutir nas próximas unidades.
Para esta unidade procuramos nos guiar pela seguinte ques-
tão: para que ensinar atividades rítmicas e expressivas na Educa-
ção Física escolar? E, em seguida, nos deparamos com a necessida-
de de planejar, estabelecer metas a atingir de forma que a prática 
pedagógica docente seja guiada sabendo-se onde, como e quando 
se quer chegar.
Os conteúdos programáticos escolhidos foram:
• Finalidades para as atividades rítmicas e expressivas.
• Análise das finalidades das atividades rítmicas e expressi-
vas no percurso da Educação Física.
• Planejamento das metas para o alcance das finalidades/
objetivos das atividades rítmicas e expressivas.
Para uma melhor compreensão das finalidades que se quer 
atingir com as atividades rítmicas e expressivas entendemos que a 
verificação do seu papel na Educação Física deve ficar clara. O pa-
pel a ser desempenhado com as atividades rítmicas e expressivas, 
que integra a cultura corporal de movimento, é proporcionar a for-
mação para despertar e explorar as capacidades imaginativas para 
a expressividade, mímicas, formas de comunicação não verbal na 
presença de ritmos peculiares e também resgatar e manter a cul-
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tura viva, representada nas manifestações rítmicas e expressivas 
do folclore brasileiro. 
Com base nessa clareza do papel a ser desempenhado pelas 
atividades rítmicas e expressivas nos preocupamos em estabelecer 
metas a atingir durante toda a Educação Básica (Educação infantil, 
Ensino Fundamental e Ensino Médio), bem como analisar suas im-
portâncias. São elas: reproduzir, modificar, transformar, produzir, 
apreciar e ser crítico das obras de produções coreográficas bem 
como dos brinquedos cantados e atividades que envolvam o ritmo 
e a expressividade.
Tais objetivos/finalidades foram esmiuçados em metas 
como:
1) Possibilitar a exploração da criatividade por meio da 
descoberta e da busca de novas formas de movimenta-
ção corporal.
A Educação Física escolar tem a finalidade de estimular os 
alunos na experimentação de movimentos próprios, bem como 
explorar o corpo, produzindo novos movimentos. Copiar também 
é possível, dançar igual a um grupo musical qualquer é interessan-
te, mas se perder na repetição e reprodução de gestos resulta em 
perda de autonomia e não é isso que se espera para a educação de 
homens e mulheres para a formação de cidadãos.
Dessa forma, estimulamos os alunos a reproduzir, modificar, 
transformar e produzir movimentos rítmicos e expressivos.
2) Viabilizar a educação rítmica, pela diversificação na di-
nâmica das ações motoras e por utilizar a música, a per-
cussão, o canto e outros recursos como instrumentos 
para aumentar a motivação.
O ritmo está em todas as práticas corporais. Somos portado-
res de ritmo pelo próprio batimento cardíaco. Mas é preciso uma 
educação rítmica para melhor usufruto dessa capacidade física.
O que pretendemos é adequar o ritmo de cada pessoa ao 
de uma música, ou sons percussivos, ou ao canto como estratégia 
© Atividades Rítmicas e Expressivas24
de desenvolvimento e treinamento desta capacidade física, prin-
cipalmente levando-se em consideração o aspecto motivacional. 
Do mesmo modo é importante adequar o ritmo que cada aluno 
aplica em uma situação de jogo, prática esportiva ou qualquer tipo 
de brincadeira para que possa desenvolver economia de energias 
desprendidas para a realização das atividades motoras.
Logo, para esta meta é válido uma educação rítmica. 
3) Canalizar para a expressividade, por refletir sentimen-
tos, pensamentos e emoções.
As atividades expressivas e dentro delas também se encon-
tram as danças, tem na sua essência a expressão do ser humano, 
as maneiras que os indivíduos encontram para expor, manifestar o 
que sentem, individual ou coletivamente. Portanto, ao se privile-
giar o conteúdo de atividades expressivas em uma aula de Educa-
ção Física, é possível desenvolver atividades de comunicação não 
verbal. Tais atividades podem ser realizadas por meio de dinâmi-
cas, de brincadeiras, de jogos teatrais, de danças em que o corpo 
expressa seu interior (sentimentos, emoções, estados de ânimo, 
desejos). Tais atividades podem ser rítmicas ou não.
4) Ampliar o vocabulário motor e o senso perceptivo.
O professor é mediador de novos movimentos, seja por meio 
de sugestões verbais seja corporais. Também pode ampliar o voca-
bulário motor de seus alunos ao mostrar-lhes referenciais diversos 
mediante gravações (filmes, documentários, desenhos, fotogra-
fias), ou ainda por meio da observação dos próprios colegas.
Ampliar o vocabulário motor é objetivo das atividades rítmi-
cas e expressivas exatamente na contraposição às formas de pa-
dronizações do movimento expressivo.
5) Ampliar os horizontes e formar pensamentos críticos, 
conduzindo à participação, compreensão, desfrute e re-
construção das atuais conjunturas das artes e também 
das condições de cidadania.
Dar condições de cidadania está implícito usufruir de mo-
25
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mentos de lazer. Então, todo professor de Educação Física, para 
ampliar os horizontes e formar pensamentos críticos dentre os 
alunos, deve, senão ser o exemplo para os alunos, levá-los a co-
nhecer outras manifestações do universo rítmico e expressivo, 
elaborando estratégias para mostrar o que existe aos alunos, para 
quando os mesmos tiverem independência e autonomia, quando 
não mais estiverem nos bancos escolares tenham senso crítico de 
escolher aquela com que mais se identifica.
6) Levar os alunos à apreciação e valorização artísticas, 
manifestações rítmicas e expressivas da cultura popular, 
dando ênfase às contribuições culturais e históricas con-
tidas nos trabalhos de dança.
Só é possível apreciar e posteriormente valorizar, depois de 
conhecer. Estar em contato com determinadas formas de manifes-
tações da cultura corporal dançante pode proporcionar uma melhor 
aceitação, apreciação, valorização e compreensão das obras de ar-
tes dançantes. A contextualização das obras de arte também se faz 
necessário para uma melhor compreensão e, portanto, desfrute.
7) Desenvolver e aprimorar habilidades e capacidades físi-
cas, principalmente da coordenação motora, do equilí-
brio dinâmico, da flexibilidade e amplitude articulares, 
da resistência localizada, da agilidade e da elasticidade 
muscular.
Toda prática corporal tem implícito um desenvolvimento das 
capacidades e habilidades motoras. Dependendo da prática corpo-
ral há ênfase maior em determinada capacidade física e habilidade 
motora. No caso das atividades rítmicas e expressivas e dentre elas 
alguns tipos de danças, propiciam uma maior exploração das capa-
cidades físicas como a coordenação motora, o equilíbrio dinâmico, 
a flexibilidade e amplitude articulares,a resistência localizada, a 
agilidade e, principalmente, o ritmo.
É importante também ressaltar a intensa integração dos do-
mínios cognitivos, afetivos, sociais e motores, pois permite a me-
morização para o movimento, improvisação em meio a situações 
© Atividades Rítmicas e Expressivas26
de exposição pessoal de sentimentos, personalidades e a estética 
nas habilidades motoras. 
8) Socializar e recrear porque pode unificar o trabalho gru-
pal.
O trabalho grupal em atividades rítmicas e expressivas facili-
ta a socialização. É necessário comunicação entre os pares, expo-
sição de idéias rítmicas e expressivas em meio aos gestos, o que 
pode ser viabilizado em um ambiente lúdico que permite a des-
contração.
Essas são as metas almejadas para o conteúdo Atividades 
Rítmicas e Expressivas no componente curricular Educação Física, 
ou seja, estabelecemos onde queremos chegar. Mas para atingi-las 
é necessário um planejamento prévio. O docente também deve 
organizar como e quando atingir os objetivos, pois toda prática pe-
dagógica implica em uma reflexão antes da ação, durante a ação e 
depois da ação. Desta forma, procuramos iniciar nosso estudo com 
a reflexão antes da ação ou da prática pedagógica.
De início, almejamos destacar o que desenvolver das ativi-
dades rítmicas e expressivas na Educação Física escolar. Privilegia-
mos focar as atividades rítmicas e expressivas e, dentre elas, as 
danças, cirandas, brinquedos cantados e manifestações rítmicas 
e expressivas da cultura popular no ambiente escolar, portanto, 
educacional.
Sendo assim, objetivamos verificar quais são os saberes ne-
cessários para compreender o universo das atividades rítmicas e 
expressivas nas aulas de Educação Física escolar e, especificamen-
te, quais são os elementos ou fundamentos do conteúdo Ativida-
des Rítmicas e Expressivas na Educação Física escolar. Seguem os 
conteúdos que destacaremos: fatores do movimento, ritmo, criati-
vidade e elementos estéticos.
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Fatores do movimento
1) Espaço: onde é realizado o movimento e as dimensões 
do espaço à direita/à esquerda, perto/longe, níveis alto/
médio/baixo, para frente/para trás.
2) Tempo: quanto tempo demora a ser realizado o movi-
mento, ou seja, de acordo com uma designação rítmica 
o movimento pode ser rápido, lento ou moderado.
3) Peso: é a intensidade que se atribui ao movimento como 
forte ou fraco; leve ou pesado. 
4) Fluência: dá a idéia de movimento que tenha continui-
dade ou, inversamente, a falta de fluência corresponde 
à interrupção do movimento, assim, ele pode ser contí-
nuo, fluido, ligado ou inversamente interrompido, des-
tacado.
Ritmo
Ritmo, fisiologicamente, se apresenta no ser humano como 
uma capacidade física inata e, portanto, pode ser treinada. 
O termo ritmo, do grego rhytmos quer dizer: aquilo que flui, 
que se move de forma regulada. Pode-se compará-lo ao movimen-
to das ondas do mar, também aos batimentos cardíacos por serem 
recorrentes e periódicos. 
Está ligado ao tempo e este pode ser rápido, moderado e 
lento.
Estudar o ritmo nas aulas do conteúdo Atividades Rítmicas 
e Expressivas implica em destacar a sua importância na vida das 
pessoas e treiná-lo para que sua manifestação seja eficiente. Des-
tacamos sua importância:
1) Para alcançar uma boa qualidade de vida nas atividades 
diárias, de trabalho e de lazer.
2) Para auxiliar na incorporação de técnica do movimento. 
A regularidade permite uma melhor fluidez para a exe-
cução da técnica de determinados movimentos o que 
pode aumentar a qualidade de execução.
© Atividades Rítmicas e Expressivas28
3) Para estimular a atividade do praticante, adotando um 
estilo de vida mais saudável. As interrupções podem de-
sanimar ou não trazer os benefícios esperados quando 
se pratica alguma prática corporal, seja esportiva ou de 
outra natureza.
4) Para incentivar a economia do trabalho físico e mental. 
Tudo que se faz com regularidade tende a automatizar, 
chegando ao ponto de não exigir mais de tanto esforço 
físico e nem mental.
5) Para reforçar a memória. A regularidade auxilia na me-
morização. Não se esquece facilmente àquilo que se re-
pete muitas vezes.
6) Para facilitar a realização do movimento com naturali-
dade.
Assim, desenvolver o ritmo na vida das pessoas implica em 
melhorar sua qualidade de vida diária e não é apenas um recurso 
utilizado para dançar acompanhando uma música (como espera o 
senso comum). 
Criatividade
Este elemento é essencialmente característico dos seres hu-
manos, pois as pessoas são dotadas de qualidades sensíveis. É o 
que torna o cidadão verdadeiramente humano.
Apontamos algumas características consideradas importan-
tes de destacar:
1) A criatividade está pautada em possibilidades sensíveis.
2) A criatividade pressupõe conhecimento e espontaneidade.
3) A criatividade está pautada na superação (ou no superar-se).
4) Tem que ser algo prazeroso.
5) A criatividade é um processo interno e altamente sub-
jetivo.
Para professores de Educação Física escolar é importante 
partir do princípio que há infinidades de fontes geradoras da cria-
tividade, cabendo a ele, enquanto mediador viabilizá-las. 
29
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© Caderno de Referência de Conteúdo
Assim, sugerimos um trabalho de mobilização da imagem in-
terna por meio de estímulos. O professor pode ser o estimulador 
de forma a emergir movimentos criativos, por meio de estratégias 
verbais, auditivas, visuais e táteis. Portanto, pode estimular:
• O imaginário do aluno: movendo seus desejos, sonhos, 
imagens que guarda em sua mente.
• A realidade experimentada: então o aluno poderá reprodu-
zir tudo o que vê, assiste, ouve, ou seja, basear-se nos mo-
delos já existentes à sua volta, das tendências dançantes.
Ao docente, cabe proporcionar situações didático-pedagógi-
cas que viabilizem o desenvolvimento da criatividade.
Logo, os conteúdos inerentes às manifestações rítmicas e ex-
pressivas são: os fatores do movimento, o ritmo e a criatividade. 
Na quarta unidade almejamos verificar as possíveis formas 
de mediar o conhecimento. Implica em descobrir como os conteú-
dos deverão ser viabilizados. Para isso o docente realiza escolhas e 
neste caso, a nossa foi pela indicação feita pelos Parâmetros Curri-
culares nacionais, Brasil (1998).
Dimensão conceitual do conteúdo: são os conhecimentos sobre 
as manifestações rítmicas e expressivas de diferentes contextos e 
épocas, as manifestações rítmicas e expressivas da cultura popular 
e também da cultura erudita.
Dimensão procedimental do conteúdo: corresponde ao saber fazer 
as manifestações rítmicas e expressivas como vivenciar as danças 
folclóricas e regionais, saber aplicar os princípios básicos para a 
construção de desenhos coreográficos utilizando os fatores do mo-
vimento, saber utilizar o ritmo individual e grupal de acordo com 
as necessidades de estímulos externos, saber explorar os gestos e 
técnicas de outros movimentos expressivos.
Dimensão Atitudinal do conteúdo: são os valores e atitudes a se 
tomar mediante as manifestações rítmicas e expressivas, como ati-
tudes não discriminatórias, a valorização de todas as práticas rít-
micas e expressivas advindas da cultura popular, a cooperação do 
trabalho em equipe, formar o aluno sob um olhar crítico ao assistir 
manifestações dançantes (BRASiL, 1997).
© Atividades Rítmicas e Expressivas30
Além desta metodologia de ensino indicada pelos Parâme-
tros Curriculares destacamos outras possibilidades como:
• Planejamento participativo: desenvolver os conteúdos de 
uma forma participativa, na qual os alunos tenham auto-
nomia de escolhas no planejamento dos conteúdos e de 
como desenvolvê-lo.
• Abordagens pedagógicas: as tendências ou abordagens 
pedagógicas apresentam-se como ideais e metodologias 
de ensino. São elas: Psicomotricidade, Construtivista, De-
senvolvimentista, Crítico-superadora, Crítico-emancipa-
tória, Jogos Cooperativos, Sistêmica, Cultural e Cidadã.• Projetos Interdisciplinares: desenvolver a dança na escola 
através de projetos interdisciplinares com os temas trans-
versais (pluralidade cultural, saúde, orientação sexual, 
meio ambiente, trabalho e consumo e ética).
Estas são algumas possibilidades que apresentamos para 
mediar o conhecimento, ou seja, corresponde às metodologias de 
ensino e aprendizagem para as atividades rítmicas e expressivas na 
Educação Física escolar.
Além de realizar escolhas metodológicas também se faz ne-
cessário sistematizar os conteúdos das atividades rítmicas e ex-
pressivas, ou seja, qual conteúdo desenvolver primeiro, segundo 
ou por último. Isso é uma questão de escolhas do professor, sendo 
que a maioria opta por ir do mais simples para o mais complexo, ou 
das partes para o todo. Logo, é inviável iniciar um trabalho de ativi-
dades rítmicas e expressivas e mais especificamente do conteúdo 
dança pela coreografia, já que a mesma contém vários elementos 
que necessitam ser codificados, compreendidos, estudados no de-
correr de um processo.
Resumindo: as metodologias de ensino e aprendizagem para 
as atividades rítmicas e expressivas podem ser: as três dimensões 
do conteúdo, planejamento participativo, pelas abordagens peda-
gógicas de ensino e pela interdisciplinaridade. A sistematização do 
31
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© Caderno de Referência de Conteúdo
ensino se faz necessária para uma melhor organização do trabalho 
pedagógico.
Avaliar é um ato subsidiário do processo de construção de 
resultados satisfatórios, ou seja, é um ato investigatório da quali-
dade dos resultados intermediários ou finais de uma ação e possui 
a finalidade de orientar o aluno, professor ou equipe pedagógica 
para os objetivos e metas que se espera atingir.
Há várias maneiras de desenvolver o processo avaliativo. 
Sugerimos a avaliação diagnóstica, formativa e somativa nas três 
dimensões do conteúdo. 
• Avaliação diagnóstica: maneira informal do professor per-
ceber os conhecimentos prévios dos alunos e também, 
por outro lado, é interessante motivar os alunos para que 
auxiliem no levantamento de materiais ou de assuntos e 
temas de seus próprios interesses. 
• Avaliação Formativa: é a avaliação que se faz durante o 
processo. Durante as aulas de atividades rítmicas e ex-
pressivas, o docente de acordo com suas estratégias me-
todológicas de ensino, poderá observar cotidianamente o 
envolvimento do aluno durante o processo e fornecer-lhes 
dicas para melhor execução, compreensão e valorização 
dos conteúdos e temas estudados. O docente deve ob-
servar suas dificuldades, facilidades e avanços dos alunos. 
Também pode solicitar tarefas em forma de pesquisas de 
campo, ou pela internet, livros, jornais, revistas sobre o 
assunto que se está estudando. Estas são algumas manei-
ras de ampliar e frisar os conhecimentos que o aluno está 
formando.
• Avaliação Somativa: é o momento de verificar se todo o 
conteúdo desenvolvido foi assimilado pelo aluno. Indica-
mos algumas mas maneiras de avaliação somativa.
1) Avaliação escrita.
2) Autoavaliação.
© Atividades Rítmicas e Expressivas32
3) Relatos de experiência.
4) Entrevistas.
5) Apreciação a um evento de dança.
6) Pesquisas e seminários.
As práticas avaliativas devem ser uma constante para verificar 
se o aluno está avançando, para identificar possíveis dificuldades e o 
professor poder refletir maneiras de ajudá-lo em seu progresso.
Esperamos que com essa síntese, tenhamos êxito ao que 
proposto como ideal para as atividades rítmicas e expressivas atu-
almente. Só podemos entendê-las quando o docente assume o 
papel de mediador do conhecimento com responsabilidade pro-
fissional. Lembramos que nossa profissão exige dedicação aos es-
tudos e aos alunos que são seres humanos e necessitam ter suas 
individualidades respeitadas.
O nosso estudo não termina aqui ele apenas está iniciando 
e esperamos que essa vontade do saber seja ferramenta essencial 
de seus estudos e a partir dela vamos construir nossa cadeia de 
conhecimentos.
Desejamos a todos uma boa jornada de estudos neste as-
sunto que para nós, é mais que um dos conteúdos da Educação 
Física escolar, é um prazer e condição de qualidade de vida.
Glossário de Conceitos
O Glossário permite a você uma consulta rápida e precisa das 
definições conceituais, possibilitando-lhe um bom domínio dos ter-
mos técnico-científicos utilizados na área de conhecimento dos te-
mas tratados em Atividades Rítmicas e Expressivas. Veja a seguir a 
definição dos principais conceitos:
1) Atividades Rítmicas e Expressivas: todas as formas de 
manifestações da cultura corporal que têm como carac-
terística comum intenção explícita de expressão e comu-
nicação por meio de gestos na presença de ritmo, sons e 
33
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
da música na construção da expressão corporal. Dentre 
elas, destacam-se as danças e as brincadeiras cantadas. 
Gestos realizados em um espaço, em um tempo, com 
certo peso e inspirado por determinada energia além da 
fluência do movimento expressivo.
2) Avaliação: é a verificação sobre algo que pode fornecer 
indicações sobre as reflexões e medidas a serem toma-
das de forma a propiciar o ensino e a aprendizagem, 
neste caso, na área de atividades rítmicas e expressivas 
da Educação Física escolar. Ela pode ser: diagnóstica: 
é o tipo de verificação sobre os conhecimentos que os 
alunos já possuem antes de iniciar um estudo sistema-
tizado; formativa: é o tipo de verificação do ensino e 
aprendizagem que ocorre durante o processo em que se 
está desenvolvendo determinado conteúdo das ativida-
des rítmicas e expressivas; somativa: é a verificação do 
ensino e aprendizagem após a conclusão do desenvolvi-
mento do conteúdo.
3) Cultura Corporal de Movimento: tudo o que o homem 
acumulou historicamente e produziu socioculturalmen-
te enquanto prática corporal. A Educação Física tem na 
cultura corporal de movimento seu objeto de estudos. 
Ela utiliza-se de algumas destas práticas corporais atra-
vés por meio das quais estuda o ser humano em suas re-
lações, no ato do jogo, da prática esportiva, da ginástica, 
da dança, da luta e das manifestações rítmicas e expres-
sivas. É através mediante da cultura corporal de movi-
mento que o homem pode se tornar mais autônomo e 
crítico quanto a sua qualidade de vida ativa.
4) Dimensões do conteúdo: as dimensões do conteúdo 
referem-se a como as atividades rítmicas e expressivas 
podem ser estudadas. De forma conceitual, é a dimen-
são pela qual se estuda os conhecimentos sobre as ativi-
dades rítmicas e expressivas. De forma procedimental, é 
a dimensão pela qual se estuda a realização ou o próprio 
movimentar-se. De forma atitudinal é a dimensão pela 
qual se estuda os comportamentos, valores atribuídos 
às relações estabelecidas ao se praticar atividades rítmi-
cas e expressivas.
© Atividades Rítmicas e Expressivas34
5) Elementos, conteúdos ou fundamentos das atividades 
rítmicas e expressivas e em especial da dança: Espaço – 
local onde o movimento expressivo e ritmado se realiza. 
Ele tem altura ou níveis espaciais, direções e sentidos 
e ainda, ao realizar o movimento em grupo, o mesmo 
pode ocorrer em formas geométricas no espaço. Tempo 
– quanto o movimento rítmico e expressivo pode durar, 
ou seja, o movimento pode ser realizado de maneira rá-
pida, moderada ou lenta. Peso: é a intensidade do movi-
mento que pode ser forte ou fraco, leve ou pesado. Flu-
ência: a movimentação dançante por meio de dosagens 
de energias pode ser contínua ou interrompida, livre ou 
controlada.
Esquema dos Conceitos Chave
Para que você tenha uma visão geral dos conceitos mais 
importantes deste estudo, apresentamos, a seguir (Figura 1), um 
Esquema dos Conceitos-chave. O mais aconselhável é que você 
mesmo faça o seu esquema de conceitos-chave ou até mesmo o 
seu mapa mental. Esse exercício é uma forma de você construir o 
seu conhecimento, ressignificando as informações a partir de suas 
próprias percepções.É importante ressaltar que o propósito desse Esquema dos 
Conceitos-chave é representar, de maneira gráfica, as relações en-
tre os conceitos por meio de palavras-chave, partindo dos mais 
complexos para os mais simples. Esse recurso pode auxiliar você 
na ordenação e na sequenciação hierarquizada dos conteúdos de 
ensino. 
Com base na teoria de aprendizagem significativa, entende-se 
que, por meio da organização das ideias e dos princípios em esque-
mas e mapas mentais, o indivíduo pode construir o seu conhecimen-
to de maneira mais produtiva e obter, assim, ganhos pedagógicos 
significativos no seu processo de ensino e aprendizagem. 
35
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
Aplicado a diversas áreas do ensino e da aprendizagem es-
colar (tais como planejamentos de currículo, sistemas e pesquisas 
em Educação), o Esquema dos Conceitos-chave baseia-se, ainda, 
na idéia fundamental da Psicologia Cognitiva de Ausubel, que es-
tabelece que a aprendizagem ocorre pela assimilação de novos 
conceitos e de proposições na estrutura cognitiva do aluno. Assim, 
novas idéias e informações são aprendidas, uma vez que existem 
pontos de ancoragem. 
Tem-se de destacar que "aprendizagem" não significa, ape-
nas, realizar acréscimos na estrutura cognitiva do aluno; é preci-
so, sobretudo, estabelecer modificações para que ela se configure 
como uma aprendizagem significativa. Para isso, é importante con-
siderar as entradas de conhecimento e organizar bem os materiais 
de aprendizagem. Além disso, as novas idéias e os novos concei-
tos devem ser potencialmente significativos para o aluno, uma vez 
que, ao fixar esses conceitos nas suas já existentes estruturas cog-
nitivas, outros serão também relembrados. 
 Nessa perspectiva, partindo-se do pressuposto de que é 
você o principal agente da construção do próprio conhecimento, 
por meio de sua predisposição afetiva e de suas motivações in-
ternas e externas, o Esquema dos Conceitos-chave tem por ob-
jetivo tornar significativa a sua aprendizagem, transformando o 
seu conhecimento sistematizado em conteúdo curricular, ou seja, 
estabelecendo uma relação entre aquilo que você acabou de co-
nhecer com o que já fazia parte do seu conhecimento de mundo 
(adaptado do site disponível em: <http://penta2.ufrgs.br/eduto-
ols/mapasconceituais/utilizamapasconceituais.html>. Acesso em: 
28 ago. 2010). 
© Atividades Rítmicas e Expressivas36
LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA 
COORD. ENGELS CÂMARA 
DISCIPLINA: ATIVIDADES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS 
AUTORAS: TELMA GASPARI E CÁTIA VOLP 
PREPARAÇÃO: SIMONE RODRIGUES 
UNIDADE 1
 
 
 
 
Cultura Corporal de 
Movimento 
Atividades Rítmicas e 
Expressivas 
DANÇAS 
Social Estética Natural 
ELEMENTOS COREOLÓGICOS 

Espaço Peso Fluência Tempo 
Criatividade 
Figura 1 Esquema dos conceitos chave do Caderno de Referência de Conteúdo de Atividades 
Rítmicas e Expressivas
Como você pode observar, esse Esquema dá a você, como 
dissemos anteriormente, uma visão geral dos conceitos mais im-
portantes deste estudo. Ao segui-lo, você poderá transitar entre 
um e outro conceito e descobrir o caminho para construir o seu 
processo de ensino-aprendizagem. 
O Esquema dos Conceitos-chave é mais um dos recursos de 
aprendizagem que vem se somar àqueles disponíveis no ambien-
37
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
te virtual, por meio de suas ferramentas interativas, bem como 
àqueles relacionados às atividades didático-pedagógicas realiza-
das presencialmente no polo. Lembre-se de que você, aluno EAD, 
deve valer-se da sua autonomia na construção de seu próprio co-
nhecimento. 
Observamos que o mapa conceitual é mais um dos recursos 
de aprendizagem que vem somar-se aqueles disponíveis no am-
biente virtual com suas ferramentas interativas, bem como as ati-
vidades didático-pedagógicas realizadas presencialmente no polo. 
Lembre-se de que você, como aluno na modalidade a distância, 
pode valer-se da sua autonomia na construção de seu próprio co-
nhecimento. 
Questões Autoavaliativas
no final de cada unidade, você encontrará algumas questões 
autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados, as quais podem 
ser de múltipla escolha ou abertas com respostas objetivas ou dis-
sertativas. Vale ressaltar que se entendem as respostas objetivas 
como as que se referem aos conteúdos matemáticos ou àqueles 
que exigem uma resposta determinada, inalterada. 
Responder, discutir e comentar essas questões, bem como 
relacioná-las com a prática das atividades rítmicas e expressivas 
pode ser uma forma de você avaliar o seu conhecimento. Assim, 
mediante a resolução de questões pertinentes ao assunto tratado, 
você estará se preparando para a avaliação final, que será disser-
tativa. Além disso, essa é uma maneira privilegiada de você testar 
seus conhecimentos e adquirir uma formação sólida para a sua 
prática profissional. 
Você encontrará, ainda, no final de cada unidade, um gabari-
to, que lhe permitirá conferir as suas respostas sobre as questões 
autoavaliativas (as de múltipla escolha e as abertas objetivas).
© Atividades Rítmicas e Expressivas38
As questões dissertativas obtêm por resposta uma interpretação 
pessoal sobre o tema tratado. Por isso, não há nada relacionado a 
elas no item Gabarito. Você pode comentar suas respostas com o 
seu tutor ou com seus colegas de turma.
Bibliografia Básica
É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus 
estudos, mas não se prenda só a ela. Consulte, também, as biblio-
grafias complementares.
Figuras (ilustrações, quadros...)
neste material instrucional, as ilustrações fazem parte inte-
grante dos conteúdos, ou seja, elas não são meramente ilustra-
tivas, pois esquematizam e resumem conteúdos explicitados no 
texto. Não deixe de observar a relação dessas figuras com os con-
teúdos, pois relacionar aquilo que está no campo visual com o con-
ceitual faz parte de uma boa formação intelectual. 
Dicas (motivacionais)
Este estudo convida você a olhar, de forma mais apurada, 
a Educação como processo de emancipação do ser humano. É 
importante que você se atente às explicações teóricas, práticas e 
científicas que estão presentes nos meios de comunicação, bem 
como partilhe suas descobertas com seus colegas, pois, ao com-
partilhar com outras pessoas aquilo que você observa, permite-se 
descobrir algo que ainda não se conhece, aprendendo a ver e a 
notar o que não havia sido percebido antes. Observar é, portanto, 
uma capacidade que nos impele à maturidade. 
Você, como aluno dos Cursos de Graduação na modalidade 
EAD e futuro profissional da educação, necessita de uma formação 
conceitual sólida e consistente. Para isso, você contará com a ajuda 
do tutor a distância, do tutor presencial e, sobretudo, da interação 
39
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
com seus colegas. Sugerimos, pois, que organize bem o seu tempo e 
realize as atividades nas datas estipuladas. 
É importante, ainda, que você anote as suas reflexões em 
seu caderno ou no Bloco de Anotações, pois, no futuro, elas pode-
rão ser utilizadas na elaboração de sua monografia ou de produ-
ções científicas.
Leia os livros da bibliografia indicada, para que você amplie 
seus horizontes teóricos. Coteje-os com o material didático, discuta 
a unidade com seus colegas e com o tutor e assista às videoaulas. 
no final de cada unidade, você encontrará algumas questões 
autoavaliativas, que são importantes para a sua análise sobre os 
conteúdos desenvolvidos e para saber se estes foram significativos 
para sua formação. Indague, reflita, conteste e construa resenhas, 
pois esses procedimentos serão importantes para o seu amadure-
cimento intelectual.
Lembre-se de que o segredo do sucesso em um curso na 
modalidade a distância é participar, ou seja, interagir, procurando 
sempre cooperar e colaborar com seus colegas e tutores.
Caso precise de auxílio sobre algum assunto relacionado a 
este Caderno de Referênciade Conteúdo, entre em contato com 
seu tutor. Ele estará pronto para ajudar você.
Claretiano - Centro Universitário
1
EA
D
Histórico das Atividades 
Rítmicas e Expressivas 
com Ênfase nas 
Danças
1. OBJETIVOS
• Conhecer e compreender a história das atividades rítmi-
cas e expressivas, destacando a dança.
• Analisar e relacionar a história da dança com o contexto 
social e de Educação Física escolar.
2. CONTEÚDOS
• História da Dança.
• Análise história para a compreensão estética da dança.
3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE 
Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que 
você leia as orientações a seguir:
© Atividades Rítmicas e Expressivas42
1) Procure acompanhar e relacionar a unidade de estudo 
com o Esquema dos Conceitos-chave para o estudo de 
todas as unidades deste CRC. Isso poderá facilitar sua 
aprendizagem e seu desempenho.
2) Lembre-se que a internet pode ser uma importante 
ferramenta para complementar os estudos e sanar as 
curiosidades. Pesquise sempre, em livros ou na Inter-
net a importância das atividades rítmicas e expressivas 
como benefício para o desenvolvimento humano e, se 
encontrar algo interessante, disponibilize tal informação 
para seus colegas na Lista. Lembre-se de que você é pro-
tagonista do processo educativo.
3) Ao ler os Parâmetros Curriculares nacionais (PCn), algo 
que não deve ser uma obrigação a você – antes, deve ser 
uma maneira de estar por dentro do que acontece com 
a educação em nossas escolas – procure descobrir quais 
são as propostas essenciais contempladas neles. A que 
tipo de perfil de egresso ele quer levar?
4) Leia os livros da bibliografia indicada, para que você 
amplie seus horizontes teóricos. Coteje com o material 
didático e discuta a unidade com seus colegas e com o 
tutor. Até o momento, nosso percurso foi marcado pela 
multiplicidade de pensamentos acerca da possibilidade 
de ensinar atividades rítmicas e expressivas. Então, rece-
ba tais informações como possibilidade de orientação da 
sua futura prática pedagógica e não como uma "receita 
de bolo", algo pronto, definido e inflexível.
5) Procure ler o texto complementar e fazer as atividades, 
pois ajudarão você a elaborar seu próprio planejamento 
no conteúdo de atividades rítmicas e expressivas.
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Para entendermos o objeto de estudo dança, temos, inicial-
mente, que entender o que vem a ser esta manifestação e qual 
o caminho percorrido até os dias de hoje para chegar até nós tal 
como se apresenta.
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Claretiano - Centro Universitário
© U1 – Histórico das Atividades Rítmicas e Expressivas com Ênfase nas Danças
Tarefa não muito fácil e penosa, pois o assunto é bastante am-
plo e há muita coisa que aconteceu no passado e que não foi regis-
trado. Nossos pares primitivos dançavam e nem imaginavam que 
hoje, seus descendentes homens, estariam estudando a dança.
Então, vamos conhecer a história da dança!
5. HISTÓRIA
Quando o homem começou a sistematizar o conhecimen-
to buscando referências no passado antigo, encontrando sítios e 
materiais históricos, tentou organizá-los segundo suas interpreta-
ções. imaginem alguns destes estudiosos curiosos, em diferentes 
partes do mundo, encontrando materiais diferentes (mas simila-
res), catalogando segundo suas próprias referências e levando es-
tes "documentos históricos" para suas cidades! Pois é, começamos 
assim. Estes documentos históricos – que podem ser desde pedras 
até pergaminhos com mensagens escritas – fora de seus sítios, sob 
olhares completamente alheios à cultura de origem, sofreram in-
terpretações muito variadas que nos impedem hoje de fazer uma 
leitura fidedigna.
Mas, algumas afirmações podemos fazer e antes delas preci-
samos esclarecer que dança é esta que estamos tratando.
Estamos falando de dança como manifestação natural do ser 
humano. Há inclusive controvérsias sobre o que se manifestou ini-
cialmente – a dança, a fala ou o canto? Com certeza, uma coisa levou 
à outra e todas serviram ao propósito da comunicação, uniram um 
ao outro e permitiram a consideração do próprio mundo particular.
Alguns autores propõem uma classificação das danças na 
tentativa didática de organizar este universo tão amplo e facilitar 
o entendimento de cada tipo de manifestação dançante. Vamos 
eleger o que Bland (1976) denomina de as três faces da dança, 
pois acreditamos que estas faces dão conta de esclarecer os tipos 
de dança que conhecemos. 
© Atividades Rítmicas e Expressivas44
Assim ele as descreve:
Natural - simples prazer do movimento físico – êxtase do movimento.
Social - elemento coesivo no grupo.
Estética - possibilidades da arte cinética – fusão perfeita do abstra-
to com o humano, da mente com a emoção, da disciplina com a 
espontaneidade (...) (BLAnD, 1976, p.6).
Por natural entendemos a manifestação que traz o simples 
prazer do movimento físico, no qual observamos o êxtase do movi-
mento, tão típico das manifestações infantis. A criança dança natu-
ralmente, sob os olhares admirados dos adultos, sem domínio téc-
nico, sem conhecimento de diferentes estilos. Poderíamos, como 
adultos, manter esta manifestação natural, mas, socialmente, per-
demos esta "liberdade" e adicionamos uma série de pré-conceitos 
associados a uma autocobrança de técnica e conhecimento espe-
cífico. Simplesmente, nos esquecemos que dançar é uma manifes-
tação natural do ser humano.
A face social nos traz a dança que se manifesta nas situa-
ções sociais e normalmente se apresenta como elemento coesivo 
no grupo. Ao observarmos este tipo de dança fica-nos evidente a 
harmonia de ritmo e movimento daqueles que dançam como se o 
movimento/dança de um concordasse com o movimento/dança 
do(s) outro(s). Aqui são exemplos as danças de salão, muitas dan-
ças folclóricas e outras.
A face estética engloba todas as manifestações artísticas em 
que podemos observar a fusão perfeita do abstrato com o huma-
no, da mente com a emoção, da disciplina com a espontaneidade. 
Aquelas manifestações que nos fazem sair do cotidiano, como diz 
Duarte Júnior (1995), que transformam o momento de apreciação 
um momento mágico e que nos une ao universo em uma compre-
ensão não conceitual e tão pouco traduzida pela palavra.
Estas faces da dança são capazes de nos mostrar que todos 
nós, uma vez ou outra, ou a vida toda, dançamos!
45
Claretiano - Centro Universitário
© U1 – Histórico das Atividades Rítmicas e Expressivas com Ênfase nas Danças
Bland (1976) enfatiza que o movimentar-se é natural no ho-
mem e que ninguém entendeu completamente, ainda, o movimen-
to, comum à vida. E vai além quando expressa que "o movimento 
permanece como o mistério primário do universo e a dança, que é 
sua poesia, partilha de sua divindade" (p. 10). 
Como os primeiros homens dançavam? A esta dança chama-
mos primitiva. Ainda hoje podemos encontrar manifestações de 
dança primitiva em certos agrupamentos humanos. Os aborígenas 
da Austrália, as tribos indígenas de diversos países, nos apresen-
tam estas danças. Elas possuem como característica a simplicidade 
de movimentos e a repetição, mas, são repletas de significado.
Um dos primeiros registros confiáveis ao qual podemos nos 
referir data de 14.000 anos. neste período (paleolítico) o homem 
era predador, caçava animais e dançava a caça imitando os ani-
mais. Desta forma, o homem se apropriava das características dos 
animais e se preparava para a caça. Percebe-se nestes registros, 
algo como um sentimento religioso de culto aos animais. Observa-
se a existência de máscaras, muitas vezes confeccionadas com a 
própria pele do animal e há movimentos que sugerem giros.
Existe uma grande similaridade em todas as primeiras ma-
nifestações humanas de dança. Há uma semelhança incrível em 
todas as culturas primitivas, exceto vestimenta, música e nomen-
clatura.
O homem primitivo dançava:
• Estágios da vida do homem.
• Estágios da vegetação.
• Estágios de desenvolvimento da tribo ou história mítica.
Por estágios da vida do homem entendemos nascimento, 
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